Foto do final da década de 1940 mostrando, no espaço destinado às Feiras Livres, localizado ao lado do antigo Mercado Municipal de Campos do Jordão onde, atualmente, estão sediados, o Fórum Embaixador José Carlos de Macedo Soares e a segunda Agência do Banco do Brasil, até pouco tempo, Nossa Caixa, Nosso Banco, da Caixa Econômica Estadual, da esquerda para a direita: os irmãos Mário José Furtado e Ismael Furtado, na época, funcionários da Radioemissora de Campos do Jordão; o saudoso Carlos Barreto, de nacionalidade portuguesa, nascido na cidade de Funchal, capital da Ilha da Madeira, a principal do arquipélago da Madeira, com 740,7 Km2, a sudoeste da costa portuguesa, foi um excelente pintor, tendo produzido inúmeros quadros retratando a paisagem de Campos do Jordão durante as décadas de 1930 e 1940. Tinha uma personalidade artística poliédrica, já que foi escultor, compositor, músico, pintor, desenhista, teatrólogo e cronista. Foi também um bom pianista e compositor de diversas músicas.
Escreveu Pedro Paulo Filho: “Carlos Barreto nasceu em Funchal, na ilha da Madeira, em 28 de setembro de 1906, vindo ao Brasil ainda criança, quando seus pais se estabeleceram na cidade de São João da Boa Vista, neste estado de São Paulo. Adoeceu dos pulmões em 1937 e aportou em Campos do Jordão em busca da saúde perdida, como tantos milhares de pessoas. Curou-se e ficou, participando de todos os movimentos artísticos, culturais e cívicos que a comunidade até então promovia para o gueto dos enfermos pulmonares. Casou-se com Hermínia Valentim, com quem teve três filhas: Maria do Carmo, Cléo e Cácy. Era um homem alto e magro, muito bonachão e de grande sensibilidade artística. Faleceu em 14 de agosto de 1951, tendo o Poder Público Municipal dado o seu nome a uma das vias públicas da cidade, na Vila Suíça.”
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