Lançamento livro - Camargo Freire... 21.11.2012


Lançamento livro - Camargo Freire... 21.11.2012

Lançamento livro 21/11/2012 - Camargo Freire...

Guiacampos publicou no site: www.guiacampos.com

“Os historiadores Pedro Paulo Filho e Edmundo Ferreira da Rocha estarão lançando na quarta-feira (21) pela editora Noovha América o livro “Camargo Freire - O pintor da paisagem de Campos do Jordão” que traz informações e fotografias do artista plástico que nasceu em junho de 1908 e veio para Campos do Jordão em 1941 para curar a tuberculose, vindo a se tornar o artista que mais fielmente retratou a paisagem jordanense.

Além de artista plástico, Camargo Freire foi professor queridíssimo na cidade, chegando a ter sua sala de aula que é totalmente caracterizada com seus desenhos, conservada até os dias de hoje.

O livro escrito por Pedro Paulo Filho e que conta com fotografias do acervo de Edmundo Ferreira da Rocha será lançado na quarta-feira (21) no Ristorante Itália em Campos do Jordão.”

O autor do livro “Camargo Freire - O pintor da paisagem de Campos do Jordão”, Pedro Paulo Filho escreveu:

PREFÁCIO

Todas as cidades tem os seus cantores, musicistas, historiadores e poetas e, porque não dizer, os seus artistas plásticos.

Contam a sua história por diversificadas formas de comunicação humana e transmitem a sua arte.

Bem por isso Camões em “Os Lusíadas” cantou:

“As armas e os barões assinalados (...) Cantando espalharei por toda a parte, se a tanto me ajudar o engenho e arte”.

A produção artística de Expedito Camargo Freire revela que ele se tornou o pintor da paisagem exuberante de Campos do Jordão, mercê de sua apurada formação artística como integrante do Núcleo Bernardelli no Rio de Janeiro e da fértil engenhosidade de seu talento, ao receber os mais significativos e importantes prêmios no Salão Nacional de Belas Artes, também na antiga Capital da República.

Ao reverso, viveu uma vida plena de carências e sofrimentos, seja pela sua pobreza existencial que enfrentou em Campinas e no Núcleo Bernardelli, onde com os nomes mais augustos da pintura nacional conheceu as regras da arte pictórica e depois, atirado a um leito de sanatório de tuberculose, em Campos do Jordão, Camargo Freire venceu todos os embates que lhe estavam reservados nesta vida.

Ninguem captou melhor do que ele a abundante variedade de luzes e sombras, das cores e perspectivas da natureza da terra que lhe devolveu a saúde, a ponto de permitir olhar-se para uma quadro seu e dizer-se “Este é um Camargo Freire !”

Como assinalou Barbosa Leite, “o seu colorido depurado e digno atinge extremos de indefiníveis modulações. A amplitude se projeta em fuga sem limites, apoiando-se nos contornos bizarros e nos súbitos contrastes de luz, roçando-se nas grimpas frescas, e a paisagem de Campos do Jordão é dominada por seus aspectos mais ternas e envolventes, fixada na tela os seus mais memoráveis instantes do pintor”.

Por tudo isso, Camargo Freire continuará sempre a ser amado pelo povo de Campos do Jordão e pelos amantes da arte paisagística nacional.

Entretanto, a terra jordanense soube retribuir-lhe parte do sofrimento por que passou ao longo da vida, pois a natureza exuberante da Mantiqueira permitiu-lhe a inspiração de que resultou os mais expressivos prêmios na pintura brasileira, obtidos no Salão Nacional de Belas Artes, do Rio de Janeiro.

Nos seus quadros, sente-se as cores, as formas e o perfume da natureza jordanense e mais, o apêgo à fidelidade genuína, prenhe de amor e humanismo.

Não fosse a notável participação de Edmundo Ferreira da Rocha, historiador da imagem de Campos do Jordão, que mantém um arquivo fotográfico da ordem de 40 mil fotos históricas da Montanha Magnífica, não seria possível a publicação das telas do Pintor Camargo Freire.

A ele a nossa gratidão e aos proprietários dos quadros, pelo espírito público, a nossa homenagem.

 

 

 

 

 

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