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Fotografias que contam a história de Campos do  Jordão.


 

 


  ((24Diário Noite 31.12.1963))Em 31 de dezembro de 1963 o jornal “Diário da Noite” publica, com destaque, notícia sobre o primeiro azeite de oliva brasileiro. Na foto, Pires mostra ao prefeito de Campos do Jordão uma pá com azeitonas que serão trituradas para obtenção do azeite.

Um sonho português: azeite de oliva em Campos do Jordão Na pousada da serra da Mantiqueira velho lusitano consegue fabricar azeite de oliva a duras penas – Exame no “Adolfo Lutz” comprovou a excelência do produto – As primeiras oliveiras e o espanhol Galvez – Reportagem de MOACYR JORGE.

CAMPOS DO JORDÃO, 30 (De Moacyr Jorge, enviado especial) – Poucos acreditam na capacidade de recuperação da agricultura no Brasil. Há um pessimismo criminoso, que parte da língua do povo – cansado de sofrer – levando ao desanimo e ao desespero os que enfrentam na lavoura todas as necessidades.

Antes de tudo é preciso dizer que esse português não é apenas pioneiro na obtenção de azeite de oliva no Brasil. É o português corajoso, audacioso que – sabe-se lá por quê ? – vindo ao Brasil escolheu a serra da Mantiqueira quase inóspita – na época – para ganhar o seu dinheirinho e viver nesta sua segunda pátria que ele ama sem ser amado.

Poderia ter sido um dono de bar, a vender cachaça simples ou com limão. Talvez, com esse espírito de luta, fosse hoje um milionário, se ao trocar os seus escudos por mil réis montasse um restaurante nas ruas centrais de S. Paulo. Preferiu, porém, a Mantiqueira que lhe oferecia sacrifícios.

O seu arrojo hoje é comentado. Montou a primeira linha de ônibus para Campos do Jordão . Outra loucura. A estrada cheia de poeira que se entranha na alma, ou de barro depois das chuvas tormentosas, permitia quando muito o tráfego de carros de boi. A rodovia em espiral, rasgando os montes, foi construída no muque. O motorista era uma espécie de equilibrista alemão, a andar em arame, fazendo prodígios com a direção, para evitar a queda no abismo. E os passageiros eram os assistentes, de olhos esbugalhados, orando pelo êxito do “aramista”.

A empresa de ônibus não deu a Antonio Oliveira Pires o lucro esperado, nem a tranqüilidade que sonhara. Vendeu-a por preço irrisório. O bastante para comprar sete alqueires na Pousada da Serra e começar a executar um novo plano de vida, sem dificuldades que lhe acarretava a sustentação da companhia de transportes.

A Mantiqueira, de clima idêntico ao da Europa, era o lugar propício para Antonio realizar o seu sonho: ter no Brasil os olivais de Leiria. Plantou as primeiras mudas. Morreram. Não havia um agrônomo para dar orientação, para explicar esse primeiro malogro. Mas um espanhol, chamado Galvez, disse-lhe:

- “As oliveiras só nascem encavaladas. É preciso exertá-la num pedaço de madeira brasileira. Basta cortar com o canivete o pau e aí amarrar o ramo de oliveira”.

Galvez abria o caminho para a realização do sonho do Pires.

Plantadas as primeiras mudas encavaladas, o crescimento era rápido, com troncos bem galhados. O êxito das primeiras tentativas foi um estimulo à plantações de novas mudas.

Hoje são duas mil árvores, algumas com 15 anos.

 

 

 

 

 

 

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Edmundo Ferreira da Rocha

 

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