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Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

DISCOS VOADORES NA MONTANHA 


DISCOS VOADORES NA MONTANHA

Montagem de disco voador sobre a Pedra do Baú.

 

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Toda vez que contemplo o Hotel Montanhês, vem-me à memória a figura do saudoso Paulo Rangel, escritor de nomeada, que iniciou a sua ascensão literária ali, em Vila Abernéssia, com o premiado romance "A Verdade".

No livro, todo ambientado em Campos do Jordão, ele descreve, com categoria impar, as figuras tradicionais da cidade sem os nominar, é claro, e bem assim os logradouros e pedaços urbanos da Estância, que os jordanenses dos anos 60 logo identificam.

Nunca descobri, com certeza, por que Paulo Rangel veio arranchar-se na Estância: um forte e guapo jovem, culto, disputado pelas professorinhas que residiam no Hotel Montanhês.

No passado, escrevera crônicas de vanguarda, nos anos de chumbo da ditadura militar. Carioca de nascimento, formou-se pela Faculdade de Direito da USP, tendo intensa atividade jornalística e teatral na Academia.

Irmão do famoso teatrólogo Flávio Rangel, trabalhou na VASP, na área de comunicação social, conheceu muitos países, foi ator de teatro da Companhia Cacilda Becker, até que, fixando-se em Campos do Jordão, começou a advogar.

Foi convidado pelo Prefeito José Antonio Padovan e aceitou desempenhar os cargos de Secretário de Expediente e depois de Relações Públicas e Imprensa da Prefeitura Municipal.

Também aceitou o convite do Prefeito Fausi Paulo para integrar a Academia de Letras de Campos do Jordão.

Já residindo no Rio de Janeiro, começou a dedicar-se exclusivamente a escrever livros, casou-se com a bela Silvia, com quem deixou dois filhos e, de repente, a infausta notícia do seu falecimento. Em um de seus últimos livros "Semeadores da Via Láctea", voltou a escolher a paisagem jordanense como pano de fundo para seu enredo, como que registrando, no último capítulo da vida, a memória da cidade, onde viveu, amou e sofreu.

Escrevendo em 1993, observou: "Nesta obra, como você verá, presto grande homenagem a Campos do Jordão. Transformo a cidade num campo de descida de discos voadores do planeta Skiss e dos seus tripulantes, os extra-terrestres conhecidos com Skissianos

Pa capturar Alex Tocantins, meu principal personagem, talvez o primeiro herói galáctico brasileiro, os Skissianos preferiram pousar nas proximidades do Pico do Itapeva.

E para recolher os colonizadores do espaço, o local escolhido foi a Pedra do Baú. O fato mencionado na página 23 aconteceu comigo, aí em Campos do Jordão. Observei a trajetória de um satélite artificial passando pela cidade por mais de meia hora.

Faço também um alerta para que Campos do Jordão não acolha indústrias poluentes para conservar a limpeza de sua atmosfera."

Não foi Paulo Rangel o único a observar nos céus da Mantiqueira a passagem de objetos-não-identificados; muitos outros jordanenses já se assustaram com esses objetos estranhos que, de quando em vez, percorrem o espaço celestial da nossa terra.

E quem pode atestar, com segurança, que o Pico do Itapeva e a Pedra do Baú não são estações de desembarque e embarque de discos voadores? De minha parte, lembrei a advertência de Sancho Pança a Dom Quixote: "Yo no creo em brujas, pero que las hay, las hay ..."

Toda vez que contemplo o Hotel Montanhês, sinto um aperto no peito, é a saudade do Paulo Rangel, amigão da década de 60.

Pedro Paulo Filho

25/05/1961

 

Acesse esta crônica diretamente pelo endereço:

www.camposdojordaocultura.com.br/ver-cronicas.asp?Id_cronicas=214

 

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