Home · Baú do Jordão · Camargo Freire  · Campos do Jordão

Crônicas e Contos · Culinária  ·  Fotos Atuais · Fotos da Semana

  Fotografias · Hinos · Homenagens · Papéis de Parede · Poesias/Poemas 

PPS - Power Point · Quem Sou  · Símbolos Nacionais · Vídeos · Contato

Oscar Ribeiro de Godoy

 

O PROFESSOR CAMARGO FREIRE

Professor Expedito Camargo Freire, o Pintor da Paisagem de Campos do Jordão.

 

Por ocasião do centenário de Campos do Jordão, fui gentilmente convidado para ir até a rádio local falar sobre minha participação nas passagens mais antigas da vida da cidade. No dia combinado, às 20 horas, lá estava eu, sendo então entrevistado pelo Bel. Pedro Paulo, autor da belíssima obra sobre a história da nossa região.

 

Tudo corria normalmente, esforçando-me para retribuir da melhor forma a gentileza do convite, quando fui interrompido com a informação de que havia algumas autoridades desejosas em conhecer o entrevistado.

 

Então, tive a honra de conhecer, entre outras dignas pessoas, o professor Camargo Freire, que, com sua proverbial gentileza, me cumulou de elogios pelo que estava fazendo, isto é, pelo que falava de Campos do Jordão, da minha mocidade.

 

Após a nossa conversa, voltando para terminar os poucos minutos restantes do horário que me havia sido cedido, continuei a entrevista até às 23 horas. Estava certo de que o professor demonstrara grande interesse em ouvir mais algumas estórias e, pelo seu prestígio como artista e cidadão, foi logo atendido com a suspensão da programação prevista, para que pudéssemos desfrutar de mais tempo, contrariamente ao que havia acontecido nas palestras anteriores.

 

A partir desta noite festiva na rádio, nos tornamos amigos. Periodicamente ele me visitava no Rancho Santo Antônio, acompanhado da esposa, e sempre tínhamos horas e horas de boa prosa, ouvindo a sua cativante personalidade.

 

Por minha encomenda, ele me fez uma reprodução do quadro da Fazenda da Guarda que havia pintado para a sede do Parque Estadual. Uma fiel imagem da minha Fazenda como era no meu tempo de jovem. Coloquei o quadro em lugar de destaque. Quando de minha mudança para Campos do Jordão, doei-o às minhas netas, fazendo parte da decoração de sua casa aqui em Campos.

 

Diariamente o seu trabalho me faz recordar os belos momentos que vivi neste lugar. Lutando ao lado de minha mãe e de meu irmão para preservar aquele canto do paraíso para os nossos descendentes.

 

Várias vezes, acompanhado de minha esposa, que admirava muito seus quadros, fizemos-lhe visitas na casa onde morava, na Vila Jaguaribe. Gostava de ir ali por três grandes motivos: a atenção com que nos acolhia , desdobrando-se em amabilidades, ao fazer a exibição dos prêmios que recebera no Brasil e no exterior, que não foram poucos e dos mais valiosos; o poder apreciar suas telas, naquele ambiente calmo e acolhedor e, por último, a lembrança, pois o professor morava bem defronte ao local onde, em tempos passados, havia, além da igreja, o armazém do João Maquinista. Em ocasiões diversas, ia fazer compras lá, quando ainda morava na Guarda.

 

Muitos, com competência, falavam de Camargo Freire como artista com suas mãos trabalhando pincéis e produzindo obras das mais valiosas, mas o amigo que traça essas linhas o vê como cidadão honrado, o amigo certo e o artista que trouxe para essas plagas as melhores honrarias.

 

 

 

 

Voltar

 

- Campos do Jordão Cultura -