Não
foi direto a Jerusalém,
Evitando
precipitar acontecimentos.
Nos
discípulos pensar também,
Lhes
evitando inúteis sofrimentos.
Primeiro,
prepará-los ao futuro.
Permaneciam
fieis à tradição.
Muitos,
ainda tão obscuros,
Diziam
ser ele o profeta João.
Assim,
nem tudo podia revelar.
Não
tinham inteligência para entender,
Suficiente
fé para aceitar
A
filosofia do Bem Viver.
Pô-los
à prova
Antes
de mandá-los andarilhar
Semeando
a Boa Nova
Em
cada coração, de lar em lar.
Levou-os
à terra dos gentios.
Mostrou-lhes
o caminho da verdade
Recortado
de desvios
Ao
pantanal em flor da falsidade...
Poucos
resistiram à tentação.
Debandada...um
estouro!...
Voltaram
muitos ao redil de Aarão
Saudosos
do bezerro d’ouro.
Os
fiéis partiram em catequese,
Levando
a roupa do corpo e só.
Com
humildade aceitavam reveses,
Aplauso
deixando cair ao pó.
Voltaram
alegres, em abastança
Trazendo
ao Mestre frutos da seara
Semeada
com fé e esperança
Como
nunca ninguém semeara.
-
Quem dizem que eu sou?
-
O Profeta João.
-
Santo homem que me batizou,
Nas
águas do Jordão
-
E o que dizem vocês?
Se
entreolharam simploriamente.
Viram
Jesus pela primeira vez
E
atrás seguiram a tudo indiferentes...
-
Quem tu és, Mestre, quem tu és?
Nosso
guia bem-amado
De
quem não somos dignos de beijar os pés!
Exclamou
João, emocionado.
-
Tudo isso só porque a todos sirvo?
A
voz de Pedro soou como trovão!
-
“És o Cristo, filho de Deus vivo!”
-
Não te falou a carne mas divina inspiração,
A
fé ardente que em ti viceja.
Faço-te
a pedra, Simão bem-aventurado,
Sobre
a qual construirei a minha igreja!
Aos
pés de Jesus Pedro caiu ajoelhado.
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