O nosso pinho-bravo


O nosso pinho-bravo - FS4 09

Pinheiro-bravo ou pinho-bravo, nosso segundo pinheiro de Campos do Jordão

Nome cientifico: Podocarpaceae lambertti Klotzsc. Família: Podocapaceae

Sinonímia botânica: Podocarpus angustifolius Niederl.

Nomes vulgares: atamba-açu, em Santa Catarina; pinheirinho, no Estado do Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Estado de São Paulo; pinheirinhoalemão, no Rio Grande do Sul; pinheirinho-brabo; pinheirinho-bravo; pinheiro-bravo-de-campos-do-jordão, no Estado de São Paulo; pinheiro-nacional-bravo; pinheiro-brabo; pinheiro-do-mato; pinho-brabo; pinho-bravo, no Paraná e no Rio Grande do Sul.

Etimologia: Podocarpus vem de pous, que em grego significa pé (podos), em alusão ao pedicelo do pseudo-fruto; já o termo lambertii é em homenagem a Aylmer Bourke Lambert (1.761 — 1.842), botânico inglês que também investigou as Coníferas (Marchiori, 1995).

O pinho-bravo como é mais conhecido entre nós, é uma árvore nativa e muito importante no sul do Brasil, incluindo Campos do Jordão. Poucas pessoas já ouviram falar desta espécie, nunca chegando a conhecê-la.

Como o pinheiro do Paraná (araucária angustifólia), o pinho-bravo é uma gimnosperma. Essas duas espécies são as nossas coníferas brasileiras.

Gimnosperma significa “semente nua”, portanto, essas plantas como o pinheiro do Paraná e o pinho-bravo, não possuem nada que envolva suas sementes.

“Quando comemos um fruto, podemos perceber que as sementes estão no interior, sendo assim protegidas, não estando “nuas”. Árvores como o Pinheiro-bravo não possuem essa característica, logo não apresentam frutos. De seus ramos, as sementes são liberadas sem nenhuma cobertura, podendo ficar espalhadas pelo ambiente.”

O pinho-bravo é uma árvore que gosta do frio, podendo ser encontrada em solos de baixa fertilidade. Pode ser encontrada também em matas de galerias, ao longo dos cursos dos rios, em campos ruprestes, em encostas e topos de montanhas. Requer locais de incidência de grande luminosidade, necessitando de muita luz para o seu desenvolvimento.

O pinho-bravo pode atingir alturas aproximadas entre oito a quinze metros de altura. Apresenta folhas coriáceas e levemente grossas, com tronco de coloração parda e acinzentada.

A forma majestosa do pinho-bravo o recomenda apara utilização no paisagismos de praças, parques e áreas urbanas e até na recuperação de áreas degradadas.

Sua madeira é leve e macia apropriada para serviços de carpintaria comum, produção de embalagens, ripas, molduras, tábuas para forros, caixaria, brinquedos, marcenaria, caixas de ressonância, confecção de compensados e laminados, aglomerados, instrumentos musicais, palitos de fósforos, lápis, celulose e papel e outros artigos de pequeno porte. A lenha é ótima para a queima. Mas, embora apresente todas essas utilidades, o pinho-bravo certamente contribui muito mais enquanto está vivo.

O pseudofruto ou, na prática, o fruto do pinho-bravo tem cor roxo-escuro (cor de vinho tinto). O fruto ou semente pode ser utilizado como alimento, tanto para os homens e especialmente para animais. São recobertos por película adocicada, de sabor especial, diferente das camadas encontradas nos frutos verdadeiros. Muitas aves procuram as sementes do pinho-bravo para alimentação.

O pinho-bravo tem seu processo reprodutivo iniciado a partir dos oito anos de idade. Seu florescimento ocorre de setembro a dezembro e os frutos amadurecem de fevereiro a maio.

Suas folhas devidamente cozidas produzem um ótimo xarope que pode ser usado no combate a anemias, atuando como fortificante e estimulante. Sua resina também é utilizada no tratamento das afecções da bexiga. É depurativa e estimula a sudorese. Estes dados sobre o uso medicinal do pinho-bravo ou de outras espécies nativas devem ser considerados apenas como informação geral. O usos de medicamentos fitoterápicos deve ser precedido de informações médicas.

O podocarpus lambertti, o pinho-bravo, pelo fato de estar sempre associado às florestas de araucária, o pinheiro do Paraná, acha-se fortemente ameaçado devido à elevada exploração desses ambientes, normalmente transformados em campos destinados à agricultura, pastos ou simplesmente pela derrubada sem critério, até irracional e indiscriminada da vegetação.

Edmundo Ferreira da Rocha

Fontes Pesquisa: - ESALQ / USP. Disponível em: http://www.esalq.usp.br/trilhas/gim/gim01.htm - Árvores de Irati. Disponível em: http://www.arvoresdeirati.com/index.php?area=descricao&id=138

 

 

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