BERTHA BAZIN
Foto do início da década de 1900 mostrando a Sra. Bertha Augusta Guilhermina Bazin, de nacionalidade francesa, que faz parte da história de Campos do Jordão. D. Bertha era casada com o Sr.Casimir Etienne Bazile Bazin, proprietário de uma grande área de terras localizada na Vila Velha, atual Vila Jaguaribe, adquirida em 1889 do Dr. Domingos Jaguaribe.
A família Bazin possuía elegante e famosa perfumaria no Rio de Janeiro, que se tornou uma casa tradicional à época.
Casimir Etienne Bazile Bazin.
Quando em 1907 Casimir Etienne Bazile Bazin faleceu, sua propriedade foi partilhada entre seus filhos Leon, acima referido, casado com Bertha Bazin, Gaston Louis Casemire Bazin, Marie Leoni Rosini Bazin, casada com Paul Joffrey e Maria François Rose Bazin.
Em 1913 havia umas 20 casas em Vila Jaguaribe e Dona Bertha Bazin, senhora francesa muito dinâmica, era dona de quase tudo.
O Casarão e os seis chalés de dona Bertha Bazin, estava situado na atual rua Bazin, atrás do Grupo Escolar Dr. Domingos Jaguaribe.
Dona Bertha Bazin costumava sair de trole para a cidade. Só ela possuía um.
Bertha Bazin tinha uma irmã, Helena, casada com Alberto Klabunde, cujos filhos chamavam-se Daniel e Mathilde.
Órfã aos 2 anos de idade, Mathilde foi criada por sua tia, Bertha Augusta Guilhermina Bazin até quando casou-se com Paulo Rabelo Dubieux, e seu irmão Daniel, veio de Santa Catarina, cuidar da Fazenda Bazin, em Campos do Jordão, onde se tornou administrador de sua tia Bertha, cujo falecimento ocorreu a 17 de janeiro de 1938.
Da união de Mathilde com Paulo Rabelo Dubieux, nasceram Viriato Klabunde Dubieux, Waldemar Klabunde Dubieux e Geraldina Dubieux Pereira. Embora acusada de ter retardado o desenvolvimento de Vila Jaguaribe, retendo demasiadamente as propriedades, em detrimento do seu progresso, que por isso não pôde acompanhar a expansão de Vila Abernéssia, Bertha Augusta Bazin foi uma mulher empreendedora, corajosa e estimada pela população de Vila Jaguaribe.
Dona Bertha Bazin doou o terreno onde foi construído, em sistema de mutirão, o centro Espírita “Fé, Esperança e Caridade”, aos sábados e domingos. O Centro foi fundado por Álvaro Abrantes, Joaquim Ferreira da Rocha, Agenor de Oliveira, Augusto Barsaline, Paulo Rabelo Dubieux e Emiliano Barsaline, entre outros.
Foi dona Bertha Bazin que doou o terreno para a construção do Grupo Escolar “Domingos Jaguaribe”, em cujas obras, que foram financiadas por José Ferreira da Rocha, trabalharam Floriano Rodrigues Pinheiro e Antonio Abrantes, entre outros.
Uma gleba das terras pertencentes a Leon Casemire Felix Marie Bazin foi vendida em 1934, pela viúva D. Bertha Bazin, a Paulo Rabelo Dubieux, posteriormente loteada por seu filho Dr. Viriato Klabunde Dubieux, transformada nas Vilas Dubieux e Telma. Outra gleba foi alienada em 1944, pela filha e herdeira de Leon Casemire, Leonice Bazin Stambolos (Duduce), casada com o engenheiro Dimitrius Stambolos, a Victor Khon que a loteou e a transformou na Vila Atalaia.
OBS: Dados adaptados do livro “Ruas da Minha Cidade Campos do Jordão”, da autoria de Arakaki Masakasu, Lis Gráfica e Editora - 1988, página 32 e do Livro “História de Campos do Jordão”, do escritor, advogado e historiador Pedro Paulo Filho, Editora Santuário - 1986.
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