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Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

Mãe! Até os animais se lembram delas nas horas difíceis. 


Mãe! Até os animais se lembram delas nas horas difíceis.

Xilogravura em hiomenagem ao Dia das Mães, da autoria do saudoso Joaquim Corrêa Cintra, datada do ano de 1955, publicada no Jornal "A Cidade".

 

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FLIP, o personagem desta história real.

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É a mais absoluta verdade.

É muito difícil alguém não se lembrar de sua mãe nas horas difíceis. Por mais fortes e independentes que sejamos, não importa também a idade que tenhamos, nas horas mais difíceis de nossas vidas, especialmente quando estamos acometidos de algum problema relacionado à nossa saúde, a primeira lembrança que vem em nossa cabeça é a imagem da nossa grande e forte protetora de todas as horas, a Querida Mãezinha. Também não importa se ela, ainda, está em nossa dimensão ou já tenha partido para dimensões maiores deste nosso imenso Universo Celestial.

Assim acontece via de regra. Jamais perdemos aquele saudoso e especial vínculo de infância e juventude que nos acompanha por toda a vida. A figura de nossa Mãe, nossa protetora, aquela que sempre soube aliviar nossas dores desde pequenos, ministrando-nos remédios necessários e eficazes, nas horas certas e corretas, ou até nos confortando com palavras sábias, de acalento, de carinho e afago, capazes de acalmar nossos sofrimentos, minimizando nossas dores.

Também, nessas horas difíceis, jamais deixamos de invocar o auxílio da nossa Mãe Divina, a nossa Mãezinha do Céu, como costumamos dizer.

Acredito – tenho certeza – que esse entendimento e grandioso vínculo de dependência e amizade maternal que nos une à figura magistral, soberana e protetora de nossas mães, também, acontecem até com os animais a que, infelizmente, denominados erroneamente de seres irracionais. Acredito que muitos, em várias oportunidades em que permanecem conosco, alegrando nossas vidas, conseguem mostrar e expressar de maneira bastante convincente que não são tão irracionais como lamentavelmente propalamos.

Um exemplo que jamais poderei esquecer e que muito me emocionou e cristalizou de forma definitiva a afirmativa acima.

No ano de 1998, um de meus amiguinhos, nascido em minha casa, praticamente em minhas mãos, companheiro inseparável enquanto aqui permaneceu alegrando minha vida, o FLIP, cãozinho da forte e boa raça pequinês, teve alguns problemas que afetou por um determinado período sua saúde, deixando-o bastante prostrado, infeliz e desanimado. Envidamos todos nossos cuidados e atenções no sentido de fazê-lo voltar a ser o esperto, ágil e alegre Flip de sempre. Graças a Deus e aos cuidados veterinários do amigo Paulinho Assaf, conseguimos. Ainda viveu feliz por vários anos.

Nessa oportunidade, quando Flip enfrentava o pior momento de seus problemas de saúde, em uma noite inesquecível, aconteceu um fato bastante marcante e impressionante que me fez crer em tudo o que disse anteriormente, no início desta narrativa.

Como era de costume, antes de me recolher para dormir – momento sempre aguardado com grande expectativa pelos amiguinhos que moravam em minha casa, Flip, Pico, Zuzu e Tuquinha, todos descendentes da raça pequinês –, soltava-os para a volta noturna e necessária no gramado existente no fundo do quintal de minha casa, para que pudessem correr um pouco, brincar e fazer suas necessidades fisiológicas.

Na hora de recolhê-los para o lugar especialmente preparado para o descanso noturno, notei que faltava o Flip. Chamei-o várias vezes e nada de ele aparecer. Peguei uma lanterna e fui procurá-lo por todos os cantos do quintal. Como não estava bem de saúde, fiquei muito apreensivo e preocupado, até esperando uma surpresa desagradável.

Para minha surpresa e grande emoção, localizei-o deitado no gramado do fundo do quintal, exatamente sobre o local onde, anos anteriores, havia sepultado sua querida mãezinha, a querida e saudosa Tulinha. Não me contive, comecei a chorar vendo aquele amiguinho com saúde bastante comprometida, deitadinho sobre o local em que jazia sua querida mãezinha, demonstrando, claramente, que pedia sua ajuda e a indicação do remédio necessário e indispensável para libertá-lo dos males que o afligiam. Fiquei ali em sua companhia durante algum tempo, aproveitando para elevar meu pensamento a Deus e a Jesus, orando e reforçando o pedido de cura para o amiguinho Flip. Logo depois ele mesmo se levantou e rumou para o local onde costumeiramente repousava.

Parece incrível, porém muito verdadeiro e inesquecível. A partir do dia seguinte, o Flip começou a melhorar e teve a saúde praticamente restabelecida completamente, vivendo ao nosso lado e de seus semelhantes, por vários anos, sempre nos emocionando com sua costumeira alegria, disposição, graça e espontaneidade.

Creiam todos que tiverem a oportunidade de ler este relato. Trata-se da mais absoluta verdade, testemunho necessário e válido para terminar repetindo: Mãe! Até os animais se lembram delas nas horas difíceis.

Edmundo Ferreira da Rocha

01/05/1999

 

Acesse esta crônica diretamente pelo endereço:

www.camposdojordaocultura.com.br/ver-cronicas.asp?Id_cronicas=80

 

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