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Fotografias que contam a história de Campos do  Jordão.


 

Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus - Campos do Jordão-SP.


Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus - Campos do Jordão-SP. ((Matriz Fachada 2))História das Igrejas Católicas de Campos do Jordão-SP. e da Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus

1 - Igreja Católica

1.1.

Escrevendo na “Tribuna do Norte”, de 31 de julho de 1887, contou Diogo de Mendonça Pinto: “Em 1878, propus ao meu amigo, Sr. Matheus da Costa Pinto e ao finado Dr. Raposo de Almeida a construção de uma capela nos Campos do Jordão, ao que ambos aderiram, mas, querendo este que a Capela fosse levantada nas proximidades de sua casa, aquele tomou a si levar a efeito a obra, às expensas suas, no Retiro de São Matheus do Imbiri, que lhe pertence, e eu tomei a mim auxilia-lo, como me fosse possível e agenciar donativos. Achando se o edifício bem adiantado e despendido o dito meu amigo avultado capital, pode-se dizer quase concluído, por faltarem somente o levantamento do altar, pintura e adouramento, a obra parou, pelo que em 1884, encarreguei-me de sua construção, e como a 26 de maio do corrente, deixei de ter parte nela, cumpro por dever de publicar os donativos havidos e seu destino, e de agradecer as pessoas que o prestaram, fazendo votos para que elas e o referido meu amigo recebam as bênçãos do céu que merecem. Pindamonhangaba, 20 de julho de 1887”.

Anotou Diogo de Mendonças Pinto centenas de pessoas que contribuíram em espécie e em dinheiro para a construção da capela, em verdadeira prestação de contas. Eis alguns nomes que contribuíram em espécie: Dr. Henrique A. D. Gama (a imagem de N. Senhora), Dr. Diogo de Mendonça Pinto (o altar), Francisco Marcondes Machado, Thomas F. da Silva, Roberto D. R., D. Pessanha, Cônego J. de Monte Carmelo, F. M. de Brito, Dr. José Vicente R. M., Salvador I. Miranda, Ernesto Leitão, Lina I. dos Santos, Eduardo Brandão, J. A. dos Santos (a pedra fundamental), N. Judice (a caixa onde ela foi encerrada), Alzira P., D. B. Vargas, Dr. J. Viegas, Guilhermina M. de M., Rita de Moraes, Dr. Luiz Alvarez de S. e Luiz F. de Sá.

Entre os muitos que contribuíram em dinheiro estavam o próprio Dr. Diogo e José Benedito Marcondes Machado.

1.2.

Sob o título “A Capela da Saúde”, a pena de Condelac Chaves de Andrade, escreveu:

“Incrustada no sopé do Morro das Bandeiras, em cujo dorso Ignácio Caetano, em nome de sua Majestade Fidelíssima, Rei de Portugal e do Algarve, desfraldara as Bandeiras de Posse de sua Sesmaria, a Vila de São Matheus do Imbiri ia crescendo aos olhos dos tuberculosos, como uma fonte perene de saúde... Uma benção de Deus!

E lá estava, emoldurada pelas densas matas e pinheirais seculares que ensombravam o Vale do Imbiri, branca como a pureza e humilde como a crença, a Capela edificada, às expensas do Capitão do Mato, Matheus da Costa Pinto, pelo engenheiro Diogo Granja de Mendonça, que dava ao povoado o aspecto de um presépio, realçado ainda mais por uma mangueira, que lhe ficava próxima, e o gado que pastava, solto ao redor.

Aos domingos e dias santos, a pitoresca vilazinha se engalanava com as vestes das festas de seus moradores, e ganhavam um pouco mais de movimentação, com a presença de pessoas de todas as partes dos “Campos”, notadamente do Hotel do Salto, de propriedade de Nicolau Aredes Tavares, pai do proeminente político, Dr. Mário Tavares, que aqui passou a sua infância.

Demandavam todos à Capela, em cujo terreiro, após a missa, ficavam reunidos, confraternizados no mesmo sentimento de fé e de esperança de melhores dias.

A Capela fundada em 2 de fevereiro de 1879, sob a invocação de N. S. da Conceição, constava apenas de um nicho, onde ficava o quadro de São Matheus.

O Dr. Salvador Miranda doou-lhe três sinos em 1883, ficando eles pendurados em uma espécie de estaleiro erguido do lado de fora.

Em 1885, o nicho foi substituído por um altar, quando, então foi construído o coro.

Já então o misticismo dos enfermos havia batizado o templo com o nome de Capela da Saúde.

No dia em que a venerável imagem, também adquirida no Rio de Janeiro, como o fora o altar, aqui chegou em um charola armada num carro-de-boi, foi um Deus nos acuda!

A foguetaria estrugia, incessantemente, abafando a bandinha dos pífaros que viera de São Bento. As mulheres, faceiramente vestidas, com saias de roda e corpetes colantes, apinhavam-se no caminho que conduzia à Capela da Saúde, onde a Santa se hospedara, enchendo tudo de belezas e risos, contrastando sobremodo com o ar casmurro e importante dos homens espremidos em suas calças de funil, casacos e coletes alinhavados ao corpo.

João Maquinista, que então era gerente da Casa da Saúde, por certo, longe mesmo estava a imaginar que, uma meninota de tranças, que também ali se achava, iria tornar-se a Sinhá do Maquinista.

Se a recepção da padroeira dos “Campos” fora imponente, a sua entronização, fora deslumbrante.

O dia 19 de março de 1885, apesar de garoento e frio, despontava festivo. Era uma festa íntima, capaz de transformar a aridez de um deserto num oásis em flor... O milagre da fé.

Logo cedo, o caminho que levava ao Imbiri, encontrava-se apinhado de fiéis. O chão apresentava-se atapetado de flores, e, em toda a extensão, haviam sido armados arcos de ramos, aumentando assim a imponência da procissão de trasladação da Santa, tendo à frente o Monsenhor Joaquim Antonio Siqueira, vigário de São Bento.

Celebrada a missa solene, com comunhão geral, foram iniciadas outras festividades que culminaram com uma garbosa e reluzente cavalharada.

Mas o tempo, o inexorável e implacável tempo, levou tudo para o mundo silencioso das evocações, deixando apenas uma tristeza vaga... indefinida no coração dos que narraram essa reminiscência. O tempo passou.

Pôs abaixo a Capela de N. S. da Conceição e no esquecimento, os nomes dos que a construíram.

Modificou a paisagem bucólica da Vila de São Matheus do Imbiri, tornando-a Vila Jaguaribe.

Mas o tempo também trouxe no seu bojo incomensurável, as maravilhas do progresso retratadas, no moderno templo de concreto que ia sendo construído no mesmo lugar, onde as paredes de taipa da Capela da Saúde, fez florescer este “Altar de Solidariedade Humana”, que é Campos do Jordão”. (Condelac Chaves de Andrade – Jornal “A Cidade” de 31/07/1849)

1.3.

De fato, nessa belíssima crônica, Condelac Chaves de Andrade narra que o Monsenhor Joaquim Antonio Siqueira celebrou, a pedido de Matheus da Costa Pinto, a primeira missa na Capela N. S. da Saúde, em 19 de março de 1885, data em que nela fora entronizada a venerável imagem. Foi provisionada em 8 de dezembro de 1885. Depois de demolida, e em seu lugar, construída a atual Igreja N. S. da Saúde, em 13 de dezembro de 1951, foi procedida a bênção do maravilhoso painel de autoria do renomado pintor, Expedito Camargo Freire, em cerimônia havida em Vila Jaguaribe, presidida pelo seu capelão, frei Vital Pires de Oliveira Dias.

Segundo a versão de Eduardo Moreira da Cruz, a Igreja de N. S. da Saúde compunha os 35 alqueires de terra, que fora objeto da venda feita pelo Dr. Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho a Leon Felix Casemir Bazin.

E com as terras, também a Igreja mudou de dono...

Teria a família Bazin criado um atrito com os padres, em decorrência do casamento da filha do casal com o grego ortodoxo, Dimitrius Stambolos, e a dissidência avultou de tal forma, que os padres foram obrigados a se retirar, indo para Santo Antonio do Pinhal, pelo que foi recolhida a chave da Igreja.

Não se rezavam mais missas e Eduardo conta que chegou a ir até a Delegacia de Polícia para ver se punha um paradeiro na constrangedora situação, de nada valendo os seus esforços.

Logo as pazes foram feitas, e em 28 de fevereiro de 1920, o Padre Estevão, Vigário de Sto. Antonio do Pinhal e de Campos do Jordão, constituía o Dr. Plínio Barbosa Lima, como seu procurador, "para receber, em doação, a Capela dos Campos feita pelo Exmo. Sr. Leon Bazin e família ao Bispado de Taubaté”.

Entretanto, Eduardo decidiu ir a Taubaté para falar com o Bispo Diocesano, achando este bem melhor construir outra Igreja em Vila Nova.

De fato, foi edificada uma igreja pequena, de alvenaria, sem reboco, bem no centro da atual Praça da Bandeira, ao lado do Fórum, e nela, Eduardo chegou a ser sacristão.

Lá pelos idos de 1915, João Rodrigues da Silva, mais conhecido como João Maquinista, era considerado um grande proprietário em Vila Nova.

Bom administrador de suas economias, as ia aplicando em aquisição de terrenos, que, à época, valiam 100 réis o metro quadrado, e sobre eles, erguia barracões para alugar, à beira da linha férrea.

Em um deles instalara a sua residência, na atual avenida Januário Miráglia, à altura do n° 593, em casa existente até pouco tempo.

João Maquinista cedeu um barracão para a realização de cultos religiosos, mais ou menos no n.º 909 daquela avenida, e ali nasceu a Capelinha de Santa Izabel, em Vila Nova, que posteriormente foi transferida para a pequena Igreja de Sta. Izabel, que ficava bem no centro da atual Praça da Bandeira. O terreno para a construção dessa igrejinha foi doado pelo Dr. Robert John Reid, em 18 de setembro de 1920.

1.4.

Em 1921, Dom Epaminondas Nunes de Ávila e Silva, Bispo Diocesano de Taubaté, “atendendo ao que nos representou, pela presente, havemos por bem nomear para a Comissão de Obras da Igreja Matriz e Casa Paroquial dos Campos do Jordão, deste Bispado, os seguintes senhores: Presidente - Comendador Antonio Rodrigues Alves; Presidente Honorário - Cel. Ignacio Bicudo Salgado; Vice-Presidente - Dr. Robert John Reid e mais os senhores: Dr. Plínio Barbosa Lima, Dr. M. Covello Júnior, Júlio Fracalanza, Francisco Perrone, Paulo Dubieux, J. M. Vieira Ferraz, Comendador Ernesto Duprat, Prospero Olivetti, Felício Raimundo, Antonio Fonseca Mondim, Joaquim Ferreira da Rocha, Ten. Ernesto Brito Chaves, Cel. Antonio Sampaio e Guilherme Lebarrow, os quais, nomearão entre si, uma sub-comissão permanente e deliberativa, composta de cinco membros, que trabalhará mais ativamente no empreendimento que lhe cometemos.

Tomaram posse perante o revmo.Padre José Vita, assistente eclesiástico especial, observando-se desde já as leis canônicas relativas à administração dos bens eclesiásticos”.

O documento era datado de 25 de abril de 1921.

Iniciava-se assim a construção da referida Igreja de Sta. Isabel.

1.5.

Em 13 de julho de 1923, na Capela de N. S. da Saúde, na então Vila Velha, ainda Paróquia de Sto. Antonio do Pinhal, foi lida a provisão expedida por Dom Epaminondas Nunes de Ávila e Silva, Bispo de Taubaté, que nomeava o Padre Octávio Moreira dos Santos, residente em Campos do Jordão, coadjutor de Sto. Antonio do Pinhal. Foi então rezada missa na capela, presentes o Juiz de Paz, Dr. Plínio Barbosa Lima, Modesto Leal, José Carlos de Macedo Soares, Presidente da Cia. Campos do Jordão, José Luiz de Macedo Soares, Gelásio Pimenta, diretor da revista "A Cigarra", Miguel Covello Jr., Durval de Azevedo Rocha, Eugênio O. Gabus, José da Silva Ferreira, Bertília Cerqueira, Maria S. Campos, Angelina Nielsen, Paulo Cerqueira, Eduardo Levy, Lúcia de Macedo Soares, Gilberto Pereira, Waldemar Francisco Guimarães, Mauricio Pereira Machado, José César Salgado, Leônidas Mendes de Castro, Simão Cirineu Saraiva, Jesuíno de Oliveira, José Mendes Filho, Belmiro dos Santos, João Silva Pinto, Adolfo Martini, Florisbela de Souza Ferreira, Nelly de Macedo Soares, Cândida Sodré de Macedo Soares, Mathilde Fonseca de Macedo Soares, Eudoxia Sodré de Macedo Soares, José Moreira Fonseca, Escolástica Melchert da Fonseca, Maria Adília Malta Cardoso, Beatriz Malta Cardoso, Rachel Cardoso Simonsen, Álvaro Malta Cardoso, Fernando Simonsen, Victor Geraldo Simonsen, George Street, Edith Sodré Griges, que eram as pessoas de maior destaque no lugar.

O padre Octávio Moreira dos Santos assumiu a direção da Paróquia, em 13 de julho de 1923, desligando-se de S. Bento do Sapucaí.

Acometido de pneumonia no Rio de Janeiro, foi recomendado ao Dr. J. C. de Macedo Soares, “varão ilustre e católico convicto”, então Presidente da Associação Comercial de S. Paulo, ao que foi “encaminhado a Campos do Jordão e mantido à custa do ilustre brasileiro.”

Dom Epaminondas, ouvido sobre a criação da Paróquia, sob a proteção de N. S. da Saúde, achou melhor que antes se estabelecesse a coadjutoria, com plenos poderes de vigararia.

O Dr. J. C. Macedo Soares manteve o sacerdote com ordenado, cama e mesa.

1.6.

Em 1º de agosto de 1923, desembarcava na então Vila Nova o Arcebispo de S. Paulo, Dom Duarte Leopoldo, em trem especial da E.F.C.J., sendo recepcionado por dona Mathilde e José Carlos de Macedo Soares, em sua residência, a Vila S. José, em Vila Capivari, onde ficou 3 dias.(A Tribuna do Norte” – Pindamonhangaba 21.10.1923)

O Bispo Diocesano, D. Epaminondas, havia concedido ao Padre Octávio a dispensa de proclamas, em virtude da representação do sacerdote de que grande era o número de pessoas no Distrito que viviam sem o casamento religioso por falta de sacerdotes.

Padre Octávio, nesse ano, encontrou os alicerces da Capelinha de S. Izabel prontos, onde a Comissão de Obras já havia aplicado cerca de 10 contos de réis, e a continuação das obras dependia da realização de festivais para a arrecadação de fundos.

De fato, a primeira festa em honra a N. S. da Saúde iniciou-se em 28.8.1923, com rezas e procissão, não faltando à pregação do padre salesiano, Mário Maspes, banda de música de S. Bento e o resultado de tudo foi à coleta da importância de 500 mil réis que foi aplicada na Igreja Sta. Izabel, cuja construção, no centro do jardim de Abernéssia, se achava paralisada, por falta de recursos.

João Rodrigues da Silva, que possuía um amplo salão em Abernéssia, já referido, fez ali realizar a Festa da Imaculada, e ante o êxito do evento, o Vigário Octávio pediu ao Bispo de Taubaté, autorização para ali dar sacramentos até o término da construção da Igreja de Sta. Izabel.

Então, começou a funcionar no salão do João Maquinista, a Igreja Matriz de Sta. Izabel, a partir de 1° de dezembro de 1923, passando os jordanenses a assistir a celebração de missa nos domingos, às 9 horas, em Vila Velha, e às 10 horas em Vila Nova. Em Capivari, havia somente um terreno doado por J. C. de Macedo Soares, em 25/4/1929, para a construção de uma capela, já com pedra fundamental lançada e benzida por Dom Duarte, Arcebispo de S. Paulo.

Em abril de 1924, nova quermesse foi promovida em benefício das obras da Matriz de Sta. Izabel, cuja imagem, de 1m de altura, fora oferecida pelo Cel. Sampaio, o que inspirou Dona Marta Pedrosa também a ofertar outra imagem.

Assumiu a Paróquia em 18 de fevereiro de 1925, o Padre Francisco Lino dos Passos, que morava, de graça, em casa cedida pelo Major Ignácio Bicudo, de Pindamonhangaba.

1.7.

Em 1927, dado o péssimo estado do barracão de João Maquinista, as missas passaram a ser celebradas na Igreja N. S. da Saúde, em Vila Jaguaribe, até a conclusão da capela-mor da Matriz de Sta. Izabel, que, enfim, veio a ser inaugurada em 4 de junho de 1927, quando foi benzida e passou a atender a população.

Nesse ano, era lançada a pedra fundamental do Sanatório Sta. Clara, benzida pelo padre Francisco Lino dos Passos.

Na Vila Siomara, em 27 de julho de 1927, ao voltar de uma caça, Américo Domingues Pereira, feriu-se, mortalmente, com a sua própria arma, quando seu cavalo tropeçou. Em memória de seu marido, sua esposa Elvira mandou construir uma capela rústica, denominada Capela de Sta. Cruz. Antonio Soares, um dia, resolveu reformá-la, pois era de madeira, e depois de pronta, em 17 de março de 1963, ali foi celebrada a primeira missa. Foi decorada pelo pintor Camargo Freire.

Em 25 de dezembro de 1928, a Capela de Vila Abernéssia foi elevada à categoria de Paróquia, tendo como padroeira Sta. Teresinha do Menino Jesus, criada pelo decreto diocesano de 21 de novembro de 1928, por Dom Epaminondas, Bispo de Taubaté.

Nesse dia, foi nomeada pelo Pe. Francisco Lino dos Passos, uma comissão para promover a Festa da Padroeira: Alzira Pinto, Samira Salim, Jalema Gama, Cilene Rangel Pestana e Margot Hehi, todas senhorinhas.

Também nesse ano era inaugurado o Pensionato das Irmãs da Divina Providência.

Corria o ano de 1929, quando Campos do Jordão ganhava mais duas capelas, uma na Tabatinga e outra na Campista, e, em 17 de junho de 1929, assumia o novo Vigário, Padre Almírio de Arantes.

O Apostolado da Oração foi constituído em 4 de julho de 1929, com a seguinte direção: Ana Gomes Ribeiro (presidente); Adélia Damas (vice); Lídia Salgado (tesoureira); Aurora Damas (secretária) e em sua honra foi celebrada missa pelo vigário, acolitado pelos Padres José Vita e Ascânio Brandão.

Em 15 de agosto desse ano, o padre A. Brandão fundava a Associação S. José pelas obras das vocações sacerdotais, em presença de grande número de fiéis, e em setembro, a paróquia Santo Antonio do Pinhal era anexada a Campos do Jordão.

Em 10 de novembro, era benzida a Capelinha do Sanatório Divina Providência, onde foi celebrada a primeira missa.

Um grande acontecimento agitava os moradores de Vila Capivari, pois era inaugurada a Capela de S. Benedito, em março de 1930, presentes o casal Macedo Soares, doadores do terreno, que receberam homenagem da Irmandade de São Benedito, presidida por Simão Cirineu Saraiva.

A guarda da Capela foi confiada a Benedito Muniz e senhora.

Foi muito sentida a demolição dessa capela, anos mais tarde, para dar lugar à atual Igreja; é que a Capelinha era de linhas delicadas e de uma arquitetura admirável.

A primeira missa nessa Capela de S. Benedito foi celebrada em 21 de fevereiro de 1930.

Entretanto, é necessário aduzir que, antes mesmo dessa Capela de S. Benedito ser edificada, houve outra, de madeira, que se situava mais ou menos na confluência da Av. Emilio Ribas com a Rua Roberto Jeffery, ao lado de um posto de gasolina, ali existente.

Foram seus idealizadores o Dr. Ulisses Gonçalves de Souza e Silva, do Posto de Higiene e Eduardo Levy, sendo S. Benedito, o padroeiro. Ali, o Dr. Ulisses realizou a primeira festa, cumprindo uma promessa, e depois passou o cargo de festeiro a Simão Cirineu Saraiva, figura de projeção no lugar. Depois, em 1925, foi que começou a ser construída a Capela de São Benedito, de torre alta, no mesmo local onde hoje situa-se o belo templo católico de Vila Capivari.

Em decorrência da construção dessa Capela, em 10 de fevereiro de 1930, foi constituída a Caixa Beneficente da Irmandade de S. Benedito com seguinte diretoria: Bento de Cerqueira César (presidente); Joviano Homem de Mello (vice); Antonio Augusto Conceição (1° secretário); Pascoal Olivetti (2° secretário) e Djalma Forjas (tesoureiro). Posteriormente, assumiu a presidência Simão Cirineu Saraiva.

1.8.

Em 20 de setembro de 1930, assumia a Paróquia de Sta. Teresinha do Menino Jesus, o Padre Vita, coadjuvado pelo padre Nestor Azevedo, logo substituídos em 18 de janeiro de 1931, pelo padre José Fortunato da Silva Ramos. Todos os vigários eram abrigados pelo Dr. José Carlos de Macedo Soares, que ainda lhes assegurava um ordenado mensal.

Um menino paulista falecido nos anos 30, com 12 anos de idade, Antoninho da Rocha Marmo, ficou conhecido como o “Santinho de S. Paulo”.

Na década de 40, verdadeiras romarias acorriam ao seu túmulo, no cemitério da Consolação, em S. Paulo, e milhares de petições solicitavam ao Vaticano a sua canonização.

“Desde pequeno, fascinado pelas coisas da Igreja, Antoninho passou a ter premonições ao mesmo tempo em que a sua saúde começou a preocupar seriamente.

Tuberculoso, anos mais tarde foi levado para Campos do Jordão e depois a S. José dos Campos onde pediu aos seus pais que comprassem um terreno para a construção de um sanatório para crianças pobres, sonho que se realizou após a sua morte”.(Jornal Vale Paraibano – 10/outubro/1982)

Até 29 de junho de 1931, ainda existia o prédio da antiga Capela de Sta. Izabel, no centro do Jardim de Vila Abernéssia (atualmente Praça da Bandeira) e cujo terreno fora uma doação do eng° Robert John Reid.

Na verdade, o lançamento da pedra fundamental da Igreja Matriz de Sta. Teresinha, no local onde se encontra, presentemente, deu-se em 29 de junho de 1931, com a presença do prefeito Antonio Gavião Gonzaga, o Vigário José Fortunato da Silva Ramos, padre José Vita, representando o Bispo Diocesano, Padre João Palésio, capelão do Sanatório S. Paulo e do Padre Antonio de Almeida Moraes, lente do Seminário de Taubaté, que fez o sermão alusivo ao ato. Anos mais tarde, foi Dom Antonio, Bispo de Mariana e de Niterói. O arquiteto da Igreja Matriz foi o Dr. Otávio Van Erven.

A Conferência do Sagrado Coração de Jesus foi fundada em 11 de outubro de 1931, sob a presidência do Vigário, e constituída por Euclides de Almeida, Natalino Randoli, Júlio Ferreira, Benedito Pereira da Silva, Geraldo Alves, João Francisco de Assis, Jorge de Lima, Caetano Theodoro, Antonio Gerônimo, João Gerônimo, Joaquim Antonio de Oliveira, Benedito Albino, Francisco Correa da Silva, José Barbosa, João Pedro Filho e Eduardo Moreira da Cruz.

Em 1932, a Conferência começou a prestar auxílio aos tuberculosos indigentes, do Abrigo de João Maquinista, situado em Vila Abernéssia. Esse encargo, porém, nesse mesmo ano, foi assumido pelo padre José Vita, que desonerou a Conferência.

A Conferência de S. Vicente de Paulo, foi fundada em 10 de outubro de 1931, na Igreja Matriz, presentes Raul Frazza, Honorato Correa da Silva, Rufino de Lima, Felix Maria Mello, Benedito Castro, José Francisco dos Santos Filho, Cândido Dinamarco, José Lucio, Arthur Pereira da Silva, Gumercindo Bremer, Ernesto Bremer, José Francisco dos Santos, José Fernandes de Carvalho, Sebastião Marcelino, Francisco José dos Santos, Benedito Ferreira de Moraes, José de Araújo Negrão, José Abel Fernandes e Delfino Ignacio.

No dia 7 de maio de 1932, quando se iniciaram as quermesses em benefício da construção da Igreja Matriz de Sta. Teresinha, houve um lamentável acontecimento: uma das senhorinhas cooperadoras, Maria Ferreira da Rocha (Cotinha), filha de Joaquim Ferreira da Rocha, foi assassinada por seu namorado, Nilo Teixeira da Silva, em plena quermesse, com 2 tiros de revólver, que, ato contínuo, fez um disparo contra a sua própria cabeça. Ambos faleceram como resultado da tragédia passional.

O Governo do Estado resolveu comprar por 20 contos de réis a Capela de Sta. Izabel, a fim de ajudar as obras da Matriz, que estavam sendo realizadas em terreno do Dr. Mário de Gouveia, que o prefeito A. Gavião Gonzaga prometeu desapropriar. Era engenheiro o Dr. Paulo Krause, construtor, Otávio Rocha e o fornecedor de tijolos, Nacim Abrão. A comissão de obras, estava assim constituída: Pe. José Fortunato Ramos (presidente); José Vita (vice); Délio Rangel Pestana (tesoureiro); Joaquim Antonio Vieira (secretário) e Eduardo Moreira da Cruz, Natalino Randoli e José Negrão (membros).

Visitaram a Paróquia, nesse ano, os soldados do Batalhão “Voluntários de Piratininga”, que depois foram substituídos pelos Caçadores de Piratininga. O Cap. Rômulo Rezende, Comandante das Tropas da Revolução Constitucionalista, aquarteladas em Campos do Jordão, nomeou o padre José Fortunato, capitão, responsável pela celebração de missas aos soldados.

1.9.

Em 1° de janeiro de 1933, assumia a Paróquia o Padre José Francisco Von Atzingen e a 15 de janeiro desse ano, inaugurava-se a Liga Eleitoral Católica, na Matriz, ocasião em que discursou o grande orador sacro Padre Antonio de Almeida Moraes.

Compunham a diretoria, Francisco de Moura Coutinho (presidente honorário); Antonio Gavião Gonzaga (presidente); Epaminondas de Paula Freitas (secretário) e José de Araújo Negrão (tesoureiro) que se puseram a arregimentar o eleitorado católico, obtendo a inscrição de 355 eleitores.

Havendo necessidade de pessoas que ajudassem a implantação do Abrigo de S. Vicente de Paulo, fundado em Vila Abernéssia pelo Padre José Vita, em 15 de fevereiro de 1933, foi criada a Associação das Damas de Caridade, cuja diretoria foi constituída por Bertha Maria Gomes Gavião Gonzaga (presidente); Olga Gonçalves Coutinho (vice); Amélia Conceição (secretária); Mina Murray Rangel Pestana (tesoureira) e Cilene Rangel Pestana (2ª secretária).

O Abrigo S. Vicente de Paulo foi concluído em 2 de julho de 1933, mantido pela Entidade, e solenemente inaugurado em 13 de outubro de 1935, com a presença do Dr. J. C. de Macedo Soares, em missa celebrada pelo padre José Romão da Rosa Góes, Vigário de Guaratinguetá.

Em 31 de maio de 1933, era inaugurada uma Capela, no Pensionato Maria Auxiliadora, de propriedade de Odete de Carvalho, em V. Abernéssia.

Em 31 de outubro de 1931, chegava a Campos do Jordão, Dom Francisco de Campos Barreto, acompanhado de várias Irmãs de Campinas, com o fim de inaugurar a Casa S. José, da Congregação das Missionárias de Jesus Crucificado, que fora doado pelo Dr. J. C. de Macedo Soares e Dona Mathilde. Ali foi celebrada a primeira missa em 1º de novembro de 1935, e situava-se ao lado do atual edifício da Instituição.

Por motivo de doença em 1935, o vigário foi substituído pelos padres José Vita e Miguel Laquis, que continuaram com as obras da Matriz até 18 de agosto, quando assumiu o padre Antonio Luiz Cursino dos Santos.

Com a inauguração da capela-mor da nova Matriz em 1936, no local onde, atualmente, se encontra, para lá foram transferidos todos os serviços da Paróquia. Em 4 de abril de 1937, assumia a Paróquia o frei Adalberto Ortmann, O.F.M., ocasião em que os serviços paroquiais foram entregues aos padres Franciscanos, conforme provisão do Bispado, lida pelo Pe. João José Azevedo, de Pindamonhangaba.

O Eng° Paulo Krause, em 2 de agosto desse ano, foi contratado para a construção do interior da Matriz e outras dependências.

As obras de construção da Matriz encontravam obstáculo nas condições financeiras precárias da população, uma vez que, os que chegavam, com algum recurso, eram doentes, que logo se curavam e partiam.

O frei Roberto Ebert, em 10 de outubro de 1937, assumia a direção da Paróquia. Dom André Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti, Bispo de Taubaté, em 29 de abril de 1938, desembarcava em Abernéssia, acompanhado dos padres João José Azevedo e Miguel Laquis, de Pindamonhangaba, sendo saudado na estação ferroviária por Eduardo Moreira da Cruz, presidente da Congregação Mariana.

Em 1938, o jovem Donato Pasquarelli, como beneficiário de uma bolsa de estudos, partia de Campos do Jordão, indo estudar em Roma, por conta da Diocese de Taubaté, no Colégio Pio Brasileiro, onde se ordenou padre e doutor em direito canônico. Regressou em 1946, desembarcando na estação ferroviária de Vila Abernéssia, cercado pela emoção de seus pais, Domenica e Fabiano Pasquarelli e pela admiração de seus irmãos, Adamo, Quintina, José, Magdalena, Paulo, Ignês e Henrique. Uma grande multidão recepcionou o jovem padre, jordanense por adoção.

1.10.

Inúmeras quermesses eram levadas a efeito, visando obter recursos para concluir a Matriz de Sta. Teresinha, a maioria delas realizada “na praça lateral a Casa Ferraz” (atualmente Praça da Bandeira).

Em 16 de agosto de 1939, iniciou-se uma série delas, que se prolongaram até 1° de outubro, ocasião em que foram construídas várias barracas. A barraca brasileira era constituída por Francisco Clementino de Oliveira (presidente), Alaor de Souza Ablas, Domingos Pelegrino, Thomas Costa Ferreira e João Barbosa de Carvalho; a barraca sírio-libanesa, por Felício Raimundo (presidente), Felipe Salim, Pedro Paulo, Nabi Narche, Paulo Cury e Nagib Constantino; a barraca portuguesa, por João Rodrigues da Silva (presidente honorário), João Rodrigues Pinheiro (presidente), Manoel Pereira Alves, Floriano Pinheiro, Aristides de Souza Mello e Manoel Vilar; a barraca sul-americana, por Américo Richieri (presidente), Paschoal Olivetti, Raul de Oliveira, Fernando Guarinon Zen e Aldo Astolfi; a barraca do Bar Sta. Teresinha foi constituída por Antonio José de Oliveira (presidente), Hilda Pinto, Isolina Pires Magalhães, Áurea de Senzi e Áurea Rodrigues. Finalmente, a barraca da Rádio Clube foi formada por Benedito Vaz Dias, Octavio Bittencourt, Sylvio Santa Clara, José Pereira de Araújo, Jorge de Oliveira Bello e Irmãos Ribeiro.

A barraca Portuguesa, em 1939, promoveu um dos primeiros concursos de beleza de Campos do Jordão, cujo resultado foi o seguinte, pela ordem: Margarida Ribeiro, Benedita Rosa, Nazira Jundi, Carmem Astolfi, Gessy Vasconcelos, Nôemia Damas e Ignês Miranda.

Assumiu a direção da Paróquia em 1º de janeiro de 1939, o frei Anastácio Hachmann, que exerceu o cargo até 23 de fevereiro de 1941, quando foi substituído pelo frei Meinolfo Ellers.

Um grande foguetório em 18 de novembro de 1941, despertava a atenção da população de Vila Abernéssia - assentava-se a última telha na Igreja Matriz.

A 16 de novembro do referido ano era inaugurado o Círculo Operário Católico, instalado no Parque Mantiqueira, quando foi exibida a peça “Tarcísio Mártir”, que foi interpretada pelos atores Paulo Greco, Mário Andreoli, Edevaldo Biagioni, Benedito Guimarães, Roberto Camargo Neves, Natalino Randoli, Afonso Ribeiro, Rolando de Castro, Pedro José Vitorino, João J. Inocência, Marcos José Damas Filho e Francisco de Maria. Antes da peça Carlos Barreto e Ondina Carneiro executaram números musicais.

Em 1942, foi concluída a torre gótica da Igreja, como resultado de campanha desenvolvida por Minna Rangel Pestana, Nagib Constantino e Frei Demétrio Stephan, que conseguiram arrecadar 8 contos de réis.

Ainda nesse ano inúmeras doações de vitrais eram efetuadas à Matriz: a Família Fracalanza, Ângelo Lourenço, Adhemar de Barros, João Rodrigues da Silva (João Maquinista), Gianicola Matarazzo.

Também doaram vitrais o Apostolado da Oração e as Filhas de Maria Associadas à Congregação Mariana.

O terreno ao lado da Matriz, pertencente à Maria José Pereira da Silva, viúva de João Maquinista, foi adquirido para a construção da residência dos sacerdotes.

Em 19 de outubro de 1942, assumia a Paróquia o frei João Crisóstomo Arns, irmão de D. Paulo Evaristo, atual Cardeal Arcebispo de São Paulo.

Os bancos da Matriz foram construídos gratuitamente pelo carpinteiro Damião Salgado de Freitas, e ainda no último mês de 1942, era levada a peça “As Pastoras de Belém” sob a orientação do Vigário, em benefício das obras da Matriz”.

O Conselho Particular da Sociedade S. Vicente de Paulo começou a funcionar em 4 de janeiro de 1942, sob a presidência de Eduardo Moreira da Cruz, que tinha como companheiros Euclides de Almeida, Teodoro Felix Siqueira, Deocacino Fortes e Epaminondas de Paula Freitas.

1.11.

Em 15 de agosto de 1943, era lançada a pedra fundamental da Igreja N. S. da Saúde, de Vila Jaguaribe, em substituição à pequena Capela construída por Matheus da Costa Pinto. No ato, o vigário celebrou missa perante o Capelão Adolfo Schneider. No ano seguinte, com o presbitério coberto, as missas recomeçaram.

A respeito, escreveu a esposa do prof. Carlo Brunetti: “Estive em Campos do Jordão, pela primeira vez, com meu marido, a convite de Júlio Fracalanza, no dia 1° de maio de 1938, em casa de quem ficamos hospedados por dois dias, apreciando a beleza da natureza e o clima maravilhoso dessa terra encantadora. Durante 3 anos passamos férias com os nossos 6 filhos, em casa de Eduardo Levy e Felicíssima Lara Campos, em Vila Capivari. Resolvemos então comprar um terreno e foi com o corretor Délio Rangel Pestana que percorremos, a cavalo, a propriedade da viúva do eng° Hell, construtor da Catedral de São Paulo. 13 alqueires eram demais, mas o local era demasiado bonito com bosques, morros, pinheiros e além disso, perto da cidade.

Compramo-lo em 1940 iniciando a construção de uma casa sob a orientação de Pedro Abitante, com projeto do eng° Buchignani. Nessa época Vila Jaguaribe tinha poucas casas e uma igrejinha muito antiga com um altar barroco muito bonito e uma estátua doada por D. Pedro II. As paredes e o teto apresentavam rachaduras com perigo de ruir.

Foi decidida a sua demolição e a edificação de uma nova igreja, sendo as despesas custeadas por meu marido, prof. Carlo Brunetti e pelo Dr. Aguinaldo Amaral, nosso vizinho. O altar em branco e ouro foi desmontado e guardado em um barracão, mas aos poucos as peças foram desaparecendo.

A estátua de N. S. da Saúde foi guardada em uma casa de família de Vila Jaguaribe. Nossa casa ficou pronta em 1942, e desde aquela época plantamos muitas árvores, frutas e flores. Oferecemos aos padres franciscanos o topo do morro para a antena da rádio emissora local”.(Carta de dona Tereza Brunetti de 24.03.1983, ao autor)

Em 1944, a congregação Mariana decidiu construir um sanatório em terreno doado pelo Dr. J. C. de Macedo Soares, e os internados do Sanatório Divina Providência apresentavam no Salão Paroquial a peça “A Duquesa de Esseu”, em benefício do nosocômio mariano. Esse Hospital não chegou a ser erigido.

Por determinação do Provincial Franciscano, foi suprimida a residência no Conventinho de N. S. Aparecida, restando como única residência, a da Matriz. O seu último superior, Frei Sebastião Ellebracht, foi nomeado capelão do Sanatório São Paulo.

Em 1944, o Conde Eduardo Matarazzo e dona Bianca adquirem o prédio do antigo Conventinho e doam o edifício aos mesmos padres para fins sociais.

A pedra fundamental da atual Igreja de São Benedito, em Vila Capivari, foi lançada em 20 de fevereiro de 1944. O construtor Pedro João Abitante era contratado para construir as Igrejas de Vila Jaguaribe e Vila Capivari.

A primeira missa celebrada na Igreja de S. Benedito ocorreu aos 13 de maio de 1946, quando de sua inauguração, pelo Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, presente o Interventor Federal em São Paulo, Dr. José Carlos de Macedo Soares.

Nesse mesmo dia era lançada a pedra fundamental de Vila Operária, em Jaguaribe, em solenidade presidida por Dom Carmelo, J. C. de Macedo Soares e Roberto Simonsen. As conferências de S. Vicente de Paulo das Igrejas de S. Benedito e N. S. da Saúde foram criadas em 1945.

Por iniciativa da Provincial, Madre Luiza dos Anjos, em 2 de agosto de 1944, foi fundada a Casa das Irmãs de N. S. do Calvário, destinada a proporcionar repouso e tratamento às irmãs enfermas. Foram suas principais dirigentes as Irmãs Maria da Trindade, Inês de Jesus, Maria Antonia e Maria de Lourdes, sendo Superiora geral, Mère Helene de Jesus. A Casa situa-se à rua Evangelista Jordão, n° 51 e está aos cuidados da Irmã Tereza da Eucaristia.

Em fins de abril de 1946, foi coberta a nave principal da Igreja N. S. da Saúde, e considerados seus benfeitores Carlo Brunetti e Aguinaldo Amaral.

O campo de futebol do Parque Mantiqueira de propriedade dos padres franciscanos, foi solenemente inaugurado em 7 de setembro de 1946. Situava-se onde se encontram os pavilhões de Frei Orestes, atualmente.

O frei Demetrio Stefano assumia a Paróquia em 2 de fevereiro de 1947, e, em 27 de maio do mesmo ano, o Frei Francisco Freise.

Em 26 de outubro do referido ano, Frei Demetrio convidava o povo para a cerimônia de entrega de 42 casas em Vila Guarani, quando o Presidente do Círculo Operário, Eduardo Moreira da Cruz homenageou o senador Roberto Simonsen, Presidente da Comissão de Fomento. A Conferência de S. Vicente de Paulo, da Igreja N. S. da Saúde, foi fundada em 4 de janeiro de 1948, com as seguintes pessoas: Eduardo Moreira da Cruz (presidente), Celso Gatto, Antonio Zefrin, Geraldo Martiniano e Benedito Dias Pereira.

1.12.

Em 28 de janeiro de 1950, assumiu a Paróquia frei Vito Berscheid; em 21 de maio desse ano, foi celebrada a primeira missa na Capela do Rancho Alegre, construída por Jacques Perroy e doada à Mitra Diocesana.

O pintor Expedito Camargo Freire em 1° de dezembro de 1950 iniciou a pintura do fundo do altar da Igreja N. S. da Saúde, representando uma alegoria da dor moral e física. A pintura foi financiada por Aguinaldo Amaral e terminada em 13 de dezembro de 1950.

O Sanatório S. Francisco Xavier, antigamente denominado Dojinkai, recebia em 15 de abril de 1952 uma ilustre visita; era Dom Aloísio Hojihara, administrador apostólico de Hiroshima.

Em 8 de setembro de 1953, assumia a Paróquia frei Getúlio Reimann, nela permanecendo até 31 de outubro de 1957, quando foi substituído pelo frei Arnulfo Hoffrogge.

Nesse mesmo mês, o irmão Frei Orestes, depois de um ano de campanha, conseguia fazer chegar a Campos do Jordão, os 3 sinos da Matriz, pesando, todos eles, mais de 1.700 kg.

Com a presença dos deputados Paulo Teixeira de Camargo e Antonio Sylvio Cunha Bueno, Leopoldina Fracalanza e Felício Lanzara, padrinhos da bênção, D. Francisco Borja do Amaral, Bispo de Taubaté, abençoou os sinos da Matriz, que foram denominados “.N. S. de Fátima”, “São Francisco de Assis” e “Sta. Teresinha”.

Em 1946, foi construído, na entrada de Vila Abernéssia, nas proximidades do cruzamento ferroviário, o Santo Cruzeiro das Missões, lá existente até hoje, cujo crucifixo, danificado por populares em 1959, fora doado pela Condessa Mariângela Matarazzo.

Assumiu a Paróquia em 13 de fevereiro de 1959 frei Anacleto Wiltuschning, que procedeu a bênção da Gruta N. S. de Lourdes do Sanatório São Paulo.

A 20 de abril de 1959, era inaugurada a Sociedade de Educação e Assistência, que iniciou em seguida, as atividades da Polícia Mirim.

Frei Dídimo Strunck assumiu a Paróquia em 15 de janeiro de 1960, quando recebeu a visita do Núncio Apostólico, D. Armando Lombardi, que se hospedou na Casa São Carlos.

No Natal de 1960, pelas mãos de frei Geraldo, foi construído o novo púlpito da Matriz e provisionada a Capela de S. Judas Tadeu, de Vila Inglesa.

A Capela N. S. da Aparecida, do Conventinho, foi inaugurada em 1° de maio de 1960, passando a ser muito freqüentada pela população de Vila Britânia. O Conventinho foi fechado em 8 de setembro de 1961, devido à existência de poucos padres ali residentes. Em 1963, o prefeito Miguel Lopes Pina deu a denominação do Papa João XXIII à praça situada ao lado esquerdo da Matriz; e em 1° de maio, foi lançada a pedra fundamental da capela do cemitério, cuja inauguração ocorreu em 2/11/1964.

Ainda nesse ano, a Matriz recebeu um relógio Tagus – Dimas de Mello Pimenta, oferecido pelo comércio jordanense.

O vigário, Frei Didimo, em 22 de junho de 1964, adquiriu para a S.E.A., a oficina do jornal “A Cidade”, já desativado.

Procedentes do Mosteiro N. S. da Glória de Uberaba, 16 religiosas sob a coordenação de Madre Margarita Hertel, apontaram a Campos do Jordão em 9 de março de 1964, para fundar o Mosteiro de S. João.

Por primeiro, as Irmãs Beneditinas passaram a residir à Av. Imbiri, 295, e como a edificação não se prestasse ao funcionamento de um mosteiro, dona Tilly Neovius, sueca e irmã de uma das religiosas, resolveu doará Instituição o “Paço da Santa Fé”, à Av. Adhemar de Barros, n° 314. Na primeira década do século, essa bela propriedade pertencera ao sub-prefeito, Guilherme Lebarrow e dona Coleta. O Mosteiro começou a ser constituído em junho de 1964, sob a responsabilidade do Eng° João Vieira Filho. É um centro de oração e um asilo de paz, dedicando-se as monjas ao estudo da religião, à confecção de objetos religiosos, datilografia, línguas e artesanato.

O Livro de Tombo da Matriz registrou que, em 27 de julho de 1964, nevou durante meia hora em Campos do Jordão, a partir das 17 horas, quando a temperatura caiu repentinamente para 6 graus negativos. O fenômeno ocorreu, notadamente, na região do Palácio da Boa Vista.

O Salão Paroquial situado nos fundos da Matriz foi iniciado em 1964. Em 31 de janeiro de 1965, assumiu a direção da Paróquia Frei Floriano Surian.

Em 17 de julho de 1965, assumiu a Paróquia frei Câncio Berri, que em 7 de abril de 1968, foi substituído por frei Benigno Vodonis. Foi constituída em 1969, a Comunidade de Base Central de Sta. Teresinha, cuja primeira diretoria foi presidida pelo médico João Pedro Além, auxiliado por Dionísio Leite da Costa e Clóvis Soares Azevedo sob a orientação do Vigário Benigno Vodonis, O.F.M..

Prestavam serviços à Comunidade Central Geraldo Padovan, Amadeu Carletti Jr., José Wilson Paiva, Joaquim Correa Cintra, César Vassimon, João Justino de Lima, Custódio Fuster Rico, Luiz Pereira Moyses, os freis João Aluisio Knauf e Clementino e o magistrado Walter Moraes.

O Frei Luiz Schizzatto assumiu a Paróquia em 1° de abril de 1971, sendo substituído pelo frei Paulo Rebein em 1° de fevereiro de 1974.

Desempenhou as funções de vigário até 1986 frei Bruno Kreling, sendo substituído pelo atual vigário, Frei Moisés Bezerra de Lima.(Os dados deste capítulo foram em sua maior parte, extraídos do Livro de “Tombo da Matriz, por especial deferência do Sr. Bispo Diocesano de Taubaté.)

Do Livro "História de Campos do Jordão", da autoria do Advogado, Escritor e Jornalista Pedro Paulo Filho - Páginas 355 a 368 - Editora Santuário - Ano 1986

 

 

 

 

 

 

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