FLORADAS NA SERRA
Cartaz original de propaganda do Filme Floradas na Serra.
Nas próximas duas semanas, 13/05 a 19/05/2011 e 20/05 a 26/05/2011, estaremos publicando nas “Fotos Semanais”, série de fotografias do Filme “Floradas na Serra”, mostrando um pouco de Campos do Jordão na época das filmagens, nos anos de 1953 e 1954.
Algumas fotos foram gentilmente cedidas pelo Hotel Fazenda Mazzaropi - Taubaté-SP., detentora de importantes registros desse filme e de outros produzidos pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz.
A maioria das cenas mostradas foram refotografadas do vídeo - DVD do filme - distribuído por AMAZONAS Filmes Ltda., fabricado por ÁGATA Tecnologia Ltda., gentilmente cedidas pelo amigo José Luiz Esteves.
Abaixo, ”, uma pequena sinópse do filme e dados sobre os atores principais CACILDA BECKER e JARDEL FILHO e elenco dos atores que participaram do filme e um pouco sobre a Companhia Cinematográfia Vera Cruz, estúdio cinematográfico responsável pelas filmagens do filme “Floradas na Serra.
O FILME FLORADAS NA SERRA
Ficha Técnica
Título original: Floradas na Serra
Gênero: Drama
Duração: 100 min.
Lançamento (Brasil): 1954
Estúdio: Vera Cruz
Distribuição: Columbia Pictures do Brasil
Direção: Luciano Salce
Roteiro: Fabio Carpi
Produção: Vera Cruz
Música: Henrique Simonetti
Fotografia: Ray Strurgess e H.E. Fowle
Desenho de produção: João Maria dos Santos
Edição: Oswald Haffenrichter e Mauro Alice
Baseado no romance homônimo de Dinah Silveira de Queiroz, "Floradas na Serra" é um bom filme nacional.
Realizado pelo diretor Luciano Salce, o filme narra a história de amor entre um homem e uma mulher, quando se conhecem numa clínica para tratamento de tuberculose na bela cidade de Campos do Jordão.
Além do excelente trabalho de Salce, "Floradas na Serra" apresenta ainda uma bela fotografia, que explora muito bem as belezas da cidade paulista, uma ótima trilha sonora e as interpretações de dois grandes atores, Jardel Filho e Cacilda Becker, com destaque para esta última que está magnífica no papel de Lucília.
Floradas na Serra é o décimo oitavo e derradeiro filme da Vera Cruz: "o clima melancólico que cerca a Companhia parece impregnar todas as cenas de sua última grande produção", nas palavras de Inimá Simões. Neste drama folhetinesco, ambientado em Campos do Jordão, Lucília, ao descobrir que está com tuberculose, é obrigada a seguir um rigoroso tratamento. Depois de algum tempo, ela decide fugir. Na estação, conhece Bruno, por quem se sente atraída, perde o trem e volta à pensão em que se hospedava, na esperança de seu amor por Bruno ajudá-la na recuperação da saúde. Entretanto, as coisas tomam outro rumo, e Lucília acaba por se ver só e desesperada em meio à beleza do lugar.
ELENCO
• Cacilda Becker - Lucília de Castro Reis
• Jardel Filho - Bruno
• Ilka Soares - Elza Maia
• John Herbert - Flávio
• Célia Helena - Turquinha
• Miro Cerni - Dr. Celso
• Rubens Costa - Moacir
• Marina Freire - Dona Sofia
• Sílvia Fernanda - Olívinha
• Gilda Nery - Belinha
• Liana Duval - Firmina
• Lola Brah - Olga
• Bárbara Fazio
• Jaime Barcellos - Gerente do Hotel
• Luiz Carlos Becker
• Célia Biar (voz)
• Renato Consorte
• Camila Cardoso
• Wilma Chandler
• João Maria de Abreu
• Rubens de Falco
• Henri de Zeppelin
• Bárbara Fazio
• Marcello Fiori
• Marina Freire
• Geraldo Gabriel
• Galileu Garcia
• Sérgio Hingst
• Zélia Ianello
• Fleury Martins
• Irma da Cunha Mattos
• Ralpho da Cunha Mattos
• Margarida Mayer
• Pedro Moacir
• Maria Luiza Ourdan
• Jaime Pernambuco
• Sidnéia Rossi
• Luciano Salce
• Alfredo Simoney
• Maria Luiza Splendore
• José Mauro de Vasconcelos
Cacilda Becker Iaconis (Pirassununga, 6 de abril de 1921 — São Paulo, 14 de junho de 1969) foi uma atriz brasileira, um dos maiores mitos dos palcos nacionais.
Filha do imigrante italiano Edmondo Yáconis e de Alzira Becker, Cacilda tinha apenas nove anos quando seus pais romperam o casamento e sua mãe viu-se obrigada a criar três filhas sozinha, uma delas a também atriz Cleyde Yáconis. Por este motivo, fixaram-se na cidade de Santos, onde Cacilda ainda jovem frequentou os círculos boêmios e mais vanguardistas, já que por ser filha de pais pobres e separados não podia estabelecer amizade com pessoas da alta sociedade.
Cacilda começou no teatro paulista como atriz amadora e se profissionalizou em 1948. Neste ano, Nydia Lícia recusou um papel na peça "Mulher do Próximo", de Abílio Pereira de Almeida, produzida pelo Teatro Brasileiro de Comédia- TBC, para não ter que beijar nem dizer "amante" em cena, pois isto podia lhe custar o emprego numa importante loja. Cacilda, que a substituiu, exigiu ser contratada como profissional, acabando com o velho preconceito de que artista sério deveria ser diletante
Em 30 anos de carreira, Cacilda encenou 68 peças, no Rio de Janeiro e em São Paulo; fez dois filmes (Luz dos Seus Olhos em 1947 e Floradas na Serra, em 1954) e uma telenovela (Ciúmes, em 1966), na TV Tupi além de outras participações em teleteatros na televisão, foi Cacilda quem inaugurou o Teatro Municipal de São Carlos com a peça Esperando Godot no começo de 1969.
Cacilda provocava paixões avassaladoras e teve três maridos. Durante a apresentação do espetáculo Esperando Godot, que encenava com o marido Walmor Chagas, na capital paulista, em 6 de maio de 1969, Cacilda sofreu um derrame cerebral e foi levada para o hospital, ainda com as roupas de seu personagem. Morreu após 38 dias de coma e foi enterrada no Cemitério do Araçá, com a presença de uma multidão de admiradores.
FONTE : Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jardel Frederico De Bôscoli Filho, (São Paulo, 24 de julho de 1927 — Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 1983m - com 55 anos) foi um ator brasileiro.
A arte de representar - em todas as suas facetas esteve presente na vida de Jardel Jercolis Filho todos os dias, do primeiro ao último. Nascido em família tradicional de artistas, seu pai foi o empresário teatral Jardel Jercolis e sua mãe a atriz Lídia Bôscoli, tendo seu parto acontecido em São Paulo durante uma temporada artística da companhia paterna naquela cidade. Por dificuldades financeiras, sua mãe ficou mais de um mês na maternidade até que houvesse como pagar o parto e retornar ao Rio de Janeiro. Na adolescência tentou a carreira militar, mas o chamado do palco acabou por leva-lo ao teatro, onde estreou na Companhia Dulcina & Odilon, trabalhando a seguir com Bibi Ferreira e Henriette Morineau. Sua primeira experiência de uma longa carreira cinematográfica - que como a de muitos seus colegas se desenvolveu paralela à televisão - foi em Domino Negro em 1949.
Filho de um empresário de espetáculos musicais, Jardel Frederico de Boscoli e da atriz Lodia Silva, ele foi aluno do Colégio Militar do Rio de Janeiro e estreou no teatro aos dezesseis anos, com a peça "Desejo", de Eugene O'Neill, em montagem dirigida por Zbigniew Ziembinski. Pela interpretação, recebeu o Prêmio de Revelação do Ano.
Com a morte do pai e levado pelas mãos de Miroel Silveira, Jardel entrou para o teatro na década de 40 e nunca mais largou a carreira artística.
Com a peça Jezebel, ganhou medalha de ouro da ABCT. Trabalhou na Companhia Cinematográfica Vera Cruz, para a qual fez, entre outros, filmes como Floradas na serra e Uma pulga na balança.
Fez parte do elenco de trinta filmes, entre outros, Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, Pixote, a Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco, Terra em Transe, obra-prima de Glauber Rocha e filme emblemático do Cinema Novo'; "O Bom Burguês" de Oswaldo Caldeira, em 1982 e "Rio Babilônia" de Neville D'Almeida que foi seu último trabalho no cinema e que estreou depois da morte do ator.
Versátil, trabalhou muito em televisão, onde atuou em 17 novelas e minisséries, como O Bofe, de Bráulio Pedroso, Verão Vermelho e O Bem Amado, de Dias Gomes, O Homem que Deve Morrer, Fogo Sobre Terra e Coração Alado, todas de Janete Clair; Brilhante de Gilberto Braga; "O Espantalho" de Ivani Ribeiro e "Memórias de Amor de Wilson Aguiar Filho.
Ele morreu em plena atividade, vítima de um ataque cardíaco em sua casa numa manhã de sábado, quando gravava os últimos vinte capítulos da novela "Sol de Verão", escrita por Manoel Carlos, na Rede Globo, fazendo com que o fim do folhetim fosse antecipado. Seu personagem Heitor saiu da trama com uma viagem repentina.
Foi homenageado no ano de seu falecimento pelo então governador Chagas Freitas que batizou o recém-construído viaduto da rua Soares Cabral com seu nome.
Foi casado com a empresária Maria Augusta Nielsen e com as atrizes Márcia de Windsor, Glauce Rocha e Myriam Pérsia e deixou duas filhas, Tânia Bôscoli, também atriz, e Adriana de Boscoli, produtora, filha de Beth, sua última esposa, deixando como netos José Maria e Frederico de Boscoli.
FONTE : Wikipédia, a enciclopédia livre.
A COMPANHIA CINEMATOGRÁFICA VERA CRUZ
A Companhia Cinematográfica Vera Cruz foi o mais importante estúdio cinematográfico brasileiro da década de 1950, tinha sido fundada em São Bernardo do Campo pelo produtor italiano Franco Zampari e pelo industrial Francisco Matarazzo Sobrinho em 4 de novembro de 1949.
Alimentada por empresários paulistas, a Vera Cruz existiu durante quatro anos e realizou 22 filmes de longa-metragem, marcando época no cinema brasileiro, considerada o primeiro estúdio em moldes profissionais do país.
Seus estúdios de mais de 100.000 m² ocuparam o que antes era uma granja da Família Matarazzo e receberam material técnico de vanguarda, bem como profissionais do exterior. Todo investimento se refletiu em prêmios internacionais, como o filme O cangaceiro, premiado no Festival de Cannes. Foi na Vera Cruz que surgiu uma das mais importantes personalidades do cinema brasileiro: Amácio Mazzaropi, indiscutível campeão de bilheteria até a década de 1970.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial e da ditadura do Estado Novo, em 1945, São Paulo vive um momento de efervescência cultural. Revistas de divulgação artística, conferências, seminários e exposições agitam a vida paulista.
No final dos anos 40, são inaugurados o Museu de Arte Moderna e o MASP - Museu de Arte de São Paulo. Na mesma época, Franco Zampari, empresário de origem italiana, monta uma companhia teatral de alto nível, o TBC - Teatro Brasileiro de Comédia. Cresce o interesse pelo cinema. Intelectuais fundam cineclubes e movimentam grupos de debates.
"Do planalto abençoado para as telas do mundo" era o slogan da companhia, dando mostras de sua ambição: atingir padrões internacionais. Os primeiros anos da Vera Cruz foram, contudo, caóticos.
"Produção Brasileira de Padrão Internacional." Com este lema, a Vera Cruz se propõe a realizar um cinema brasileiro em bases industriais. A primeira produção da Vera Cruz é o filme Caiçara dirigido por Adolfo Celi.
"Caiçara" é todo filmado em Ilhabela, litoral de São Paulo, para onde foram deslocados o elenco, a equipe técnica e os pesados equipamentos de filmagem. O lançamento de "Caiçara" é feito com grande publicidade. A protagonista foi Eliane Lage.
O sonho brasileiro de uma indústria de cinema dura poucos anos. Em 1954, a Companhia Vera Cruz entra em declínio. Entre os motivos de sua decadência está a ausência de um sistema próprio de distribuição. Os distribuidores e os exibidores ficavam com mais de 60% da arrecadação. Havia ainda a dificuldade de colocar o filme brasileiro no competitivo mercado internacional.
A Vera Cruz é prejudicada também pela concorrência desigual com os filmes estrangeiros no Brasil. O preço dos ingressos das salas de cinema era tabelado. A inflação diminuía o valor real do ingresso e fazia cair a arrecadação dos filmes. Para os filmes estrangeiros norte-americanos, o governo brasileiro pagava a diferença entre o câmbio do dólar oficial e do paralelo.
Apesar de só ter durado alguns anos, a Vera Cruz formou uma geração de cineastas e profissionais de cinema. A qualidade técnica e artística de seus filmes marcou uma época e mostrou a viabilidade do cinema brasileiro.
Michael Stoll, um dos técnicos de som, fundou mais tarde o estúdio paulista Álamo, em 1972.
FONTE : Wikipédia, a enciclopédia livre.
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