Edmundo e Abilinho - 1949


Edmundo e Abilinho - 1949 - FS195 - 02

Esta é uma foto muito histórica, tirada pelo saudoso amigo Orestes Mário Donato, além das diversas atividades desempenhadas aqui em nossa cidade, foi um dos maiores fotógrafos que já passaram por Campos do Jordão. Essa foto é do ano de 1949. Nessa época Donato que havia chegado a Campos do Jordão no ano anterior, em busca da cura para a tuberculose, estava internado na Pensão do Lauro Candeira. Essa pensão estava estabelecida na casa grande construída por meu avô Joaquim Ferreira da Rocha quando aqui chegou no ano de 1914, junto com a construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão. Nela residiu com a esposa Maria Gütler Rocha e a grande família de 14 filhos até meados da década de 1940 quando se mudou para a cidade de Pindamonhangaba e alugou a casa para o Lauro Candeira.

Eu morava numa pequena casa de madeira situada dentro dessa propriedade pertencente ao meu avô Joaquim. Acabei ficando amigo de todos os doentes que, nessa pensão, buscavam a cura para a terrível doença pulmonar, especialmente do Donato com quem participei, quase diariamente, de muitas caminhadas pela redondeza da atual Vila Fracalanza, em busca de fotografias especiais. Felizmente nunca contraí essa doença terrível.

Numa determinada oportunidade, encontramos com meu amigo de infância e, depois, de toda a vida, Ivo Maciel da Matta, o conhecido Abilinho da Matta, filho do saudoso Sr. Abílio da Matta que morava ali nas proximidades, na Vila Ferraz. Foi aí que Donato teve a feliz idéia de nos fotografar para a posteridade. Essa foto foi tirada mais ou menos no local onde, atualmente, está sediada a Clínica de Fisioterapia CAE-FISIO, do amigo e grande profissional dessa área, Carlos Eduardo Pereira da Silva, o conhecido Caê ou, na pior hipótese, na Rua atrás.

Lembro-me que, nesse dia, o Abilinho usava um chapéu na cabeça. O Donato sugeriu para ficarmos um de cada lado do tronco de um Cedrinho, árvore muito comum em Campos do Jordão, especialmente para a formação de cercas vivas, até hoje existente, embora muito procurada e derrubada por causa da sua excelente madeira. Para melhorar a foto dos meninos, modelos da década de 1940, o Donato tirou seu boné e colocou em minha cabeça para depois tirar a fotografia. Para dois simples moleques dessa época, até que demonstramos algum talento e ficamos bonitinhos.

 

 

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