Posto Policial e cadeia pública


Posto Policial e cadeia pública - FS7 02

Antigo prédio do “Posto Policial” e Cadeia pública de Campos do Jordão, década de 1940.

Esse antigo prédio estava situado ao lado do antigo Mercado Municipal, cuja porta de entrada aparece do lado esquerdo da foto. O prédio do Posto Policial estava situado em parte da praça existente ao lado do local onde hoje está sediada a segunda Agência do Branco do Brasil, até pouco tempo, Caixa Econômica Estadual, ao lado do Fórum Embaixador José Carlos de Macedo Soares. Localizava-se também, quase em frente à atual Agência do Banco Santander e ao lado da antiga “A Campineira”, armazém de secos e molhados de propriedade do Sr. Paulo Cury, ex-prefeito Municipal de Campos do Jordão, local onde hoje está sediada a Drogaria São Paulo.

Duas curiosidades marcantes. Naquela época, na década de 1940, esse Posto Policial não contava com qualquer tipo de viatura. Apenas um único soldado era o responsável para dar segurança para toda cidade. Normalmente contava com um Delegado nomeado dentre as pessoas integras e conceituadas da cidade. Meu avô, Joaquim Ferreira da Rocha foi um desses delegados nomeados.

Outra curiosidade. Esse Posto Policial e cadeia pública ficada ao lado do Mercado Municipal. Do lado esquerdo de quem adentrava o Mercado, os açougues especializados em carne de vaca, como era comum dizer na época, hoje, carne bovina. Do lado direito os açougues especializados em carne de porco, atualmente, carne suína. Os açougues eram especializados e não vendiam os dois tipos de carne.

O espaço existente entre os açougues de carne de porco e a cadeia pública não passava de dois metros e meio ou pouco mais. Diziam na época, que os presos pediam para amigos ou conhecidos que passavam pela rua que arrumassem uma vara de bambu bem comprida. Na calada da noite, da janela da cela estendiam a vara de bambu e, através da grade de ferro dos açougues, “pescavam” as lingüiças de carne de porco que ficavam penduradas nos varais próprios dentro do açougue. Depois de fisgadas, as lingüiças, eram fritas em latas com chama de álcool, que também pediam aos amigos. Feito isso, saboreavam o produto da “pescaria” clandestina, com o pão que recebiam das pessoas caridosas que, todas as tardes, iam comprar nas Padarias Santa Clara e Pinheiro, dos saudosos Victor Gonçalves e João Pinheiro.

 

 

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