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Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

Araucária, nosso Pinheiro querido 


Araucária, nosso Pinheiro querido

Foto Composição: Pinheiro (Araucária), Pinha e Pinhão.

 

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“Araucária Angustifólia” ou “Araucária Brasiliensis” como costumo dizer, é o nome científico do nosso querido e grandioso pinheiro do “Paraná”.

“É a espécie arbórea dominante da floresta ombrófila mista, ocorrendo majoritariamente na região Sul do Brasil, mas também sendo encontrada no lesta e sul do estado de São Paulo, sul do estado de Minas Gerais, principalmente na Serra da Mantiqueira, na Região Serrana do Rio de Janeiro e em pequenos trechos da Argentina e Paraguai, sendo conhecida por muitos nomes populares, entre eles pinheiro-brasileiro e pinheiro-do-paraná, e também chamado pelo nome de origem indígena, curi. A espécie foi inicialmente descrita como Columbia angustifolia Bertol - 1819.

Estudos afirmam que a espécie araucária angustifolia está presente no planeta desde o Período Jurássico e sua origem remonta há mais de 200 (duzentos) milhões de anos, desde que os continentes americanos e africano eram unidos, e posteriormente foi disseminada pela América do Sul, desde Argentina até o nordeste brasileiro.

A araucária pode atingir alturas de 50 metros, com um diâmetro de tronco à altura do peito de 2,5 metros e tem uma vida longa que é em média 700 anos e, em alguns casos até mais. Tornou-se, não por acaso, símbolo do estado do Paraná e, com seu nome indígena CURI, deu o nome a capital do estado, Curitiba. Aparece nos brasões das cidades de Apiaí, Araucária, Caçador, Campos do Jordão, Canoinhas, Itapecerica da Serra, Ponta Grossa, Santo Antonio do Pinhal, São Carlos, São José dos Pinhais e Taboão da Serra.” (OBS. Parte dos textos do “Floresta Brasil”)

Pinheiro que adorna as montanhas dos Campos do Jordão.

Pinheiro que, um dia, foi a matéria-prima para as tábuas que serviram para a construção das primeiras moradas daqueles que, primitivamente, aportaram nestas alturas da serra da Mantiqueira e foram os responsáveis pelo surgimento da Cidade e ensinaram os passos firmes do sucesso e progresso.

Pinheiro que doou suas entranhas para a confecção dos ataúdes que, num passado não muito distante, serviram de proteção à forma física daqueles que não conheceram o privilégio da cura da tuberculose e para aqueles que, por motivos vários, deixaram estas paragens, alçando vôo para o infinito, atendendo o chamamento do responsável pela criação.

Pinheiro que, de noite ou de dia, se impõe pela sua exuberância, porte elegante e majestade, sempre levantando brindes à vida com sua taça de esmeralda voltada para o céu. Pinheiro que, com seus galhos lembrando braços abertos, recepciona o povo desta cidade e os turistas que nos visitam, com muito carinho e beleza.

Pinheiro que, ao nascer do dia, antepõe-se ao Sol para nos dar a proteção necessária ao calor e à luz exagerada e prejudicial à saúde, liberando aquela estritamente necessária.

Pinheiro que enfeita nossa paisagem de montanhas magníficas com tanta graciosidade e porte majestoso.

Pinheiro que, nas tardes límpidas e tranqüilas do final dos dias, contrapõe-se ao Sol do crepúsculo no horizonte para, com sua silhueta indispensável, dar o contraste necessário na composição da coloração multicor dos últimos raios solares que, furtivamente, escapam por detrás de seus galhos, das nuvens e das montanhas deste verdadeiro paraíso terrestre.

Pinheiro que produz a pinha e o pinhão, alimento indispensável para a alimentação daqueles menos favorecidos pela sorte que para cá vieram, num passado não muito distante, em busca de melhores dias para suas vidas e para os seus, e que, infelizmente, não conseguiram seu real intento.

Pinhão que alimenta até hoje algumas espécies de nossa fauna que, felizmente, insistem em permanecer entre nós, dando graça à vida e nos encantando com suas presenças.

Pinhão que encanta o turista que nos visita, nossa real fonte de rendas e que, agora, fica deslumbrado com as iguarias culinárias preparadas com esse alimento maravilhoso, por meio de receitas inéditas introduzidas pela culinária caseira, simples e rudimentar, e pelas sofisticadas e elaboradas receitas criadas por “chefs” da alta gastronomia, cujos pratos deslumbrantes são servidos nos principais restaurantes e hotéis da cidade de Campos do Jordão e até em outras cidades de outros rincões do Brasil.

Pinheiro que, um dia, deu guarida e alimento à gralha azul, sua multiplicadora natural que, infelizmente, migrou para paragens mais promissoras e facilitadoras.

Pinheiro que continua dando guarida a vários outros tipos de pássaros e alimento a pequenos roedores de nossa fauna. Pinheiro que continua alimentando várias espécies de musgos, bromélias e microvegetações.

Pinheiro, com tua graça, tua majestade, tua pinha e teu pinhão, recebe a nossa eterna gratidão por tudo de bom e maravilhoso que doaste e continuas doando, graciosamente, a estes Campos do Jordão.

Oxalá as autoridades não venham a se esquecer da necessidade da tua preservação para que continues fazendo parte integrante da tranqüilidade de nossos montes e da liberdade de nossos campos.

Edmundo Ferreira da Rocha

29/04/2003

 

Acesse esta crônica diretamente pelo endereço:

www.camposdojordaocultura.com.br/ver-cronicas.asp?Id_cronicas=30

 

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