Floriano Rodrigues Pinheiro


Floriano Rodrigues Pinheiro - FS303 - 03

Floriano Rodrigues Pinheiro -Filho de Manoel Pinheiro e de Josepha Rodrigues da Conceição, nasceu em Portugal em 17/janeiro/1896, na Freguesia de Bairros, no Concelho de Castelo de Paiva, Distrito de Aveiro. Seu registro de nascimento foi lavrado no dia 26/janeiro/1896, na Igreja de San Miguel, sob nº 5. Seus avós Paternos foram: Miguel Pinheiro e Jeronyma Rodrigues Moreira. Seus avós maternos foram: Manoel de Souza e Maria Rodrigues da Conceição. Seu irmão João Rodrigues Pinheiro também veio para o Brasil e residiu em Campos do Jordão até seus últimos dias de vida. Também era conterrâneo do Empreiteiro da Estrada de Ferro Campos do Jordão, Sr. Sebastião de Oliveira Damas que o trouxe para o Brasil para trabalhar na construção da Ferrovia. Até que fosse iniciada essa construção, por mais ou menos um mês, trabalhou prestando serviços de cantaria na construção da Catedral da Sé, na cidade de São Paulo.

Na época da construção da ferrovia, de profissão "canteiro", especializado na arte da "cantaria", ou seja, em trabalhos com pedras, teve papel importante na construção dos pilares da majestosa Ponte Metálica sobre o Rio Paraíba.

Chegou a Campos do Jordão, no ano de 1914. Como muitos que a Ferrovia trouxe para cá, foi muito importante para o progresso da cidade. Por isso, faz parte da nossa história.

Floriano Rodrigues Pinheiro radicou-se definitivamente em Campos do Jordão e nunca mais saiu. Casou-se com Isabel, filha de Joaquim Ferreira da Rocha e Maria Gütler Rocha. Joaquim, seu sogro, também trabalhou na construção da Ferrovia e era seu conterrâneo da mesma cidade de Portugal.

Floriano, na década de 1920, montou, juntamente com o sogro, uma das primeiras Construtoras de Campos do Jordão a "Rocha e Pinheiro". Mais tarde, com a aposentadoria do sogro, a Construtora passou para sua propriedade e responsabilidade. A “Construtora Pinheiro” montou, no atual bairro do Britador, a primeira máquina para britar pedras para uso na construção civil em geral. Montou, também, uma carpintaria e marcenaria para a confecção de portas, janelas, esquadrias diversas e até caixões funerários. O britador por ele montado foi, posteriormente, cedido para a Prefeitura Municipal.

Na década de 1930, Floriano e pequeno grupo de amigos benevolentes iniciaram a construção de sanatórios populares, visando dar condições humanas às necessidades dos indigentes tuberculosos que para cá vinham em busca da cura. Nessa época, três sanatórios populares foram edificados: O S-1 para crianças, o S-2 para mulheres e o S-3 para homens. A partir dessa iniciativa vieram o apoio popular, as pensões e a assistência médica.

Essa Construtora perdurou até meados da década de 1980. Foi responsável pela construção de inúmeras e grandiosas obras em Campos do Jordão. Dentre elas, o tradicional Hotel Toriba, a Igreja de Santa Terezinha, o Dispensário Emílio Ribas no ano de 1924, a casinha abrigo no alto da Pedra do Baú, sob o patrocínio do Sr. Luiz Dumont Villares, a primeira usina de energia elétrica da Companhia de Eletricidade de Campos do Jordão, de propriedade de Alfredo Jordão e Robert John Reid; da Santa Casa de Campos do Jordão “Hospital Dr. Adhemar de Barros”; dos Sanatórios N.S. das Mercês, Ebenezer e boa parte do prédio do Preventório Santa Clara, do Palácio Boa Vista, até a fase de cobertura, do Grupo Escolar Domingos Jaguaribe, da “Indústria Belfruta”, fabricante do famoso destilado de maçã “Calvila”, da Sede do Banco Mercantil de São Paulo, do primeiro bloco do Hotel Estoril e muito mais. Floriano foi vereador à Câmara Municipal de Campos do Jordão, na segunda e terceira legislaturas, nos anos de 1952 a 1955 e 1956 a 1959. Faleceu em Campos do Jordão no dia 03 de outubro de 1981.

Em sua homenagem, por todo trabalho realizado em Campos do Jordão, o Bairro situado nos altos da Vila Ferraz leva o nome de Jardim Floriano Pinheiro. Também, a Rodovia SP.123 que liga Campos do Jordão à via Dutra, na altura de Quiririm e Taubaté, leva o nome de Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro.

 

 

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