Pedra do Baú - 1950


Pedra do Baú - 1950 - FS228 - 10

Uma foto histórica da Pedra do Baú da década de 1950. É importante prestar atenção de como a paisagem mostrando a Pedra do Baú mudou nestes últimos 65 anos. Na época da foto, praticamente todo Vale do Baú como era chamado, parecia uma grande colcha de retalhos. Era todo recortado pelas diversas culturas mantidas pelos diversos agricultores que moravam na região. Existiam, nessa época, muitas plantações de diversos tipos de verduras e legumes. Parte dessa grande produção era vendida no comércio de Campos do Jordão e a maior parte, enviada para os grandes centros consumidores do Vale do Paraíba e São Paulo. Na época era muito expressiva a produção de batata, cenoura, milho, abóbora, feijão, mandioca e hortaliças diversas, como repolho, alface, chicória, ervilha, couve e outras mais. Também existiam algumas culturas de frutas diversas, próprias para a região.

A Pedra do Baú faz parte do chamado Complexo do Baú. Esse complexo é um conjunto de rochas gnaissicas (Rocha metamórfica feldspática laminada, nitidamente cristalina, e de composição mineralógica muito variável). É formado por três rochas: a Pedra do Baú é a principal, a maior e mais alta, com 1.950 metros de altitude; as outras duas, localizadas ao redor da principal, o Bauzinho, com 1.760 metros de altitude e a Ana Chata, com 1.670 metros de altitude.

Em terras vizinhas a Campos do Jordão, no município de São Bento do Sapucaí, no Estado de São Paulo, no alto da Serra da Mantiqueira, está assentada a majestosa Pedra do Baú. É um imponente bloco de granito com base de 540 metros de comprimento, 40 metros de largura e 340 metros de altura, numa altitude de 1.950 metros. Obrigatoriamente, a Pedra do Baú, um dos principais cartões postais de Campos do Jordão, faz parte do nosso roteiro turístico, podendo ser avistada de quase todo o município.

No início a pedra era conhecida e chamada de Pedra do Embahú (em tupi-guarani = vigia). Também recebeu o nome de Itacolomi (nome indígena = pedra criança, menino de pedra, mãe com o filho). Ainda foi chamada de Canastra (cesta larga e pouco alta, tecida de fasquias de madeira flexível, ou de verga). Posteriormente, em virtude do seu formato retangular, parecido com uma caixa ou mala, foi batizada pelo povo de "Baú" (Caixa retangular de folha de madeira coberta de couro, na qual se guardam roupas brancas e outros objetos).

OBS: Foto gentilmente cedida pela Família do Sr. Julio Domingues Pereira, o famoso Seu Julio da “A Bandeirante” (tradicional armazém de Campos do Jordão, de secos e molhados das décadas de 1950 até 1970).

 

 

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