Monteiro Lobato


Monteiro Lobato - FS300 - 03

Esse belo quadro mostrando uma paisagem de Campos do Jordão, foi habilmente pintado pelo saudoso e grande escritor Monteiro Lobato, no ano de 1944. No rodapé do quadro, do lado direito, está a seguinte dedicatória: “A Purezinha, Juca / 944”. Portanto, um quadro que Monteiro Lobato deu de presente para sua esposa D. Purezinha (Maria Pureza de Castro Natividade). Para ela, com certeza, era chamado, carinhosamente, por Juca.

MONTEIRO LOBATO José Bento Renato de Monteiro Lobato, filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Augusta Lobato, nasceu na cidade de Taubaté, situada no Estado de São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Foi registrado com o nome de José Renato Monteiro Lobato. Por decisão própria, de livre vontade, no ano de 1893, com 11 anos de idade, resolveu mudar o nome, adotando o nome do pai, com a intenção de usar a bengala que continha gravadas as iniciais JBML de seu pai.

No ano de 1898, com 16 anos de idade, perdeu seu pai, vitimado por congestão pulmonar e, no ano seguinte, com 17 anos, perdeu sua mãe, Olímpia Augusta Lobato.

Com a morte dos pais sua tutela ficou sob a responsabilidade do avô materno, José Francisco Monteiro (16/12/1830 – 29/03/1911), conhecido como Visconde de Tremembé.

Sua vontade era ter cursado a Escola de Belas Artes, considerando que, desde sua adolescência, descobre seu gosto pelo desenho, levando-o a executar várias caricaturas e desenhos diversos, enviados para jornais e revistas da época. Destacou-se como excelente desenhista, produzindo grande quantidade de cartões postais, e também um exímio pintor, tendo produzido inúmeras e maravilhosas aquarelas. Sua vontade inicial não veio prevalecer. Atendendo à vontade do avô, o Visconde de Tremembé, no ano de 1900, com 18 anos, entrou para a Faculdade de Direito de São Paulo, famosa pelas suas arcadas, situada no Largo de São Francisco, na cidade de São Paulo.

Formou-se em Direito no ano de 1904, com 22 anos de idade. A partir de 1907, com 25 anos de idade, nomeado, passou a exercer as funções de Promotor Público na pequena cidade de Areias, no Vale do Paraíba, Estado de São Paulo.

No ano de 1908, no dia 28 de março, Monteiro Lobato casou-se com a linda Maria Pureza de Castro Natividade (Purezinha) (018.08.1885 - 27.01.1959, com 74 anos de idade). Desse casamento teve quatro filhos: Martha, (março de 1909 - 30.06.1996, com 87 anos de idade); Edgard, (maio de 1910 - 13.02.1943 – portanto, com 32 anos de idade); Guilherme, (26 de maio de 1912 falecido em 10.01.1938), com 26 anos de idade), e Ruth, (1916 - 1972, com 56 anos de idade).

No ano de 1937, comprou um lindo sobrado situado na Avenida Macedo Soares, em Vila Capivari. Na época, o sobrado tinha o número 33, posteriormente, com base em novas demarcações de toda área de Vila Capivari, passou a ser o número 400. Nesse tempo em que Monteiro Lobato morou em Campos do Jordão com a esposa e filhos, no final da década de 1930 e início da de 1940, em frente à sua casa, do outro lado da rua, estava sediado o maravilhoso sobrado pertencente ao benemérito e magnânimo embaixador José Carlos de Macedo Soares, assíduo frequentador de Campos do Jordão – com certeza, um dos grandes amigos de Monteiro Lobato.

Conheci muito bem esse lindo sobrado. Morei durante vários anos na mesma Avenida Macedo Soares, na casa de número 371, quase em frente à casa que, anteriormente, pertenceu a Monteiro Lobato. Nessa época, na casa de número 371 onde morei, estava estabelecida a Imobiliária Rocha, pertencente ao meu pai, Waldemar Ferreira da Rocha. No local, atualmente, está estabelecido o Hotel Europa, de propriedade da Sra. Marisa Pagliacci Bortoloni. Na casa de número 400 morava o saudoso amigo Geminiano Nunes da Silva Rondon Filho, com sua família, as saudosas D. Helena, esposa, e as filhas Cidinha e Marilena. Da família, somente permanece entre nós o filho caçula, o Victor Hugo. Nessa casa, o amigo Rondon instalou, na década de 1960, a concorrente de meu pai, a Imobiliária Rondon, que no local funcionou por vários anos.

A bonita casa que pertenceu a Monteiro Lobato, lamentável e infelizmente, foi demolida na década de 1990, deixando de ser preservada, por meio do devido tombamento por iniciativa dos poderes Legislativo e Executivo municipais, em homenagem à passagem de Monteiro Lobato por Campos do Jordão. Estava situada no local onde atualmente está estabelecido o “Fort House”, ao lado do “Cadij Shopping Center”, em frente ao atual “Center Suíço”, local em que estava a casa que pertenceu ao saudoso e inesquecível embaixador José Carlos de Macedo Soares.

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