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Fotografias Semanais que contam a
 história de Campos do Jordão.

de 16/08 a 22/08/2013

 

 

Escolas - Desfile CEENE - 07/09/1959


Foto do desfile cívico do dia 07 de setembro de 1959, comemorativo da Independência do Brasil, proclamada no dia 07 de setembro de 1822. Na oportunidade o desfile passava pela pista da direita da Av. Dr. Januário Miráglia, proximidades da antiga Estação de Vila Abernéssia, da Estrada de Ferro Campos do Jordão, no sentido Capivari/Abernéssia.

À esquerda a antiga casa onde, na década de 1950, esteve sediado o Cartório do Registro Civil, na época, tendo como Oficial o Sr. Sebastião Pinto. Nesse local, posteriormente, por várias décadas, em novo prédio, construído pelo construtor Floriano Rodrigues Pinheiro, esteve estabelecido o famoso Banco Mercantil de São Paulo de propriedade do Dr. Gastão Vidigal. Atualmente, neste prédio, está sediada unidade das Casas Bahia, de propriedade do Sr. Samuel Klein. Na seqüência, um pouco acima, a casa onde este sediado o Escritório da “Construtora Pinheiro” de propriedade do saudoso Floriano Rodrigues Pinheiro e do se filho Jayme Rocha Pinheiro. Embora não apareça no foto, um pouco mais acima, a casa onde, na década de 1950, esteve estabelecido o “Cartório do Registro de Imóveis”, tendo como Oficial o saudoso Sr. Délio Rangel Pestana. Atualmente, nesse local está sediado o Escritório da “Construtora Damas Cintra”, do amigo e grande arquiteto José Roberto Damas Cintra.

À direita, o prédio pertencente ao Sr. William Wolfgang Hering, construído no local onde, no passado, durante as décadas de 1920 a 1940, esteve sediado o antigo, tradicional e famoso "Chynema Jandyra", ou seja, Cinema Jandyra, construído por Desiré Pasquier, em terreno doado pelo benemérito Dr. Robert John Reid, fundador da Vila Abernéssia. Esse Cinema foi palco de grandiosos espetáculos cinematográficos, teatrais e carnavalescos nas décadas de 1920 a 1940. A doação do terreno para a construção do Cinema foi condicionada à exigência de que o mesmo fosse denominado "Chynema Jandyra", nome da filha mais velha do Dr. Robert John Reid.

No desfile, alunos dos cursos ginasial, normal e científico do Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão - CEENE.

Na frente, da esquerda para a direita, as lindas normalistas, alunas do curso normal: Maria Helena Petersen Barreto, Maria Neves de Miranda, Dalila Pereira da Matta, Elizabeth Rocha Pinheiro, Maria de Nazareth Pereira e Marlene Carvalho.

Na fileira de trás, grupo de alunas portando bambolês (Aro de plástico ou de metal, de cerca de 1m de diâmetro), na oportunidade, utilizados para abrilhantar o desfile. Só é possível visualizar a linda Oliete de Figueiredo.

 

 

 

Famílias - Família Abrantes


Foto da década de 1960 mostrando três irmãos da laboriosa e importante Família Abrantes, caminhando alegremente na atual Av. Eduardo Moreira da Cruz, proximidades da casa onde residiram por quase toda vida, situada nas proximidades da Igreja de Nossa Senhora da Saúde, em Vila Jaguaribe.

Na foto, da esquerda para a direita: Adolpho Gonçalves Abrantes, Áurea Gonçalves Abrantes e José Ireu Gonçalves Abrantes.

 

 

 

Famílias - Família Abrantes


A Foto da década de 1940 mostra à esquerda o Sr. Antonio Abrantes, ao centro sua esposa e à direita o Sr. Álvaro Abrantes.

A Família Abrantes foi uma das pioneiras que vieram para Campos do Jordão no início da década de 1920. Os irmãos Abrantes muito contribuíram para o progresso de Campos do Jordão. Exímios carpinteiros e marceneiros foram responsáveis pela construção de inúmeras casas e prédios da cidade. Fixaram residência em Vila Jaguaribe, na atual Av. Eduardo Moreira da Cruz e ali residiram por toda vida. Pertenceram, com grande dedicação e muito trabalho, do Centro Espírita Fé Esperança e Caridade, ainda existente, localizado na antiga Rua Paraíso, atual Rua Felício Raimundo, entre as Vilas Jaguaribe e Abernéssia. Nessa época, foram também, grandes benfeitores e muito ajudaram aos necessitados, distribuindo gêneros alimentícios, roupas, brinquedos e cobertores, especialmente, durante as festividades comemorativas do chamado “Natal dos Pobres”, realizado, por inúmeras décadas, organizado pelos componentes do mencionado Centro Espírita, localizado na conhecida Volta Fria.

 

 

 

Históricas - Círculo Operário - 1960


Na década de 1960, uma reunião especial realizada na sede do saudoso Círculo Operário de Campos do Jordão, localizado na Vila Guarani, ao lado da Vila Jaguaribe, em Campos do Jordão.

Na época, o Círculo Operário era presidido pelo dinâmico Danilo Delácio, pessoa que foi muito importante e muito trabalhou para a construção da sede própria do Círculo Operário.

Na foto, da esquerda para a direita: Vereador Joaquim Corrêa Cintra, o médico e prefeito municipal Dr. José Antonio Padovan (01/01/1959 a 31/12/1962), vereador Sebastião Alves Rodrigues, o conhecido Sebastião do Sindicato, o presidente Danilo Delácio e a menina Virgínia, filha do Dr. José Antonio Padovan.

 

 

 

Famílias - Família Barbosa Lima


Foto da década de 1960 mostrando, parte da Família Barbosa Lima.

Da esquerda para a direita: ao centro, o Dr. Raul Barbosa Lima, grande, importante e conceituado advogado que militou nas lides forenses de Campos do Jordão, durante várias décadas. Nas décadas de 1930 a 1950 mantinha seu Escritório de Advocacia, numa das salas da parte térrea do famoso Palacete Olivetti, situado em frente à Praça da Bandeira, em Vila Abernéssia. À esquerda seu filho Rui Barbosa Lima e à direita sua filha Silvia Barbosa Lima.

OBS: Foto gentilmente cedida pelo amigo José Luiz Esteves.

 

 

 

E.F.C.J. - Bondinho a gasolina - 1960


Foto importante e histórica mostrando, no topo do Morro do Elefante, a primeira automotriz movida à gasolina, da Estrada de Ferro Campos do Jordão, a subir a Serra da Mantiqueira no ano de 1917. Essa automotriz foi construída com motor de 22 HPs, de potência, fabricado pela Mercedes Benz.

Durante vários anos, na década de 1960, essa automotriz histórica, ficou exposta no topo do Morro do Elefante encantando admiradores, porém, infelizmente, foi muito danificada pela ação de outras pessoas inescrupulosas.

Posteriormente essa automotriz foi retirada desse local e recolhida à garagem e oficinas da Estrada de Ferro Campos do Jordão, sediada na cidade de Pindamonhangaba e foi totalmente recuperada, inclusive, seu motor foi restaurado pela própria Mercedes Benz. Continua guardada nessa garagem da ferrovia e aguarda a criação do Museu Ferroviário que, com certeza, deverá ser montado nas dependências anexas da Estação Emílio Ribas de Vila Capivari, para onde, juntamente com outras relíquias pertencentes à ferrovia, deverá ser transferida e exposta à visitação pública.

 

 

 

E.F.C.J. - Bela automotriz da EFCJ


Bela foto da década de 1960 mostrando uma das belas automotrizes da Estrada de Ferro Campos do Jordão que faziam, diariamente e regularmente, viagens no percurso entre Campos do Jordão e Pindamonhangaba e vice-versa.

Essa automotriz, talvez a identificada como A-2, na época, totalmente reformada pelos grandes e magníficos profissionais que, durante muitos anos, foram verdadeiros artesãos das oficinas da ferrovia, localizada na cidade de Pindamonhangaba, enquanto fazia manobras no antigo viradouro localizado ao lado da Estação Emílio Ribas, em Vila Capivari.

 

 

 

Personalidades - Dr. Reid


- Foto do Dr. Robert John Reid, do final da década de 1920, com certeza, tirada em sua Chácara denominada Vila Abernéssia, localizada na atual Vila Britânia, com seus grandes companheiros e amigos, um gato e um cachorro.

OBS: Foto gentilmente cedida pela sua neta, a amiga Elizabeth Hering, a conhecida Beth Hering, filha da famosa Jandyra, a filha do Dr. Reid que teve seu nome identificando o primeiro Cinema de Campos do Jordão, o antigo, tradicional e famoso "Chynema Jandyra", ou seja, Cinema Jandyra, construído por Desiré Pasquier, em terreno doado pelo benemérito Dr. Robert John Reid, fundador da Vila Abernéssia. Esse Cinema foi palco de grandiosos espetáculos cinematográficos, teatrais e carnavalescos nas décadas de 1920 a 1940. A doação do terreno para a construção do Cinema foi condicionada à exigência de que o mesmo fosse denominado "Chynema Jandyra", nome da filha mais velha do Dr. Robert John Reid.

ROBERT JOHN REID (22/12/1868 Aberdeen/Escócia - 26/11/1937 Campos do Jordão-SP.) era um engenheiro muito próspero, formado pela Universidade de Oxford, Inglaterra, nascido na longínqua Aberdeen, Condado de Inverness, na Escócia. Veio para o Brasil em 1896 e para Campos do Jordão em 1907 e aqui ficou morando nas primeiras décadas do século vinte, contratado para elaborar serviços de topografia visando à demarcação e à divisão judicial da imensa Fazenda Natal, nas terras da Mantiqueira que, na realidade, era constituída pela grande maioria das terras que formavam o Município dos Campos do Jordão. Após a conclusão de seus serviços em 1908, na impossibilidade de receber em dinheiro o valor referente a eles, acabou recebendo da Société Commérciale et Financièré Franco Brésilenne, como pagamento, boa quantidade de terras em Campos do Jordão.

Reid, como era comumente chamado (a pronúncia correta é RRID ou REED e não Reidi), primeiramente residiu na Vila Nova como era conhecida a vila existente na entrada de Campos do Jordão, numa antiga casa que já havia sido uma Casa de Saúde de propriedade de Plínio de Godoy e João Marcondes Romeiro, situada nos altos da atual Vila Suíça, antiga moradia de Ignácio Caetano Vieira de Carvalho, nas proximidades da atual Escola “Dr. Tancredo de Almeida Neves”. Posteriormente, residiu durante muitos anos em sua Chácara situada na atual Vila Britânia, em seu famoso sobrado que tinha o nome de Vila Abernéssia. Anos mais tarde esse sobrado abrigou, por várias décadas, famoso e saudoso Conventinho dos Padres Franciscanos, demolido na década de 1970.

Em 1915, fundou em suas terras a Vila Nova. Consta do Livro ”História de Campos do Jordão”, da autoria de Pedro Paulo Filho – Editora Santuário – 1986, Página 164, “Muitos outros ajudaram a fundar Vila Nova, e Octávio Bittencourt anotou a figura de Joaquim Ferreira da Rocha, que chegou com a Ferrovia e construiu a primeira casa em Vila Abernéssia, logo na entrada da Vila (Atual ASSISO)”. Também consta do livro – “Estações Climatéricas de São Paulo”, página 46, da autoria do Dr. Belfort de Mattos Filho, ano 1928 que a Vila foi formada em 1915 pelos Srs. Dr. Robert John Reid, João Rodrigues da Silva (o conhecido João Maquinista) e Joaquim Ferreira da Rocha. Quando Robert John Reid doou um terreno para a construção da primeira estação da Estrada de Ferro Campos do Jordão, sugeriu que fosse denominada Abernéssia, mesmo nome da sua Chácara (antigo Conventinho da atual Vila Britânia). Posteriormente, com o consentimento geral, a vila fundada por Reid e outros foi por ele batizada com o nome de Vila Abernéssia. Esse nome foi construído artesanalmente por Robert John Reid usando os nomes ABERDEEN, INVERNESS e ESCÓCIA. (ABERDEEN, do Condado de Aberdeenshire é a cidade da Escócia no Reino Unido onde nascera). É importante porto do Mar do Norte, com cerca de 216.000 habitantes (2008). É conhecida como a "cidade do granito" por haver muitos edifícios construídos à base dessa matéria-prima. É banhada pelo Mar do Norte e fica situada na foz dos rios Dee e Don. INVERNESS, também na Escócia, onde seu pai havia nascido. (Inverness é a maior cidade do Norte da Escócia e capital das terras altas, conhecidas como Highlands, local de muitas lendas e tradições. É uma cidade pequena e tranqüila, cortada pelo rio Ness). Retirou a primeira sílaba do nome da primeira ABER e a esta anexou a última sílaba do nome da segunda, NESS o que resultou em ABERNESS. Antes de concluir seu trabalho, acabou por acrescer o pequeno sufixo IA da Escócia, sua terra natal. Concluindo, denominou a nova vila ou Vila Nova, como muitos a chamaram durante vários anos, de Vila ABERNÉSSIA (ABER + NESS + IA).

Posteriormente, já radicado em Campos do Jordão, Mr. Reid e Alfredo Jordão Junior tomaram a iniciativa da construção de uma usina hidrelétrica, cujas obras ficaram a cargo do construtor Floriano Rodrigues Pinheiro. A usina foi inaugurada em 15 de agosto de 1919, com a denominação de “Evangelina Faria Jordão”, em homenagem à esposa de Alfredo Jordão Jr. Essa usina, posteriormente, passou a ser conhecida como Usina Velha de Abernéssia ou Usina de Baixo. Em 1921, Reid criou a Empresa Elétrica de Campos do Jordão que, a partir de 1928, passou a ser denominada Companhia de Eletricidade de Campos do Jordão, e foi a responsável pela construção, por volta de 1930, da Usina do Fojo, nas proximidades da Lagoinha. Essas duas pequenas hidrelétricas abasteceram a cidade com energia elétrica por muitos anos.

Robert Reid acabou adquirindo uma quantidade enorme de terras em Campos do Jordão e doou inúmeras áreas situadas na sua Vila Abernéssia ao Poder Público da Cidade, onde hoje se encontram alguns edifícios públicos.

Na Vila Abernéssia estão sediados os Bancos, as Repartições Públicas, o Fórum, o Mercado Municipal, os maiores Estabelecimentos de Ensino, o Ginásio Esportivo e a maior parte do Comércio da Cidade.

Edmundo Ferreira da Rocha - 13 de agosto de 2013

 

 

 

Históricas - Vila Jaguaribe - 1950


Foto da Vila Jaguaribe da década de 1950, mostrando no primeiro plano, o telhado da residência do Sr. Avelino Gonçalves da Silva e a Estaçãozinha da Vila Jaguaribe, da Estrada de Ferro Campos do Jordão.

Na seqüência, quase no meio da foto, as casas existentes na Rua Orivaldo Cardoso, no acesso da Companhia Industrial e Comercial de Campos do Jordão, a famosa INCOS, grande revendedora de materiais para construções, durante várias décadas.

Um pouco mais acima, à direita, o prédio do Grupo Escolar Dr. Domingos Jaguaribe e, mais à esquerda, o prédio da antiga Pensão Pinheiro e a Igreja de Nossa Senhora da Saúde.

 

 

 

Famílias - Famílias Abrantes e Klabunde


Foto da década de 1950, mostrando membros das Famílias Abrantes e Klabunde, pioneiras de Campos do Jordão e que sempre residiram em Vila Jaguaribe, nas proximidades da Igreja de Nossa Senhora da Saúde, na antiga Av. Imbiri, atualmente, Av. Eduardo Moreira da Cruz.

Na foto, sentados, da esquerda para a direita:Sr. Álvaro Abrantes e sua esposa D. Aurora Gonçalves Abrantes, o Sr. Antonio Abrantes e a esposa e o Sr. Daniel Klabunde.

Em pé, na mesma ordem: o menino Adolpho Gonçalves Abrantes, Ivone Gonçalves Abrantes, Celeste Gonçalves Abrantes, Iracema Gonçalves Abrantes, José Klabunde, Áurea Gonçalves Abrantes e o menino José Ireu Gonçalves Abrantes.

OBS: Foto gentilmente cedida pela amiga Celeste Gonçalves Abrantes.

 

 

 

Históricas - Posto Texaco - 1970


Foto da década de 1970 mostrando o saudoso, famoso e tradicional Posto Texaco de combustíveis, situado na Av. Dr. Januário Miráglia, atual trecho da Av. Frei Orestes Girardi, inicialmente de propriedade da INCOS - Companhia Industrial e Comercial de Campos do Jordão, distribuidora de materiais para construções. Posteriormente, assumiu a propriedade desse Posto, o Sr. Durval Marques Rosa e, em seguida, Esther Rocha Pinheiro e o irmão Juvenal Rocha Pinheiro, o conhecido Daval.

Esse Posto Texaco ficava entre a Loja da Incos de Vila Abernéssia e o tradicional Pensionato Maria Auxiliadora. Durante mais de quarenta anos trabalhou com a bandeira da Texaco. O Posto ainda existe e, há cinco anos, está com novos proprietários e com a Bandeira Ipiranga.

 

 

 

Históricas - Perais e pereiras


Esta é uma foto comum dos Campos do Jordão, das décadas de 1930 até início da década de 1970, mostrando um dos inúmeros perais cultivados cuidadosamente pelos antigos moradores, com as pereiras completamente floridas na época da primavera ou da florada na serra. Campos do Jordão foi o Paraíso das Pêras.

Nesse período, a produção de pêras em Campos do Jordão era muito grande. Perdia-se grandes quantidades de pêras no chão dos perais. Alguns colhiam as pêras para comercializar, enviando para os grandes centros de São Paulo e Rio de Janeiro. Outros colhiam as pêras que caiam ao chão, para utilizar na alimentação de porcos. Nas décadas de 1940 e 1950 a Fazenda Belfruta pertencente aos Srs. Paulo Bockmann e Adhemar de Barros, além do famoso destilado feito da maçã, o requintado “calvados”, com o nome de Calvila, chegou a produzir especial destilado feito de pêras o “poire” e até um destilado misto feito de maçãs e pêras.

Atualmente, esta é uma foto altamente histórica. Os magníficos e maravilhosos perais, não existem mais. Nos locais desses perais foram construídos prédios diversos de lojas comerciais e apartamentos residenciais. Também, houve um desânimo muito grande para a continuidade e manutenção desses perais. A partir das décadas de 1960 até 1980 houve grande interesse em reflorestamentos, utilizando-se espécies de árvores de rápido crescimento e produção de madeira para diversas finalidades, na indústria da celulose para papel, na fabricação de caixaria, móveis rústicos, artesanato, etc.. Foram utilizadas espécies de pinheiros alienígenas, os chamados “pinus”, dos tipos: elliotis, pátula e outros. Esses “pinus” tomaram conta de grandes áreas de Campos do Jordão. A partir dessa época, as pereiras e outras espécies frutíferas cultivadas em Campos do Jordão, começaram a apresentar sérios problemas com os frutos. Com as pereiras o resultado foi trágico. Os frutos, desde pequeninos, eram atacados por um fungo que os deixava com enormes manchas pretas, prejudicando seu crescimento e, consequentemente, seu visual e textura e a sua comercialização. Segundo estudiosos do assunto, essas manchas pretas aconteciam em decorrência de ataques provenientes do pólen produzido por essas espécies de “pinus”, por ocasião das brotas e produção das pequenas pinhas geradoras de sementes. Com certeza, esse foi um dos principais motivos que, também, influíram e levaram os antigos produtores a desistir da plantação das pereiras.

Depois que esses grandes reflorestamentos que, na realidade, não foram vantajosos técnica e comercialmente, foram, aos poucos, sendo cortados, deixando de ter continuidade, o problema da mancha preta das pêras especialmente, foi acabando. Alguns saudosistas como eu, nos terrenos de nossas casas, ainda, cultivamos algumas poucas pereiras. No terreno da minha casa tenho duas pereiras. Felizmente, há vários anos, estou sendo premiado com lindas floradas e com uma produção de maravilhosas pêras que alimentam a saudade das pêras de antigamente, nos dão grande prazer em degustá-las uma a uma. Em alguns anos a produção é até muito generosa, chegando sobrar pêras para presentear alguns amigos que já não têm esse privilégio de produzi-las em suas propriedades.

A foto mostra parte do grande peral que existia desde proximidades do nosso saudoso Cine Glória, atual Espaço Cultural Dr. Além, até a esquina entre o final da Rua Brigadeiro Jordão e Av. Dr. Januário Miráglia, proximidades do prédio conhecido como “Dolomiti”. O morro que aparece ao fundo da foto, onde esteve instalada, por diversas décadas, entre 1940 e 1980, a antena de Rádio Emissora de Campos do Jordão - ZYL-6, a mais alta do Brasil, é o existente atrás do nosso Ginásio Esportivo “Armando Ladeira”.

Muitos pioneiros de Campos do Jordão dedicaram-se à plantação e cultivo das pêras de diversas espécies e, também, das maçãs. Dentre muitos, podemos destacar: a família dos Fracalanzas, em sua Chácara Fracalanza, situada na entrada de Vila Abernéssia, família de Joaquim Ferreira da Rocha, família de Paulo Dubieux, a família de Julio Domingues Pereira, a família de Paulo Bockmann, na Fazenda Belfruta, a família de Alexandre Sirin, a família de Álvaro Abrantes, a família Gabus Mendes e a família Reis da Cunha.

 

 

 

Históricas - Santa Casa - construção 1940


Esta foto mostra o prédio da Santa Casa de Misericórdia de Campos do Jordão na década de 1940, quase no final da construção.

O Dr. Adhemar de Barros juntamente com sua esposa Dona Leonor Mendes de Barros foram grandes responsáveis pela criação da nossa Santa Casa de Misericórdia de Campos do Jordão; participaram do lançamento da sua pedra fundamental em 29 de julho de 1939 e, depois, da sua reconstrução, em 24 de junho de 1948, já que um incêndio havia destruído parcialmente o prédio. Posteriormente a Santa Casa passou a se chamar, com muito mérito, “Hospital Dr. Adhemar de Barros”. Infelizmente, o referido hospital foi fechado em 2005, por diversos problemas, especialmente financeiros, porém sem apoio necessário das diversas autoridades governamentais. Infelizmente atualmente, praticamente abandonado.

 

 

 

Pessoas - Reunião de amigos - 1960


Foto de reunião de amigos na década de 1960.

Da esquerda para a direita: Luiz Ferreira, o Luiz Pipoca, Luiz Mazaia, Sebastião Lopes, o conhecido Tião Barbeiro; Jorge Gomes Ain, o Jorge Atala, Sebastião de Oliveira Pinelli, o Tião Pinelli, grande comerciante da cidade, o mais famoso fornecedor que queijos de diversas qualidades, em seu Armazém Triângulo, do Mercado Municipal; Norberto Antonio Pagotto, o Boi; Alberto de Oliveira Pires, o Alberto da “Tupi Recauchutadora de Pneus”, filho do saudoso Sr. Alberto de Oliveira Pires, dono da primeira Empresa de Ônibus Viação São Paulo/Campos do Jordão, também, o primeiro a cultivar oliveiras e a produzir em Campos do Jordão, o primeiro azeite de oliva brasileiro, nas décadas de 1940 a 1960; e Luiz Benedito de Toledo, o conhecido Luiz Coelho.

OBS: Foto gentilmente cedida pelo amigo Sebastião de Oliveira Pinelli Junior

 

 

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