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As bodas de Caná

 

 

Numa festa nupcial plena de prece e canto,

Presentes discípulos de João.

Batizou-os Jesus com Espírito Santo,

Unindo-os à sua congregação.

 

Na alegoria de João Evangelista

Jesus transformou água em vinho.

Com água batizara João Batista,

Precursor de Jesus no profético caminho...

Água terrestre e atmosférica

Lava o corpo mas não lava os vícios.

Vinho da tradição exotérica

Lava os pecados na Ara dos Sacrifícios.

Porém muito relutara.

Batizar achava que não devia.

Concordara

Por insistência deles apoiados em Maria.

“Mulher não chegou minha vez; que tenho contigo?”

Declarou por saber

Preso João, seu fraternal amigo.

Substituí-lo só depois dele morrer.

Consagrado estava nas profecias

Um só profeta profetizando existir.

Citava os profetas, confirmava Isaías,

Inda evitando a tradição transgredir

O acontecimento ganhou distância...

Da pobre e rústica Galiléia,

Tradição de atraso e ignorância,

Jesus projetou-se na Judéia.

Mas ninguém é profeta em sua terra.

Na sinagoga dos homens de pouca fé,

“Quiseram atirá-lo da serra”...

Expulso foi de Nazaré.

 

 

 

 

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