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Fotografias Semanais que contam a
 história de Campos do Jordão.

de 31/01 a 06/02/2019

 

 

Personalidades - Padre Vita - Monumento 1959


Monumento em homenagem ao Padre José Vita, localizado em frente ao magistral e maravilhoso prédio do Sanatório São Vicente de Paulo, popularmente conhecido como Sanatório do Padre Vita, localizado em Vila Abernéssia, em Campos do Jordão.

Na placa, os seguintes dizeres: Gratidão do Sanatório São Vicente de Paulo ao seu Benemérito Fundador, Monsenhor José Vita, na passagem de seu jubileu Áureo Sacerdotal. 1919 - 20 de abril - 1959, as Irmãs e seus amigos. Um pouco sobre o Padre José Vita

O Pe. José Vita nasceu em 23 de março de 1895, em Sapucaí Mirim, antes conhecida como Santana do Paraíso, cidade mineira, e foi batizado em São Bento do Sapucaí, cidade paulista mais próxima.

Viveu sua infância na fazenda de seu pai, Donato Vita, com sua mãe, Maria Leopoldina Ferreira, e em 1909, ingressava no Seminário Menor de Pirapora, de onde se transferiu para o de Taubaté, em 20 de fevereiro de 1911.

A bênção e vestição, de batina teve lugar em 17 de fevereiro de 1915, e D. Epaminondas Nunes de Ávila e Silva conferiu-lhe as quatro Ordens Menores em 19 de setembro de 1917.

Quando esteve para morrer, por doença cardíaca, já desenganado, Dom Epaminondas conferiu-lhe a ordem do Subdiaconato em 16 de março de 1918, e, no dia seguinte, a Ordem do Diaconato.

Não morreu, porque Deus lhe reservara uma missão.

Passava as férias na fazenda de seu pai, e de lá andava a cavalo 9 quilômetros até a paróquia de São Bento do Sapucaí.

Numa dessas andanças encontrou um menino pobre que insistia em ser padre, mas não tinha recursos, ao que Pe. Vita conseguiu do Bispo Diocesano autorização para que ele não pagasse as anuidades.

Esse menino pobre teve aulas para os vestibulares do Seminário em Taubaté, e seu professor foi Plínio Salgado, o grande escritor e político católico, de São Bento do Sapucaí.

O jovem conseguiu ser aprovado e ingressou no Seminário, de onde saiu para ser o maior orador sacro brasileiro: D. Antonio de Almeida Moraes Jr.

Quem vai, pela variante do bairro Zé da Rosa, em direção a Sapucaí Mirim, em estrada de terra, depois de atravessar uma ponte de concreto, na divisa de Estado, encontrava à direita, uma tosca moradia, com os dizeres: “Aqui nasceu D. Antonio de Moraes, Arcebispo de Niterói.”

Pe. Vita foi ordenado em 20 de abril de 1919, em solenidade presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, D. Ângelo Giacinto Scapardini, uma vez que Dom Epaminondas se achava enfermo.

Sua primeira designação foi para lecionar no antigo Colégio São Miguel, em Jacareí, em 1920, e no início de 1922, foi nomeado vigário cooperador de Caçapava, dali se transferindo para Lambari, em Minas Gerais.

Em maio de 1924 sofre uma hemoptise e retorna à fazenda de seu pai, onde é recebido por sua madrasta, Angelina; recuperando-se, dirige-se a Pindamonhangaba, em casa de sua irmã, Tereza Granato, passando a prestar serviços ao pároco João José de Azevedo. Dom Epaminondas designa-o para prestar serviços em Santo Antonio do Pinhal, onde, com a ajuda do povo, construiu a Igreja Matriz.

Nessa época, as obras da E. F. Campos do Jordão já chegavam até a estação de Eugênio Lefèvre, a poucos quilômetros de Sto. Antonio do Pinhal.

Em 1926, guiado pela Providência, comprou uma casa em Vila Abernéssia, onde passou a morar com suas duas irmãs solteiras, Mariquinha e Cotinha. Aí iniciou a sua grande obra.

Em outubro de 1932 terminava a Revolução Constitucionalista.

Pe. Vita mandou construir um barracão, a que deu o nome de “Abrigo São Vicente de Paulo”, onde eram, inicialmente, internados doentes adultos, assistidos, graciosamente, pelos Drs. Adalberto Monteiro de Barros e Marco Antonio Nogueira Cardoso.

Mais tarde, Pe.Vita construiu um edifício maior, todo de madeira, destinado a crianças pobres, tuberculosas, uma vez que os doentes adultos tinham à sua disposição a rede hospitalar de Campos do Jordão.

O Sanatório Infantil começara com 17 leitos e depois passou a 30, para meninos, e igual número para meninas, atingindo a capacidade de 60 leitos. Os pedidos de internação surgiam de todos os lados.

Começou a germinar em Pe.Vita a idéia de construir um novo sanatório com capacidade para 250 crianças, o que o levou avante, com todas as suas forças. De fato, em 29 de junho de 1940, iniciou a sua construção, lançando a pedra fundamental que teve como madrinha D. Leonor Mendes de Barros, esposa do Dr. Adhemar de Barros, Interventor Federal em São Paulo.

E, de fato, concluiu-se um majestoso edifício com 3 andares, o térreo e mais 2 superiores, em imponentes linhas arquitetônicas, com todos os componentes e instalações hospitalares.

Em 13 de maio de 1946, era fundada a Associação do Sanatório S. Vicente de Paulo, com a assistência do Padre José Vita e a seguinte diretoria: Irmã Maria Letícia Bastos (presidente), Irmã Maria Filomena Rodrigues da Costa (secretária) e Irmã Maria Antonieta Augusta Arantes (tesoureira). A Entidade substituía a Associação das Damas de Caridade, de quem recebeu todo o patrimônio.

São Vicente de Paulo foi à denominação dada à obra, em homenagem ao Santo que percorria, dia e noite, os becos de Paris, recolhendo e amparando crianças recém-nascidas, rejeitadas e abandonadas por seus pais.

Pela manhã, houve a bênção e missa pontificar, oficiada por D. Francisco Borja do Amaral, Bispo Diocesano, durante a qual proferiu oração lapidar o grande tribuno sacro, D. Antonio de Almeida Moraes Jr., então pároco da Igreja Matriz de Santo Antonio, de Guaratinguetá.

As 60 crianças que ocupavam o pavilhão de madeira foram transferidas para o novo Sanatório com capacidade para 250 leitos, e durante vários anos, o ilustre médico pediatra, Dr. José Carlos da Silveira, assessorado pela Dra. Maria das Dores Alves Gonçalves, ali prestou serviços.

Atuou em seguida, como diretor-clínico, o Dr. Nathanael Silva, um dos maiores pediatras de São Paulo, e atualmente o Dr. Franklin Alckmin Bueno Maia. Dez anos depois, Pe. Vita equipava o Sanatório com sala de cirurgia e todo o arsenal especializado.

No dia 7 de setembro de 1954, foi agraciado por decreto do Papa Pio XII, com o honroso título de Monsenhor Camareiro Secreto de S. Santidade, presente o Governador Lucas Garcez, e em 30 de abril de 1959, com o título de Cidadão Honorário de Campos do Jordão.

Faleceu em Campos do Jordão, no dia 13 de dezembro de 1972, às 23:45 horas, assistido por suas Irmãs, chefiadas por Odete Freire e pelos seus médicos e amigos, Drs. Franklin A. Bueno Maia e Alfonso Chung Zumaeta.

Em sua homenagem póstuma, a via de acesso ao Sanatório São Vicente de Paulo, passou a ser denominada de “Rua Monsenhor José Vita”, e bem assim a Escola de 1° Grau de Vila Abernéssia.

Apagara-se uma luz na terra, e começou a brilhar mais uma estrela no céu.

OBS: Parte da história do livro “História de Campos do Jordão”, Editora Santuário, Outubro de 1986, a autoria do Escritor, advogado, jornalista e historiador Pedro Paulo Filho.

 

 

 

Personalidades - Padre Vita - Placa Homenagem 1959


Esta é a Placa que está localizada abaixo da imagem do Monsenhor José Vita, no Monumento em sua homenagem, localizado em frente ao magistral e maravilhoso prédio do Sanatório São Vicente de Paulo, popularmente conhecido como Sanatório do Padre Vita, localizado em Vila Abernéssia, em Campos do Jordão.

Na placa, os seguintes dizeres: Gratidão do Sanatório São Vicente de Paulo ao seu Benemérito Fundador, Monsenhor José Vita, na passagem de seu jubileu Áureo Sacerdotal. 1919 - 20 de abril - 1959, as Irmãs e seus amigos. Um pouco sobre o Padre José Vita

O Pe. José Vita nasceu em 23 de março de 1895, em Sapucaí Mirim, antes conhecida como Santana do Paraíso, cidade mineira, e foi batizado em São Bento do Sapucaí, cidade paulista mais próxima.

Viveu sua infância na fazenda de seu pai, Donato Vita, com sua mãe, Maria Leopoldina Ferreira, e em 1909, ingressava no Seminário Menor de Pirapora, de onde se transferiu para o de Taubaté, em 20 de fevereiro de 1911.

A bênção e vestição, de batina teve lugar em 17 de fevereiro de 1915, e D. Epaminondas Nunes de Ávila e Silva conferiu-lhe as quatro Ordens Menores em 19 de setembro de 1917.

Quando esteve para morrer, por doença cardíaca, já desenganado, Dom Epaminondas conferiu-lhe a ordem do Subdiaconato em 16 de março de 1918, e, no dia seguinte, a Ordem do Diaconato.

Não morreu, porque Deus lhe reservara uma missão.

Passava as férias na fazenda de seu pai, e de lá andava a cavalo 9 quilômetros até a paróquia de São Bento do Sapucaí.

Numa dessas andanças encontrou um menino pobre que insistia em ser padre, mas não tinha recursos, ao que Pe. Vita conseguiu do Bispo Diocesano autorização para que ele não pagasse as anuidades.

Esse menino pobre teve aulas para os vestibulares do Seminário em Taubaté, e seu professor foi Plínio Salgado, o grande escritor e político católico, de São Bento do Sapucaí.

O jovem conseguiu ser aprovado e ingressou no Seminário, de onde saiu para ser o maior orador sacro brasileiro: D. Antonio de Almeida Moraes Jr.

Quem vai, pela variante do bairro Zé da Rosa, em direção a Sapucaí Mirim, em estrada de terra, depois de atravessar uma ponte de concreto, na divisa de Estado, encontrava à direita, uma tosca moradia, com os dizeres: “Aqui nasceu D. Antonio de Moraes, Arcebispo de Niterói.”

Pe. Vita foi ordenado em 20 de abril de 1919, em solenidade presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, D. Ângelo Giacinto Scapardini, uma vez que Dom Epaminondas se achava enfermo.

Sua primeira designação foi para lecionar no antigo Colégio São Miguel, em Jacareí, em 1920, e no início de 1922, foi nomeado vigário cooperador de Caçapava, dali se transferindo para Lambari, em Minas Gerais.

Em maio de 1924 sofre uma hemoptise e retorna à fazenda de seu pai, onde é recebido por sua madrasta, Angelina; recuperando-se, dirige-se a Pindamonhangaba, em casa de sua irmã, Tereza Granato, passando a prestar serviços ao pároco João José de Azevedo. Dom Epaminondas designa-o para prestar serviços em Santo Antonio do Pinhal, onde, com a ajuda do povo, construiu a Igreja Matriz.

Nessa época, as obras da E. F. Campos do Jordão já chegavam até a estação de Eugênio Lefèvre, a poucos quilômetros de Sto. Antonio do Pinhal.

Em 1926, guiado pela Providência, comprou uma casa em Vila Abernéssia, onde passou a morar com suas duas irmãs solteiras, Mariquinha e Cotinha. Aí iniciou a sua grande obra.

Em outubro de 1932 terminava a Revolução Constitucionalista.

Pe. Vita mandou construir um barracão, a que deu o nome de “Abrigo São Vicente de Paulo”, onde eram, inicialmente, internados doentes adultos, assistidos, graciosamente, pelos Drs. Adalberto Monteiro de Barros e Marco Antonio Nogueira Cardoso.

Mais tarde, Pe.Vita construiu um edifício maior, todo de madeira, destinado a crianças pobres, tuberculosas, uma vez que os doentes adultos tinham à sua disposição a rede hospitalar de Campos do Jordão.

O Sanatório Infantil começara com 17 leitos e depois passou a 30, para meninos, e igual número para meninas, atingindo a capacidade de 60 leitos. Os pedidos de internação surgiam de todos os lados.

Começou a germinar em Pe.Vita a idéia de construir um novo sanatório com capacidade para 250 crianças, o que o levou avante, com todas as suas forças. De fato, em 29 de junho de 1940, iniciou a sua construção, lançando a pedra fundamental que teve como madrinha D. Leonor Mendes de Barros, esposa do Dr. Adhemar de Barros, Interventor Federal em São Paulo.

E, de fato, concluiu-se um majestoso edifício com 3 andares, o térreo e mais 2 superiores, em imponentes linhas arquitetônicas, com todos os componentes e instalações hospitalares.

Em 13 de maio de 1946, era fundada a Associação do Sanatório S. Vicente de Paulo, com a assistência do Padre José Vita e a seguinte diretoria: Irmã Maria Letícia Bastos (presidente), Irmã Maria Filomena Rodrigues da Costa (secretária) e Irmã Maria Antonieta Augusta Arantes (tesoureira). A Entidade substituía a Associação das Damas de Caridade, de quem recebeu todo o patrimônio.

São Vicente de Paulo foi à denominação dada à obra, em homenagem ao Santo que percorria, dia e noite, os becos de Paris, recolhendo e amparando crianças recém-nascidas, rejeitadas e abandonadas por seus pais.

Pela manhã, houve a bênção e missa pontificar, oficiada por D. Francisco Borja do Amaral, Bispo Diocesano, durante a qual proferiu oração lapidar o grande tribuno sacro, D. Antonio de Almeida Moraes Jr., então pároco da Igreja Matriz de Santo Antonio, de Guaratinguetá.

As 60 crianças que ocupavam o pavilhão de madeira foram transferidas para o novo Sanatório com capacidade para 250 leitos, e durante vários anos, o ilustre médico pediatra, Dr. José Carlos da Silveira, assessorado pela Dra. Maria das Dores Alves Gonçalves, ali prestou serviços.

Atuou em seguida, como diretor-clínico, o Dr. Nathanael Silva, um dos maiores pediatras de São Paulo, e atualmente o Dr. Franklin Alckmin Bueno Maia. Dez anos depois, Pe. Vita equipava o Sanatório com sala de cirurgia e todo o arsenal especializado.

No dia 7 de setembro de 1954, foi agraciado por decreto do Papa Pio XII, com o honroso título de Monsenhor Camareiro Secreto de S. Santidade, presente o Governador Lucas Garcez, e em 30 de abril de 1959, com o título de Cidadão Honorário de Campos do Jordão.

Faleceu em Campos do Jordão, no dia 13 de dezembro de 1972, às 23:45 horas, assistido por suas Irmãs, chefiadas por Odete Freire e pelos seus médicos e amigos, Drs. Franklin A. Bueno Maia e Alfonso Chung Zumaeta.

Em sua homenagem póstuma, a via de acesso ao Sanatório São Vicente de Paulo, passou a ser denominada de “Rua Monsenhor José Vita”, e bem assim a Escola de 1° Grau de Vila Abernéssia.

Apagara-se uma luz na terra, e começou a brilhar mais uma estrela no céu.

OBS: Parte da história do livro “História de Campos do Jordão”, Editora Santuário, Outubro de 1986, a autoria do Escritor, advogado, jornalista e historiador Pedro Paulo Filho.

 

 

 

Personalidades - Padre Vita - Homenagem - 1959


Este é o busto com a escultura da imagem do Monsenhor José Vita, que faz parte do Monumento em sua homenagem, localizado em frente ao magistral e maravilhoso prédio do Sanatório São Vicente de Paulo, popularmente conhecido como Sanatório do Padre Vita, localizado em Vila Abernéssia, em Campos do Jordão.

Em baixo dessa linda imagem esta a placa, com os seguintes dizeres: Gratidão do Sanatório São Vicente de Paulo ao seu Benemérito Fundador, Monsenhor José Vita, na passagem de seu jubileu Áureo Sacerdotal. 1919 - 20 de abril - 1959, as Irmãs e seus amigos. Um pouco sobre o Padre José Vita

O Pe. José Vita nasceu em 23 de março de 1895, em Sapucaí Mirim, antes conhecida como Santana do Paraíso, cidade mineira, e foi batizado em São Bento do Sapucaí, cidade paulista mais próxima.

Viveu sua infância na fazenda de seu pai, Donato Vita, com sua mãe, Maria Leopoldina Ferreira, e em 1909, ingressava no Seminário Menor de Pirapora, de onde se transferiu para o de Taubaté, em 20 de fevereiro de 1911.

A bênção e vestição, de batina teve lugar em 17 de fevereiro de 1915, e D. Epaminondas Nunes de Ávila e Silva conferiu-lhe as quatro Ordens Menores em 19 de setembro de 1917.

Quando esteve para morrer, por doença cardíaca, já desenganado, Dom Epaminondas conferiu-lhe a ordem do Subdiaconato em 16 de março de 1918, e, no dia seguinte, a Ordem do Diaconato.

Não morreu, porque Deus lhe reservara uma missão.

Passava as férias na fazenda de seu pai, e de lá andava a cavalo 9 quilômetros até a paróquia de São Bento do Sapucaí.

Numa dessas andanças encontrou um menino pobre que insistia em ser padre, mas não tinha recursos, ao que Pe. Vita conseguiu do Bispo Diocesano autorização para que ele não pagasse as anuidades.

Esse menino pobre teve aulas para os vestibulares do Seminário em Taubaté, e seu professor foi Plínio Salgado, o grande escritor e político católico, de São Bento do Sapucaí.

O jovem conseguiu ser aprovado e ingressou no Seminário, de onde saiu para ser o maior orador sacro brasileiro: D. Antonio de Almeida Moraes Jr.

Quem vai, pela variante do bairro Zé da Rosa, em direção a Sapucaí Mirim, em estrada de terra, depois de atravessar uma ponte de concreto, na divisa de Estado, encontrava à direita, uma tosca moradia, com os dizeres: “Aqui nasceu D. Antonio de Moraes, Arcebispo de Niterói.”

Pe. Vita foi ordenado em 20 de abril de 1919, em solenidade presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, D. Ângelo Giacinto Scapardini, uma vez que Dom Epaminondas se achava enfermo.

Sua primeira designação foi para lecionar no antigo Colégio São Miguel, em Jacareí, em 1920, e no início de 1922, foi nomeado vigário cooperador de Caçapava, dali se transferindo para Lambari, em Minas Gerais.

Em maio de 1924 sofre uma hemoptise e retorna à fazenda de seu pai, onde é recebido por sua madrasta, Angelina; recuperando-se, dirige-se a Pindamonhangaba, em casa de sua irmã, Tereza Granato, passando a prestar serviços ao pároco João José de Azevedo. Dom Epaminondas designa-o para prestar serviços em Santo Antonio do Pinhal, onde, com a ajuda do povo, construiu a Igreja Matriz.

Nessa época, as obras da E. F. Campos do Jordão já chegavam até a estação de Eugênio Lefèvre, a poucos quilômetros de Sto. Antonio do Pinhal.

Em 1926, guiado pela Providência, comprou uma casa em Vila Abernéssia, onde passou a morar com suas duas irmãs solteiras, Mariquinha e Cotinha. Aí iniciou a sua grande obra.

Em outubro de 1932 terminava a Revolução Constitucionalista.

Pe. Vita mandou construir um barracão, a que deu o nome de “Abrigo São Vicente de Paulo”, onde eram, inicialmente, internados doentes adultos, assistidos, graciosamente, pelos Drs. Adalberto Monteiro de Barros e Marco Antonio Nogueira Cardoso.

Mais tarde, Pe.Vita construiu um edifício maior, todo de madeira, destinado a crianças pobres, tuberculosas, uma vez que os doentes adultos tinham à sua disposição a rede hospitalar de Campos do Jordão.

O Sanatório Infantil começara com 17 leitos e depois passou a 30, para meninos, e igual número para meninas, atingindo a capacidade de 60 leitos. Os pedidos de internação surgiam de todos os lados.

Começou a germinar em Pe.Vita a idéia de construir um novo sanatório com capacidade para 250 crianças, o que o levou avante, com todas as suas forças. De fato, em 29 de junho de 1940, iniciou a sua construção, lançando a pedra fundamental que teve como madrinha D. Leonor Mendes de Barros, esposa do Dr. Adhemar de Barros, Interventor Federal em São Paulo.

E, de fato, concluiu-se um majestoso edifício com 3 andares, o térreo e mais 2 superiores, em imponentes linhas arquitetônicas, com todos os componentes e instalações hospitalares.

Em 13 de maio de 1946, era fundada a Associação do Sanatório S. Vicente de Paulo, com a assistência do Padre José Vita e a seguinte diretoria: Irmã Maria Letícia Bastos (presidente), Irmã Maria Filomena Rodrigues da Costa (secretária) e Irmã Maria Antonieta Augusta Arantes (tesoureira). A Entidade substituía a Associação das Damas de Caridade, de quem recebeu todo o patrimônio.

São Vicente de Paulo foi à denominação dada à obra, em homenagem ao Santo que percorria, dia e noite, os becos de Paris, recolhendo e amparando crianças recém-nascidas, rejeitadas e abandonadas por seus pais.

Pela manhã, houve a bênção e missa pontificar, oficiada por D. Francisco Borja do Amaral, Bispo Diocesano, durante a qual proferiu oração lapidar o grande tribuno sacro, D. Antonio de Almeida Moraes Jr., então pároco da Igreja Matriz de Santo Antonio, de Guaratinguetá.

As 60 crianças que ocupavam o pavilhão de madeira foram transferidas para o novo Sanatório com capacidade para 250 leitos, e durante vários anos, o ilustre médico pediatra, Dr. José Carlos da Silveira, assessorado pela Dra. Maria das Dores Alves Gonçalves, ali prestou serviços.

Atuou em seguida, como diretor-clínico, o Dr. Nathanael Silva, um dos maiores pediatras de São Paulo, e atualmente o Dr. Franklin Alckmin Bueno Maia. Dez anos depois, Pe. Vita equipava o Sanatório com sala de cirurgia e todo o arsenal especializado.

No dia 7 de setembro de 1954, foi agraciado por decreto do Papa Pio XII, com o honroso título de Monsenhor Camareiro Secreto de S. Santidade, presente o Governador Lucas Garcez, e em 30 de abril de 1959, com o título de Cidadão Honorário de Campos do Jordão.

Faleceu em Campos do Jordão, no dia 13 de dezembro de 1972, às 23:45 horas, assistido por suas Irmãs, chefiadas por Odete Freire e pelos seus médicos e amigos, Drs. Franklin A. Bueno Maia e Alfonso Chung Zumaeta.

Em sua homenagem póstuma, a via de acesso ao Sanatório São Vicente de Paulo, passou a ser denominada de “Rua Monsenhor José Vita”, e bem assim a Escola de 1° Grau de Vila Abernéssia.

Apagara-se uma luz na terra, e começou a brilhar mais uma estrela no céu.

OBS: Parte da história do livro “História de Campos do Jordão”, Editora Santuário, Outubro de 1986, a autoria do Escritor, advogado, jornalista e historiador Pedro Paulo Filho.

 

 

 

Personalidades - Padre Vita - Praça em Homenagem


Este é outro busto com a escultura da imagem do Monsenhor José Vita, do Monumento em sua homenagem, localizado na praça que tem o seu nome - Praça Monsenhor José Vita, localizada em Vila Abernéssia, em frente à Agência do Banco Santader, anteriormente Banco do Estado de São Paulo - BANESPA, proximidades do Fórum Embaixador José Carlos de Macedo Soares.

Essa imagem foi esculpida em barro e depois queimada em forno próprio que a transformou em um tipo de cerâmica. A autoria desse trabalho é do Hildo, antigo funcionário da Estrada de Ferro Campos do Jordão, que, também, juntamente com seu pai, são os responsáveis pelas imagens das figuras do saudoso e grande escritor Monteiro Lobato, que estão expostas no Bairro do Piracuama, no parque “Reino das Águas Claras”, da Estrada de Ferro Campos do Jordão.

Um pouco sobre o Padre José Vita

O Pe. José Vita nasceu em 23 de março de 1895, em Sapucaí Mirim, antes conhecida como Santana do Paraíso, cidade mineira, e foi batizado em São Bento do Sapucaí, cidade paulista mais próxima.

Viveu sua infância na fazenda de seu pai, Donato Vita, com sua mãe, Maria Leopoldina Ferreira, e em 1909, ingressava no Seminário Menor de Pirapora, de onde se transferiu para o de Taubaté, em 20 de fevereiro de 1911.

A bênção e vestição, de batina teve lugar em 17 de fevereiro de 1915, e D. Epaminondas Nunes de Ávila e Silva conferiu-lhe as quatro Ordens Menores em 19 de setembro de 1917.

Quando esteve para morrer, por doença cardíaca, já desenganado, Dom Epaminondas conferiu-lhe a ordem do Subdiaconato em 16 de março de 1918, e, no dia seguinte, a Ordem do Diaconato.

Não morreu, porque Deus lhe reservara uma missão.

Passava as férias na fazenda de seu pai, e de lá andava a cavalo 9 quilômetros até a paróquia de São Bento do Sapucaí.

Numa dessas andanças encontrou um menino pobre que insistia em ser padre, mas não tinha recursos, ao que Pe. Vita conseguiu do Bispo Diocesano autorização para que ele não pagasse as anuidades.

Esse menino pobre teve aulas para os vestibulares do Seminário em Taubaté, e seu professor foi Plínio Salgado, o grande escritor e político católico, de São Bento do Sapucaí.

O jovem conseguiu ser aprovado e ingressou no Seminário, de onde saiu para ser o maior orador sacro brasileiro: D. Antonio de Almeida Moraes Jr.

Quem vai, pela variante do bairro Zé da Rosa, em direção a Sapucaí Mirim, em estrada de terra, depois de atravessar uma ponte de concreto, na divisa de Estado, encontrava à direita, uma tosca moradia, com os dizeres: “Aqui nasceu D. Antonio de Moraes, Arcebispo de Niterói.”

Pe. Vita foi ordenado em 20 de abril de 1919, em solenidade presidida pelo Núncio Apostólico no Brasil, D. Ângelo Giacinto Scapardini, uma vez que Dom Epaminondas se achava enfermo.

Sua primeira designação foi para lecionar no antigo Colégio São Miguel, em Jacareí, em 1920, e no início de 1922, foi nomeado vigário cooperador de Caçapava, dali se transferindo para Lambari, em Minas Gerais.

Em maio de 1924 sofre uma hemoptise e retorna à fazenda de seu pai, onde é recebido por sua madrasta, Angelina; recuperando-se, dirige-se a Pindamonhangaba, em casa de sua irmã, Tereza Granato, passando a prestar serviços ao pároco João José de Azevedo. Dom Epaminondas designa-o para prestar serviços em Santo Antonio do Pinhal, onde, com a ajuda do povo, construiu a Igreja Matriz.

Nessa época, as obras da E. F. Campos do Jordão já chegavam até a estação de Eugênio Lefèvre, a poucos quilômetros de Sto. Antonio do Pinhal.

Em 1926, guiado pela Providência, comprou uma casa em Vila Abernéssia, onde passou a morar com suas duas irmãs solteiras, Mariquinha e Cotinha. Aí iniciou a sua grande obra.

Em outubro de 1932 terminava a Revolução Constitucionalista.

Pe. Vita mandou construir um barracão, a que deu o nome de “Abrigo São Vicente de Paulo”, onde eram, inicialmente, internados doentes adultos, assistidos, graciosamente, pelos Drs. Adalberto Monteiro de Barros e Marco Antonio Nogueira Cardoso.

Mais tarde, Pe.Vita construiu um edifício maior, todo de madeira, destinado a crianças pobres, tuberculosas, uma vez que os doentes adultos tinham à sua disposição a rede hospitalar de Campos do Jordão.

O Sanatório Infantil começara com 17 leitos e depois passou a 30, para meninos, e igual número para meninas, atingindo a capacidade de 60 leitos. Os pedidos de internação surgiam de todos os lados.

Começou a germinar em Pe.Vita a idéia de construir um novo sanatório com capacidade para 250 crianças, o que o levou avante, com todas as suas forças. De fato, em 29 de junho de 1940, iniciou a sua construção, lançando a pedra fundamental que teve como madrinha D. Leonor Mendes de Barros, esposa do Dr. Adhemar de Barros, Interventor Federal em São Paulo.

E, de fato, concluiu-se um majestoso edifício com 3 andares, o térreo e mais 2 superiores, em imponentes linhas arquitetônicas, com todos os componentes e instalações hospitalares.

Em 13 de maio de 1946, era fundada a Associação do Sanatório S. Vicente de Paulo, com a assistência do Padre José Vita e a seguinte diretoria: Irmã Maria Letícia Bastos (presidente), Irmã Maria Filomena Rodrigues da Costa (secretária) e Irmã Maria Antonieta Augusta Arantes (tesoureira). A Entidade substituía a Associação das Damas de Caridade, de quem recebeu todo o patrimônio.

São Vicente de Paulo foi à denominação dada à obra, em homenagem ao Santo que percorria, dia e noite, os becos de Paris, recolhendo e amparando crianças recém-nascidas, rejeitadas e abandonadas por seus pais.

Pela manhã, houve a bênção e missa pontificar, oficiada por D. Francisco Borja do Amaral, Bispo Diocesano, durante a qual proferiu oração lapidar o grande tribuno sacro, D. Antonio de Almeida Moraes Jr., então pároco da Igreja Matriz de Santo Antonio, de Guaratinguetá.

As 60 crianças que ocupavam o pavilhão de madeira foram transferidas para o novo Sanatório com capacidade para 250 leitos, e durante vários anos, o ilustre médico pediatra, Dr. José Carlos da Silveira, assessorado pela Dra. Maria das Dores Alves Gonçalves, ali prestou serviços.

Atuou em seguida, como diretor-clínico, o Dr. Nathanael Silva, um dos maiores pediatras de São Paulo, e atualmente o Dr. Franklin Alckmin Bueno Maia. Dez anos depois, Pe. Vita equipava o Sanatório com sala de cirurgia e todo o arsenal especializado.

No dia 7 de setembro de 1954, foi agraciado por decreto do Papa Pio XII, com o honroso título de Monsenhor Camareiro Secreto de S. Santidade, presente o Governador Lucas Garcez, e em 30 de abril de 1959, com o título de Cidadão Honorário de Campos do Jordão.

Faleceu em Campos do Jordão, no dia 13 de dezembro de 1972, às 23:45 horas, assistido por suas Irmãs, chefiadas por Odete Freire e pelos seus médicos e amigos, Drs. Franklin A. Bueno Maia e Alfonso Chung Zumaeta.

Em sua homenagem póstuma, a via de acesso ao Sanatório São Vicente de Paulo, passou a ser denominada de “Rua Monsenhor José Vita”, e bem assim a Escola de 1° Grau de Vila Abernéssia.

Apagara-se uma luz na terra, e começou a brilhar mais uma estrela no céu.

OBS: Parte da história do livro “História de Campos do Jordão”, Editora Santuário, Outubro de 1986, a autoria do Escritor, advogado, jornalista e historiador Pedro Paulo Filho.

 

 

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