João Maquinista, o João Rodrigues da Silva


João Maquinista, o João Rodrigues da Silva - FS3 15

João Rodrigues da Silva, o conhecido João Maquinista. Controvertida foi sua personalidade, admirado por alguns, odiado por outros. Foi grande proprietário de casas e terrenos em Campos do Jordão. Era muito caridoso e deixava transparecer essa virtude, nos repetidos gestos, que tomava, doando terrenos para a construção de sanatórios e hospitais.

Doou terrenos para a Associação dos Sanatórios Populares de Campos do Jordão, para o asilo São Vicente de Paulo, para trabalhadores de vila operária, núcleo modesto, ao norte da Vila, tratado pitorescamente de Favela. Doou também, grande área de terreno ao Hospital Dr. Adhemar de Barros, tendo, além desse donativo, feito outro, valiosíssimo, em dinheiro para a construção da Maternidade, que, enquanto em atividade até 2005, eternizava seu nome.

Foi apelidado Maquinista antes de vir para a Vila Nova de Campos do Jordão, atual Vila Abernéssia, quando trabalhava na Fazenda do Baú, de seu sogro e lidava com máquinas e monjolos. Era homem dinâmico e de visão comercial. O velho português emprestava dinheiro, a juros, suprindo a ausência de estabelecimentos bancários na cidade, e assim fazendo, estimulava o crescimento e a concretização de negócios.

Por problemas relacionados a divisas de suas terras com as terras do engenheiro José Magalhães, infelizmente acabou por assassiná-lo, com um certeiro tiro de espingarda, bem no meio da cabeça, na entrada da Vila Ferraz. Por três vezes foi julgado na Comarca de São Bento do Sapucaí, foi absolvido.

(Pedro Paulo Filho - Livro História de Campos do Jordão)

 

 

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