Corso Carnavalesco


Corso Carnavalesco - FS74 - 04

A foto do início da década de 1950, mostra trecho da Av. Dr. Januário Miráglia, quase em frente a Estação de Vila Abernéssia da Estrada de Ferro Campos do Jordão e parte da outra pista da mesma avenida, situada em frente ao prédio maior que aparece acima da foto onde, na época, estava sediado o antigo Cartório do Registro Civil, do tabelião Sebastião Pinto. No mesmo local desse prédio, posteriormente esteve sediado, por muitos anos, a agência do Banco Mercantil de São Paulo. Atualmente a loja das Casas Bahia.

É importante ressaltar o famoso corso carnavalesco, ou simplesmente corso, realizado nos finais das tardes e início das noites dos dias do Carnaval. Esse corso era o evento mais difundido do Carnaval jordanense, formado por veículos de pessoas residentes em Campos do Jordão e, especialmente, por turistas de várias cidades do Estado de São Paulo, inclusive do Rio de Janeiro, que aqui vinham brincar o Carnaval, como costumávamos dizer na época, aliás, um dos melhores do interior paulista.

Nesses corsos, desfilavam muitos veículos, vários, devidamente enfeitados, automóveis sem capota e carros alegóricos, todos repletos de foliões. Os foliões, quase sempre fantasiados ou vestidos bem à vontade, muitos sentados nos enormes pára-lamas dos grandes veículos antigos, percorriam as duas pistas da avenida central de Vila Abernéssia, trecho compreendido entre proximidades do antigo Cine Glória (atual Espaço Cultural Dr. Além) até a Praça da Bandeira.

Durante esse percurso, os veículos paravam várias vezes, por alguns instantes. Os foliões aproveitavam para jogar serpentinas, travar verdadeiras batalhas de confete, lança-perfume, sangue do diabo, água, talco e até farinha de trigo. Normalmente o corso era uma brincadeira elitista, quase reservada aos que possuíam carros ou podiam alugá-los nos dias de Carnaval. Mesmo assim, muitos que não possuíam veículos davam um jeitinho de pegar carona com amigos e familiares. Outros, mesmo sem esses recursos, acabavam entrando no meio da brincadeira. Era uma verdadeira festa. Os foliões esbaldavam-se à vontade. Claro, aconteciam alguns excessos. Até pessoas que, simplesmente assistiam, acabavam sendo atingidas. Reclamavam, mas tudo acabava bem.

Na foto, bem à esquerda, o grande fotógrafo Orestes Mário Donato, munido de máquina fotografia e tripé, registrava os melhores momentos.

OBS: Foto gentilmente cedida pela Família Arakaki.

 

 

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