Cultura do chá ?


Cultura do chá ? - FS92 - 15

Foto histórica da década de 1920 mostrando, em frente a uma frondosa árvore de chá, nos Campos do Jordão, um grupo de admiradores da cultura de chá implantada pelo Dr. Robert John Reid, em sua Chácara Abernéssia, onde residia em sua bela casa, posteriormente, vendida pela família do Dr. Reid, no ano de 1944, para o Conde Eduardo Matarazzo e Dona Bianca. Essa propriedade foi então, doada aos Padres Franciscanos para fins sociais, nela instalando o famoso Conventinho da Vila Britânia, infelizmente, demolido na década de 1970.

Nessa época, a energia elétrica que abastecia a cidade de Campos do Jordão, era produzida pela “Usina Hidrelétrica Evangelina Jordão”, inicialmente pertencente à Companhia de Eletricidade de Campos do Jordão, idealizada e iniciada no ano de 1918 pelo Dr. Robert John Reid e Alfredo Jordão Junior, passando posteriormente, a partir da década de 1940, para a responsabilidade da antiga CSME - Companhia Sul Mineira de Eletricidade, responsável pela distribuição da energia elétrica para toda cidade, até o ano de 1966.

Por volta dessa década de 1920, segundo relatos antigos, o Dr. Robert John Reid, manteve diversos contatos com a direção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, na tentativa de fornecer energia elétrica, gerada pela Usina Evangelina Jordão, necessária para a eletrificação da ferrovia. Esses contatos não tiveram sucesso. A eletrificação da ferrovia foi inaugurada a partir de 21 de dezembro do ano de 1924 e, no início, a energia elétrica, passou a ser fornecida pela Empresa de Eletricidade São Paulo e Rio, filiada à Companhia Carris, Luz e Força do Rio de Janeiro, a famosa LIGHT, com ponto de entrada de energia elétrica situado no quilômetro cinco da ferrovia, sendo fornecida em 30 KV, trifásica, 60 ciclos, com potência reservada de 1.500 KV.

Na foto, dentre outros, infelizmente não identificados, da direita para a esquerda: Dr. Victor Godinho, Dr. Emílio Marcondes Ribas e Dr. Robert John Reid. É possível que, nessa oportunidade, os anteriormente identificados, além dos contatos necessários na tentativa da eletrificação da ferrovia, aproveitaram para visitar a inédita plantação de chá do Dr. Reid, em Campos do Jordão.

Essa cultura de chá em Campos do Jordão foi tão importante e inédita que, no ano de 1933, chamou atenção do Dr. Júlio Lohmann, catedrático de Química da Escola Politécnica do Rio de Janeiro que chegou a pedir informações ao prefeito municipal sobre a técnica utilizada na plantação de chá, pelo Dr. Roberto John Reid, conforme indicação que lhe chegara, através do livro sobre cultura vegetal do Dr. Gustavo d’Utra.

 

 

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