Sessão Literomusical - Academia de Letras de C.J. - 28.11.2015


Sessão Literomusical - Academia de Letras de C.J. - 28.11.2015

FULVIO PENNACCHI

Fulvio Pennacchi (Nasceu na Toscana, Itália - Villa Collemandina, 27 de dezembro de 1905 — São Paulo, 5 de outubro de 1992) foi um desenhista, pintor, muralista e ceramista ítalo-brasileiro. Diplomou-se em pintura pela “Academia Real de pintura de Lucca”. Em julho de 1929 chegou ao Brasil, estabelecendo-se em São Paulo. Em 1930/1935 cria os trabalhos a óleo “Cenas da Vida de São Francisco” e a série das “Obras de Caridade Corporais e Espirituais”. Em 1935, realiza suas primeiras exposições no Brasil. Daí em diabte, executaria vários trabalhos, entre murais, afrescos, ilustrações e trabalhos à óleo, lidando com cerâmica apenas em 1952. Em 1951 participa da I Bienal de São Paulo.

Foi integrante do Grupo Santa Helena, juntamente com Alfredo Volpi, Francisco Rebolo, Aldo Bonadei, Alfredo Rizzotti, Mario Zanini, Humberto Rosa, Clovis Graciano e outros

Sua pintura é sensível e pessoal, de modo especial na interpretação dos grandes temas bíblicos e da vida dos santos, em razão de uma infância marcada por sólida educação religiosa católica, e na evocação do mundo caipira.

Todos que entram no Hotel Toriba notam imediatamente: no bar, na sala de café e chá, no restaurante e no aconchegante salão onde hóspedes e visitantes se reúnem ao redor da lareira, as paredes são quase totalmente recobertas por belíssimos afrescos, onze ao todo, somando mais de 60 metros lineares de pintura.

O autor da obra é Fulvio Pennacchi, desenhista, pintor, muralista e ceramista de origem italiana, radicado em São Paulo desde 1929, e integrante do chamado Grupo Santa Helena - junto com Alfredo Volpi, Francisco Rebolo, Aldo Bonadei, Alfredo Rizzotti, Mario Zanini entre outros, na maioria imigrantes ou descendentes diretos.

Não se sabe ao certo qual era a relação do artista com os fundadores do hotel, mas, de acordo com o pesquisador e estudioso Valério Pennacchi, seu parente, Luiz Villares provavelmente já tinha alguma intimidade com o trabalho do artista quando o convidaram a adornar as paredes do hotel.

Nessa época, Pennacchi já havia conquistado certa fama graças aos murais executados na Igreja Nossa Senhora da Paz, em São Paulo, e em elegantes residências da capital, além de agências bancárias e instituições privadas.

Pennacchi mergulhou no cancioneiro popular em busca de inspiração e dele extraiu temas singelos relacionados à vida campestre, numa narrativa visual de três famosas canções cujos versos foram reproduzidos no rodapé de algumas das cenas. Nos afrescos do bar, estampou uma vindima e, para o restaurante, criou uma festa rural focada no churrasco gaúcho, relacionando, assim, os temas aos espaços. Já no salão da lareira, apropriou-se do folclore e explorou as Entradas e Bandeiras, na sala do chá e café.

A coleção de murais preservados e restaurados do Hotel Toriba é uma das maiores e mais importantes obras em exposição permanente do artista.

 

 

 

 

 

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