Fotografias que contam a
história de Campos do Jordão.
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Vitrais da Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
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Temos o grande prazer de colocar à disposição dos freqüentadores do site: www.camposdojordaocultura.com.br, fotos dos lindos vitrais de nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Estes lindos vitrais, com mais de setenta anos, felizmente, são originais e permanecem quase intactos.
Todos esses vitrais formam doados por pessoas beneméritas e dignas do nosso reconhecimento; amigas de Campos do Jordão e de nossa Paróquia de Santa Teresinha.
Um dado de suma importância e que a grande maioria das pessoas não sabe é de quem é a autoria dos lindos e maravilhosos vitrais da nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Um pequeno resumo: Em 25 de dezembro de 1928, a Capela de Vila Abernéssia foi elevada à categoria de Paróquia, tendo como padroeira Santa Terezinha do Menino Jesus. A pedra fundamental para a construção do prédio da Igreja Matriz aconteceu no dia 29 de junho de 1931. A última telha do prédio da Igreja Matriz foi assentada ocorreu no dia 18 de novembro de 1941. Sua Torre gótica foi concluída no ano de 1942. Nesse ano aconteceram as doações dos vitrais para a Igreja Matriz: da Família Fracalanza, de Ângelo Lourenço, de Adhemar de Barros, de João Rodrigues da Silva (João Maquinista), de Gianicola Matarazzo. Também doaram vitrais: o Apostolado da Oração e as Filhas de Maria Associadas à Congregação Mariana.
Há nove anos, no ano de 2008, coloquei vasto trabalho neste site da minha autoria, sobre a nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, porém, em momento algum, me passou pela cabeça, a curiosidade de saber de quem era a autoria dos lindos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz.
Agora, recentemente, no dia 02 de março de 2017 recebi um e.mail do grande amigo Márcio Bonfiglioli, assíduo freqüentador de Campos do Jordão e que também possui propriedade nesta cidade onde ele me diz o que segue: “
“Estou com a família aqui em Campos e hoje estive, novamente, visitando essa linda Igreja de Santa Teresinha. Fiquei curioso de saber quem havia executado os lindos vitrais. Não encontrei referência na literatura, mas ao examinar com cuidado os vitrais consegui encontrar somente em um deles uma assinatura.”
Disse também: “Essa assinatura está no primeiro vitral (conforme foto abaixo). Ela está no primeiro vitral à direita de quem entra na Igreja pela porta da frente. Quando se dá um zoom na foto se descobre a assinatura da famosa “CASA CONRADO” Você gostaria de saber disso?”
Sem dúvida. Fiquei feliz em saber sobre esse fato importante e histórico. Por isso, estou colocando essas informações aqui no site para que todos possam tomar conhecimento e para que fique eternizado na história da nossa Igreja Matriz.
Um pouco sobre a história da tradicional e famosa “Casa Conrado”.
A Casa Conrado iniciou seus maravilhosos trabalhos especializados na confecção de lindos e magistrais vitrais para diversas atividades, há mais de 120 (cento e vinte) anos. Ela foi fundada no ano de 1889, pelo alemão Conrado Sorgenicht (1835 - 1901) que chegou ao Brasil catorze anos antes, portanto, no ano de 1875, depois do fim da Guerra Franco-Prussiana.
Assim, os vitrais nacionais começaram a ser produzidos no Brasil, semelhantes aos importados da Europa e que haviam se destacado e valorizado o período da Idade Média. Esse trabalho, maravilho e detalhado, de paciência e muita habilidade, teve sua origem no Oriente a partir do Século X. Com técnica minuciosa os vitrais começaram a ganhar espaço nos principais prédios públicos, igrejas e mansões paulistanas ao longo dos últimos 120 anos.
Na cidade de São Paulo, esses maravilhosos vitrais produzidos pela “Casa Conrado” podem ser admirados e observados no tradicional e maravilho prédio do Mercado Municipal de São Paulo, na linda Catedral da Sé e na Sala São Paulo, felizmente, com vitrais executados ou restaurados pelos três homens de mesmo nome que ligaram a história da família à da capital paulista. O patriarca da família, Conrado Sorgenicht. não desenhava. “Importava os vidros coloridos e os colava com um filete de chumbo conforme o desenho de artistas convidados, seguindo a técnica difundida nas igrejas góticas de seu país. Foi um de seus herdeiros, o também alemão Conrado Sorgenicht Filho (1869-1935), quem realmente exibiu talento artístico e impulsionou a vidraria. Os painéis com ilustrações rurais que colorem o Mercadão de São Paulo, o Mercado Municipal da Cantareira, no centro, desde 1932 foram feitos por Conrado Filho após uma viagem pelo campo para fotografar referências. Por abrigar os soldados que lutavam na Revolução Constitucionalista, o mercado sofreu com vidros quebrados por tiros e teve sua inauguração adiada para o ano seguinte.
Entre os anos 20 e 30, a arte em vitrais viveu seu primeiro auge na cidade. O quase monopólio da Casa Conrado se deveu, em parte, a uma parceria com o engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo. Além de ilustrar os vitrais do Mercadão, Conrado Filho executou as obras do Palácio das Indústrias, de 1924, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e da mansão da Avenida Paulista hoje conhecida como Casa das Rosas, ambas de 1934. O segundo pico de encomendas veio nas décadas de 50 e 60, já sob o comando de Conrado Adalberto Sorgenicht (1902-1994), neto do fundador e único dos três Conrados nascido em São Paulo. Ele levantou os vitrais da Beneficência (Beneficência Portuguesa de São Paulo, situada no Bairro da Bela Vista, que já comemorou seus 150 anos de existência e conta com 48 vitrais. Em especial os 33 que cobrem, desde os anos 50, três paredes do magnífico Salão Nobre.) e da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), com 58 obras de diferentes artistas – entre eles Tarsila do Amaral, Carybé, Lina Bo Bardi, Portinari e Tomie Ohtake – que começaram a ser instaladas em uma parede de vitrais com 230 metros quadrados a partir dos anos 50.
“A obra preferida de meu avô era A Veneração de São Vicente, reprodução do pintor português Nuno Gonçalves, que está na Beneficência”, conta a artista plástica Regina Lara Silveira Mello, neta de Conrado Adalberto. “Essa é uma arte cara, demorada e que está em extinção. Cada metro quadrado custa entre 3?000 e 3?500 reais.” Também vitralista, Regina é professora da Universidade Mackenzie e ensina sobre a história dos vitrais. “Meu avô quase morreu de desgosto quando a Igreja Nossa Senhora do Brasil substituiu seus originais por réplicas de acrílico”, diz. Regina prepara o guia dos vitrais de São Paulo, ainda em busca de patrocínio. Entre as surpresas da publicação está o mais antigo dos 600 trabalhos da Casa Conrado catalogados no Brasil: uma rosácea da Igreja Luterana, na Avenida Rio Branco, no centro, datada de 1908. Conrado Adalberto teve apenas uma filha, Iolanda, mãe de Regina, que se casou a contragosto do pai aos 16 anos. Por isso, pouco antes de sua morte, o terceiro Conrado não quis que ela assumisse a empresa e a repassou à sua secretária. Hoje, a outrora mais importante fábrica de vitrais da cidade funciona com apenas seis funcionários em um escritório em M’Boi Mirim. Vive de restaurações, como a que faz dos vitrais do Teatro Municipal, e da fama do passado glorioso.”
OBS: A história da Casa Conrado, com pequenas adaptações para este trabalho, é da autoria de Daniel Nunes Gonçalves, publicada em 18 de setembro de 2009 e no site abaixo, em 05 de dezembro de 2016..
Clique no link abaixo e conheça mais sobre a “Casa Conrado”.
http://vejasp.abril.com.br/cidades/a-rota-dos-vitrais-as-obras-da-casa-conrado/
IMPORTANTE:
1) Também, todos maravilhosos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, são da autoria da famosa e histórica “Casa Conrado”, executados pelos hábeis artesãos que trabalhavam na confecção desses vitrais na década de 1940, especialmente, no ano de 1942, portanto, há 75 (setenta e cinco) anos.
2) O único vitral da Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão onde se pode ver, próximo ao pé do Santo, a marca “Casa Conrado” é o primeiro da direita, entrando na Igreja pela porta da frente. No vitral, Oferta da Família Fracalanza, a imagem de Santo Antonio de Pádua.
Obrigado amigo Márcio Bonfigliolipor nos ter proporcionado a oportunidade de conhecermos a história dos vitrais da nossa Igreja Matriz.
Edmundo Ferreira da Rocha
13 de junho de 2017
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Vitral da Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão
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Temos o grande prazer de colocar à disposição dos freqüentadores do site:
www.camposdojordaocultura.com.br, fotos dos lindos vitrais de nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Estes lindos vitrais, com mais de sessenta anos, felizmente, são originais e permanecem quase intactos.
Todos esses vitrais formam doados por pessoas beneméritas e dignas do nosso reconhecimento; amigas de Campos do Jordão e de nossa Paróquia de Santa Teresinha.
IMAGEM : Nossa Senhora Aparecida
Um dado de suma importância e que a grande maioria das pessoas não sabe é de quem é a autoria dos lindos e maravilhosos vitrais da nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Um pequeno resumo: Em 25 de dezembro de 1928, a Capela de Vila Abernéssia foi elevada à categoria de Paróquia, tendo como padroeira Santa Terezinha do Menino Jesus. A pedra fundamental para a construção do prédio da Igreja Matriz aconteceu no dia 29 de junho de 1931. A última telha do prédio da Igreja Matriz foi assentada ocorreu no dia 18 de novembro de 1941. Sua Torre gótica foi concluída no ano de 1942. Nesse ano aconteceram as doações dos vitrais para a Igreja Matriz: da Família Fracalanza, de Ângelo Lourenço, de Adhemar de Barros, de João Rodrigues da Silva (João Maquinista), de Gianicola Matarazzo. Também doaram vitrais: o Apostolado da Oração e as Filhas de Maria Associadas à Congregação Mariana.
Há nove anos, no ano de 2008, coloquei vasto trabalho neste site da minha autoria, sobre a nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, porém, em momento algum, me passou pela cabeça, a curiosidade de saber de quem era a autoria dos lindos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz.
Agora, recentemente, no dia 02 de março de 2017 recebi um e.mail do grande amigo Márcio Bonfiglioli, assíduo freqüentador de Campos do Jordão e que também possui propriedade nesta cidade onde ele me diz o que segue: “
“Estou com a família aqui em Campos e hoje estive, novamente, visitando essa linda Igreja de Santa Teresinha. Fiquei curioso de saber quem havia executado os lindos vitrais. Não encontrei referência na literatura, mas ao examinar com cuidado os vitrais consegui encontrar somente em um deles uma assinatura.”
Disse também: “Essa assinatura está no primeiro vitral (conforme foto abaixo). Ela está no primeiro vitral à direita de quem entra na Igreja pela porta da frente. Quando se dá um zoom na foto se descobre a assinatura da famosa “CASA CONRADO” Você gostaria de saber disso?”
Sem dúvida. Fiquei feliz em saber sobre esse fato importante e histórico. Por isso, estou colocando essas informações aqui no site para que todos possam tomar conhecimento e para que fique eternizado na história da nossa Igreja Matriz.
Um pouco sobre a história da tradicional e famosa “Casa Conrado”.
A Casa Conrado iniciou seus maravilhosos trabalhos especializados na confecção de lindos e magistrais vitrais para diversas atividades, há mais de 120 (cento e vinte) anos. Ela foi fundada no ano de 1889, pelo alemão Conrado Sorgenicht (1835 - 1901) que chegou ao Brasil catorze anos antes, portanto, no ano de 1875, depois do fim da Guerra Franco-Prussiana.
Assim, os vitrais nacionais começaram a ser produzidos no Brasil, semelhantes aos importados da Europa e que haviam se destacado e valorizado o período da Idade Média. Esse trabalho, maravilho e detalhado, de paciência e muita habilidade, teve sua origem no Oriente a partir do Século X. Com técnica minuciosa os vitrais começaram a ganhar espaço nos principais prédios públicos, igrejas e mansões paulistanas ao longo dos últimos 120 anos.
Na cidade de São Paulo, esses maravilhosos vitrais produzidos pela “Casa Conrado” podem ser admirados e observados no tradicional e maravilho prédio do Mercado Municipal de São Paulo, na linda Catedral da Sé e na Sala São Paulo, felizmente, com vitrais executados ou restaurados pelos três homens de mesmo nome que ligaram a história da família à da capital paulista. O patriarca da família, Conrado Sorgenicht. não desenhava. “Importava os vidros coloridos e os colava com um filete de chumbo conforme o desenho de artistas convidados, seguindo a técnica difundida nas igrejas góticas de seu país. Foi um de seus herdeiros, o também alemão Conrado Sorgenicht Filho (1869-1935), quem realmente exibiu talento artístico e impulsionou a vidraria. Os painéis com ilustrações rurais que colorem o Mercadão de São Paulo, o Mercado Municipal da Cantareira, no centro, desde 1932 foram feitos por Conrado Filho após uma viagem pelo campo para fotografar referências. Por abrigar os soldados que lutavam na Revolução Constitucionalista, o mercado sofreu com vidros quebrados por tiros e teve sua inauguração adiada para o ano seguinte.
Entre os anos 20 e 30, a arte em vitrais viveu seu primeiro auge na cidade. O quase monopólio da Casa Conrado se deveu, em parte, a uma parceria com o engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo. Além de ilustrar os vitrais do Mercadão, Conrado Filho executou as obras do Palácio das Indústrias, de 1924, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e da mansão da Avenida Paulista hoje conhecida como Casa das Rosas, ambas de 1934. O segundo pico de encomendas veio nas décadas de 50 e 60, já sob o comando de Conrado Adalberto Sorgenicht (1902-1994), neto do fundador e único dos três Conrados nascido em São Paulo. Ele levantou os vitrais da Beneficência (Beneficência Portuguesa de São Paulo, situada no Bairro da Bela Vista, que já comemorou seus 150 anos de existência e conta com 48 vitrais. Em especial os 33 que cobrem, desde os anos 50, três paredes do magnífico Salão Nobre.) e da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), com 58 obras de diferentes artistas – entre eles Tarsila do Amaral, Carybé, Lina Bo Bardi, Portinari e Tomie Ohtake – que começaram a ser instaladas em uma parede de vitrais com 230 metros quadrados a partir dos anos 50.
“A obra preferida de meu avô era A Veneração de São Vicente, reprodução do pintor português Nuno Gonçalves, que está na Beneficência”, conta a artista plástica Regina Lara Silveira Mello, neta de Conrado Adalberto. “Essa é uma arte cara, demorada e que está em extinção. Cada metro quadrado custa entre 3?000 e 3?500 reais.” Também vitralista, Regina é professora da Universidade Mackenzie e ensina sobre a história dos vitrais. “Meu avô quase morreu de desgosto quando a Igreja Nossa Senhora do Brasil substituiu seus originais por réplicas de acrílico”, diz. Regina prepara o guia dos vitrais de São Paulo, ainda em busca de patrocínio. Entre as surpresas da publicação está o mais antigo dos 600 trabalhos da Casa Conrado catalogados no Brasil: uma rosácea da Igreja Luterana, na Avenida Rio Branco, no centro, datada de 1908. Conrado Adalberto teve apenas uma filha, Iolanda, mãe de Regina, que se casou a contragosto do pai aos 16 anos. Por isso, pouco antes de sua morte, o terceiro Conrado não quis que ela assumisse a empresa e a repassou à sua secretária. Hoje, a outrora mais importante fábrica de vitrais da cidade funciona com apenas seis funcionários em um escritório em M’Boi Mirim. Vive de restaurações, como a que faz dos vitrais do Teatro Municipal, e da fama do passado glorioso.”
OBS: A história da Casa Conrado, com pequenas adaptações para este trabalho, é da autoria de Daniel Nunes Gonçalves, publicada em 18 de setembro de 2009 e no site abaixo, em 05 de dezembro de 2016..
Clique no link abaixo e conheça mais sobre a “Casa Conrado”.
http://vejasp.abril.com.br/cidades/a-rota-dos-vitrais-as-obras-da-casa-conrado/
IMPORTANTE:
1) Também, todos maravilhosos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, são da autoria da famosa e histórica “Casa Conrado”, executados pelos hábeis artesãos que trabalhavam na confecção desses vitrais na década de 1940, especialmente, no ano de 1942, portanto, há 75 (setenta e cinco) anos.
2) O único vitral da Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão onde se pode ver, próximo ao pé do Santo, a marca “Casa Conrado” é o primeiro da direita, entrando na Igreja pela porta da frente. No vitral, Oferta da Família Fracalanza, a imagem de Santo Antonio de Pádua.
Obrigado amigo Márcio Bonfigliolipor nos ter proporcionado a oportunidade de conhecermos a história dos vitrais da nossa Igreja Matriz.
Edmundo Ferreira da Rocha
13 de junho de 2017
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Vitral da Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão
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Temos o grande prazer de colocar à disposição dos freqüentadores do site:
www.camposdojordaocultura.com.br, fotos dos lindos vitrais de nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Estes lindos vitrais, com mais de sessenta anos, felizmente, são originais e permanecem quase intactos.
Todos esses vitrais formam doados por pessoas beneméritas e dignas do nosso reconhecimento; amigas de Campos do Jordão e de nossa Paróquia de Santa Teresinha.
IMAGEM : Por favor, ajudem a identificar os Santos deste Vitral.Se souberem entrem em contato com nosso e.mail constante no site.
Um dado de suma importância e que a grande maioria das pessoas não sabe é de quem é a autoria dos lindos e maravilhosos vitrais da nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Um pequeno resumo: Em 25 de dezembro de 1928, a Capela de Vila Abernéssia foi elevada à categoria de Paróquia, tendo como padroeira Santa Terezinha do Menino Jesus. A pedra fundamental para a construção do prédio da Igreja Matriz aconteceu no dia 29 de junho de 1931. A última telha do prédio da Igreja Matriz foi assentada ocorreu no dia 18 de novembro de 1941. Sua Torre gótica foi concluída no ano de 1942. Nesse ano aconteceram as doações dos vitrais para a Igreja Matriz: da Família Fracalanza, de Ângelo Lourenço, de Adhemar de Barros, de João Rodrigues da Silva (João Maquinista), de Gianicola Matarazzo. Também doaram vitrais: o Apostolado da Oração e as Filhas de Maria Associadas à Congregação Mariana.
Há nove anos, no ano de 2008, coloquei vasto trabalho neste site da minha autoria, sobre a nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, porém, em momento algum, me passou pela cabeça, a curiosidade de saber de quem era a autoria dos lindos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz.
Agora, recentemente, no dia 02 de março de 2017 recebi um e.mail do grande amigo Márcio Bonfiglioli, assíduo freqüentador de Campos do Jordão e que também possui propriedade nesta cidade onde ele me diz o que segue: “
“Estou com a família aqui em Campos e hoje estive, novamente, visitando essa linda Igreja de Santa Teresinha. Fiquei curioso de saber quem havia executado os lindos vitrais. Não encontrei referência na literatura, mas ao examinar com cuidado os vitrais consegui encontrar somente em um deles uma assinatura.”
Disse também: “Essa assinatura está no primeiro vitral (conforme foto abaixo). Ela está no primeiro vitral à direita de quem entra na Igreja pela porta da frente. Quando se dá um zoom na foto se descobre a assinatura da famosa “CASA CONRADO” Você gostaria de saber disso?”
Sem dúvida. Fiquei feliz em saber sobre esse fato importante e histórico. Por isso, estou colocando essas informações aqui no site para que todos possam tomar conhecimento e para que fique eternizado na história da nossa Igreja Matriz.
Um pouco sobre a história da tradicional e famosa “Casa Conrado”.
A Casa Conrado iniciou seus maravilhosos trabalhos especializados na confecção de lindos e magistrais vitrais para diversas atividades, há mais de 120 (cento e vinte) anos. Ela foi fundada no ano de 1889, pelo alemão Conrado Sorgenicht (1835 - 1901) que chegou ao Brasil catorze anos antes, portanto, no ano de 1875, depois do fim da Guerra Franco-Prussiana.
Assim, os vitrais nacionais começaram a ser produzidos no Brasil, semelhantes aos importados da Europa e que haviam se destacado e valorizado o período da Idade Média. Esse trabalho, maravilho e detalhado, de paciência e muita habilidade, teve sua origem no Oriente a partir do Século X. Com técnica minuciosa os vitrais começaram a ganhar espaço nos principais prédios públicos, igrejas e mansões paulistanas ao longo dos últimos 120 anos.
Na cidade de São Paulo, esses maravilhosos vitrais produzidos pela “Casa Conrado” podem ser admirados e observados no tradicional e maravilho prédio do Mercado Municipal de São Paulo, na linda Catedral da Sé e na Sala São Paulo, felizmente, com vitrais executados ou restaurados pelos três homens de mesmo nome que ligaram a história da família à da capital paulista. O patriarca da família, Conrado Sorgenicht. não desenhava. “Importava os vidros coloridos e os colava com um filete de chumbo conforme o desenho de artistas convidados, seguindo a técnica difundida nas igrejas góticas de seu país. Foi um de seus herdeiros, o também alemão Conrado Sorgenicht Filho (1869-1935), quem realmente exibiu talento artístico e impulsionou a vidraria. Os painéis com ilustrações rurais que colorem o Mercadão de São Paulo, o Mercado Municipal da Cantareira, no centro, desde 1932 foram feitos por Conrado Filho após uma viagem pelo campo para fotografar referências. Por abrigar os soldados que lutavam na Revolução Constitucionalista, o mercado sofreu com vidros quebrados por tiros e teve sua inauguração adiada para o ano seguinte.
Entre os anos 20 e 30, a arte em vitrais viveu seu primeiro auge na cidade. O quase monopólio da Casa Conrado se deveu, em parte, a uma parceria com o engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo. Além de ilustrar os vitrais do Mercadão, Conrado Filho executou as obras do Palácio das Indústrias, de 1924, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e da mansão da Avenida Paulista hoje conhecida como Casa das Rosas, ambas de 1934. O segundo pico de encomendas veio nas décadas de 50 e 60, já sob o comando de Conrado Adalberto Sorgenicht (1902-1994), neto do fundador e único dos três Conrados nascido em São Paulo. Ele levantou os vitrais da Beneficência (Beneficência Portuguesa de São Paulo, situada no Bairro da Bela Vista, que já comemorou seus 150 anos de existência e conta com 48 vitrais. Em especial os 33 que cobrem, desde os anos 50, três paredes do magnífico Salão Nobre.) e da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), com 58 obras de diferentes artistas – entre eles Tarsila do Amaral, Carybé, Lina Bo Bardi, Portinari e Tomie Ohtake – que começaram a ser instaladas em uma parede de vitrais com 230 metros quadrados a partir dos anos 50.
“A obra preferida de meu avô era A Veneração de São Vicente, reprodução do pintor português Nuno Gonçalves, que está na Beneficência”, conta a artista plástica Regina Lara Silveira Mello, neta de Conrado Adalberto. “Essa é uma arte cara, demorada e que está em extinção. Cada metro quadrado custa entre 3?000 e 3?500 reais.” Também vitralista, Regina é professora da Universidade Mackenzie e ensina sobre a história dos vitrais. “Meu avô quase morreu de desgosto quando a Igreja Nossa Senhora do Brasil substituiu seus originais por réplicas de acrílico”, diz. Regina prepara o guia dos vitrais de São Paulo, ainda em busca de patrocínio. Entre as surpresas da publicação está o mais antigo dos 600 trabalhos da Casa Conrado catalogados no Brasil: uma rosácea da Igreja Luterana, na Avenida Rio Branco, no centro, datada de 1908. Conrado Adalberto teve apenas uma filha, Iolanda, mãe de Regina, que se casou a contragosto do pai aos 16 anos. Por isso, pouco antes de sua morte, o terceiro Conrado não quis que ela assumisse a empresa e a repassou à sua secretária. Hoje, a outrora mais importante fábrica de vitrais da cidade funciona com apenas seis funcionários em um escritório em M’Boi Mirim. Vive de restaurações, como a que faz dos vitrais do Teatro Municipal, e da fama do passado glorioso.”
OBS: A história da Casa Conrado, com pequenas adaptações para este trabalho, é da autoria de Daniel Nunes Gonçalves, publicada em 18 de setembro de 2009 e no site abaixo, em 05 de dezembro de 2016..
Clique no link abaixo e conheça mais sobre a “Casa Conrado”.
http://vejasp.abril.com.br/cidades/a-rota-dos-vitrais-as-obras-da-casa-conrado/
IMPORTANTE:
1) Também, todos maravilhosos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, são da autoria da famosa e histórica “Casa Conrado”, executados pelos hábeis artesãos que trabalhavam na confecção desses vitrais na década de 1940, especialmente, no ano de 1942, portanto, há 75 (setenta e cinco) anos.
2) O único vitral da Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão onde se pode ver, próximo ao pé do Santo, a marca “Casa Conrado” é o primeiro da direita, entrando na Igreja pela porta da frente. No vitral, Oferta da Família Fracalanza, a imagem de Santo Antonio de Pádua.
Obrigado amigo Márcio Bonfigliolipor nos ter proporcionado a oportunidade de conhecermos a história dos vitrais da nossa Igreja Matriz.
Edmundo Ferreira da Rocha
13 de junho de 2017
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Vitral da Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão
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Temos o grande prazer de colocar à disposição dos freqüentadores do site:
www.camposdojordaocultura.com.br, fotos dos lindos vitrais de nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Estes lindos vitrais, com mais de sessenta anos, felizmente, são originais e permanecem quase intactos.
Todos esses vitrais formam doados por pessoas beneméritas e dignas do nosso reconhecimento; amigas de Campos do Jordão e de nossa Paróquia de Santa Teresinha.
IMAGEM : São José e o Menino Jesus
Um dado de suma importância e que a grande maioria das pessoas não sabe é de quem é a autoria dos lindos e maravilhosos vitrais da nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Um pequeno resumo: Em 25 de dezembro de 1928, a Capela de Vila Abernéssia foi elevada à categoria de Paróquia, tendo como padroeira Santa Terezinha do Menino Jesus. A pedra fundamental para a construção do prédio da Igreja Matriz aconteceu no dia 29 de junho de 1931. A última telha do prédio da Igreja Matriz foi assentada ocorreu no dia 18 de novembro de 1941. Sua Torre gótica foi concluída no ano de 1942. Nesse ano aconteceram as doações dos vitrais para a Igreja Matriz: da Família Fracalanza, de Ângelo Lourenço, de Adhemar de Barros, de João Rodrigues da Silva (João Maquinista), de Gianicola Matarazzo. Também doaram vitrais: o Apostolado da Oração e as Filhas de Maria Associadas à Congregação Mariana.
Há nove anos, no ano de 2008, coloquei vasto trabalho neste site da minha autoria, sobre a nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, porém, em momento algum, me passou pela cabeça, a curiosidade de saber de quem era a autoria dos lindos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz.
Agora, recentemente, no dia 02 de março de 2017 recebi um e.mail do grande amigo Márcio Bonfiglioli, assíduo freqüentador de Campos do Jordão e que também possui propriedade nesta cidade onde ele me diz o que segue: “
“Estou com a família aqui em Campos e hoje estive, novamente, visitando essa linda Igreja de Santa Teresinha. Fiquei curioso de saber quem havia executado os lindos vitrais. Não encontrei referência na literatura, mas ao examinar com cuidado os vitrais consegui encontrar somente em um deles uma assinatura.”
Disse também: “Essa assinatura está no primeiro vitral (conforme foto abaixo). Ela está no primeiro vitral à direita de quem entra na Igreja pela porta da frente. Quando se dá um zoom na foto se descobre a assinatura da famosa “CASA CONRADO” Você gostaria de saber disso?”
Sem dúvida. Fiquei feliz em saber sobre esse fato importante e histórico. Por isso, estou colocando essas informações aqui no site para que todos possam tomar conhecimento e para que fique eternizado na história da nossa Igreja Matriz.
Um pouco sobre a história da tradicional e famosa “Casa Conrado”.
A Casa Conrado iniciou seus maravilhosos trabalhos especializados na confecção de lindos e magistrais vitrais para diversas atividades, há mais de 120 (cento e vinte) anos. Ela foi fundada no ano de 1889, pelo alemão Conrado Sorgenicht (1835 - 1901) que chegou ao Brasil catorze anos antes, portanto, no ano de 1875, depois do fim da Guerra Franco-Prussiana.
Assim, os vitrais nacionais começaram a ser produzidos no Brasil, semelhantes aos importados da Europa e que haviam se destacado e valorizado o período da Idade Média. Esse trabalho, maravilho e detalhado, de paciência e muita habilidade, teve sua origem no Oriente a partir do Século X. Com técnica minuciosa os vitrais começaram a ganhar espaço nos principais prédios públicos, igrejas e mansões paulistanas ao longo dos últimos 120 anos.
Na cidade de São Paulo, esses maravilhosos vitrais produzidos pela “Casa Conrado” podem ser admirados e observados no tradicional e maravilho prédio do Mercado Municipal de São Paulo, na linda Catedral da Sé e na Sala São Paulo, felizmente, com vitrais executados ou restaurados pelos três homens de mesmo nome que ligaram a história da família à da capital paulista. O patriarca da família, Conrado Sorgenicht. não desenhava. “Importava os vidros coloridos e os colava com um filete de chumbo conforme o desenho de artistas convidados, seguindo a técnica difundida nas igrejas góticas de seu país. Foi um de seus herdeiros, o também alemão Conrado Sorgenicht Filho (1869-1935), quem realmente exibiu talento artístico e impulsionou a vidraria. Os painéis com ilustrações rurais que colorem o Mercadão de São Paulo, o Mercado Municipal da Cantareira, no centro, desde 1932 foram feitos por Conrado Filho após uma viagem pelo campo para fotografar referências. Por abrigar os soldados que lutavam na Revolução Constitucionalista, o mercado sofreu com vidros quebrados por tiros e teve sua inauguração adiada para o ano seguinte.
Entre os anos 20 e 30, a arte em vitrais viveu seu primeiro auge na cidade. O quase monopólio da Casa Conrado se deveu, em parte, a uma parceria com o engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo. Além de ilustrar os vitrais do Mercadão, Conrado Filho executou as obras do Palácio das Indústrias, de 1924, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e da mansão da Avenida Paulista hoje conhecida como Casa das Rosas, ambas de 1934. O segundo pico de encomendas veio nas décadas de 50 e 60, já sob o comando de Conrado Adalberto Sorgenicht (1902-1994), neto do fundador e único dos três Conrados nascido em São Paulo. Ele levantou os vitrais da Beneficência (Beneficência Portuguesa de São Paulo, situada no Bairro da Bela Vista, que já comemorou seus 150 anos de existência e conta com 48 vitrais. Em especial os 33 que cobrem, desde os anos 50, três paredes do magnífico Salão Nobre.) e da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), com 58 obras de diferentes artistas – entre eles Tarsila do Amaral, Carybé, Lina Bo Bardi, Portinari e Tomie Ohtake – que começaram a ser instaladas em uma parede de vitrais com 230 metros quadrados a partir dos anos 50.
“A obra preferida de meu avô era A Veneração de São Vicente, reprodução do pintor português Nuno Gonçalves, que está na Beneficência”, conta a artista plástica Regina Lara Silveira Mello, neta de Conrado Adalberto. “Essa é uma arte cara, demorada e que está em extinção. Cada metro quadrado custa entre 3?000 e 3?500 reais.” Também vitralista, Regina é professora da Universidade Mackenzie e ensina sobre a história dos vitrais. “Meu avô quase morreu de desgosto quando a Igreja Nossa Senhora do Brasil substituiu seus originais por réplicas de acrílico”, diz. Regina prepara o guia dos vitrais de São Paulo, ainda em busca de patrocínio. Entre as surpresas da publicação está o mais antigo dos 600 trabalhos da Casa Conrado catalogados no Brasil: uma rosácea da Igreja Luterana, na Avenida Rio Branco, no centro, datada de 1908. Conrado Adalberto teve apenas uma filha, Iolanda, mãe de Regina, que se casou a contragosto do pai aos 16 anos. Por isso, pouco antes de sua morte, o terceiro Conrado não quis que ela assumisse a empresa e a repassou à sua secretária. Hoje, a outrora mais importante fábrica de vitrais da cidade funciona com apenas seis funcionários em um escritório em M’Boi Mirim. Vive de restaurações, como a que faz dos vitrais do Teatro Municipal, e da fama do passado glorioso.”
OBS: A história da Casa Conrado, com pequenas adaptações para este trabalho, é da autoria de Daniel Nunes Gonçalves, publicada em 18 de setembro de 2009 e no site abaixo, em 05 de dezembro de 2016..
Clique no link abaixo e conheça mais sobre a “Casa Conrado”.
http://vejasp.abril.com.br/cidades/a-rota-dos-vitrais-as-obras-da-casa-conrado/
IMPORTANTE:
1) Também, todos maravilhosos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, são da autoria da famosa e histórica “Casa Conrado”, executados pelos hábeis artesãos que trabalhavam na confecção desses vitrais na década de 1940, especialmente, no ano de 1942, portanto, há 75 (setenta e cinco) anos.
2) O único vitral da Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão onde se pode ver, próximo ao pé do Santo, a marca “Casa Conrado” é o primeiro da direita, entrando na Igreja pela porta da frente. No vitral, Oferta da Família Fracalanza, a imagem de Santo Antonio de Pádua.
Obrigado amigo Márcio Bonfigliolipor nos ter proporcionado a oportunidade de conhecermos a história dos vitrais da nossa Igreja Matriz.
Edmundo Ferreira da Rocha
13 de junho de 2017
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Vitral da Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão
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Temos o grande prazer de colocar à disposição dos freqüentadores do site:
www.camposdojordaocultura.com.br, fotos dos lindos vitrais de nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Estes lindos vitrais, com mais de sessenta anos, felizmente, são originais e permanecem quase intactos.
Todos esses vitrais formam doados por pessoas beneméritas e dignas do nosso reconhecimento; amigas de Campos do Jordão e de nossa Paróquia de Santa Teresinha.
IMAGEM : São Judas e Santa Rita
Um dado de suma importância e que a grande maioria das pessoas não sabe é de quem é a autoria dos lindos e maravilhosos vitrais da nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Um pequeno resumo: Em 25 de dezembro de 1928, a Capela de Vila Abernéssia foi elevada à categoria de Paróquia, tendo como padroeira Santa Terezinha do Menino Jesus. A pedra fundamental para a construção do prédio da Igreja Matriz aconteceu no dia 29 de junho de 1931. A última telha do prédio da Igreja Matriz foi assentada ocorreu no dia 18 de novembro de 1941. Sua Torre gótica foi concluída no ano de 1942. Nesse ano aconteceram as doações dos vitrais para a Igreja Matriz: da Família Fracalanza, de Ângelo Lourenço, de Adhemar de Barros, de João Rodrigues da Silva (João Maquinista), de Gianicola Matarazzo. Também doaram vitrais: o Apostolado da Oração e as Filhas de Maria Associadas à Congregação Mariana.
Há nove anos, no ano de 2008, coloquei vasto trabalho neste site da minha autoria, sobre a nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, porém, em momento algum, me passou pela cabeça, a curiosidade de saber de quem era a autoria dos lindos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz.
Agora, recentemente, no dia 02 de março de 2017 recebi um e.mail do grande amigo Márcio Bonfiglioli, assíduo freqüentador de Campos do Jordão e que também possui propriedade nesta cidade onde ele me diz o que segue: “
“Estou com a família aqui em Campos e hoje estive, novamente, visitando essa linda Igreja de Santa Teresinha. Fiquei curioso de saber quem havia executado os lindos vitrais. Não encontrei referência na literatura, mas ao examinar com cuidado os vitrais consegui encontrar somente em um deles uma assinatura.”
Disse também: “Essa assinatura está no primeiro vitral (conforme foto abaixo). Ela está no primeiro vitral à direita de quem entra na Igreja pela porta da frente. Quando se dá um zoom na foto se descobre a assinatura da famosa “CASA CONRADO” Você gostaria de saber disso?”
Sem dúvida. Fiquei feliz em saber sobre esse fato importante e histórico. Por isso, estou colocando essas informações aqui no site para que todos possam tomar conhecimento e para que fique eternizado na história da nossa Igreja Matriz.
Um pouco sobre a história da tradicional e famosa “Casa Conrado”.
A Casa Conrado iniciou seus maravilhosos trabalhos especializados na confecção de lindos e magistrais vitrais para diversas atividades, há mais de 120 (cento e vinte) anos. Ela foi fundada no ano de 1889, pelo alemão Conrado Sorgenicht (1835 - 1901) que chegou ao Brasil catorze anos antes, portanto, no ano de 1875, depois do fim da Guerra Franco-Prussiana.
Assim, os vitrais nacionais começaram a ser produzidos no Brasil, semelhantes aos importados da Europa e que haviam se destacado e valorizado o período da Idade Média. Esse trabalho, maravilho e detalhado, de paciência e muita habilidade, teve sua origem no Oriente a partir do Século X. Com técnica minuciosa os vitrais começaram a ganhar espaço nos principais prédios públicos, igrejas e mansões paulistanas ao longo dos últimos 120 anos.
Na cidade de São Paulo, esses maravilhosos vitrais produzidos pela “Casa Conrado” podem ser admirados e observados no tradicional e maravilho prédio do Mercado Municipal de São Paulo, na linda Catedral da Sé e na Sala São Paulo, felizmente, com vitrais executados ou restaurados pelos três homens de mesmo nome que ligaram a história da família à da capital paulista. O patriarca da família, Conrado Sorgenicht. não desenhava. “Importava os vidros coloridos e os colava com um filete de chumbo conforme o desenho de artistas convidados, seguindo a técnica difundida nas igrejas góticas de seu país. Foi um de seus herdeiros, o também alemão Conrado Sorgenicht Filho (1869-1935), quem realmente exibiu talento artístico e impulsionou a vidraria. Os painéis com ilustrações rurais que colorem o Mercadão de São Paulo, o Mercado Municipal da Cantareira, no centro, desde 1932 foram feitos por Conrado Filho após uma viagem pelo campo para fotografar referências. Por abrigar os soldados que lutavam na Revolução Constitucionalista, o mercado sofreu com vidros quebrados por tiros e teve sua inauguração adiada para o ano seguinte.
Entre os anos 20 e 30, a arte em vitrais viveu seu primeiro auge na cidade. O quase monopólio da Casa Conrado se deveu, em parte, a uma parceria com o engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo. Além de ilustrar os vitrais do Mercadão, Conrado Filho executou as obras do Palácio das Indústrias, de 1924, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e da mansão da Avenida Paulista hoje conhecida como Casa das Rosas, ambas de 1934. O segundo pico de encomendas veio nas décadas de 50 e 60, já sob o comando de Conrado Adalberto Sorgenicht (1902-1994), neto do fundador e único dos três Conrados nascido em São Paulo. Ele levantou os vitrais da Beneficência (Beneficência Portuguesa de São Paulo, situada no Bairro da Bela Vista, que já comemorou seus 150 anos de existência e conta com 48 vitrais. Em especial os 33 que cobrem, desde os anos 50, três paredes do magnífico Salão Nobre.) e da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), com 58 obras de diferentes artistas – entre eles Tarsila do Amaral, Carybé, Lina Bo Bardi, Portinari e Tomie Ohtake – que começaram a ser instaladas em uma parede de vitrais com 230 metros quadrados a partir dos anos 50.
“A obra preferida de meu avô era A Veneração de São Vicente, reprodução do pintor português Nuno Gonçalves, que está na Beneficência”, conta a artista plástica Regina Lara Silveira Mello, neta de Conrado Adalberto. “Essa é uma arte cara, demorada e que está em extinção. Cada metro quadrado custa entre 3?000 e 3?500 reais.” Também vitralista, Regina é professora da Universidade Mackenzie e ensina sobre a história dos vitrais. “Meu avô quase morreu de desgosto quando a Igreja Nossa Senhora do Brasil substituiu seus originais por réplicas de acrílico”, diz. Regina prepara o guia dos vitrais de São Paulo, ainda em busca de patrocínio. Entre as surpresas da publicação está o mais antigo dos 600 trabalhos da Casa Conrado catalogados no Brasil: uma rosácea da Igreja Luterana, na Avenida Rio Branco, no centro, datada de 1908. Conrado Adalberto teve apenas uma filha, Iolanda, mãe de Regina, que se casou a contragosto do pai aos 16 anos. Por isso, pouco antes de sua morte, o terceiro Conrado não quis que ela assumisse a empresa e a repassou à sua secretária. Hoje, a outrora mais importante fábrica de vitrais da cidade funciona com apenas seis funcionários em um escritório em M’Boi Mirim. Vive de restaurações, como a que faz dos vitrais do Teatro Municipal, e da fama do passado glorioso.”
OBS: A história da Casa Conrado, com pequenas adaptações para este trabalho, é da autoria de Daniel Nunes Gonçalves, publicada em 18 de setembro de 2009 e no site abaixo, em 05 de dezembro de 2016..
Clique no link abaixo e conheça mais sobre a “Casa Conrado”.
http://vejasp.abril.com.br/cidades/a-rota-dos-vitrais-as-obras-da-casa-conrado/
IMPORTANTE:
1) Também, todos maravilhosos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, são da autoria da famosa e histórica “Casa Conrado”, executados pelos hábeis artesãos que trabalhavam na confecção desses vitrais na década de 1940, especialmente, no ano de 1942, portanto, há 75 (setenta e cinco) anos.
2) O único vitral da Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão onde se pode ver, próximo ao pé do Santo, a marca “Casa Conrado” é o primeiro da direita, entrando na Igreja pela porta da frente. No vitral, Oferta da Família Fracalanza, a imagem de Santo Antonio de Pádua.
Obrigado amigo Márcio Bonfigliolipor nos ter proporcionado a oportunidade de conhecermos a história dos vitrais da nossa Igreja Matriz.
Edmundo Ferreira da Rocha
13 de junho de 2017
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Vitral da Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão
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Temos o grande prazer de colocar à disposição dos freqüentadores do site:
www.camposdojordaocultura.com.br, fotos dos lindos vitrais de nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Estes lindos vitrais, com mais de sessenta anos, felizmente, são originais e permanecem quase intactos.
Todos esses vitrais formam doados por pessoas beneméritas e dignas do nosso reconhecimento; amigas de Campos do Jordão e de nossa Paróquia de Santa Teresinha.
IMAGEM : Santo Antonio de Pádua - Oferta da Família Fracalanza
Um dado de suma importância e que a grande maioria das pessoas não sabe é de quem é a autoria dos lindos e maravilhosos vitrais da nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Um pequeno resumo: Em 25 de dezembro de 1928, a Capela de Vila Abernéssia foi elevada à categoria de Paróquia, tendo como padroeira Santa Terezinha do Menino Jesus. A pedra fundamental para a construção do prédio da Igreja Matriz aconteceu no dia 29 de junho de 1931. A última telha do prédio da Igreja Matriz foi assentada ocorreu no dia 18 de novembro de 1941. Sua Torre gótica foi concluída no ano de 1942. Nesse ano aconteceram as doações dos vitrais para a Igreja Matriz: da Família Fracalanza, de Ângelo Lourenço, de Adhemar de Barros, de João Rodrigues da Silva (João Maquinista), de Gianicola Matarazzo. Também doaram vitrais: o Apostolado da Oração e as Filhas de Maria Associadas à Congregação Mariana.
Há nove anos, no ano de 2008, coloquei vasto trabalho neste site da minha autoria, sobre a nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, porém, em momento algum, me passou pela cabeça, a curiosidade de saber de quem era a autoria dos lindos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz.
Agora, recentemente, no dia 02 de março de 2017 recebi um e.mail do grande amigo Márcio Bonfiglioli, assíduo freqüentador de Campos do Jordão e que também possui propriedade nesta cidade onde ele me diz o que segue: “
“Estou com a família aqui em Campos e hoje estive, novamente, visitando essa linda Igreja de Santa Teresinha. Fiquei curioso de saber quem havia executado os lindos vitrais. Não encontrei referência na literatura, mas ao examinar com cuidado os vitrais consegui encontrar somente em um deles uma assinatura.”
Disse também: “Essa assinatura está no primeiro vitral (conforme foto abaixo). Ela está no primeiro vitral à direita de quem entra na Igreja pela porta da frente. Quando se dá um zoom na foto se descobre a assinatura da famosa “CASA CONRADO” Você gostaria de saber disso?”
Sem dúvida. Fiquei feliz em saber sobre esse fato importante e histórico. Por isso, estou colocando essas informações aqui no site para que todos possam tomar conhecimento e para que fique eternizado na história da nossa Igreja Matriz.
Um pouco sobre a história da tradicional e famosa “Casa Conrado”.
A Casa Conrado iniciou seus maravilhosos trabalhos especializados na confecção de lindos e magistrais vitrais para diversas atividades, há mais de 120 (cento e vinte) anos. Ela foi fundada no ano de 1889, pelo alemão Conrado Sorgenicht (1835 - 1901) que chegou ao Brasil catorze anos antes, portanto, no ano de 1875, depois do fim da Guerra Franco-Prussiana.
Assim, os vitrais nacionais começaram a ser produzidos no Brasil, semelhantes aos importados da Europa e que haviam se destacado e valorizado o período da Idade Média. Esse trabalho, maravilho e detalhado, de paciência e muita habilidade, teve sua origem no Oriente a partir do Século X. Com técnica minuciosa os vitrais começaram a ganhar espaço nos principais prédios públicos, igrejas e mansões paulistanas ao longo dos últimos 120 anos.
Na cidade de São Paulo, esses maravilhosos vitrais produzidos pela “Casa Conrado” podem ser admirados e observados no tradicional e maravilho prédio do Mercado Municipal de São Paulo, na linda Catedral da Sé e na Sala São Paulo, felizmente, com vitrais executados ou restaurados pelos três homens de mesmo nome que ligaram a história da família à da capital paulista. O patriarca da família, Conrado Sorgenicht. não desenhava. “Importava os vidros coloridos e os colava com um filete de chumbo conforme o desenho de artistas convidados, seguindo a técnica difundida nas igrejas góticas de seu país. Foi um de seus herdeiros, o também alemão Conrado Sorgenicht Filho (1869-1935), quem realmente exibiu talento artístico e impulsionou a vidraria. Os painéis com ilustrações rurais que colorem o Mercadão de São Paulo, o Mercado Municipal da Cantareira, no centro, desde 1932 foram feitos por Conrado Filho após uma viagem pelo campo para fotografar referências. Por abrigar os soldados que lutavam na Revolução Constitucionalista, o mercado sofreu com vidros quebrados por tiros e teve sua inauguração adiada para o ano seguinte.
Entre os anos 20 e 30, a arte em vitrais viveu seu primeiro auge na cidade. O quase monopólio da Casa Conrado se deveu, em parte, a uma parceria com o engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo. Além de ilustrar os vitrais do Mercadão, Conrado Filho executou as obras do Palácio das Indústrias, de 1924, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e da mansão da Avenida Paulista hoje conhecida como Casa das Rosas, ambas de 1934. O segundo pico de encomendas veio nas décadas de 50 e 60, já sob o comando de Conrado Adalberto Sorgenicht (1902-1994), neto do fundador e único dos três Conrados nascido em São Paulo. Ele levantou os vitrais da Beneficência (Beneficência Portuguesa de São Paulo, situada no Bairro da Bela Vista, que já comemorou seus 150 anos de existência e conta com 48 vitrais. Em especial os 33 que cobrem, desde os anos 50, três paredes do magnífico Salão Nobre.) e da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), com 58 obras de diferentes artistas – entre eles Tarsila do Amaral, Carybé, Lina Bo Bardi, Portinari e Tomie Ohtake – que começaram a ser instaladas em uma parede de vitrais com 230 metros quadrados a partir dos anos 50.
“A obra preferida de meu avô era A Veneração de São Vicente, reprodução do pintor português Nuno Gonçalves, que está na Beneficência”, conta a artista plástica Regina Lara Silveira Mello, neta de Conrado Adalberto. “Essa é uma arte cara, demorada e que está em extinção. Cada metro quadrado custa entre 3?000 e 3?500 reais.” Também vitralista, Regina é professora da Universidade Mackenzie e ensina sobre a história dos vitrais. “Meu avô quase morreu de desgosto quando a Igreja Nossa Senhora do Brasil substituiu seus originais por réplicas de acrílico”, diz. Regina prepara o guia dos vitrais de São Paulo, ainda em busca de patrocínio. Entre as surpresas da publicação está o mais antigo dos 600 trabalhos da Casa Conrado catalogados no Brasil: uma rosácea da Igreja Luterana, na Avenida Rio Branco, no centro, datada de 1908. Conrado Adalberto teve apenas uma filha, Iolanda, mãe de Regina, que se casou a contragosto do pai aos 16 anos. Por isso, pouco antes de sua morte, o terceiro Conrado não quis que ela assumisse a empresa e a repassou à sua secretária. Hoje, a outrora mais importante fábrica de vitrais da cidade funciona com apenas seis funcionários em um escritório em M’Boi Mirim. Vive de restaurações, como a que faz dos vitrais do Teatro Municipal, e da fama do passado glorioso.”
OBS: A história da Casa Conrado, com pequenas adaptações para este trabalho, é da autoria de Daniel Nunes Gonçalves, publicada em 18 de setembro de 2009 e no site abaixo, em 05 de dezembro de 2016..
Clique no link abaixo e conheça mais sobre a “Casa Conrado”.
http://vejasp.abril.com.br/cidades/a-rota-dos-vitrais-as-obras-da-casa-conrado/
IMPORTANTE:
1) Também, todos maravilhosos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, são da autoria da famosa e histórica “Casa Conrado”, executados pelos hábeis artesãos que trabalhavam na confecção desses vitrais na década de 1940, especialmente, no ano de 1942, portanto, há 75 (setenta e cinco) anos.
2) O único vitral da Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão onde se pode ver, próximo ao pé do Santo, a marca “Casa Conrado” é o primeiro da direita, entrando na Igreja pela porta da frente. No vitral, Oferta da Família Fracalanza, a imagem de Santo Antonio de Pádua.
Obrigado amigo Márcio Bonfigliolipor nos ter proporcionado a oportunidade de conhecermos a história dos vitrais da nossa Igreja Matriz.
Edmundo Ferreira da Rocha
13 de junho de 2017
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Vitral da Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão
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Temos o grande prazer de colocar à disposição dos freqüentadores do site:
www.camposdojordaocultura.com.br, fotos dos lindos vitrais de nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Estes lindos vitrais, com mais de sessenta anos, felizmente, são originais e permanecem quase intactos.
Todos esses vitrais formam doados por pessoas beneméritas e dignas do nosso reconhecimento; amigas de Campos do Jordão e de nossa Paróquia de Santa Teresinha.
IMAGEM : Representação do Espírito Santo - Oferta de Maria José Pereira da Silva
Um dado de suma importância e que a grande maioria das pessoas não sabe é de quem é a autoria dos lindos e maravilhosos vitrais da nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Um pequeno resumo: Em 25 de dezembro de 1928, a Capela de Vila Abernéssia foi elevada à categoria de Paróquia, tendo como padroeira Santa Terezinha do Menino Jesus. A pedra fundamental para a construção do prédio da Igreja Matriz aconteceu no dia 29 de junho de 1931. A última telha do prédio da Igreja Matriz foi assentada ocorreu no dia 18 de novembro de 1941. Sua Torre gótica foi concluída no ano de 1942. Nesse ano aconteceram as doações dos vitrais para a Igreja Matriz: da Família Fracalanza, de Ângelo Lourenço, de Adhemar de Barros, de João Rodrigues da Silva (João Maquinista), de Gianicola Matarazzo. Também doaram vitrais: o Apostolado da Oração e as Filhas de Maria Associadas à Congregação Mariana.
Há nove anos, no ano de 2008, coloquei vasto trabalho neste site da minha autoria, sobre a nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, porém, em momento algum, me passou pela cabeça, a curiosidade de saber de quem era a autoria dos lindos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz.
Agora, recentemente, no dia 02 de março de 2017 recebi um e.mail do grande amigo Márcio Bonfiglioli, assíduo freqüentador de Campos do Jordão e que também possui propriedade nesta cidade onde ele me diz o que segue: “
“Estou com a família aqui em Campos e hoje estive, novamente, visitando essa linda Igreja de Santa Teresinha. Fiquei curioso de saber quem havia executado os lindos vitrais. Não encontrei referência na literatura, mas ao examinar com cuidado os vitrais consegui encontrar somente em um deles uma assinatura.”
Disse também: “Essa assinatura está no primeiro vitral (conforme foto abaixo). Ela está no primeiro vitral à direita de quem entra na Igreja pela porta da frente. Quando se dá um zoom na foto se descobre a assinatura da famosa “CASA CONRADO” Você gostaria de saber disso?”
Sem dúvida. Fiquei feliz em saber sobre esse fato importante e histórico. Por isso, estou colocando essas informações aqui no site para que todos possam tomar conhecimento e para que fique eternizado na história da nossa Igreja Matriz.
Um pouco sobre a história da tradicional e famosa “Casa Conrado”.
A Casa Conrado iniciou seus maravilhosos trabalhos especializados na confecção de lindos e magistrais vitrais para diversas atividades, há mais de 120 (cento e vinte) anos. Ela foi fundada no ano de 1889, pelo alemão Conrado Sorgenicht (1835 - 1901) que chegou ao Brasil catorze anos antes, portanto, no ano de 1875, depois do fim da Guerra Franco-Prussiana.
Assim, os vitrais nacionais começaram a ser produzidos no Brasil, semelhantes aos importados da Europa e que haviam se destacado e valorizado o período da Idade Média. Esse trabalho, maravilho e detalhado, de paciência e muita habilidade, teve sua origem no Oriente a partir do Século X. Com técnica minuciosa os vitrais começaram a ganhar espaço nos principais prédios públicos, igrejas e mansões paulistanas ao longo dos últimos 120 anos.
Na cidade de São Paulo, esses maravilhosos vitrais produzidos pela “Casa Conrado” podem ser admirados e observados no tradicional e maravilho prédio do Mercado Municipal de São Paulo, na linda Catedral da Sé e na Sala São Paulo, felizmente, com vitrais executados ou restaurados pelos três homens de mesmo nome que ligaram a história da família à da capital paulista. O patriarca da família, Conrado Sorgenicht. não desenhava. “Importava os vidros coloridos e os colava com um filete de chumbo conforme o desenho de artistas convidados, seguindo a técnica difundida nas igrejas góticas de seu país. Foi um de seus herdeiros, o também alemão Conrado Sorgenicht Filho (1869-1935), quem realmente exibiu talento artístico e impulsionou a vidraria. Os painéis com ilustrações rurais que colorem o Mercadão de São Paulo, o Mercado Municipal da Cantareira, no centro, desde 1932 foram feitos por Conrado Filho após uma viagem pelo campo para fotografar referências. Por abrigar os soldados que lutavam na Revolução Constitucionalista, o mercado sofreu com vidros quebrados por tiros e teve sua inauguração adiada para o ano seguinte.
Entre os anos 20 e 30, a arte em vitrais viveu seu primeiro auge na cidade. O quase monopólio da Casa Conrado se deveu, em parte, a uma parceria com o engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo. Além de ilustrar os vitrais do Mercadão, Conrado Filho executou as obras do Palácio das Indústrias, de 1924, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e da mansão da Avenida Paulista hoje conhecida como Casa das Rosas, ambas de 1934. O segundo pico de encomendas veio nas décadas de 50 e 60, já sob o comando de Conrado Adalberto Sorgenicht (1902-1994), neto do fundador e único dos três Conrados nascido em São Paulo. Ele levantou os vitrais da Beneficência (Beneficência Portuguesa de São Paulo, situada no Bairro da Bela Vista, que já comemorou seus 150 anos de existência e conta com 48 vitrais. Em especial os 33 que cobrem, desde os anos 50, três paredes do magnífico Salão Nobre.) e da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), com 58 obras de diferentes artistas – entre eles Tarsila do Amaral, Carybé, Lina Bo Bardi, Portinari e Tomie Ohtake – que começaram a ser instaladas em uma parede de vitrais com 230 metros quadrados a partir dos anos 50.
“A obra preferida de meu avô era A Veneração de São Vicente, reprodução do pintor português Nuno Gonçalves, que está na Beneficência”, conta a artista plástica Regina Lara Silveira Mello, neta de Conrado Adalberto. “Essa é uma arte cara, demorada e que está em extinção. Cada metro quadrado custa entre 3?000 e 3?500 reais.” Também vitralista, Regina é professora da Universidade Mackenzie e ensina sobre a história dos vitrais. “Meu avô quase morreu de desgosto quando a Igreja Nossa Senhora do Brasil substituiu seus originais por réplicas de acrílico”, diz. Regina prepara o guia dos vitrais de São Paulo, ainda em busca de patrocínio. Entre as surpresas da publicação está o mais antigo dos 600 trabalhos da Casa Conrado catalogados no Brasil: uma rosácea da Igreja Luterana, na Avenida Rio Branco, no centro, datada de 1908. Conrado Adalberto teve apenas uma filha, Iolanda, mãe de Regina, que se casou a contragosto do pai aos 16 anos. Por isso, pouco antes de sua morte, o terceiro Conrado não quis que ela assumisse a empresa e a repassou à sua secretária. Hoje, a outrora mais importante fábrica de vitrais da cidade funciona com apenas seis funcionários em um escritório em M’Boi Mirim. Vive de restaurações, como a que faz dos vitrais do Teatro Municipal, e da fama do passado glorioso.”
OBS: A história da Casa Conrado, com pequenas adaptações para este trabalho, é da autoria de Daniel Nunes Gonçalves, publicada em 18 de setembro de 2009 e no site abaixo, em 05 de dezembro de 2016..
Clique no link abaixo e conheça mais sobre a “Casa Conrado”.
http://vejasp.abril.com.br/cidades/a-rota-dos-vitrais-as-obras-da-casa-conrado/
IMPORTANTE:
1) Também, todos maravilhosos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, são da autoria da famosa e histórica “Casa Conrado”, executados pelos hábeis artesãos que trabalhavam na confecção desses vitrais na década de 1940, especialmente, no ano de 1942, portanto, há 75 (setenta e cinco) anos.
2) O único vitral da Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão onde se pode ver, próximo ao pé do Santo, a marca “Casa Conrado” é o primeiro da direita, entrando na Igreja pela porta da frente. No vitral, Oferta da Família Fracalanza, a imagem de Santo Antonio de Pádua.
Obrigado amigo Márcio Bonfigliolipor nos ter proporcionado a oportunidade de conhecermos a história dos vitrais da nossa Igreja Matriz.
Edmundo Ferreira da Rocha
13 de junho de 2017
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Vitral da Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão
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Temos o grande prazer de colocar à disposição dos freqüentadores do site:
www.camposdojordaocultura.com.br, fotos dos lindos vitrais de nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Estes lindos vitrais, com mais de sessenta anos, felizmente, são originais e permanecem quase intactos.
Todos esses vitrais formam doados por pessoas beneméritas e dignas do nosso reconhecimento; amigas de Campos do Jordão e de nossa Paróquia de Santa Teresinha.
IMAGEM : Santa Isabel da Hungria - Oferta de Angela Loureiro
Um dado de suma importância e que a grande maioria das pessoas não sabe é de quem é a autoria dos lindos e maravilhosos vitrais da nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Um pequeno resumo: Em 25 de dezembro de 1928, a Capela de Vila Abernéssia foi elevada à categoria de Paróquia, tendo como padroeira Santa Terezinha do Menino Jesus. A pedra fundamental para a construção do prédio da Igreja Matriz aconteceu no dia 29 de junho de 1931. A última telha do prédio da Igreja Matriz foi assentada ocorreu no dia 18 de novembro de 1941. Sua Torre gótica foi concluída no ano de 1942. Nesse ano aconteceram as doações dos vitrais para a Igreja Matriz: da Família Fracalanza, de Ângelo Lourenço, de Adhemar de Barros, de João Rodrigues da Silva (João Maquinista), de Gianicola Matarazzo. Também doaram vitrais: o Apostolado da Oração e as Filhas de Maria Associadas à Congregação Mariana.
Há nove anos, no ano de 2008, coloquei vasto trabalho neste site da minha autoria, sobre a nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, porém, em momento algum, me passou pela cabeça, a curiosidade de saber de quem era a autoria dos lindos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz.
Agora, recentemente, no dia 02 de março de 2017 recebi um e.mail do grande amigo Márcio Bonfiglioli, assíduo freqüentador de Campos do Jordão e que também possui propriedade nesta cidade onde ele me diz o que segue: “
“Estou com a família aqui em Campos e hoje estive, novamente, visitando essa linda Igreja de Santa Teresinha. Fiquei curioso de saber quem havia executado os lindos vitrais. Não encontrei referência na literatura, mas ao examinar com cuidado os vitrais consegui encontrar somente em um deles uma assinatura.”
Disse também: “Essa assinatura está no primeiro vitral (conforme foto abaixo). Ela está no primeiro vitral à direita de quem entra na Igreja pela porta da frente. Quando se dá um zoom na foto se descobre a assinatura da famosa “CASA CONRADO” Você gostaria de saber disso?”
Sem dúvida. Fiquei feliz em saber sobre esse fato importante e histórico. Por isso, estou colocando essas informações aqui no site para que todos possam tomar conhecimento e para que fique eternizado na história da nossa Igreja Matriz.
Um pouco sobre a história da tradicional e famosa “Casa Conrado”.
A Casa Conrado iniciou seus maravilhosos trabalhos especializados na confecção de lindos e magistrais vitrais para diversas atividades, há mais de 120 (cento e vinte) anos. Ela foi fundada no ano de 1889, pelo alemão Conrado Sorgenicht (1835 - 1901) que chegou ao Brasil catorze anos antes, portanto, no ano de 1875, depois do fim da Guerra Franco-Prussiana.
Assim, os vitrais nacionais começaram a ser produzidos no Brasil, semelhantes aos importados da Europa e que haviam se destacado e valorizado o período da Idade Média. Esse trabalho, maravilho e detalhado, de paciência e muita habilidade, teve sua origem no Oriente a partir do Século X. Com técnica minuciosa os vitrais começaram a ganhar espaço nos principais prédios públicos, igrejas e mansões paulistanas ao longo dos últimos 120 anos.
Na cidade de São Paulo, esses maravilhosos vitrais produzidos pela “Casa Conrado” podem ser admirados e observados no tradicional e maravilho prédio do Mercado Municipal de São Paulo, na linda Catedral da Sé e na Sala São Paulo, felizmente, com vitrais executados ou restaurados pelos três homens de mesmo nome que ligaram a história da família à da capital paulista. O patriarca da família, Conrado Sorgenicht. não desenhava. “Importava os vidros coloridos e os colava com um filete de chumbo conforme o desenho de artistas convidados, seguindo a técnica difundida nas igrejas góticas de seu país. Foi um de seus herdeiros, o também alemão Conrado Sorgenicht Filho (1869-1935), quem realmente exibiu talento artístico e impulsionou a vidraria. Os painéis com ilustrações rurais que colorem o Mercadão de São Paulo, o Mercado Municipal da Cantareira, no centro, desde 1932 foram feitos por Conrado Filho após uma viagem pelo campo para fotografar referências. Por abrigar os soldados que lutavam na Revolução Constitucionalista, o mercado sofreu com vidros quebrados por tiros e teve sua inauguração adiada para o ano seguinte.
Entre os anos 20 e 30, a arte em vitrais viveu seu primeiro auge na cidade. O quase monopólio da Casa Conrado se deveu, em parte, a uma parceria com o engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo. Além de ilustrar os vitrais do Mercadão, Conrado Filho executou as obras do Palácio das Indústrias, de 1924, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e da mansão da Avenida Paulista hoje conhecida como Casa das Rosas, ambas de 1934. O segundo pico de encomendas veio nas décadas de 50 e 60, já sob o comando de Conrado Adalberto Sorgenicht (1902-1994), neto do fundador e único dos três Conrados nascido em São Paulo. Ele levantou os vitrais da Beneficência (Beneficência Portuguesa de São Paulo, situada no Bairro da Bela Vista, que já comemorou seus 150 anos de existência e conta com 48 vitrais. Em especial os 33 que cobrem, desde os anos 50, três paredes do magnífico Salão Nobre.) e da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), com 58 obras de diferentes artistas – entre eles Tarsila do Amaral, Carybé, Lina Bo Bardi, Portinari e Tomie Ohtake – que começaram a ser instaladas em uma parede de vitrais com 230 metros quadrados a partir dos anos 50.
“A obra preferida de meu avô era A Veneração de São Vicente, reprodução do pintor português Nuno Gonçalves, que está na Beneficência”, conta a artista plástica Regina Lara Silveira Mello, neta de Conrado Adalberto. “Essa é uma arte cara, demorada e que está em extinção. Cada metro quadrado custa entre 3?000 e 3?500 reais.” Também vitralista, Regina é professora da Universidade Mackenzie e ensina sobre a história dos vitrais. “Meu avô quase morreu de desgosto quando a Igreja Nossa Senhora do Brasil substituiu seus originais por réplicas de acrílico”, diz. Regina prepara o guia dos vitrais de São Paulo, ainda em busca de patrocínio. Entre as surpresas da publicação está o mais antigo dos 600 trabalhos da Casa Conrado catalogados no Brasil: uma rosácea da Igreja Luterana, na Avenida Rio Branco, no centro, datada de 1908. Conrado Adalberto teve apenas uma filha, Iolanda, mãe de Regina, que se casou a contragosto do pai aos 16 anos. Por isso, pouco antes de sua morte, o terceiro Conrado não quis que ela assumisse a empresa e a repassou à sua secretária. Hoje, a outrora mais importante fábrica de vitrais da cidade funciona com apenas seis funcionários em um escritório em M’Boi Mirim. Vive de restaurações, como a que faz dos vitrais do Teatro Municipal, e da fama do passado glorioso.”
OBS: A história da Casa Conrado, com pequenas adaptações para este trabalho, é da autoria de Daniel Nunes Gonçalves, publicada em 18 de setembro de 2009 e no site abaixo, em 05 de dezembro de 2016..
Clique no link abaixo e conheça mais sobre a “Casa Conrado”.
http://vejasp.abril.com.br/cidades/a-rota-dos-vitrais-as-obras-da-casa-conrado/
IMPORTANTE:
1) Também, todos maravilhosos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, são da autoria da famosa e histórica “Casa Conrado”, executados pelos hábeis artesãos que trabalhavam na confecção desses vitrais na década de 1940, especialmente, no ano de 1942, portanto, há 75 (setenta e cinco) anos.
2) O único vitral da Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão onde se pode ver, próximo ao pé do Santo, a marca “Casa Conrado” é o primeiro da direita, entrando na Igreja pela porta da frente. No vitral, Oferta da Família Fracalanza, a imagem de Santo Antonio de Pádua.
Obrigado amigo Márcio Bonfigliolipor nos ter proporcionado a oportunidade de conhecermos a história dos vitrais da nossa Igreja Matriz.
Edmundo Ferreira da Rocha
13 de junho de 2017
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Vitral da Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão
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Temos o grande prazer de colocar à disposição dos freqüentadores do site:
www.camposdojordaocultura.com.br, fotos dos lindos vitrais de nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Estes lindos vitrais, com mais de sessenta anos, felizmente, são originais e permanecem quase intactos.
Todos esses vitrais formam doados por pessoas beneméritas e dignas do nosso reconhecimento; amigas de Campos do Jordão e de nossa Paróquia de Santa Teresinha.
IMAGEM : Imaculada Conceição - Oferta das Filhas de Maria
Um dado de suma importância e que a grande maioria das pessoas não sabe é de quem é a autoria dos lindos e maravilhosos vitrais da nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Um pequeno resumo: Em 25 de dezembro de 1928, a Capela de Vila Abernéssia foi elevada à categoria de Paróquia, tendo como padroeira Santa Terezinha do Menino Jesus. A pedra fundamental para a construção do prédio da Igreja Matriz aconteceu no dia 29 de junho de 1931. A última telha do prédio da Igreja Matriz foi assentada ocorreu no dia 18 de novembro de 1941. Sua Torre gótica foi concluída no ano de 1942. Nesse ano aconteceram as doações dos vitrais para a Igreja Matriz: da Família Fracalanza, de Ângelo Lourenço, de Adhemar de Barros, de João Rodrigues da Silva (João Maquinista), de Gianicola Matarazzo. Também doaram vitrais: o Apostolado da Oração e as Filhas de Maria Associadas à Congregação Mariana.
Há nove anos, no ano de 2008, coloquei vasto trabalho neste site da minha autoria, sobre a nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, porém, em momento algum, me passou pela cabeça, a curiosidade de saber de quem era a autoria dos lindos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz.
Agora, recentemente, no dia 02 de março de 2017 recebi um e.mail do grande amigo Márcio Bonfiglioli, assíduo freqüentador de Campos do Jordão e que também possui propriedade nesta cidade onde ele me diz o que segue: “
“Estou com a família aqui em Campos e hoje estive, novamente, visitando essa linda Igreja de Santa Teresinha. Fiquei curioso de saber quem havia executado os lindos vitrais. Não encontrei referência na literatura, mas ao examinar com cuidado os vitrais consegui encontrar somente em um deles uma assinatura.”
Disse também: “Essa assinatura está no primeiro vitral (conforme foto abaixo). Ela está no primeiro vitral à direita de quem entra na Igreja pela porta da frente. Quando se dá um zoom na foto se descobre a assinatura da famosa “CASA CONRADO” Você gostaria de saber disso?”
Sem dúvida. Fiquei feliz em saber sobre esse fato importante e histórico. Por isso, estou colocando essas informações aqui no site para que todos possam tomar conhecimento e para que fique eternizado na história da nossa Igreja Matriz.
Um pouco sobre a história da tradicional e famosa “Casa Conrado”.
A Casa Conrado iniciou seus maravilhosos trabalhos especializados na confecção de lindos e magistrais vitrais para diversas atividades, há mais de 120 (cento e vinte) anos. Ela foi fundada no ano de 1889, pelo alemão Conrado Sorgenicht (1835 - 1901) que chegou ao Brasil catorze anos antes, portanto, no ano de 1875, depois do fim da Guerra Franco-Prussiana.
Assim, os vitrais nacionais começaram a ser produzidos no Brasil, semelhantes aos importados da Europa e que haviam se destacado e valorizado o período da Idade Média. Esse trabalho, maravilho e detalhado, de paciência e muita habilidade, teve sua origem no Oriente a partir do Século X. Com técnica minuciosa os vitrais começaram a ganhar espaço nos principais prédios públicos, igrejas e mansões paulistanas ao longo dos últimos 120 anos.
Na cidade de São Paulo, esses maravilhosos vitrais produzidos pela “Casa Conrado” podem ser admirados e observados no tradicional e maravilho prédio do Mercado Municipal de São Paulo, na linda Catedral da Sé e na Sala São Paulo, felizmente, com vitrais executados ou restaurados pelos três homens de mesmo nome que ligaram a história da família à da capital paulista. O patriarca da família, Conrado Sorgenicht. não desenhava. “Importava os vidros coloridos e os colava com um filete de chumbo conforme o desenho de artistas convidados, seguindo a técnica difundida nas igrejas góticas de seu país. Foi um de seus herdeiros, o também alemão Conrado Sorgenicht Filho (1869-1935), quem realmente exibiu talento artístico e impulsionou a vidraria. Os painéis com ilustrações rurais que colorem o Mercadão de São Paulo, o Mercado Municipal da Cantareira, no centro, desde 1932 foram feitos por Conrado Filho após uma viagem pelo campo para fotografar referências. Por abrigar os soldados que lutavam na Revolução Constitucionalista, o mercado sofreu com vidros quebrados por tiros e teve sua inauguração adiada para o ano seguinte.
Entre os anos 20 e 30, a arte em vitrais viveu seu primeiro auge na cidade. O quase monopólio da Casa Conrado se deveu, em parte, a uma parceria com o engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo. Além de ilustrar os vitrais do Mercadão, Conrado Filho executou as obras do Palácio das Indústrias, de 1924, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e da mansão da Avenida Paulista hoje conhecida como Casa das Rosas, ambas de 1934. O segundo pico de encomendas veio nas décadas de 50 e 60, já sob o comando de Conrado Adalberto Sorgenicht (1902-1994), neto do fundador e único dos três Conrados nascido em São Paulo. Ele levantou os vitrais da Beneficência (Beneficência Portuguesa de São Paulo, situada no Bairro da Bela Vista, que já comemorou seus 150 anos de existência e conta com 48 vitrais. Em especial os 33 que cobrem, desde os anos 50, três paredes do magnífico Salão Nobre.) e da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), com 58 obras de diferentes artistas – entre eles Tarsila do Amaral, Carybé, Lina Bo Bardi, Portinari e Tomie Ohtake – que começaram a ser instaladas em uma parede de vitrais com 230 metros quadrados a partir dos anos 50.
“A obra preferida de meu avô era A Veneração de São Vicente, reprodução do pintor português Nuno Gonçalves, que está na Beneficência”, conta a artista plástica Regina Lara Silveira Mello, neta de Conrado Adalberto. “Essa é uma arte cara, demorada e que está em extinção. Cada metro quadrado custa entre 3?000 e 3?500 reais.” Também vitralista, Regina é professora da Universidade Mackenzie e ensina sobre a história dos vitrais. “Meu avô quase morreu de desgosto quando a Igreja Nossa Senhora do Brasil substituiu seus originais por réplicas de acrílico”, diz. Regina prepara o guia dos vitrais de São Paulo, ainda em busca de patrocínio. Entre as surpresas da publicação está o mais antigo dos 600 trabalhos da Casa Conrado catalogados no Brasil: uma rosácea da Igreja Luterana, na Avenida Rio Branco, no centro, datada de 1908. Conrado Adalberto teve apenas uma filha, Iolanda, mãe de Regina, que se casou a contragosto do pai aos 16 anos. Por isso, pouco antes de sua morte, o terceiro Conrado não quis que ela assumisse a empresa e a repassou à sua secretária. Hoje, a outrora mais importante fábrica de vitrais da cidade funciona com apenas seis funcionários em um escritório em M’Boi Mirim. Vive de restaurações, como a que faz dos vitrais do Teatro Municipal, e da fama do passado glorioso.”
OBS: A história da Casa Conrado, com pequenas adaptações para este trabalho, é da autoria de Daniel Nunes Gonçalves, publicada em 18 de setembro de 2009 e no site abaixo, em 05 de dezembro de 2016..
Clique no link abaixo e conheça mais sobre a “Casa Conrado”.
http://vejasp.abril.com.br/cidades/a-rota-dos-vitrais-as-obras-da-casa-conrado/
IMPORTANTE:
1) Também, todos maravilhosos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, são da autoria da famosa e histórica “Casa Conrado”, executados pelos hábeis artesãos que trabalhavam na confecção desses vitrais na década de 1940, especialmente, no ano de 1942, portanto, há 75 (setenta e cinco) anos.
2) O único vitral da Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão onde se pode ver, próximo ao pé do Santo, a marca “Casa Conrado” é o primeiro da direita, entrando na Igreja pela porta da frente. No vitral, Oferta da Família Fracalanza, a imagem de Santo Antonio de Pádua.
Obrigado amigo Márcio Bonfigliolipor nos ter proporcionado a oportunidade de conhecermos a história dos vitrais da nossa Igreja Matriz.
Edmundo Ferreira da Rocha
13 de junho de 2017
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Vitral da Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão
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Temos o grande prazer de colocar à disposição dos freqüentadores do site:
www.camposdojordaocultura.com.br, fotos dos lindos vitrais de nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Estes lindos vitrais, com mais de sessenta anos, felizmente, são originais e permanecem quase intactos.
Todos esses vitrais formam doados por pessoas beneméritas e dignas do nosso reconhecimento; amigas de Campos do Jordão e de nossa Paróquia de Santa Teresinha.
IMAGEM : São Francisco de Assis - Oferta da Condessa Bianca Matarazzo
Um dado de suma importância e que a grande maioria das pessoas não sabe é de quem é a autoria dos lindos e maravilhosos vitrais da nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão.
Um pequeno resumo: Em 25 de dezembro de 1928, a Capela de Vila Abernéssia foi elevada à categoria de Paróquia, tendo como padroeira Santa Terezinha do Menino Jesus. A pedra fundamental para a construção do prédio da Igreja Matriz aconteceu no dia 29 de junho de 1931. A última telha do prédio da Igreja Matriz foi assentada ocorreu no dia 18 de novembro de 1941. Sua Torre gótica foi concluída no ano de 1942. Nesse ano aconteceram as doações dos vitrais para a Igreja Matriz: da Família Fracalanza, de Ângelo Lourenço, de Adhemar de Barros, de João Rodrigues da Silva (João Maquinista), de Gianicola Matarazzo. Também doaram vitrais: o Apostolado da Oração e as Filhas de Maria Associadas à Congregação Mariana.
Há nove anos, no ano de 2008, coloquei vasto trabalho neste site da minha autoria, sobre a nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, porém, em momento algum, me passou pela cabeça, a curiosidade de saber de quem era a autoria dos lindos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz.
Agora, recentemente, no dia 02 de março de 2017 recebi um e.mail do grande amigo Márcio Bonfiglioli, assíduo freqüentador de Campos do Jordão e que também possui propriedade nesta cidade onde ele me diz o que segue: “
“Estou com a família aqui em Campos e hoje estive, novamente, visitando essa linda Igreja de Santa Teresinha. Fiquei curioso de saber quem havia executado os lindos vitrais. Não encontrei referência na literatura, mas ao examinar com cuidado os vitrais consegui encontrar somente em um deles uma assinatura.”
Disse também: “Essa assinatura está no primeiro vitral (conforme foto abaixo). Ela está no primeiro vitral à direita de quem entra na Igreja pela porta da frente. Quando se dá um zoom na foto se descobre a assinatura da famosa “CASA CONRADO” Você gostaria de saber disso?”
Sem dúvida. Fiquei feliz em saber sobre esse fato importante e histórico. Por isso, estou colocando essas informações aqui no site para que todos possam tomar conhecimento e para que fique eternizado na história da nossa Igreja Matriz.
Um pouco sobre a história da tradicional e famosa “Casa Conrado”.
A Casa Conrado iniciou seus maravilhosos trabalhos especializados na confecção de lindos e magistrais vitrais para diversas atividades, há mais de 120 (cento e vinte) anos. Ela foi fundada no ano de 1889, pelo alemão Conrado Sorgenicht (1835 - 1901) que chegou ao Brasil catorze anos antes, portanto, no ano de 1875, depois do fim da Guerra Franco-Prussiana.
Assim, os vitrais nacionais começaram a ser produzidos no Brasil, semelhantes aos importados da Europa e que haviam se destacado e valorizado o período da Idade Média. Esse trabalho, maravilho e detalhado, de paciência e muita habilidade, teve sua origem no Oriente a partir do Século X. Com técnica minuciosa os vitrais começaram a ganhar espaço nos principais prédios públicos, igrejas e mansões paulistanas ao longo dos últimos 120 anos.
Na cidade de São Paulo, esses maravilhosos vitrais produzidos pela “Casa Conrado” podem ser admirados e observados no tradicional e maravilho prédio do Mercado Municipal de São Paulo, na linda Catedral da Sé e na Sala São Paulo, felizmente, com vitrais executados ou restaurados pelos três homens de mesmo nome que ligaram a história da família à da capital paulista. O patriarca da família, Conrado Sorgenicht. não desenhava. “Importava os vidros coloridos e os colava com um filete de chumbo conforme o desenho de artistas convidados, seguindo a técnica difundida nas igrejas góticas de seu país. Foi um de seus herdeiros, o também alemão Conrado Sorgenicht Filho (1869-1935), quem realmente exibiu talento artístico e impulsionou a vidraria. Os painéis com ilustrações rurais que colorem o Mercadão de São Paulo, o Mercado Municipal da Cantareira, no centro, desde 1932 foram feitos por Conrado Filho após uma viagem pelo campo para fotografar referências. Por abrigar os soldados que lutavam na Revolução Constitucionalista, o mercado sofreu com vidros quebrados por tiros e teve sua inauguração adiada para o ano seguinte.
Entre os anos 20 e 30, a arte em vitrais viveu seu primeiro auge na cidade. O quase monopólio da Casa Conrado se deveu, em parte, a uma parceria com o engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo. Além de ilustrar os vitrais do Mercadão, Conrado Filho executou as obras do Palácio das Indústrias, de 1924, da Faculdade de Direito do Largo São Francisco e da mansão da Avenida Paulista hoje conhecida como Casa das Rosas, ambas de 1934. O segundo pico de encomendas veio nas décadas de 50 e 60, já sob o comando de Conrado Adalberto Sorgenicht (1902-1994), neto do fundador e único dos três Conrados nascido em São Paulo. Ele levantou os vitrais da Beneficência (Beneficência Portuguesa de São Paulo, situada no Bairro da Bela Vista, que já comemorou seus 150 anos de existência e conta com 48 vitrais. Em especial os 33 que cobrem, desde os anos 50, três paredes do magnífico Salão Nobre.) e da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado), com 58 obras de diferentes artistas – entre eles Tarsila do Amaral, Carybé, Lina Bo Bardi, Portinari e Tomie Ohtake – que começaram a ser instaladas em uma parede de vitrais com 230 metros quadrados a partir dos anos 50.
“A obra preferida de meu avô era A Veneração de São Vicente, reprodução do pintor português Nuno Gonçalves, que está na Beneficência”, conta a artista plástica Regina Lara Silveira Mello, neta de Conrado Adalberto. “Essa é uma arte cara, demorada e que está em extinção. Cada metro quadrado custa entre 3?000 e 3?500 reais.” Também vitralista, Regina é professora da Universidade Mackenzie e ensina sobre a história dos vitrais. “Meu avô quase morreu de desgosto quando a Igreja Nossa Senhora do Brasil substituiu seus originais por réplicas de acrílico”, diz. Regina prepara o guia dos vitrais de São Paulo, ainda em busca de patrocínio. Entre as surpresas da publicação está o mais antigo dos 600 trabalhos da Casa Conrado catalogados no Brasil: uma rosácea da Igreja Luterana, na Avenida Rio Branco, no centro, datada de 1908. Conrado Adalberto teve apenas uma filha, Iolanda, mãe de Regina, que se casou a contragosto do pai aos 16 anos. Por isso, pouco antes de sua morte, o terceiro Conrado não quis que ela assumisse a empresa e a repassou à sua secretária. Hoje, a outrora mais importante fábrica de vitrais da cidade funciona com apenas seis funcionários em um escritório em M’Boi Mirim. Vive de restaurações, como a que faz dos vitrais do Teatro Municipal, e da fama do passado glorioso.”
OBS: A história da Casa Conrado, com pequenas adaptações para este trabalho, é da autoria de Daniel Nunes Gonçalves, publicada em 18 de setembro de 2009 e no site abaixo, em 05 de dezembro de 2016..
Clique no link abaixo e conheça mais sobre a “Casa Conrado”.
http://vejasp.abril.com.br/cidades/a-rota-dos-vitrais-as-obras-da-casa-conrado/
IMPORTANTE:
1) Também, todos maravilhosos vitrais que adornam a nossa Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão, são da autoria da famosa e histórica “Casa Conrado”, executados pelos hábeis artesãos que trabalhavam na confecção desses vitrais na década de 1940, especialmente, no ano de 1942, portanto, há 75 (setenta e cinco) anos.
2) O único vitral da Igreja Matriz de Santa Terezinha do Menino Jesus, de Campos do Jordão onde se pode ver, próximo ao pé do Santo, a marca “Casa Conrado” é o primeiro da direita, entrando na Igreja pela porta da frente. No vitral, Oferta da Família Fracalanza, a imagem de Santo Antonio de Pádua.
Obrigado amigo Márcio Bonfigliolipor nos ter proporcionado a oportunidade de conhecermos a história dos vitrais da nossa Igreja Matriz.
Edmundo Ferreira da Rocha
13 de junho de 2017
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