Sobre
Jesus, o Judaísmo com toda a agressividade!...
Ilha
de amor em pleno mar de ódio,
À
maré de injúrias ele resistia com serenidade
Considerando
a vida simples episódio
Preparatório
para outras vidas...
Lutava
esgrimindo o verbo amar.
Punhaladas
eram-lhe desferidas
Nas
ciladas que a má fé sabe engendrar.
Escudado
na verdade revidava.
E
o homem suave que ele era
Áspero,
às vezes, se tornava
Sentindo-se
acuado como fera.
O
“olho por olho, dente por dente”
Quase
se tornara também sua lei.
César
e Caifás o vigiavam permanentemente
Julgando
quisera ele ser rei.
Mas
seu reino não era deste mundo!
Não
viera revogar a Lei e sim cumpri-la.
Declarou
com realismo profundo
Apaziguando
consciências intranquilas.
A
César o de César, a Deus o de Deus,
Definiu
ante a efígie na moeda
Lhe
apresentada pelos fariseus
Que
a todo transe tentavam dar-lhe uma queda.
Em
verdade, o dinheiro de Deus é bem comum
Aos
que trabalham na seara do amor.
Para
ganhá-lo deve cada um
Fazer
da vida jardim em flor.
O
de César é de ouro, prata e cobre,
Cambiado
à lei da usura.
Classifica
o homem em rico, médio e pobre,
Faz
a humanidade sua escravatura.
Adúltera
levaram para ele julgar.
Atire
a primeira pedra quem pecado não tiver!
Sentenciou
após muito meditar.
As
pedras largaram aos pés da mulher.
Retiraram-se,
vexados, sem olhar para trás.
Cada
pedra fez-se uma flor.
“Nem
eu te condeno. Vai e não peques mais”.
Não
perdoou o pecado, sublimou o amor.
Ele,
que a volúpia de amar jamais sentira.
Sendo
todo amor só a traição o beijara.
Aos
encantos de Madalena resistira,
Santificando-a
pelo muito amor que o amara
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