A Casa do Poeta


A Casa do Poeta - FS39 13

Na foto, a “Casa do Poeta”, tendo à frente muitas pessoas não identificadas. Entre essas pessoas, arriscamos dizer que, à esquerda, agachado, está o escritor Guilherme de Almeida e, à direita, além do segundo, que é o conhecido Orlando do Rancho Alegre, está o Sr. Jacques Perroy .

Essa “Casa do Poeta” foi erguida no bairro Descansópolis, nome por ele idealizado, no alto de uma colina, ora banhada de sol nas manhãs, ora de geadas nas noites de inverno.

A Casa do Poeta foi construída na década de 1940 por Henry Jean Jacques Perroy, que aportou em Campos do Jordão lá pelos idos de 1941, vindo do Rio de Janeiro para onde os paulistas mandavam os tuberculosos morrer.

Com a esposa Jeanette, ficou hospedado no Preventório Santa Clara, que era presidido por Irene Lopes Sodré, de quem era amigo.

Posteriormente, Perroy, como era comumente chamado, adquiriu vasta área de terras, a que denominou, mais tarde, de Descansópolis – foi quando comprou a Fazenda Correntinos, com 700 alqueires.

Em 1942, adquirindo mais terras, por intermédio da Agricobraz – Sociedade da Expansão Agrícola e Comercial Ltda., de sua propriedade, Henry Jean Jacques Perroy criou vários loteamentos e construiu residências, dando a cada um deles os nomes de seus filhos – Chantal, Marie-France, Cristiane, Bernard e Olivier. Também criou os loteamentos Águas Claras e Passos na Mantiqueira

Henry Jean Jacques Perroy, idealizador do famoso e tradicional Hotel Rancho Alegre, que dignificou a classe hoteleira de Campos do Jordão nas décadas de 1940 a 1960, também fervoroso propagador das qualidades climáticas e naturais de Campos do Jordão, divulgando-as no país e no exterior, vislumbrando no desenvolvimento da "indústria sem chaminés" a única alternativa de progresso da Estância. Foi escritor e poeta. Um dos poemas – "Ballade de la Maison du Poète" – foi escrito, conjuntamente, por Guilherme de Almeida e Jacques Coeur (pseudônimo adotado por Jacques Perroy), obedecendo, em cada verso, a língua de um e de outro, poema escrito durante uma tertúlia na Casa do Poeta, em março de 1946, na “Montanha Magnífica”.

Também foi na Casa do Poeta que Guilherme de Almeida recebeu do cônsul da França, Robert Valeur, em 1948, a Legião de Honra.

Foi escritor e poeta, membro honorário da Academia Jordanense de Letras de Campos do Jordão. Faleceu em 1984.

 

 

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