Foto histórica da década de 1960, mostrando numa das calçadas de Vila Abernéssia, no trecho compreendido entre os Correios e Casas Pernambucanas, as filhinhas do Sr. Noboro Oya, o conhecido Carlos Oya, proprietário da famosa Papelaria Oya, localizada no mesmo local onde, durante várias décadas, esteve estabelecida a Livraria Pinheiro, a livraria dos estudantes, de propriedade do Seu Zito Pinheiro.
Na foto, da esquerda para a direita: Suemi, no colo da amiga Elizabeth Albano de Oliveira, a conhecida Betinha e, no triciclo a garotinha Veroni.
É importante registrar que a casa que aparece do outro lado da rua, a primeira da esquerda, é a casa onde morou o Sr. João Rodrigues da Silva, o conhecido João Maquinista de muitas histórias e sua esposa Dona Sinhá. Nesse local, posteriormente, residiu Olegarinho, filho do Sr. Olegário Frozino e, atualmente, está sediado o conjunto de lojas comerciais denominado “Via Candoti”, de propriedade da família Frozino. O prédio que aparece ao lado, também pertencia a João Maquinista. Neste, durante muitos anos esteve sediado o Clube “A união faz a força”. Nesse local, atualmente, está sediado o Banco Bradesco.
“João Rodrigues da Silva, o conhecido João Maquinista. Controvertida foi sua personalidade, admirado por alguns, odiado por outros. Foi grande proprietário de casas e terrenos em Campos do Jordão. Era muito caridoso e deixava transparecer essa virtude, nos repetidos gestos, que tomava, doando terrenos para a construção de sanatórios e hospitais.
Doou terrenos para a Associação dos Sanatórios Populares de Campos do Jordão, para o asilo São Vicente de Paulo, para trabalhadores de vila operária, núcleo modesto, ao norte da Vila, tratado pitorescamente de Favela. Doou também, grande área de terreno ao Hospital Dr. Adhemar de Barros, tendo, além desse donativo, feito outro, valiosíssimo, em dinheiro para a construção da Maternidade, que, enquanto em atividade até 2005, eternizava seu nome.
Foi apelidado Maquinista antes de vir para a Vila Nova de Campos do Jordão, atual Vila Abernéssia, quando trabalhava na Fazenda do Baú, de seu sogro e lidava com máquinas e monjolos. Era homem dinâmico e de visão comercial. O velho português emprestava dinheiro, a juros, suprindo a ausência de estabelecimentos bancários na cidade, e assim fazendo, estimulava o crescimento e a concretização de negócios.
Por problemas relacionados a divisas de suas terras com as terras do engenheiro José Magalhães, infelizmente acabou por assassiná-lo, com um certeiro tiro de espingarda, bem no meio da cabeça, na entrada da Vila Ferraz. Por três vezes foi julgado na Comarca de São Bento do Sapucaí, foi absolvido.”
(Do Livro História de Campos do Jordão de Pedro Paulo Filho)
OBS: Foto gentimente cedida pelo amigo Exdras Ferreira.
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