Bonde Pinda a C. Jordão


Bonde Pinda a C. Jordão - FS228 - 05

Uma foto histórica da década de 1950 mostrando um dos maravilhosos Bondes de carreira da Estrada de Ferro Campos do Jordão. Esses Bondes faziam o percurso normal entre as cidades de Pindamonhangaba e Campos do Jordão e vice-versa, transportando passageiros diversos e turistas, revezando-se com outros Bondes, em quatro horários diários, fazendo os cruzamentos nos alto da Serra, na Estação de Santo Antonio do Pinhal, anteriormente Estação de Eugênio Lefèvre.

Embora esses Bondes tivessem a finalidade de transportar passageiros entre Campos do Jordão e Pindamonhangaba e vice-versa, eram o único meio de transporte para as pessoas que moravam ao longo desse percurso, especialmente, os inúmeros produtores rurais que, durante várias décadas, foram responsáveis pelo abastecimento de frutas, legumes e verduras, para Campos do Jordão, Vale do Paraíba e até São Paulo.

Esse transporte, também, era utilizado pelos filhos dessas pessoas e produtores rurais que moravam ao longo do percurso, único meio de transporte para vir estudar em Campos do Jordão. Vinham cedo, no primeiro Bonde e voltavam no final da tarde, no último. Assim, os Bondes de carreira como eram chamados, também faziam importante trabalho de transporte subúrbio. Grande parte desses produtores rurais eram japoneses ou de descendência nipônica, fazendo parte da famosa e operante Colônia Renópolis, sediada na descida de serra, há alguns quilômetros dessa Estação do Hotel Toriba, já no Município de Santo Antonio do Pinhal.

Na foto, ao fundo, o tradicional Sanatório Nossa Senhora das Mercês, que prestou importantes e relevantes serviços, possibilitando a devolução da saúde a muitos que vieram para Campos do Jordão em busca da cura para a tuberculose. Ao lado direito da foto, no começo, o pequenino e conhecido na época, extra oficialmente, como Bairro do Aníbal, posteriormente, denominado oficialmente como Vila Albertina.

OBS: Foto gentilmente cedida pela Família do Sr. Julio Domingues Pereira, o famoso Seu Julio da “A Bandeirante” (tradicional armazém de Campos do Jordão, de secos e molhados das décadas de 1950 até 1970).

 

 

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