Foto da Vila Abernéssia, da década de 1940.
No primeiro plano à esquerda, parte do espaço que era ocupado pela Feira livre e o prédio do tradicional, antigo, maravilhoso e saudoso Mercado Municipal que funcionou até a década de 1960. Ao lado, o prédio do antigo Posto Policial e Cadeia Pública. Neste local, atualmente, está instalado o prédio onde,.
O antigo prédio do Posto Policial e Cadeia Pública, estava situado ao lado do antigo Mercado Municipal, em parte da praça existente ao lado do local onde, durante muitos anos, funcionou a Caixa Econômica Estadual - Nossa Caixa Nosso Banco e, posteriormente, a segunda agência do Banco do Brasil. Localizava-se também, quase em frente à atual Agência do Banco Santander e ao lado da antiga “A Campineira”, armazém de secos e molhados de propriedade do Sr. Paulo Cury, ex-prefeito Municipal de Campos do Jordão, local onde hoje está sediada a Drogaria São Paulo. Do lado esquerdo do Mercado Municipal, atualmente, está sediado o Fórum Embaixador José Carlos de Macedo Soares.
Duas curiosidades marcantes. Naquela época, na década de 1940, esse Posto Policial não contava com qualquer tipo de viatura. Apenas um único soldado era o responsável para dar segurança para toda cidade. Normalmente contava com um Delegado nomeado dentre as pessoas integras e conceituadas da cidade. Meu avô, Joaquim Ferreira da Rocha foi um desses delegados nomeados.
Outra curiosidade. Esse Posto Policial e cadeia pública, ficava ao lado do Mercado Municipal. Do lado esquerdo de quem adentrava o Mercado ficavam os açougues especializados em carne de vaca, como era comum dizer na época, hoje, carne bovina. Do lado direito, os açougues especializados em carne de porco, atualmente, carne suína. Os açougues eram especializados e não vendiam os dois tipos de carne.
O espaço existente entre os açougues de carne de porco e a cadeia pública não passava de dois metros e meio ou pouco mais. Diziam na época, que os presos pediam para amigos ou conhecidos que passavam pela rua que arrumassem uma vara de bambu bem comprida. Na calada da noite, da janela da cela estendiam a vara de bambu e, através da grade de ferro dos açougues, “pescavam” as lingüiças de carne de porco que ficavam penduradas nos varais próprios dentro do açougue. Depois de fisgadas, as lingüiças, eram fritas em latas com chama de álcool, que também pediam aos amigos. Feito isso, saboreavam o produto da “pescaria” clandestina, com o pão que recebiam das pessoas caridosas que, todas as tardes, iam comprar nas Padarias Santa Clara e Pinheiro, dos saudosos Victor Gonçalves e João Pinheiro.
Ao centro da foto a Rua Brigadeiro Jordão e três prédios. O prédio da esquerda foi demolido e totalmente reformado. No prédio antigo, durante muitos anos, esteve estabelecido o Hotel São Francisco, na esquina com a travessa, Próspero Olivetti que dá acesso à Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus. O prédio ao centro, embora tenha sofrido algumas reformas, praticamente continua como era no passado. Neste prédio, durante muitos anos, ficou estabelecido o Cartório de Notas e Ofícios. O prédio da direita foi totalmente reformado. Nesse local, atualmente, está o Restaurante Paratodos e o Chaveiro São Paulo.
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