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Crônicas que contam histórias de Campos do Jordão.

 

Ganso e seu time de futebol 


Ganso e seu time de futebol

Este é o famoso Renato, mais conhecido como GANSO.

 

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Este é o famoso time do GANSO. Na nrealidade, equipe juvenil do C.J.F.C. - Campos do Jordão Futebol Clube

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Um destaque da foto maior, mostrando o GANSO, juntamente com os jogadores: Benedito Sergio Lourenco, Luiz Carlos Ferreira Gonçalves, o Café e Antonio Carlos Correia.

 

Nas décadas de 1950 e 1960 aconteciam coisas aqui em Campos do Jordão que jamais poderemos esquecer.

Lembro-me de que éramos bastante jovens e uma das coisas que mais gostávamos era jogar futebol.

Quase sempre, nos natais, o presente mais esperado era a bola de futebol, daquelas antigas, de capotão de couro e câmara de ar com grande bico que, depois de a bola estar cheia de ar, necessitava ser dobrado, amarrado e enfiado pela abertura própria, por baixo da capa de couro. Essa abertura, depois, era costurada com atanado (tira fina) de couro. Na realidade ficava um grande calombo nesse local. Toda vez que estávamos jogando e chovia, a bola ficava molhada, muito pesada, era uma dificuldade enorme para cabecear, especialmente quando esse calombo batia em nossa cabeça ou em nossa testa. Chegava a marcar e até machucar bastante.

Nessa época, havia um rapaz amigo, chamado Renato (infelizmente não consegui lembrar e descobrir, junto aos demais amigos da época, seu sobrenome), mais conhecido como GANSO, talvez pelo fato de ter um pescoço pouco maior que o normal, ligeiramente torto, pendido para o lado direito. O Ganso também tinha ligeira deformação genética nos pés que o impedia de jogar futebol conosco. O Ganso morava com sua família no alto da Vila Capivari, hoje acesso aos loteamentos Alto do Capivari e tantos outros, num local onde existia uma caixa d´água que abastecia a região, bem em frente à casa onde mora até hoje a família do saudoso Vitor Adão.

Apesar desses impedimentos, o Ganso era um grande apaixonado pelo futebol. Via de regra reunia vários garotos e rapazes e levava para o campo de futebol utilizado pelo Campos do Jordão Futebol Clube, situado em área pertencente ao tradicional Campos do Jordão Tênis Clube, em Vila Capivari. Lá ficávamos jogando futebol por várias horas, sempre contando com sua imprescindível companhia e suas orientações, bastante válidas.

O Ganso chegou a organizar equipes de futebol, que disputavam pequenos campeonatos jogando com outros times da mesma categoria, de diversos bairros da cidade. Essas equipes ficaram conhecidas como “O time do Ganso”.

Posteriormente, com a experiência adquirida com essas pequenas equipes, o Ganso passou a comandar a equipe juvenil de futebol do Campos do Jordão Futebol Clube. Eu até participei de uma dessas equipes, chegando a jogar muitas partidas com a camisa do clube, juntamente com Victor Gonçalves Filho, Walter Araújo, o Uru, Walter do Cornélio, Jacaré, Edison dos Santos, o Dinho, Urutago, Zé do Pinho, Toninho Lourenço, o Magrela, Carlos Vicente de Andrade e Waldir Felix da Silva.

Uma dessas equipes juvenis do Campos do Jordão F. C., comandada pelo Ganso, fez bastante sucesso no início da década de 1960, sendo uma das melhores da cidade. Nessa equipe jogavam: Toninho Lourenço, o Magrela, Matheus da Padaria, Orlando Adão, o Jacaré, Mirinho Adão, Benedito Sergio Lourenço, irmão do Toninho Magrela, Luiz Carlos Ferreira Gonçalves, o Café, Toninho, Walter Araújo, o Uru, Cláudio Ribeiro e seu primo Julio Carlos Ribeiro Neto, o Julinho Pirata e Antonio Carlos Corrêa.(Todos, na foto maior desta crônica) Também na foto, agachado à esquerda, Luiz Carlos Albano de Oliveira.

Como tudo que é bom infelizmente um dia acaba, também acabaram as maravilhosas equipes de futebol comandadas pelo Ganso. Atualmente, nem o Ganso ou outra ave, até de maior envergadura, encontra disposição para continuar aquele pequeno trabalho feito com muito amor, dedicação, carinho e amizade em prol do futebol jordanense.

Hoje, há somente a saudade e as recordações daquela época memorável. Não sabemos para onde foi o Renato. Talvez o Ganso, tal qual ave de arribação, que quando faz mau tempo se vai, ele e seus familiares, inclusive seu irmão Paulo, que também participava dessas equipes comandadas pelo irmão Ganso, levantaram voo para alguma paragem mais alvissareira, em busca de melhores dias.

Edmundo Ferreira da Rocha

17/11/2010

 

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