Nas décadas de 1920 até 1950 era comum nos deparamos com cenas semelhantes à mostrada nesta foto.
Os inúmeros pinheiros da espécie - “araucária angustifólia” ou “araucária brasiliensis”, o nosso pinheiro da Paraná, abundantes nestas terras de Campos do Jordão, eram derrubados indiscriminadamente, para produção de madeira para comércio e para a construção de inúmeras casas de moradia. Exemplo dessas casas de madeira, construídas com madeira proveniente desses pinheiros, são as lindas casinhas de madeira da Vila Ferraz, mostradas neste site na seção fotografias.
Os pinheiros derrubados eram serrados em toras de aproximadamente quatro metros de comprimento. Essas toras eram colocadas sobre armações de madeira ou toras menores, numa espécie de jiraus gigantes. Normalmente, dois serradores eram necessários para o desdobramento dessas toras. Com auxilio de uma grande serra, um dos serradores, ficava na parte de cima da armação de madeira e sobre a tora, o outro ficava em baixo. Um puxava a serra e o outro empurrava e assim iam desdobrando a tora. No início da serragem retiravam as tábuas tipo costaneiras, obtida da extremidade exterior do tronco, não tão perfeitas. Essas costaneiras foram muito utilizadas para a construção de muitas e lindas casas rústicas construídas em Campos do Jordão, especialmente, no bairro do Jardim do Embaixador. Na seqüência da serragem da tora podiam optar pela retirada de tábuas, vigas, caibros e até ripas. Dependendo da grossura da tora podiam retirar até belos pranchões utilizados para construção de mesas e bancos especiais.
Felizmente, nos dias atuais, raramente nos deparamos com situação semelhante. Hoje, quando isso acontece, é devido à queda natural de algum pinheiro ou derrubada de alguns poucos exemplares derrubados por estrita necessidade comprovada e aprovada pelos órgãos fiscalizadores competentes.
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