Na foto da década de 1960, o tradicional Grupo Escoteiro de Campos do Jordão, em frente ao prédio ainda existente onde, na esquina, na época, estava sediado o famoso armazém de secos e molhados “A Bandeirante”, durante muitos anos de propriedade do saudoso Sr. Julio Domingues Pereira que ficou conhecido como “Julio da Bandeirante”. Ao lado, a agência de venda de passagens para os ônibus de turismo que transportavam passageiros aos diversos pontos turísticos da cidade e região, da Empresa de Ônibus Hotel dos Lagos, posteriormente Vila Natal Turismo. Também, ao lado o “Nosso Ponto” - Bar e Bilhares do saudoso Malaquias e a Agência do Banco da Lavoura de Minas Gerais, posteriormente Banco Real. Um pouco mais adiante o saudoso e tradicional Hotel Montanhês, de propriedade do Sr. Wolfgang Böhme e sua esposa D. Érika. Na esquina, atualmente, está sediado o Restaurante “Self-Service” “Serginho”. Na parte superior do prédio estava estabelecido o tradicional Hotel Brasil, na época, de propriedade do saudoso Sr. Gontran Emílio Ballion.
Na fileira da frente, da esquerda para a direita: Victor Hugo Rondon, Julio César Ruggiero, Paulo Sotello, Lucio Flávio Andreoli, Elias Sudhaia, não identificado, não identificado, Carlos Donato Reis, Koite Anzai, não identificado, Afonso dos Santos Junior, Gerson Dinamarco Camargo e Oscar.
Na fileira de trás, na mesma ordem: Dentre muitos não identificados: O penúltimo, Carlos Alberto Ferreira, o Carlão e o último Francisco De Luca.
Grupo Escoteiro de Campos do Jordão
No início da década de 1960, na presença do prefeito municipal, o médico Dr. José Antonio Padovan (31/01/1959 a 31/12/1962), e sob a presidência do engenheiro Marcos Wulf Siegel, foi implantado o “Grupo Jaguara” de escoteiros e lobinhos. Faziam também parte da diretoria professor Harly Trench, Amadeu Carletti Jr. e Arakaki Masakazu. A sede provisória do “Grupo Jaguara” funcionava ao lado do antigo Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão - CEENE. Anteriormente, no ano de 1949, houve um outro grupo precursor de escoteiros denominado “Oyaguara”, dirigido pelo professor Theodoro Corrêa Cintra.
O “Grupo Escoteiro Oyaguara”- (JAGUARA), o 105º, foi fundado em 20/04/1949 chegando passar pelo numeral 139º e percorreu muitos caminhos. Hoje é o 106º e teve seu reinício no dia 21 de abril de 1999. É entidade declarada de utilidade pública por força da lei 2754/03, identificada pelo CNPJ nº 03.298.699/0001-61 e está construindo sua sede própria em terreno localizado no Parque dos Cedros s/nº, em Vila Abernéssia – Campos do Jordão.
“Oyaguara” é a alcunha ou apelido, que identifica a figura singular do sertanista taubateano, do bandeirante Gaspar Vaz da Cunha. Para alguns, “Ouyaguara”; para outros, Jaguará ou Jaguareté, que pela língua da terra (indígena) é o mesmo que “cachorro do mato”, “lobo bravio” ou “lobo solitário”. Inicialmente, Gaspar Vaz da Cunha foi escrivão em Santos, juiz em São Paulo, capitão da Vila de Mogi. Teve vida longa e numerosa família, onze filhos e 55 netos. Entre 1703 e 1704, esse desbravador, por ordem real da Coroa Portuguesa, aventurou-se, a pé ou em lombo de burros, com sua bandeira, a desbravar e abrir caminhos e trilhas que iam, desde o Vale do Sapucaí, atravessando as matas virgens da magnífica e escarpada Serra da Mantiqueira até Pindamonhangaba, indo na direção dos rios Sapucaí e Capivari. Seu objetivo, atingir as minas de Itajiba, atual Itajubá, nas Minas Gerais, para transportar o ouro lá extraído. Mais tarde, esse caminho foi fechado por ordem real.
Gaspar Vaz da Cunha, “O Oyaguara”, nessas suas andanças desbravadoras, encantou-se ao vislumbrar a exuberante e exótica paisagem da região do Rio Sapucaí, com vegetação rica, diferençada das demais, com solo altamente fértil, águas puras, cristalinas e abundantes, de qualidade inigualável. Entusiasmado, acabou fixando residência na região do Rio Sapucaí, sendo dos primeiros a nela se estabelecer, transformando-a em destacado centro comercial de gado. Nunca imaginou que esses caminhos desbravados em terras da Serra da Mantiqueira, um dia, seriam famosos e importantes para o Brasil e para o mundo. Essas terras que, durante muito tempo, foram a rota principal para os transportadores do ouro produzido pelas minas de Itajubá-MG., até Pindamonhangaba-SP., receberam o nome de os Campos do Jordão.
OBS: Esta foto foi disponibilizada no Facebook pelo amigo Carlos Donato Reis.
|