Foto história do ano de 1945, mostrando a Escola Dominical da Igreja Metodista de Campos do Jordão.
Na foto, dentre muitos, infelizmente, não identificados, podemos destacar:
Na fileira de trás, da esquerda para a direita: Dália Moreno, Elda Randoli, Áurea Ribeiro, D. Carmélia Nery Randoli, D. Aracy Alves, esposa do Reverendo Oswaldo Alves e D. Eunice.
Ao fundo, em pé, as senhoras: D. Else Diniz e D. Maria Diniz
Na fileira do meio, na mesma ordem: Aracy Ribeiro e Josely Silveira.
Na primeira fileira, na mesma ordem: Naércio Menezes, Asaury Ribeiro, Nairson Menezes, Alexandre Menezes e Ademar Ribeiro, posteriormente, conceituado professor do Colégio Olavo Bilac de São José dos Campos, infelizmente, falecido há uns dois anos.
OBS: Foto gentilmente cedida pela amiga Elda Randoli.
A Igreja Metodista de Campos do Jordão
Foi o tratamento da tuberculose que reuniu um grupo de pessoas interessadas no trabalho evangélico em Campos do Jordão.
Aristides Sarmento, que aportou à Estância em 1930, vindo da Igreja Presbiteriana de Campinas com a família, teria sido o primeiro evangélico de que se tem notícia.
Por volta de 1932, chegava o Rev. Alfredo Amaral, pastor de origem presbiteriana, provavelmente oriundo do Sul de Minas, hospedando-se na Pensão “Sans-Souci” situada na atual Vila Fracalanza, pensão de tuberculosos.
O pastor, mais tarde, tomaria parte na fundação do Sanatório Ebenezer.
Finalmente, surge a figura de Natalino Randoli, que já estivera na Estância de 1925, para tratamento da saúde abalada, a ela retomando em 1933, “recaído de doença, como se falava antigamente das pessoas que adoeciam, se curavam e tornavam a contrair a moléstia”.
Randoli era católico praticante, mas tratava com o Rev. Amaral, na Pensão “Sans-Souci”, inúmeros debates sobre temas religiosos, que avançavam noite à dentro.
Após um desses longos debates, recolheu-se ao leito, onde passou a ler trecho da Bíblia para encontrar a paz espiritual que procurava, convertendo-se à fé evangélica.
Foi o primeiro produto da pregação do Rev. Alfredo Amaral.
Foi no ano de 1932, que começaram a reunir-se Aristides Sarmento e Natalino Randoli, sob a assistência do pastor Amaral, provavelmente, na mesma Pensão “Sans-Souci”, e não obstante o pregador fosse presbiteriano, a literatura utilizada era metodista.
Aos três agregaram-se Aristides Nicoletti, Carlos Marques Patrício, João Calixto, Benedito Silveira Jr. e outros.
Por volta de 1935, começaram a reunir-se em casa de Aristides Sarmento; outras vezes, na residência de Natalino Randoli (1937), ou ainda em salas alugadas (1937), até o ano de 1939, quando foi adquirido um terreno.
Já em 1935, a Congregação, denominada de Sociedade Inter-Evangelizadora de Campos do Jordão, reunia 48 contribuintes.
Cidade de enfermos, e tradicionalmente católica, com inúmeras organizações ligadas à Igreja Católica, não foi fácil vingar o culto metodista. As dificuldades de transporte com o sul de Minas devem ter determinado a transferência de vínculo dos pastores do Vale do Paraíba, pois o acesso a Campos do Jordão se fazia, mais fácil, através da E.F.C.J. e pela rodovia S. José dos Campos - Campos do Jordão.
O certo é que, em nome da Associação da Igreja Metodista, Natalino Randoli adquiria em 1939 um terreno, e em 1944, o rol de irmãos era, oficialmente, determinado pelo Rev. Manuel Alves Pereira, contando 35 famílias.
No mesmo ano de 1939, a Igreja Metodista alugava uma sala do “Casa Verde”, como era conhecido Maurílio Comóglio, situada na Av. Rodrigues Alves, atual Januário Miráglia, em frente ao prédio da Prefeitura, pelo aluguel de 600 mil réis mensais.
O primeiro templo foi erguido em 1944, à rua Francisco de Castro, existente até hoje, que foi construído por Floriano Pinheiro: o salão para escola dominical foi edificado em 1950 e o atual templo em 1976, ao lado do antigo.
Foram pastores da Igreja Metodista os seguintes: Rev. Alfredo Amaral (1932), Rev. Moisés Pinto Ribeiro (1936), ambos de origem presbiteriana, Rev. Manoel Alves de Souza Pereira, organizador da Igreja Metodista (1944), Rev. Carlos Birzenech (1947), Rev. José Duarte Jr., pastor presbiteriano que recebeu ajuda do Rev. Oswaldo Alves, capelão da cidade (1951), Rev. Gerson Soares da Veiga (1956), Sebastião Antero da Silva (1956), Nelson Lacerda (1957), Derel Santee (1959), Pedro K. Yassuda (1962), Anocil Gomes de Paiva (1964), Raul Cavalheiro (1966), Rubens José Gama (1967), Woon Clang Byan (1968), Salmon de Paiva (1971), Jesus Anacleto Rosa (1962), Frederico Nogueira Bastos (1976), Laurindo Prieto (1977), e atualmente o pastor Ezequiel Lopes Pereira, desde 1984.
São considerados primeiros membros da congregação Evangélica em 1944, Natalino Randoli, Aristides Nicoletti e sua mulher, Maria Francisca, Ady Araújo, Luiz Ribeiro do Valle e sua mulher Nair, Carmela Nery Randoli, Ildefonso Randoli, Josué de Barros Campos, José Nosete, Romilda de Campos Oliveira, João Campos Machado, Antonio Abraão Diniz, Maria Diniz, José Hipólito Silveira, José Jair Diniz, Jair Diniz, Ana Conceição Diniz, João Campos, Amorita Diniz, Else Diniz, Laurides Diniz Campos, Raul Serafim, Kárita Isabel Sullivan, Emile Zola Pereira Mendes e sua mulher Elyde, Orlando de Souza Lopes, Altinam Lopes Sampaio, Ângelo Romano, José dos Anjos Lima, Fernando José de Carvalho, Adelaide Mafra, Américo de Castro, Sylas Braga Reis, Doracy Ferreira Lauretti, Izabel Soares Reis, Eleazar de Miranda, Antonia Telles de Alcamir, Rita Souza Lemos, Benedita Soares Furtado, Maria Aparecida Fernandes, Antonia Morais Borges e José Barbosa Meira.
OBS: Consta do livro “História de Campos do Jordão”, da autoria de Pedro Paulo Filho, Editora Santuário, 1986, páginas 372 e 373.
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