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História resumida de Campos do Jordão

 
O CLIMA DE CAMPOS DO JORDÃO FRENTE À TUBERCULOSE 

Estudos sobre o CLIMA FAVORÁVEL de Campos do Jordão - Realizados pelo Dr. Clemente Miguel da Cunha Ferreira - Médico Sanitarista e Tisiologista de projeção internacional – 27/09/1857 / 06/08/1947 – (90 anos). Reconhecido pioneiro no combate TB no Brasil – 1899 fundou a Associação Paulista de Sanatórios Populares para Tuberculose. DR. CLEMENTE MIGUEL DA CUNHA FERREIRA RJ.29/09/1857 – 06/08/1947)

 Como Grande Médico Sanitarista e tisiologista de fama internacional, foi companheiro dos Drs. Emílio Ribas e Victor Godinho. O Dr, Emílio Ribas que era o Diretor do Serviço Sanitário de SP., por laços de amizade e profissionalismo, convidou o Dr. Clemente Ferreira para dirigir Serviço de Proteção à primeira infância. Os Drs. Emílio Ribas e Victor Godinho, com a forte influência dos estudos do Dr. Clemente Ferreira na idéia do uso do clima de Campos do Jordão para a cura da tuberculose, idealizaram a construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão.

A Estrada de Ferro Campos do Jordão e a tuberculose

Antes da Ferrovia, não existia estrada, somente caminhos e picadas através da paredões íngremes da Serra da Mantiqueira. Desde o ano de 1886, José Ignácio dos Santos Bicudo, o Bicudinho, trabalhava com aluguel de troles, cavalos e mulas selados, bestas de bagagem, liteiras e pousadas, tudo para facilitar o acesso dos doentes acometidos da tuberculose até os Campos do Jordão.

O transporte em Liteiras - Espécie de cadeirinha coberta, sustentada por dois longos varais, e conduzida por duas bestas ou dois homens, um à frente e outro atrás. Somente para os mais abastados financeiramente. Os demais faziam as viagens à pé, em lombos de cavalos ou burros.

Carregadores de corpos - Para transportar os doentes que faleciam em busca da tentativa da cura para a tuberculose, entre Campos do Jordão e Pindamonhangaba, para que pudessem ser transportados para suas cidades de origem através da Estrada de Ferro Central do Brasil, eram utilizados dois homens fortes, segurando um varal de madeira com uma rede pendurada com o cadáver do doente morto. Normalmente eram quatro homens fortes. Enquanto dois carregavam o varal com a rede e o cadáver os outros dois iam acompanhando para, periodicamente, substituir os dois carregadores.

OS IDEALIZADORES DA CONSTRUÇÃO DE FERROVIA

 Dr. Emílio Marcondes Ribas – Médico higienista e sanitarista, nascido em Pindamonhangaba-SP. 11 de abril de 1862 / 19 de fevereiro de 1925 - 63 anos de idade.

 Dr. Victor Godinho – Médico Sanitarista, nascido no Rio de Janeiro - RJ. 26 de dezembro de 1862 / 26 de setembro de 1922 - 59 anos de idade.

EVOLUÇÃO DA IDÉIA

 1908 – Concessão - construção estrada de ferro ligando Pindamonhangaba a Campos do Jordão.
 25 de maio de 1912 – Constituição da Sociedade Anônima Estrada de Ferro Campos do Jordão.
 27 de abril de 1912 – Cravamento da primeira estaca construção da EFCJ.
 18 de julho de 1912 – A Sociedade contrata os serviços do Empreiteiro Sebastião de Oliveira Damas.
 Dia 1º de outubro de 1912 – Conclusão dos estudos - locação do traçado - início dos serviços de construção da ferrovia.

A CONSTRUÇÃO DA FERROVIA

 Os Trabalhos Técnicos da Construção da Ferrovia ficaram sob a responsabilidade do Engenheiro Antonio Prudente de Moraes, assistido pelos Engenheiros, José Antonio Salgado e Guilherme Winter.

 Operários - Trabalho hercúleo dos operários que construíram a ferrovia com saga, suor, determinação e coragem, totalmente com trabalhos manuais usando enxadas, enxadões, pás, picaretas, carroças e ferramentas manuais. Na época não existiam máquinas e ferramentas movidas a gasolina, diesel ou eletricidade. 

O GRANDE EMPREITREIRO RESPONSÁVEL PELA CONSTRUÇÃO DA FERROVIA - SEBASTIÃO DE OLIVEIRA DAMAS

A ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO : 

 EXTENSÃO - 46 quilômetros.

 DATA DA CONSTRUÇÃO - entre 01/10/1912 e 15/11/1914 (dois anos e 45 dias);

 Operários - Aproximadamente trezentos (300); 

 Finalidade: ligar Pindamonhangaba a Campos do Jordão, no Estado de São Paulo. Uma escalada para a vida. Busca da cura para a tuberculose, o mal do século XX; 

 Apesar das dificuldades e perigos (Rio Paraíba, animais peçonhentos, jacarés, frio, Serra íngreme e acidentada) não há registro de mortes.


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