Sede da famosa e importante “Fazenda da Guarda”, situada nas terras hoje pertencente ao nosso Parque Estadual de Campos do Jordão - Horto Florestal.
“O professor Balthazar de Godoy Moreira, descendente de Balthazar de Godoy, Capitão-Mor e Governador da Província de São Paulo, nascido em Pindamonhangaba, em 13 de janeiro de 1898, filho do Cel. Antonio Amador Bueno de Godoy e Maria José Monteiro de Godoy, escreveu as suas “Memórias da Fazenda da Guarda”, editado em 1969, pela Sociedade de Amigos de Pindamonhangaba, com outra denominação. (1)
Não há melhor trabalho que o do professor Balthazar Godoy Moreira sobre aquele histórico posto avançado nas divisas de São Paulo e Minas Gerais.
“Já era então, o tempo de meu avô, Antonio de Godoy Moreira e Costa, que nasceu em 1785, antes do Martírio de Tiradentes. Viu o Brasil passar de Colônia a Reino, e de Reino a Império”.
O avô conhecera os Campos, como eram então conhecidos, desde a mocidade, e construiu a casa de Fazenda, entre a Galharada e o Sapucaí, vivendo os inesquecíveis tempos da Guarda.
“Antes que se instalasse a Guarda, já o nome Guarda pertencia ao lugar. Por que Guarda? Porque ali, em certa ocasião, se fixara um piquete de guardas, quando incerta ainda a divisa de Minas e São Paulo, em um ponto estratégico, uma vez que o Vale do Sapucaí era o caminho para o Alto da Serra e para o Paraíba”.
Seria um posto fiscal? indaga Balthazar.
É possível que fosse uma barreira, onde se cobravam os impostos nas fronteiras dos Estados.
No tempo da mineração, apesar da vigilância da Coroa, o ouro filtrava do sertão para o litoral, por caminhos desconhecidos.
Descoberto por ali, o tráfico de ouro, na divisa das Capitanias, a Coroa deve ter instalado um posto fiscal. Esta seria uma versão a aceitar. Há outras, porém.”
(1) - Balthazar de Godoy Moreira, em “E os Campos do Jordão foram Pindamonhngaba”, 1969, S.Paulo. O primeiro item deste histórico constitui um excerto daquela notável obra.
OBS: Do Livro “História de Campos do Jordão”, da autoria de Pedro Paulo Filho - Editora Santuário -1986 - Páginas 94 e 95
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