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 Cartazes dos Festivais de Inverno de Campos do Jordão
Uma longa, demorada e trabalhosa pesquisa na tentativa de reunir neste trabalho, todos cartazes publicitários dos Festivais de Inverno de Campos do Jordão, desde sua primeira edição, no longinquo ano de 1970.
Infelizmente, mesmo com uma procura incessante e demorada, não conseguimos reunir todos esses cartazes publicitário, dende o início dos Festivais de Inverno.
Felizmente, uma agradável, inédita e privilegiada descoberta. Nosso amigo e Confrade, da Academia de Letras de Campos do Jordão, ocupante da Cadeira nº 27 - Patrono Dr. Emílio Marcondes Ribas, Dr. Nelson Guimarães Proença, professor e médico Dermatologista de grande renome, atualmente clinicando em Campos do Jordão, em uma de nossas conversas pós consulta, nos deu uma grande notícia. Em sua residência de Campos do Jordão guarda, com muito carinho, inclusive, emoldurados, enfeitando as paredes de um belo corredor, diversos cartazes de Festivais de Inverno de Campos do Jordão. Na realidade, são 15 (quinze) cartazes, correspondentes a diversos anos dos Festivais de Inverno.
Assim sendo, juntando as fotografias desses cartazes´pertencentes so Dr. Nelson Proença, às fotografias de alguns cartazes que já pertenciam ao meu acervo, inclusive, alguns poucos conseguidos através de pesquisa pela internet, conseguimos totalizar 24 (vinte e quatro) cartazes dos Festivais de Inverno de Campos do Jordão.
Para nossa felicidade, estamos neste trabalho, disponibilizando esses cartazes para que muitos possam conhecê-los, tendo a certeza que, ao visualizá-los, possam ter a grata lembrança e a satisfação de dizer: “Eu participei ou estive presente nesse Festival de Inverno de Campos do Jordão”.
Aproveitando, pedimos a todos aqueles que, porventura tenham algum cartaz que não consta dessa apresentação, de outras edições dos Festivais de Inverno de Campos do Jordão, que nos forneçam uma cópia ou fotografia dos mesmos, para que possamos incluir neste trabalho. Claro, sempre, colocando o devido crédito para todos que venham nos auxiliar.
Edmundo Ferreira da Rocha - 24 de julho de 2014.
História do Festival de Inverno de Campos do Jordão
O Festival de Inverno de Campos do Jordão está intrinsicamente ligado à história do “Palácio Boa Vista de Campos do Jordão”.
Em 1967, o então Governador, Roberto de Abreu Sodré, resolveu abrir as portas do “Palácio Boa Vista” para o público, dando maior utilidade à residência oficial de "veraneio" do governo do Estado. Cria uma comissão incumbida de propor sugestões para a instalação de um "Museu do Mobiliário Histórico e Artístico Brasileiro", particularmente colonial. Em maio de 1969, Abreu Sodré cria o órgão de aproveitamento do Palácio Boa Vista, o GEAPAC. Foi escolhido como coordenador do órgão, o Secretário de Fazenda do Estado: Dr. Luis Arrobas Martins.
Em maio de 1969, como primeira medida, pede a reforma do prédio para fazer a decoração e escolhe como equipe de trabalho: Sylvia Sodré Assumpção, Oswald de Andrade Filho, Pedro Antônio de Oliveira Ribeiro Neto, Marcelo Ciampolini, Paulo Mendes de Almeida e sua esposa, Dona Alicinha Arrobas Martins.
O Palácio ficou fechado de dezembro de 1969 a fevereiro de 1970.
No dia 12 de abril de 1970 o Governador Abreu Sodré, em cerimônia solene, declara o Palácio Boa Vista "MONUMENTO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO", e abre suas portas para visitação, nos moldes dos castelos e palácios europeus.
O coordenador, Dr. Luis Arrobas Martins, para comemorar a nova fase do Palácio, resolve fazer um evento, nos moldes do Festival de Mozart, de Salzburgo, Áustria.
Idealiza a realização do: "PRIMEIRO CONCERTOS DE INVERNO DE CAMPOS DO JORDÃO", para a direção musical do evento, convida os maestros Camargo Guarnieri e João de Souza Lima que permaneceram até 1973.
O evento acontece no Salão Nobre e no Pátio Interno do Palácio e, teve como programação:
24/07/1970 20h30 Recital de Abertura - Magda Tagliaferro.
25/07/1970
11h00 Ars Barroca
16h00 Sexteto do Rio
20h30 Natan Schwartzman - violinista
26/07/1970 12h00 Missa de São Sebastião - Coral Crioulo e Madrigal das Arcadas. Regente: Diogo Pacheco, na Igreja de Capivari
20h30 Turíbio dos Santos - violonista
27/07/1970 20h30 Cussy de Almeida - violinista
28/07/1970 20h30 Concerto à Luz de Velas - Cravista - Helena Hollnagel
29/07/1970 20h30 Recital de Canto - Edmar Ferreti
30/07/1970 20h30 Maria Vischinia - Recital de Violino
31/07/1970 20h30 Conjunto de Metais de São Paulo - Regente: Walter Lourenção
01/08/1970 11h00 Conjunto Ars Viva - Regente: Klaus Dieter Wolf
16h00 Orquestra Sinfônica Municipal - Regente: Ernest De Bour - Solista: Laís de Souza Brasil. Pianista acompanhador: Cláudio de Brito
Nos anos seguintes, algumas novidades:
1971: No governo de Laudo Natel e como Diretor Artístico o poeta Paulo Bonfim, fogem da idéia inicial de concertos eruditos, mesclando com música popular. Numa noite, Guiomar Novaes tocando Choppin e na noite seguinte Inezita Barroso, com a noite do Folclore.
1972: Ainda no governo Laudo Natel, devido as comemorações do Sesquicentenário da Independência, esqueceram-se do Festival de Inverno de Campos do Jordão. Tal foi a reclamação de turistas e moradores, que resolveram fazer um pequeno evento, que se chamou: "MOMENTOS MUSICAIS - JULHO - 1972", com três concertos, sob a direção do Maestro Walter Lourenção.
1973: O festival foi organizado do primeiro ao último dia de julho. E foi criado o "CENTRO DE CULTURA MUSICAL", sob a direção do Maestro Eleazar de Carvalho. Além dos concertos no Palácio, aconteceram as primeiras oficinas de música, com mais de 300 bolsistas, que tiveram aulas com músicos renomados nas salas de aulas dos colégios da cidade.
1974: Final do governo de Laudo Natel, o Festival não foi realizado, apesar das reclamações do público.
1975: No início do governo de Paulo Egydio Martins, novamente sob a coordenação de Luis Arrobas Martins, o Festival acontece no mês de julho, voltando às origens: música erudita. Nesse ano, decidem que o Festival deveria sair do palácio e ter sede própria. E iniciam a busca de um terreno para se construir não só a sede do Festival, mas que servisse também como centro de convenções.
1976: O Festival passa a ser coordenado pela Secretaria da Cultura do Estado, tendo como Secretário Max Feffer, governo Paulo Egydio Martins. O terreno encontrado é perto do Palácio Boa Vista, num dos locais onde a vista do "por do sol" é de uma beleza rara.
1977: O Festival acontece no Palácio, governo Paulo Egydio Martins, com Max Feffer e com a coordenação dos Maestros Eleazar de Carvalho e Walter Lourenção. No dia 03 de julho de 1977, morre Dr. Luis Arrobas Martins, idealizador do maior evento musical do Brasil: Festival de Inverno de Campos do Jordão.
1978: Em março de 1978, é assinada a lei No. 1.561, assinada pelo então Presidente da Assembléia Legislativa do Estado, Sr. Natal Gale, que o festival passaria a ser chamado: "FESTIVAL DE INVERNO DE CAMPOS DO JORDÃO - Dr. LUIS ARROBAS MARTINS". O festival acontece pela última vez, no Palácio Boa Vista de Campos do Jordão. Nesse mesmo ano, a artista plástica e escultora, FELÍCIA LEIRNER, doa toda sua obra ao Governo do Estado de São Paulo, criando-se no mesmo espaço onde estavam construindo o Auditório, sede do Festival, o "MUSEU FELÍCIA LEIRNER".
1979: No dia 10 de março de 1979, é inaugurado o MUSEU FELÍCIA LEIRNER, no final do Governo de Paulo Egydio Martins e para a abertura, é convidada a Orquestra Sinfônica Estadual, sob a regência do Maestro Eleazar de Carvalho, na área do terreno onde estava sendo finalizado a construção do Auditório de campos do Jordão. O concerto foi ao ar livre, às 15h30.
No dia 12 de julho de 1979, é inaugurado o Auditório de Campos do Jordão, com o FESTIVAL DE INVERNO DE CAMPOS DO JORDÃO - Dr. LUIS ARROBAS MARTINS", já no Governo de Paulo Salim Maluf, tendo como convidado especial, o então Presidente da República, João Baptista Figueiredo. Era o Secretário de Cultura, Cunha Bueno.
1980 a 1982: O festival aconteceu no governo de Paulo Salim Maluf. E num dos concertos, o Governador Paulo Maluf, mostrou seus dotes musicais, fazendo uma apresentação, tocando piano.
1983: Governo de Franco Montoro. O Secretário da Cultura, Jorge da Cunha Lima, resolve fazer inovações e mescla a música erudita a outras atividades artísticas. Cria oficinas de teatro, cinema e até circo, além das oficinas de música.
1984: O Festival acontece nos moldes antigos, com os concertos e as oficinas de música. É Governador, Franco Montoro e como Secretário da Cultura Jorge da Cunha Lima.
1985: Ainda no Governo Montoro, entram as parcerias de empresas privadas, como patrocinadoras do Festival.
1986: Último ano do Governo Franco Montoro e seu Secretário da Cultura, Jorge da Cunha Lima.
1987: Início do Governo de Orestes Quércia.
1989: É no Governo de Orestes Quércia, que o Auditório Campos do Jordão, passa a ser chamado: Auditório Cláudio Santoro, em homenagem ao grande músico brasileiro, nascido em 1909, em Manaus, que morreu em 27 de março de 1989, em Brasília, durante o ensaio do concerto que faria em homenagem ao Bicentenário da revolução Francesa.
1990 - Governo de Orestes Quércia.
1991 e 1992 - Governo de Luiz Antonio Fleury Filho
1993: Governo de Luiz Antonio Fleury Filho. É Secretário da Cultura, Ricardo Otake
1994: Governo de Luiz Antonio Fleury Filho. Continua como Secretário, o Arquiteto Ricardo Otake.
1995: Governo Mário Covas. É Secretário da Cultura, Marcos Mendonça
1996: Governo Mário Covas. Continua como Secretário da Cultura, Marcos Mendonça.
1997: Governo Mário Covas. Continua como Secretário da Cultura, Marcos Mendonça.
1998: O Vice-Governador, Geraldo Alckimin assume o Governo, pois Mário Covas pede licença para a reeleição. E como Secretário da Cultura, assume Antônio Angarita, substituindo Marcos Mendonça, também de licença, para a reeleição de Deputado Estadual.
1999: 30 anos de festival de Inverno. 20 anos de inauguração do Auditório Cláudio Santoro. E segundo mandato do Governador Mário Covas e do Secretário da Cultura, Marcos Mendonça.
2000: Governo Mario Covas e Secretário da Cultura Marcos Mendonça.
2001, 2002, 2003, 2004 e 2005 - Governo de Geraldo Alckmin Filho.
2006 - Governo de Cláudio Lembo.
2007 - 2008 e 2009 - Governo de José Serra.
2010 - Governo de Alberto Goldman.
2011, 2012, 2014 e 2014 - Governo de Geraldo Alckmin Filho.
Referências: "Campos do Jordão e seu Palácio" de Dr. Fausto Bueno de Arruda Camargo.
Depoimentos de: Dr. Arakaki Masakazu (Ciro).
Pesquisa e Texto de: Malu de Alencar e, ao final, Edmundo Rocha.
Os Festivais de Inverno
No governo Abreu Sodré, em 1970, foram implantados os Festivais de Inverno de Campos do Jordão.
Para tanto, foi constituído junto ao Grupo de Aproveitamento do Palácio de Campos do Jordão, a Comissão Organizadora dos Concertos de Inverno de Campos do Jordão.
O grande idealizador do evento artístico, Luiz Arrobas Martins, enquanto Secretário da Fazenda e Coordenador da Reforma Administrativa, e, ainda, Coordenador do Grupo Executivo de Aproveitamento do Palácio de Campos do Jordão – GEAPAC - foi quem, pela Resolução de 27 de abril de 1970, constituiu a Comissão dos Concertos de Inverno de Campos do Jordão.
Considerou o saudoso homem público que o Palácio da Boa Vista constituía-se, por si só, uma atração turística, recebendo naquele ano de 1970, 2 mil visitantes por mês, e, que, aquele próprio já fora declarado no mesmo Governo Abreu Sodré, Monumento Público do Estado de São Paulo, tendo sido guarnecido com peças históricas, quadros, esculturas e objetos de arte.
A sua pretensão, coroada de êxito, era de promover em Campos do Jordão, programas idênticos aos grandes centros turísticos da Europa e Estados Unidos.
A Comissão dos Concertos de Inverno de Campos do Jordão foi constituída pelo maestro M. Camargo Guarnieri (coordenador), Dra. Waldisa Pinto Russio (secretária), pianista Lydia Alimonda, jornalista José Luiz Paes Nunes e Sylvia Sodré Assumpção, como assessora especial.
Os primeiros Concertos de Inverno, realizados em 24/7 a 1º/8/70, e, posteriormente, denominados de Festivais, constituíram-se um sucesso extraordinário, e, daquela data até hoje, são considerados a mais importante promoção musical do País, realizando-se sempre nos meses de julho de cada ano.
Com os acordes iniciais de “Jesus, Alegria dos Homens”, de Bach, tocados por Magdalena Tagliaferro, em 24 de julho de 1970, iniciavam-se os Concertos que, inicialmente, foram concebidos nos moldes dos realizados em Weinear, Salzburgo e Edinburgo.
Personalidades e conjuntos da mais alta expressão musical participaram do evento pioneiro, como Caldeira Filho, Magda Tagliaferro, Ari Barroso, Sexteto do Rio, Natham Schwartzman, Coral Crioulo, Madrigal das Arcadas, Turíbio Santos, Cussy de Almeida, Helena Holinagel, Edmar Ferreti, Maria Vischnia, Conjunto de Metais de São Paulo, Madrigal Ars Viva de Santos, Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo, M. Camargo Guarnieri, Laís de Souza Brasil, Ernest Bour, Cláudio de Brito, Diogo Pacheco e Walter Lourenção.
De 1970 em diante, como se fora uma verdadeira competição, cada Festival de Inverno realizado sempre procurou suplantar o anterior em expressão artística, a ponto de os Festivais de Inverno de Campos do Jordão se acharem incluídos no Calendário Musical do Brasil.
Os espetáculos são apresentados no Auditório Campos do Jordão, na Sociedade de Educação e Assistência Frei Orestes e na Igreja São Benedito em Vila Capivari. Nas praças públicas, apresentam-se as melhores bandas de música do Estado.
Toda a programação é levada, ao vivo, a milhares de telespectadores, através do canal 2 – TV Cultura, para todo o País.
Os Festivais foram coordenados, inicialmente, pela Secretaria de Esportes e Turismo do Governo de São Paulo, e, atualmente, o são pela Secretaria de Cultura.
Em 1° de julho de 1973, dentro do programa dos Primeiros Festivais de Inverno, foi inaugurado o Curso de Cultura Musical, que, à época, teve como coordenador, Ricardo Cavalcanti, da então secretaria de Esportes e Turismo.
O seu corpo docente era constituído pelo maestro Eleazar de Carvalho (regência de orquestra, música de câmera e prática de orquestra), Túlio Colacioppo (prática de orquestra), Hugh Ross (regência coral e canto coral) e Edward Beck (interpretação vocal).
Os seminários foram ministrados por Roberto de Regina e Marcelo Madeira (música e instrumentos antigos), Larry Austin e Jocy de Oliveira (música eletrônica e música contemporânea), Turíbio dos Santos (violão clássico) e Walter Trampler.
Foram conferencistas Jack Bornoff, Hugh Ross, Marcelo Madeira, Jocy de Oliveira e Larry Austin. Foi regente Gustav Meier e compositores Marlos Nobre, Edino Krieger e Gilberto Mendes.
A primeira temporada do Centro de Cultura Musical realizou-se de 1° a 29 de julho de 1973, e atualmente, bolsistas de todo o País e até do Exterior, superlotam os cursos do Centro de Cultura Musical, que anualmente, são levados a efeito no decorrer dos Festivais de Inverno de Campos do Jordão.
Anotou a revista “Veja”, de 18/7/73, que “para todos, alunos e professores, os cursos de Campos do Jordão representam verdadeiros super currículos. Estudando cerca de 6 horas por dia, durante um mês, a maioria dos alunos terá uma experiência equivalente a um ano e meio de conservatório. E nos cursos de música antiga essa multiplicação é ainda mais ampla: contra os habituais 60 minutos, por semana, nas escolas, às 6 horas por dia em Campos do Jordão equivalem a 4 anos de estudo”.
Através do decreto estadual nº 18.439, de 15 de março de 1982, o evento foi oficializado pelo Governador Paulo Maluf, e como justa homenagem ao seu saudoso criador, o Governo de São Paulo, na gestão do governador Paulo Egidio Martins, deu-lhe a denominação de Festival de Inverno “Luís Arrobas Martins”.
O Auditório Campos do Jordão, onde se centralizam os maiores espetáculos do Festival de Inverno foi construído em uma área de 345.000m2 com 5.740m2 de construção, possuindo só o Auditório 1.754m2 com 900 poltronas estofadas, ar condicionado e sistema de som e iluminação moderníssimos.
O próprio Estadual foi iniciado na administração Paulo Egydio Martins, e inaugurado pelo governador Paulo Maluf, em 12 de julho de 1979.
Nesse dia, o Governador Paulo Maluf recepcionou o Presidente João Batista Figueiredo, que estava acompanhado dos Ministros Eduardo Portela e Danilo Venturini, todos hospedados no Palácio Boa Vista.
À solenidade de inauguração, saudou o Presidente da República, o Secretário da Cultura, Antonio Henrique Cunha Bueno, presente o prefeito Fausi Paulo, diante de milhares de visitantes, bolsistas e jordanenses.
Orçado em 42 milhões de cruzeiros, o edifício tem 3 partes, o auditório em si, em meio à mata que envolve o local, um prédio para recepção, que se localiza próximo à praça de dispersão do conjunto, e, no plano inferior, sanitários públicos e coletivos.
A obra desponta como anfiteatro, cuja platéia sob o terreno natural está coberta por uma grande laje apoiada sobre quatro pilares, com fechamento lateral em vidro, permitindo grande transparência para o espaço exterior, que é constituído de grande mata virgem intocada. Junto à platéia, situam-se as instalações do palco e serviços. O foyer acha-se na parte alta da platéia aproveitando o desnível natural do terreno. Além do Festival de Inverno, o Auditório Campos do Jordão tem servido, com grande aproveitamento à realização de concertos, shows, congressos e convenções.
Foi projetado por Giancarlo Gasperini e Orfeu Zamboni, de Croce Aflalo e Gasperini. O projeto acústico foi feito pelo arquiteto Igor Srenevzky e a construção esteve a cargo da Construbase – Construtora de Obras Básicas de Engenharia. O engenheiro agrônomo, Moisés Chaimovich, foi o responsável pelo paisagismo. Ao redor do Auditório, em meio à vegetação nativa da região, de onde se vislumbra uma das mais espetaculares paisagens jordanenses, foi incorporado, ao ar livre, o Museu Felícia Leirner, doado pela artista ao Governo de São Paulo.
Do Livro - “História de Campos do Jordão”, da autoria do advogado, escritor e historiador Pedro Paulo Filho, Editora Santuário - 1986 - Páginas 686 a 688.
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