À
sombra da opressão a liberdade brilha
Irradiando
esperança, verdade e amor!...
No
seu rastro o idealismo trilha
Caminhos
de sangue e lágrimas de dor...
Ei-la
em João brilhando na masmorra!
Tenta
Herodes apagá-la, é incapaz.
Herodias
quer que ele morra
Para
o despotismo então viver em paz.
E
a voz que clamava no deserto
Impávida
soa no cárcere da opressão
Como
ressoava a céu aberto
Em
benção batismal no lírico Jordão!
Na
festa de seu aniversário natalício,
Para
agradar a nobreza convidada,
Súditos
do reino dos vícios,
Herodes
pediu a Salomé, sua enteada,
Que
para eles dançasse.
Instigada
pela mãe impôs uma condição,
Que
lhe presenteasse
A
cabeça de João.
Prontamente
a satisfaz.
Mas,
caindo em si, apavorado recua.
Palavra
de rei não voltará atrás!
Lhe
diz Herodias mostrando a filha nua.
Cabeça
do Profeta vem numa bandeja,
Aureolada
pelo esplendor divino.
Salomé
cai de joelhos e a beija.
De
rastro, uivando, foge o casal assassino...
|