Esta foto histórica aérea e histórica da autoria do amigo Amauri da Dolomiti, mostra na totalidade o prédio da antiga e saudosa Santa Casa de Misericórdia de Campos do Jordão “Hospital Dr. Adhemar de Barros”, na década de 1990.
O Dr. Adhemar Pereira de Barros juntamente com sua esposa Dona Leonor Mendes de Barros foram grandes responsáveis pela criação da nossa Santa Casa de Misericórdia de Campos do Jordão; participaram do lançamento da sua pedra fundamental em 29 de julho de 1939 e, depois, da sua reconstrução, em 24 de junho de 1948, já que um incêndio havia destruído parcialmente o prédio. Posteriormente a Santa Casa passou a se chamar, com muito mérito, “Hospital Dr. Adhemar de Barros”. Infelizmente, o referido hospital foi fechado em 2005, por diversos problemas, especialmente financeiros, porém sem apoio necessário das diversas autoridades governamentais. Infelizmente atualmente, está totalmente abandonado e depredado.
Pequeno histórico sobre a Santa Casa de Campos do Jordão “Hospital Dr. Adhemar de Barros”.
Em 29 de julho de 1939 era lançada a pedra fundamental do Hospital, em presença do Dr. Álvaro Figueiredo Guião, Secretário da Educação e Saúde Pública de São Paulo, representando o Interventor Adhemar Pereira de Barros (27/04/1938 a 04/06/1941).
A 25 de janeiro de 1944, era oficialmente inaugurado o Hospital de Campos do Jordão “Dr. Adhemar de Barros”, em presença do próprio ex-interventor (27/04/1938 a 04/06/1941) e sua esposa, a primeira-dama do Estado, dona Leonor Mendes de Barros, presentes o Bispo Diocesano de Taubaté, Dom Francisco Borja do Amaral e o Mons. João José de Azevedo, Vigário Capitular da Diocese.
Sob o coro dos Padres Salesianos, o frei João Crisóstomo Arns, da Ordem dos Frades Menores - O.F.M., (irmão do Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns e da saudosa cidadã honorária D. Zilda Arns, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança), celebrou uma missa em ação de graças, seguindo-se a inauguração do busto de Adhemar Pereira de Barros, ocasião em que o Dr. José Arthur da Motta Bicudo discursou em nome da Diretoria do Hospital.
Um trágico acontecimento, porém, estava reservado ao povo de Campos do Jordão: é que na madrugada do dia 29 de julho de 1945, exatamente 6 anos após o lançamento da pedra fundamental, irrompeu pavoroso incêndio que destruiu o Hospital.
A 1° de maio de 1946 era lançada a pedra fundamental das obras de reconstrução do Hospital, presentes o Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota, o Interventor Federal, José Carlos de Macedo Soares, Antonio Cintra Gordinho, Secretário da Fazenda, o prefeito Lourival Francisco dos Santos, o Juiz de Direito, Nelson Filizola, Roberto Simonsen, Presidente da Federação das Indústrias, Monsenhor João José de Azevedo e o Dr. Adhemar Pereira de Barros.
Em 8 de dezembro de 1955, foi reinaugurada a Maternidade e Pronto Socorro do Hospital, após 10 anos de interrupção, com missa celebrada em sua Capela por Frei Getúlio Reimann, O.F.M., tendo o Monsenhor José Vita procedido a bênção das instalações. Para surpresa geral, o primeiro nascimento ocorria nesse mesmo dia, vindo ao mundo uma linda menina, filha de Cilene Farina Rotondano e Geraldo Rotondano, assistida pelo Dr. Silvestre Ribeiro.
A Maternidade da Santa Casa de Campos do Jordão foi construída graças à valiosíssima doação em dinheiro para a sua construção por parte do Sr.João Rodrigues da Silva, conhecido como João Maquinista. A Maternidade, por esse gesto generoso, recebeu o nome do seu patrocinador/doador que, anteriormente já havia doado grande área de terreno ao Hospital Dr. Adhemar de Barros. Controvertida foi sua personalidade, admirado por alguns, odiado por outros. Foi grande proprietário de casas e terrenos em Campos do Jordão. Era muito caridoso e deixava transparecer essa virtude, nos repetidos gestos, que tomava, doando terrenos para a construção de sanatórios e hospitais.
Doou terrenos para a Associação dos Sanatórios Populares de Campos do Jordão, para o asilo São Vicente de Paulo, para trabalhadores de vila operária, núcleo modesto, ao norte da Vila, tratado pitorescamente de Favela.
Na oportunidade da inauguração da Maternidade o Sr. João Rodrigues da Silva, o João Maquinista já havia falecido, sendo representado por sua esposa conhecida por Dona Sinhá.
O Jubileu de Prata, realizado em 6 de janeiro de 1964, contou com a presença do Governador do Estado de São Paulo, Dr. Adhemar Pereira de Barros (31/01/1963 a 06/06/1966) e sua esposa dona Leonor Mendes de Barros, que assistiram missa celebrada pelo frei Dídimo Strunck, O.F.M. na Capela do nosocômio, ocasião em que o Governador de S. Paulo inaugurou o pavilhão superior.
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