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Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

Histórias que, infelizmente, o tempo irá apagar. 


Histórias que, infelizmente, o tempo irá apagar.

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Muitas pessoas e amigos escrevem ou escreveram inúmeras histórias, crônicas, artigos e poemas, relacionados a fatos importantes e interessantes, acontecidos ou relativos à história e cultura da nossa querida cidade Campos do Jordão.

Eu também, em determinado momento da vida, entendi que deveria aproveitar arquivos da minha mente onde existem preservados inúmeros casos, fatos, histórias e acontecimentos, relacionados com a nossa história e cultura. Aproveitar tudo aquilo que, graças a Deus, minha memória privilegiada mantém fortemente gravado, vivo e atual, por mais que os anos, insistentemente, passando com rapidez, sempre tentem, naturalmente, levá-los para o esquecimento, infelizmente. Assim, como tantos outros já fizeram anteriormente, outros continuam fazendo e muitos outros, no futuro, continuarão fazendo, resolvi começar minha tentativa de eternizar histórias queridas e saudosas, que continuam atuais em minha memória. Comecei a escrever e continuo escrevendo, com o especial intuito de registrar as histórias, contos, fatos interessantes, acontecimentos diversos, com mera pretensão de legar para a população jordanense futura e para todos que, algum dia, venham a ter algum interesse sobre elas, sempre pensando na necessária possibilidade de eternizá-las, evitando que venham a cair no esquecimento, impossibilitando a esperada divulgação, mesmo que temporária.

Claro, nesses registros escritos, um pouco da história e da cultura de determinada época da nossa querida cidade. Várias histórias, fatos e acontecimentos gratificantes, emocionantes, tristes, jocosos e divertidos, homenagens a pessoas que, um dia, fizeram parte da nossa história e cultura, muito contribuindo para a formação da nossa sociedade, da organização da cidade e do seu progresso.

Depois de escrever mais de uma centena dessas histórias, comecei a pensar e perguntei-me: durante quanto tempo essas histórias conseguirão atrair a atenção das pessoas que venham a ter interesse nesses fatos narrados?

Entendo que é uma pergunta de difícil resposta, considerando que é quase impossível determinar, com mínima precisão, o tempo em que essas histórias continuarão a despertar algum interesse. Hoje e, talvez, durante algumas poucas décadas, imprevisíveis de ser estabelecidas em termo de quantidade, pessoas, jordanenses ou não, ainda poderão ter algum interesse em saber algo sobre histórias antigas da nossa cidade, ou sobre fulano ou beltrano que aqui tenham nascido e vivido e, também, sobre aqueles que para cá vieram por motivos diversos, até, especialmente, em busca do clima privilegiado, para o restabelecimento de sua saúde e, humildemente, tenham, de alguma forma, participado da nossa história. Claro, exceções existem, especialmente relacionadas a pessoas cujos nomes, em determinada oportunidade, ultrapassaram nossas fronteiras, ficando eternizados em histórias mais amplas além de nossos limites territoriais, agraciados por repercussão específica e global. Também algumas histórias muito especiais poderão ter esse privilégio, continuando a despertar mínimos interesses.

Pensando num futuro bem mais longínquo – por exemplo, daqui há duzentos ou trezentos anos, se tanto – sem nenhum menosprezo ou depreciação às pessoas que, exemplificativamente, estarei enumerando, quem terá qualquer interesse em saber quem foi, como era e o que fazia, ou mesmo episódios simples de nossa história, em que tenham participado, dentre inúmeros outros: Edmundo Ferreira da Rocha, Paulo de Andrade, o Paulinho da Livraria Pinheiro, Wilson Brügger, do Posto Esso de Vila Capivari, “Mata Sapo”, “Mandioca Pão”, “Rosa Louca”, “Violinha”, “Paulo Coxinha”, “Amado”, Donato, Antonio Padeiro, Chicão, Índio, Antenorzão, nosso grande doador de sangue, Mamiliano (Emiliano) Barsaline, Cantídio, Calil da Farmácia Emílio Ribas, Zé João, da Farmácia Santo Antonio. Enfim, várias centenas de pessoas que, como estas ou outras que virão, aqui viveram ou viverão, durante determinadas épocas da nossa história. Imaginem. Então, num período de tempo ainda muito maior. Existe possibilidade de algum interesse?

Acredito que não. Novos personagens e novas histórias acontecem e continuarão acontecendo a cada dia e períodos, sempre interessando para aqueles que as vivenciaram direta ou indiretamente e para aqueles que tenham conhecido algum dos personagens ou tenham tomado conhecimento das histórias de suas épocas. Ninguém desejará perder seu precioso tempo procurando e se interessando por histórias antigas demais, ou por simples personagens que viveram numa época remota, muito longínqua.

Sem dúvida, a grande maioria dessas histórias – o interesse de saber algo sobre fulano ou beltrano, desde que as histórias e os nomes não tenham ultrapassado limites normais e territoriais, como mencionado –, infelizmente, estará fadada ao mais profundo esquecimento, mesmo que um dia tenham sido registradas em escritos diversos (livros, jornais, revistas), gravações diversas, internet ou outros futuros e modernos meios de registro. Lamentavelmente nada disso conseguirá eternizá-las. Enfim, é muito triste. A implacável e cruel realidade, até certo ponto desumana, difícil de ser aceita, chega a desmotivar, desestimular.

Sou persistente, não desisto facilmente. Tomei como meta registrar pequenas histórias, fatos, episódios e acontecimentos de minha época, até de épocas pouco anteriores, todos relacionados à nossa história e cultura – a princípio, com o intuito de eternizá-las. Mesmo agora, com nova visão, sabendo que, algum dia, cairão no mais completo e absoluto esquecimento, jamais deixarei de registrá-las.

Enquanto puder e me for possível estarei escrevendo, tendo absoluta certeza de que esses registros continuarão a interessar, alegrar e emocionar muitos que tiveram a feliz oportunidade de participar de algum deles, ou tiveram algum parente ou amigo que tenha participado. Até, num futuro bem próximo, estarão servindo a algum curioso, pesquisador de histórias simples e verdadeiras, ávido de lembranças gratificantes de passado especial, que tenha interesse em conhecê-las e, quem sabe, divulgá-las por mais algum período.

Gostaria que todos que tenham oportunidade de ler estes registros continuem fazendo como eu. Nunca percam a esperança, nunca desistam de determinado propósito em suas vidas. Mesmo sabendo que tudo é passageiro, tudo será esquecido e que não serão eternos os resultados de suas ações, registros e providências, mesmo assim, durante algum bom tempo poderão ser muito importantes para muitos que venham a se interessar por eles. Assim sendo, acabarão desempenhando um papel muito importante em todo esse processo, aumentando consideravelmente o prazo em que, fatalmente, acabarão caindo no mencionado e fatal esquecimento total, infelizmente.

Edmundo Ferreira da Rocha - 18.janeiro.2010.

 

 

Acesse esta crônica diretamente pelo endereço:

www.camposdojordaocultura.com.br/ver-cronicas.asp?Id_cronicas=64

 

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