Nesta foto em close, o grande e inesquecível Sebastião de Oliveira Damas.
Natural de Castelo de Paiva - Portugal, onde faleceu com a idade de 87 anos, no dia 11 de janeiro de 1954. Na época, deixou os seguintes filhos: D. Maria de Freitas Damas, casada com o Sr, Antonio de Oliveira Damas, D. Anita Damas Salgado, casada com o Dr. José Antonio Salgado, D. Alice, D. Constância. D. Izabel e Sr. Henrique, estes últimos residentes em Portugal. Deixou, também, na época, trinta netos e 26 bisnetos.
Graças à coragem e ao desprendimento de Sebastião de Oliveira Damas, devemos a construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, cujas obras foram por ele empreitadas e iniciadas com a assistência técnica do Dr. Prudente de Morais, por sua vez coadjuvado pelos engenheiros José Antonio Salgado e Guilherme Winter. Não é pelo fato do Sr. Sebastião de Oliveira Damas, ter sido o empreiteiro das obras. Poderia mesmo esse detalhe não ter qualquer significação, não fossem as condições econômicas precaríssimas em que se encontravam, de um momento para outro, as finanças da empresa concessionária, determinando a paralisação das obras, eis que, a previsão de seu custo foi bem menor do que a que determinou a realidade do desbravamento, do lançamento de pontes, como por exemplo a do Rio Paraíba (160 metros) e outras obras de arte necessárias, ocasionando pesados encargos financeiros para os seus idealizadores. Mas, Sebastião de Oliveira Damas, como os velhos portugueses das conquistas que tanto dignificaram a Pátria-mãe, não era dos que esmorecem ante os obstáculos. A sua empresa, foi salva às vésperas de uma débâcle financeira irremediável, com prejuízo para todos e o que é pior, com a ameaça de paralisação de um melhoramento de há muito sonhado pelos que demandavam Campos do Jordão, pois, o único meio de transporte, na época, era a padiola (para os doentes) e o lombo de burro para os que teimavam em galgar o dorso agreste da Mantiqueira – porque, Sebastião de Oliveira Damas foi a Portugal, empenhar todos os seus bens, a fim de que os serviços não ficassem paralisados.
Assim, com essa dedicação de pioneiro, foi concluído o empreendimento, pelo qual muito trabalharam também os Drs. Emílio Ribas e Victor Godinho. “A Estrada de Ferro Campos do Jordão” foi inaugurada oficialmente, a 15 de novembro de 1914 e pela lei nº 1486 de 15 de dezembro de 1915, o Estado encampou-a em 21 de dezembro de 1922 (lei nº 1940), eletrificando-a. A inauguração dessa nova fase deu-se ao Governo Carlos de Campos em dezembro de 1924. (Almanaque-Histórico de Campos do Jordão de Condelac Chaves de Andrade, pág. 19).
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