Escoteiros - 1970


Escoteiros - 1970 - FS278 - 03

Na foto da década de 1970, o tradicional Grupo Escoteiro de Campos do Jordão.

Em pé, da esquerda para a direita: Jairo Yamaguchi, Paulo de Souza (Lebrinha), Ricardo Yabu, Elias Sudhaia Sobrinho, Flavio Kikuchi, Alberto "Bundi", Cristovão Anacleto Pereira.

Agachados, na mesma ordem: André Luiz Ferreira da Rocha, Marcio Hidekazu Yamaguchi, Kaoru, Cláudio Luciano Sirin e Mitsuo Marcos Okido.

Grupo Escoteiro de Campos do Jordão

No início da década de 1960, na presença do prefeito municipal, o médico Dr. José Antonio Padovan (31/01/1959 a 31/12/1962), e sob a presidência do engenheiro Marcos Wulf Siegel, foi implantado o “Grupo Jaguara” de escoteiros e lobinhos. Faziam também parte da diretoria professor Harly Trench, Amadeu Carletti Jr. e Arakaki Masakazu. A sede provisória do “Grupo Jaguara” funcionava ao lado do antigo Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão - CEENE. Anteriormente, no ano de 1949, houve um outro grupo precursor de escoteiros denominado “Oyaguara”, dirigido pelo professor Theodoro Corrêa Cintra.

O “Grupo Escoteiro Oyaguara”- (JAGUARA), o 105º, foi fundado em 20/04/1949 chegando passar pelo numeral 139º e percorreu muitos caminhos. Hoje é o 106º e teve seu reinício no dia 21 de abril de 1999. É entidade declarada de utilidade pública por força da lei 2754/03, identificada pelo CNPJ nº 03.298.699/0001-61 e está construindo sua sede própria em terreno localizado no Parque dos Cedros s/nº, em Vila Abernéssia – Campos do Jordão.

“Oyaguara” é a alcunha ou apelido, que identifica a figura singular do sertanista taubateano, do bandeirante Gaspar Vaz da Cunha. Para alguns, “Ouyaguara”; para outros, Jaguará ou Jaguareté, que pela língua da terra (indígena) é o mesmo que “cachorro do mato”, “lobo bravio” ou “lobo solitário”. Inicialmente, Gaspar Vaz da Cunha foi escrivão em Santos, juiz em São Paulo, capitão da Vila de Mogi. Teve vida longa e numerosa família, onze filhos e 55 netos. Entre 1703 e 1704, esse desbravador, por ordem real da Coroa Portuguesa, aventurou-se, a pé ou em lombo de burros, com sua bandeira, a desbravar e abrir caminhos e trilhas que iam, desde o Vale do Sapucaí, atravessando as matas virgens da magnífica e escarpada Serra da Mantiqueira até Pindamonhangaba, indo na direção dos rios Sapucaí e Capivari. Seu objetivo, atingir as minas de Itajiba, atual Itajubá, nas Minas Gerais, para transportar o ouro lá extraído. Mais tarde, esse caminho foi fechado por ordem real.

Gaspar Vaz da Cunha, “O Oyaguara”, nessas suas andanças desbravadoras, encantou-se ao vislumbrar a exuberante e exótica paisagem da região do Rio Sapucaí, com vegetação rica, diferençada das demais, com solo altamente fértil, águas puras, cristalinas e abundantes, de qualidade inigualável. Entusiasmado, acabou fixando residência na região do Rio Sapucaí, sendo dos primeiros a nela se estabelecer, transformando-a em destacado centro comercial de gado. Nunca imaginou que esses caminhos desbravados em terras da Serra da Mantiqueira, um dia, seriam famosos e importantes para o Brasil e para o mundo. Essas terras que, durante muito tempo, foram a rota principal para os transportadores do ouro produzido pelas minas de Itajubá-MG., até Pindamonhangaba-SP., receberam o nome de os Campos do Jordão.

 

 

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