Alemães do Windhuk e familiares na Igreja Metodista de Campos do Jordão
Foto da década de 1960, do dia do batizado da Doris, filha do Willhelm Patzke e Anne e Crisma da Helga Schlote e Ingrid Ptzke.
De cima para baixo:
Na foto, na primeira fileira, da esquerda para a direita: Willie Schlote (Chefe do Bar do Grande Hotel) e D. Irene (esposa), atrás MAX Ambühl, Hermine Schnur (ainda viva), Willhelm Patzke, Alfredo Kunzle (cozinheiro do Grande Hotel que depois construiu o Hotel Ascona), Arnaldo Weigand, Sra. Friedel Krause, esposa do Sr. Paulo Krause e seu marido Paulo Krause (Construtor em Campos do Jordão), à sua frente sua filha Inge Krause e seu marido Fritz Machthans.
Na segunda fileira, na mesma ordem: Heide Ambühl (Adelaide) e a mãe Margaretha Ambühl, Sra. Oma, mãe da D. Irene Schlote, Heinrich Hillebrecht (proprietário do Grande Hotel) a esposa Anna Hillebrecht, esposa do Sr. Heinrich e demais Não identificados.
Na terceira fileira, na mesma ordem: Pedro Ambühl e a irmã Ruth Ambühl, Edina Calleres do Amaral, uma senhora com criança no colo, Heinz Böhme e a esposa D. Margarida, Não identificada, D. Érika Böhme, três não identificadas.
Na quarta fileira, na mesma ordem: Duas não identificadas, Ingrid Patzke, Helga Schlote, em frente a Helga - Ricardo Henrique Bartl e Pedro Schnur Jr. (filho da D. Hermíne Schnur), Paul Scherer e esposa Esther e não identificado.
Na quinta fileira, na mesma ordem: Renate Böhme Filha da D. Érika Böhme e Wolfgang Böhme, Gerhard Erich Böhme, Peter Böhme, Monika Götze, filha de Hermine e irmã de Pedro Schnur Jr., Karla Böhme, Karin Scherer filha de Paul Scherer e Ester, uma Sra. esposa do Pastor Zander (pessoa que, em sala especial, ensinava religião para as crianças menores, para não atrapalhar os cultos), o Pastor Zander, com vestimenta de com gola branca. O Pastor era da Igreja da Paz, São Pauo-SP localizado à rua Verbo Divino. Muitas das vezes, durante o café da tarde comunitário depois do culto, realizado no Salão da Igreja Metodista ou no Hotel Montanhês ou na casa de alguém da comunidade, quando o Pastor Zander vinha de São Paulo, sempre trazia algum filme bonito para todos assistirem durante o café.
Um pouco da história do famoso navio alemão Windhuk e dos tripulantes que foram importantes para a história e cultura de Campos do Jordão.
O famoso navio alemão Windhuk, no dia 21 de julho de 1939 partiu da Alemanha com destino à África do Sul, transportando 400 passageiros e 250 tripulantes. Os passageiros tinham como objetivo participar de safáris ou negócios comerciais. Já em plena África do Sul terrível a notícia do início da Segunda Guerra Mundial no dia 01 de setembro de 1939. Em plena Guerra o navio Windhuk passou a ser perseguido e teve que fugir das embarcações da marinha inglesa e, por isso, acabou por desviando a sua rota de retorno, aportando primeiramente em Angola e depois, acabou ancorando no porto de Santos no dia 07 de dezembro de 1939. Terminada a guerra no dia 02 de setembro de 1945, depois de ficarem aprisionados em campos de concentração no Vale do Paraíba, muitos, no de Pindamonhangaba de 1942 a 1945, foram libertados. Vários desses tripulantes vieram para Campos do Jordão para trabalhar nos tradicionais e maravilhosos - Hotel Toriba e Grande Hotel. Cada um tripulante do navio tinha as suas especialidades profissionais.
Vários desses alemães que pertenciam à tripulação do navio Windhuk vieram para Campos do Jordão – 34 ao todo. Para cá vieram graças à intervenção do também alemão Henrique Hillebrecht, visando ao aproveitamento da mão de obra ociosa dos alemães do Windhuk. Destacaram-se no ramo da hotelaria, especialmente nos hotéis Toriba e Grande Hotel, na época de sua propriedade comercial, como músicos, barmen, cozinheiros, garçons, maîtres d´hotel, gerentes de hotel, cabeleireiros, confeiteiros. Graças ao Sr. Henrique Hillebrecht, esses alemães fincaram as primeiras estacas da infraestrutura hoteleira de Campos do Jordão. Trabalharam em diversas atividades ligadas ao ramo da hotelaria e do bom atendimento ao turista.
Os tripulantes do navio alemão de 17 mil toneladas, com 176 metros de comprimento, 22 de largura e 9,6 de calado, da Deutsche Afrika Linien e da Woermann Linien, denominado Windhuk, que zarpou de Hamburgo, na Alemanha, em 21 de julho de 1939, para iniciar sua rota normal, oceano adentro, jamais poderiam imaginar que, por alguma fatalidade, muitos anos mais tarde, haveriam de interligar-se à história de Campos do Jordão.
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