Fotografias Semanais que contam a
história de
Campos do Jordão.
de
31/01 a 06/02/2014
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Históricas
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Reunião Rotary Club - década 1960
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No salão do Campos do Jordão Tênis Clube de Turismo, na década de 1960, reunião festiva do Rotary Club de Campos do Jordão.
Na foto, à esquerda, do início para o fim: Dona Maria Seabra e o marido Sr. Joaquim Pinto Seabra, Sra. Ofélia, esposa do Sr. Bráulio de Almeida Ramos, não identificada, Sr, Vilma Jundi Dubieux e o marido Dr. Viriato Klabunde Dubieux.
Ao fundo: Casal não identificado.
À Direita, do início para o fim: Sr. Hanaud de Almeida Ramos e a esposa professora Mariinha Almeida Ramos, Sra. Marina Leitão Padovan e o marido Dr. Moacyr Padovan, Dona Mariinha Brisola dos Santos e o marido Sr. José Afonso dos Santos.
OBS: Foto da autoria do Sr. Joaquim Pinto Seabra, o conhecido e saudoso Sr. Seabra, gentilmente cedida por sua filha e amiga Leninha Seabra Rios.
Conheça um pouco mais sobre o Sr.
Seabra
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Pessoas
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Duas amigas
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Na foto histórica do final da década de 1950, à esquerda, a Sra. Mariquinha Trench, esposa do professor Harly Trench que, durante muitos anos, fez parte da administração da COPEL - Construções, Projetos e Engenharia Limitada, comandada pelo Dr. Marcos Wulf Siegel e pelo Engenheiro Dr. José Ariosto Barbosa de Souza. Essa empresa foi responsável pela construção de 85 obras diversas em Campos do Jordão, entre casas para turistas, prédios de apartamentos etc., num período de 14 anos.
OBS: Foto da autoria do Sr. Joaquim Pinto Seabra, o conhecido e saudoso Sr. Seabra, gentilmente cedida por sua filha e amiga Leninha Seabra Rios.
Conheça um pouco mais sobre o Sr.
Seabra
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Famílias
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Foto histórica
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Uma foto histórica do inicio da década de 1950.
Em frente à porta principal da entrada do saudoso Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão - CEENE, a Sra. Maria Seabra, esposa do Sr. Joaquim Pinto Seabra, o casal de filhos, os gêmeos Maria Tereza, a Linda e Fernando Antonio e a filha Maria da Glória Seabra, a Lita.
OBS: Foto da autoria do Sr. Joaquim Pinto Seabra, o conhecido e saudoso Sr. Seabra, gentilmente cedida por sua filha e amiga Leninha Seabra Rios.
Conheça um pouco mais sobre o Sr.
Seabra
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Pessoas
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Instantes de saudosismo
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Uma foto histórica. Acredito que, do início da década de 1940, mostrando o saudoso Dr. Joaquim Pinto Seabra, mais conhecido com Sr. Seabra, no aconchego do seu lar, em um momento muito especial, ao lado do seu importante rádio, possivelmente da marca Philco ou Telefunken. Como fazia quase diariamente, ouvia nas famosas ondas curtas, o programa “A voz de Portugal”. Ficava bons momentos ao lado do rádio, ouvindo o noticiário da saudosa terrinha e as tradicionais e melodiosas músicas portuguesas, executadas por grandes instrumentistas das famosas guitarras.
OBS: Foto da autoria do Sr. Joaquim Pinto Seabra, o conhecido e saudoso Sr. Seabra, gentilmente cedida por sua filha e amiga Leninha Seabra Rios.
Conheça um pouco mais sobre o Sr.
Seabra
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Pessoas
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Lindos gêmeos
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Foto do início da década de 1950 mostrando os gêmeos Maria Tereza, a Linda e Fernando Antonio, filhos do saudoso casal Sr. Joaquim Pinto Seabra e Sra. Maria Seabra.
OBS: Foto da autoria do Sr. Joaquim Pinto Seabra, o conhecido e saudoso Sr. Seabra, gentilmente cedida por sua filha e amiga Leninha Seabra Rios.
Conheça um pouco mais sobre o Sr.
Seabra
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Pessoas
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Aniversário - década 1950
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No início da década de 1950 uma festinha de aniversário dos gêmeos Maria Tereza, a Linda e Fernando Antonio, filhos do saudoso casal Sr. Joaquim Pinto Seabra e Sra. Maria Seabra.
Na foto, na primeira fileira, na frente: O Saudoso Fernando Antonio Conceição, o Fernandão, filho do Sr. Conceição, na época, importante funcionário da Prefeitura Municipal de Campos do Jordão, a Maria Tereza, a Linda e o irmão Fernando Antonio.
Mais atrás, da esquerda para a direita: não identificada, Cleonice, a Maria Aparecida, a Cida e a irmã, filhas do saudoso Sr. José Café, dedicado e importante funcionário do saudoso “Empório São Paulo”, de propriedade do Sr. Joaquim Pinto Seabra, valioso armazém de gêneros alimentícios diversos, na época, chamados de secos e molhados que, durante muitos anos serviu a população jordanense, especialmente os turistas que mantinham residências de férias em Vila Capivari e adjacências.
OBS: Foto da autoria do Sr. Joaquim Pinto Seabra, o conhecido e saudoso Sr. Seabra, gentilmente cedida por sua filha e amiga Leninha Seabra Rios.
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Seabra
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Escolas
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Baile de Formatura - Década 1950
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Meados da década de 1950. No saguão de entrada do famoso “Grill Room” ou Salão de Bailes do saudoso Grande Hotel de Campos do Jordão, em frente a um dos espelhos, a linda Maria da Glória Seabra, a Lita, com um belo sorriso de felicidade, em seu vestido especial, aguarda o momento do início do tradicional e esperado Baile de Formatura. Nesse dia foi realizado o Baile de Formatura das normalistas que concluíram o Curso Normal do Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão - CEENE, portanto, formando-se professoras.
OBS: Foto da autoria do Sr. Joaquim Pinto Seabra, o conhecido e saudoso Sr. Seabra, gentilmente cedida por sua filha e amiga Leninha Seabra Rios.
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Seabra
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Famílias
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Fonte Renato
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Em meados da década de 1940, uma maravilhosa e muito bem tirada fotografia histórica, da autoria do Sr. Joaquim Pinto Seabra, um grande apaixonado pela arte da fotografia.
Em uma das lindas cascatas concebidas pelo pequeno riacho, formado com límpidas águas oriundas da famosa Fonte Renato, situada nas terras de propriedade do saudoso Grande Hotel Campos do Jordão, atualmente, Grande Hotel Senac, do Serviço Nacional do Comércio, a Sra. Maria Seabra e suas lindas filhinhas. À esquerda, a Maria da Glória, a Lita e à direita, a Maria Helena, a Leninha e ao seu lado o gracioso e fiel cãozinho de estimação Mick.
O acesso para a Fonte Renato era pela Rua Roberto Jeffery que passa ao lado da Parada Damas, da Estrada de Ferro Campos do Jordão, pouco mais de quatrocentos metros depois da ponte sobre o Rio Capivari. Esse trecho após a ponte, passou a chamar-se Rua Renato Ribeiro, ficando a fonte à esquerda do final dessa Rua. As terras onde estava situada a Fonte Renato, anteriormente pertenceram ao Sr. Benigno Ribeiro que, na época, em homenagem, deu à fonte, o nome de seu filho Renato.
Até a década de 1970 era possível passear pela linda e extensa mata do Grande Hotel, admirar toda sua natureza exuberante, esse regato com suas pequenas cachoeiras e ir beber a pura e maravilhosa água da Fonte Renato.
OBS: Foto da autoria do Sr. Joaquim Pinto Seabra, o conhecido e saudoso Sr. Seabra, gentilmente cedida por sua filha e amiga Leninha Seabra Rios.
Conheça um pouco mais sobre o Sr.
Seabra
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Pessoas
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Encontro de amigos
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No início da década de 1950, na Rua Engenheiro Antonio Prudente de Morais, em frente à casa que, durante muitas décadas foi propriedade do saudoso Plínio Freire de Sá Campello, situada no início do Barro Recanto Feliz, uma reunião de amigos para uma foto histórica.
Na foto, infelizmente, só conseguimos identificar na frente e ao centro, os gêmeos Maria Tereza, a Linda e Fernando Antonio, filhos do saudoso casal Sr. Joaquim Pinto Seabra e Sra. Maria Seabra.
OBS: Foto da autoria do Sr. Joaquim Pinto Seabra, o conhecido e saudoso Sr. Seabra, gentilmente cedida por sua filha e amiga Leninha Seabra Rios.
Conheça um pouco mais sobre o Sr.
Seabra
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Históricas
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Tragédia da Vila Albertina
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Foto aérea do trágico dia 18 de agosto de 1972, mostrando a área da Vila Albertina, em Campos do Jordão, afetada pelo trágico e monstruoso deslizamento de terra negra e turfosa que esmagou grande parte do Vale, soterrando dezenas de casas, especialmente, de madeira e vários de seus moradores, impossibilitando-os de fugir pelo imprevisto e rapidez do desastre.
À esquerda da foto é possível ver a área de onde o material lamacento e turfoso explodiu praticamente e, em rápidos instantes, deslizou e soterrou grande parte do vale, destruindo casas e vários de seus moradores.
À frente da foto, o prédio do saudoso “Recanto Infantil Santa Marta”, obra assistencial que abrigava crianças carentes e órfãs.
OBS: Foto da autoria do famoso e importante Jornal “O Estado de São Paulo”.
Abaixo artigo escrito pelo jornalista, historiador e advogado Pedro Paulo Filho, algum tempo após o trágico deslizamento.
A TRAGÉDIA DA VILA ALBERTINA, NUNCA MAIS!
Era 18 de agosto de 1972 e o relógio marcava 8 horas 15 minutos.
De repente, uma terra negra e turfosa começou a se movimentar a partir do prédio do antigo Recanto Infantil Santa Marta, em direção ao casario de operários, a maioria de madeira, situados em Vila Albertina.
Parecia um tsunami de lama negra que revirava e soterrava as moradias, sem possibilidade de fuga pelo imprevisto do desastre.
Campos do Jordão, parou, mobilizando o salvamento de vítimas.
A terra parecia ter estourado de dentro para fora, cobrindo barracos e fazendo desaparecer casas.
Partiram de Taubaté 60 bombeiros em três caminhões acompanhados de soldados do Batalhão da Polícia Militar em direção à nossa cidade; de São Paulo chegaram homens do pelotão de salvamento do Corpo de Bombeiros, quarenta soldados e dois helicópteros do Palácio dos Bandeirantes. O 2º Batalhão de Engenharia de Pindamonhangaba subiu a serra imediatamente e helicópteros traziam médicos e enfermeiros, em verdadeira ponte aérea Campos do Jordão – São Paulo. Desembarcaram em Campos do Jordão o Secretário de Saúde Getúlio Lima Jr., Mario Romeu de Lucca, Secretário da Promoção Social e Sérvulo Mota Lima, Secretário de Segurança Pública.
O Presidente Emílio Médici solicitava informações por telex ao Governador Laudo Natel e o prefeito de São Paulo José Carlos de Figueiredo Ferraz disponibilizava dois helicópteros, ambulâncias e pessoal médico.
Foram retirados 10 cadáveres da lama negra que soterrou 24 casas. O DER começou a deslocar equipamento pesado do Vale do Paraíba para a remoção da turfa preta. O prefeito José Padovan decretou estado de calamidade pública. O engenheiro Nelson Acar, da empreiteira ENPAVI, mobilizou todo o seu equipamento para a remoção da terra e a localização de vítimas.
Houvera o deslocamento de 100 mil metros cúbicos de terra, que alcançou a área de 10 mil metros, sendo necessárias 25 mil viagens de caminhões ao longo de 100 dias.
Inúmeros geólogos começaram a estudar a causa do fenômeno da natureza, concluindo, que pela primeira vez no Brasil constatou-se a existência de mais de 80% de água, incluindo a existente na matéria orgânica, em um terreno e, provavelmente, a vibração de um trator que fazia aterro nas proximidades, tenha contribuído para facilitar mais ainda a liquefação da lama, com o rompimento da fina crosta de solo firme e seco, e com isso, a lama e o restante da areia, silte e argila, deslizaram repentinamente, provocando o acidente.
Algumas casas flutuaram como se fossem jangadas percorrendo a distancia de mais de 200 metros. A coloração preta e o aspecto amontoado de materiais fazia lembrar um derrame de lava aglomérica. Na véspera, o peso do aterro que vinha sendo feito, somado à vibração ocasionada pelo trator que trabalhou na terraplenagem, além do alto teor de água na lama foram as causas do desastre. O professor André Gavino, mestre de Geofísica da USP declarou: “A natureza sempre reage contra investidas dos homens. Nela, nada podemos tirar sem conhecer a fundo as conseqüências da cada ação. Em Campos do Jordão, a Natureza cobrou o preço da devastação da cobertura vegetal das obras, cortes de terreno, etc.” Os geólogos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, Guido Guidicini e Carlos Nieble informaram que há no Brasil o registro de um único caso de corrida de terra, foi o que ocorreu em Vila Albertina, em Campos do Jordão. A terra escorreu sobre as casas ao longo 700 metros em cerca de 30 minutos.
Houve registro das chuvas intensas e continuas nos dias anteriores ao desastre. À construção de um aterro sobre argilas orgânicas saturadas, pode-se atribuir o desencadeamento do desastre. Temos fotografias horripilantes do desastre. À época, éramos Presidente da Câmara Municipal e nos sentimos inúteis, pequenos e impotentes diante do quadro dantesco! Deus nos livre e guarde! A tragédia de Vila Albertina nunca mais!
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Históricas
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Tragédia da Vila Albertina
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Foto aérea do trágico dia 18 de agosto de 1972, mostrando a área da Vila Albertina, em Campos do Jordão, afetada pelo trágico e monstruoso deslizamento de terra negra e turfosa que esmagou grande parte do Vale, soterrando dezenas de casas, especialmente, de madeira e vários de seus moradores, impossibilitando-os de fugir pelo imprevisto e rapidez do desastre.
Esse deslizamento de material lamacento e turfoso que explodiu praticamente e, em rápidos instantes, deslizou e soterrou grande parte do vale, destruindo casas, especialmente, de madeira e vários de seus moradores, também, acabou represando oas águas do Córrego Piracuama, situado nas proximidades.
Ao lado esquerdo da foto, parte do prédio do saudoso “Recanto Infantil Santa Marta”, obra assistencial que abrigava crianças carentes e órfãs.
OBS: Foto da autoria do famoso e importante Jornal “O Estado de São Paulo”.
Abaixo artigo escrito pelo jornalista, historiador e advogado Pedro Paulo Filho, algum tempo após o trágico deslizamento.
A TRAGÉDIA DA VILA ALBERTINA, NUNCA MAIS!
Era 18 de agosto de 1972 e o relógio marcava 8 horas 15 minutos.
De repente, uma terra negra e turfosa começou a se movimentar a partir do prédio do antigo Recanto Infantil Santa Marta, em direção ao casario de operários, a maioria de madeira, situados em Vila Albertina.
Parecia um tsunami de lama negra que revirava e soterrava as moradias, sem possibilidade de fuga pelo imprevisto do desastre.
Campos do Jordão, parou, mobilizando o salvamento de vítimas.
A terra parecia ter estourado de dentro para fora, cobrindo barracos e fazendo desaparecer casas.
Partiram de Taubaté 60 bombeiros em três caminhões acompanhados de soldados do Batalhão da Polícia Militar em direção à nossa cidade; de São Paulo chegaram homens do pelotão de salvamento do Corpo de Bombeiros, quarenta soldados e dois helicópteros do Palácio dos Bandeirantes. O 2º Batalhão de Engenharia de Pindamonhangaba subiu a serra imediatamente e helicópteros traziam médicos e enfermeiros, em verdadeira ponte aérea Campos do Jordão – São Paulo. Desembarcaram em Campos do Jordão o Secretário de Saúde Getúlio Lima Jr., Mario Romeu de Lucca, Secretário da Promoção Social e Sérvulo Mota Lima, Secretário de Segurança Pública.
O Presidente Emílio Médici solicitava informações por telex ao Governador Laudo Natel e o prefeito de São Paulo José Carlos de Figueiredo Ferraz disponibilizava dois helicópteros, ambulâncias e pessoal médico.
Foram retirados 10 cadáveres da lama negra que soterrou 24 casas. O DER começou a deslocar equipamento pesado do Vale do Paraíba para a remoção da turfa preta. O prefeito José Padovan decretou estado de calamidade pública. O engenheiro Nelson Acar, da empreiteira ENPAVI, mobilizou todo o seu equipamento para a remoção da terra e a localização de vítimas.
Houvera o deslocamento de 100 mil metros cúbicos de terra, que alcançou a área de 10 mil metros, sendo necessárias 25 mil viagens de caminhões ao longo de 100 dias.
Inúmeros geólogos começaram a estudar a causa do fenômeno da natureza, concluindo, que pela primeira vez no Brasil constatou-se a existência de mais de 80% de água, incluindo a existente na matéria orgânica, em um terreno e, provavelmente, a vibração de um trator que fazia aterro nas proximidades, tenha contribuído para facilitar mais ainda a liquefação da lama, com o rompimento da fina crosta de solo firme e seco, e com isso, a lama e o restante da areia, silte e argila, deslizaram repentinamente, provocando o acidente.
Algumas casas flutuaram como se fossem jangadas percorrendo a distancia de mais de 200 metros. A coloração preta e o aspecto amontoado de materiais fazia lembrar um derrame de lava aglomérica. Na véspera, o peso do aterro que vinha sendo feito, somado à vibração ocasionada pelo trator que trabalhou na terraplenagem, além do alto teor de água na lama foram as causas do desastre. O professor André Gavino, mestre de Geofísica da USP declarou: “A natureza sempre reage contra investidas dos homens. Nela, nada podemos tirar sem conhecer a fundo as conseqüências da cada ação. Em Campos do Jordão, a Natureza cobrou o preço da devastação da cobertura vegetal das obras, cortes de terreno, etc.” Os geólogos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, Guido Guidicini e Carlos Nieble informaram que há no Brasil o registro de um único caso de corrida de terra, foi o que ocorreu em Vila Albertina, em Campos do Jordão. A terra escorreu sobre as casas ao longo 700 metros em cerca de 30 minutos.
Houve registro das chuvas intensas e continuas nos dias anteriores ao desastre. À construção de um aterro sobre argilas orgânicas saturadas, pode-se atribuir o desencadeamento do desastre. Temos fotografias horripilantes do desastre. À época, éramos Presidente da Câmara Municipal e nos sentimos inúteis, pequenos e impotentes diante do quadro dantesco! Deus nos livre e guarde! A tragédia de Vila Albertina nunca mais!
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Históricas
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Tragédia da Vila Albertina
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Foto aérea do trágico dia 18 de agosto de 1972, mostrando a área da Vila Albertina, em Campos do Jordão, afetada pelo trágico e monstruoso deslizamento de terra negra e turfosa que esmagou grande parte do Vale, soterrando dezenas de casas, especialmente, de madeira e vários de seus moradores, impossibilitando-os de fugir pelo imprevisto e rapidez do desastre.
À esquerda da foto é possível ver a área de onde o material lamacento e turfoso explodiu praticamente e, em rápidos instantes, deslizou e soterrou grande parte do vale, destruindo casas e vários de seus moradores.
À frente da foto, o prédio do saudoso “Recanto Infantil Santa Marta”, obra assistencial que abrigava crianças carentes e órfãs.
OBS: Foto da autoria do famoso e importante Jornal “O Estado de São Paulo”.
Abaixo artigo escrito pelo jornalista, historiador e advogado Pedro Paulo Filho, algum tempo após o trágico deslizamento.
A TRAGÉDIA DA VILA ALBERTINA, NUNCA MAIS!
Era 18 de agosto de 1972 e o relógio marcava 8 horas 15 minutos.
De repente, uma terra negra e turfosa começou a se movimentar a partir do prédio do antigo Recanto Infantil Santa Marta, em direção ao casario de operários, a maioria de madeira, situados em Vila Albertina.
Parecia um tsunami de lama negra que revirava e soterrava as moradias, sem possibilidade de fuga pelo imprevisto do desastre.
Campos do Jordão, parou, mobilizando o salvamento de vítimas.
A terra parecia ter estourado de dentro para fora, cobrindo barracos e fazendo desaparecer casas.
Partiram de Taubaté 60 bombeiros em três caminhões acompanhados de soldados do Batalhão da Polícia Militar em direção à nossa cidade; de São Paulo chegaram homens do pelotão de salvamento do Corpo de Bombeiros, quarenta soldados e dois helicópteros do Palácio dos Bandeirantes. O 2º Batalhão de Engenharia de Pindamonhangaba subiu a serra imediatamente e helicópteros traziam médicos e enfermeiros, em verdadeira ponte aérea Campos do Jordão – São Paulo. Desembarcaram em Campos do Jordão o Secretário de Saúde Getúlio Lima Jr., Mario Romeu de Lucca, Secretário da Promoção Social e Sérvulo Mota Lima, Secretário de Segurança Pública.
O Presidente Emílio Médici solicitava informações por telex ao Governador Laudo Natel e o prefeito de São Paulo José Carlos de Figueiredo Ferraz disponibilizava dois helicópteros, ambulâncias e pessoal médico.
Foram retirados 10 cadáveres da lama negra que soterrou 24 casas. O DER começou a deslocar equipamento pesado do Vale do Paraíba para a remoção da turfa preta. O prefeito José Padovan decretou estado de calamidade pública. O engenheiro Nelson Acar, da empreiteira ENPAVI, mobilizou todo o seu equipamento para a remoção da terra e a localização de vítimas.
Houvera o deslocamento de 100 mil metros cúbicos de terra, que alcançou a área de 10 mil metros, sendo necessárias 25 mil viagens de caminhões ao longo de 100 dias.
Inúmeros geólogos começaram a estudar a causa do fenômeno da natureza, concluindo, que pela primeira vez no Brasil constatou-se a existência de mais de 80% de água, incluindo a existente na matéria orgânica, em um terreno e, provavelmente, a vibração de um trator que fazia aterro nas proximidades, tenha contribuído para facilitar mais ainda a liquefação da lama, com o rompimento da fina crosta de solo firme e seco, e com isso, a lama e o restante da areia, silte e argila, deslizaram repentinamente, provocando o acidente.
Algumas casas flutuaram como se fossem jangadas percorrendo a distancia de mais de 200 metros. A coloração preta e o aspecto amontoado de materiais fazia lembrar um derrame de lava aglomérica. Na véspera, o peso do aterro que vinha sendo feito, somado à vibração ocasionada pelo trator que trabalhou na terraplenagem, além do alto teor de água na lama foram as causas do desastre. O professor André Gavino, mestre de Geofísica da USP declarou: “A natureza sempre reage contra investidas dos homens. Nela, nada podemos tirar sem conhecer a fundo as conseqüências da cada ação. Em Campos do Jordão, a Natureza cobrou o preço da devastação da cobertura vegetal das obras, cortes de terreno, etc.” Os geólogos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, Guido Guidicini e Carlos Nieble informaram que há no Brasil o registro de um único caso de corrida de terra, foi o que ocorreu em Vila Albertina, em Campos do Jordão. A terra escorreu sobre as casas ao longo 700 metros em cerca de 30 minutos.
Houve registro das chuvas intensas e continuas nos dias anteriores ao desastre. À construção de um aterro sobre argilas orgânicas saturadas, pode-se atribuir o desencadeamento do desastre. Temos fotografias horripilantes do desastre. À época, éramos Presidente da Câmara Municipal e nos sentimos inúteis, pequenos e impotentes diante do quadro dantesco! Deus nos livre e guarde! A tragédia de Vila Albertina nunca mais!
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Históricas
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Tragédia da Vila Albertina
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Foto aérea do trágico dia 18 de agosto de 1972, mostrando a área da Vila Albertina, em Campos do Jordão e os efeitos da trágica e monstruosa catástrofe, ocasionada pelo deslizamento de terra negra e turfosa que esmagou grande parte do Vale, soterrando dezenas de casas, especialmente, de madeira e vários de seus moradores, impossibilitando-os de fugir pelo imprevisto e rapidez do desastre.
Nesta foto é possível ver a grande extensão da área atingida, o volume e a altura da lama negra de material turfoso em relação às casas próximas.
Esse deslizamento de material lamacento e turfoso que explodiu praticamente e, em rápidos instantes, deslizou e soterrou grande parte do vale, destruindo casas, especialmente, de madeira e vários de seus moradores, também, acabou represando as águas do Córrego Piracuama, situado nas proximidades.
Um pouco mais à esquerda do centro da foto, parte da Av. Tassaburo Yamaguchi, a principal via de acesso a todo Bairro da Vila Albertina, com casas e prédios comerciais.
À direita, parte das casas que, felizmente, permaneceram em pé, escapando do trágico soterramento.
Ao fundo, o prédio do saudoso “Recanto Infantil Santa Marta”, obra assistencial que abrigava crianças carentes e órfãs.
OBS: Foto da autoria do famoso e importante Jornal “O Estado de São Paulo”.
Abaixo artigo escrito pelo jornalista, historiador e advogado Pedro Paulo Filho, algum tempo após o trágico deslizamento.
A TRAGÉDIA DA VILA ALBERTINA, NUNCA MAIS!
Era 18 de agosto de 1972 e o relógio marcava 8 horas 15 minutos.
De repente, uma terra negra e turfosa começou a se movimentar a partir do prédio do antigo Recanto Infantil Santa Marta, em direção ao casario de operários, a maioria de madeira, situados em Vila Albertina.
Parecia um tsunami de lama negra que revirava e soterrava as moradias, sem possibilidade de fuga pelo imprevisto do desastre.
Campos do Jordão, parou, mobilizando o salvamento de vítimas.
A terra parecia ter estourado de dentro para fora, cobrindo barracos e fazendo desaparecer casas.
Partiram de Taubaté 60 bombeiros em três caminhões acompanhados de soldados do Batalhão da Polícia Militar em direção à nossa cidade; de São Paulo chegaram homens do pelotão de salvamento do Corpo de Bombeiros, quarenta soldados e dois helicópteros do Palácio dos Bandeirantes. O 2º Batalhão de Engenharia de Pindamonhangaba subiu a serra imediatamente e helicópteros traziam médicos e enfermeiros, em verdadeira ponte aérea Campos do Jordão – São Paulo. Desembarcaram em Campos do Jordão o Secretário de Saúde Getúlio Lima Jr., Mario Romeu de Lucca, Secretário da Promoção Social e Sérvulo Mota Lima, Secretário de Segurança Pública.
O Presidente Emílio Médici solicitava informações por telex ao Governador Laudo Natel e o prefeito de São Paulo José Carlos de Figueiredo Ferraz disponibilizava dois helicópteros, ambulâncias e pessoal médico.
Foram retirados 10 cadáveres da lama negra que soterrou 24 casas. O DER começou a deslocar equipamento pesado do Vale do Paraíba para a remoção da turfa preta. O prefeito José Padovan decretou estado de calamidade pública. O engenheiro Nelson Acar, da empreiteira ENPAVI, mobilizou todo o seu equipamento para a remoção da terra e a localização de vítimas.
Houvera o deslocamento de 100 mil metros cúbicos de terra, que alcançou a área de 10 mil metros, sendo necessárias 25 mil viagens de caminhões ao longo de 100 dias.
Inúmeros geólogos começaram a estudar a causa do fenômeno da natureza, concluindo, que pela primeira vez no Brasil constatou-se a existência de mais de 80% de água, incluindo a existente na matéria orgânica, em um terreno e, provavelmente, a vibração de um trator que fazia aterro nas proximidades, tenha contribuído para facilitar mais ainda a liquefação da lama, com o rompimento da fina crosta de solo firme e seco, e com isso, a lama e o restante da areia, silte e argila, deslizaram repentinamente, provocando o acidente.
Algumas casas flutuaram como se fossem jangadas percorrendo a distancia de mais de 200 metros. A coloração preta e o aspecto amontoado de materiais fazia lembrar um derrame de lava aglomérica. Na véspera, o peso do aterro que vinha sendo feito, somado à vibração ocasionada pelo trator que trabalhou na terraplenagem, além do alto teor de água na lama foram as causas do desastre. O professor André Gavino, mestre de Geofísica da USP declarou: “A natureza sempre reage contra investidas dos homens. Nela, nada podemos tirar sem conhecer a fundo as conseqüências da cada ação. Em Campos do Jordão, a Natureza cobrou o preço da devastação da cobertura vegetal das obras, cortes de terreno, etc.” Os geólogos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, Guido Guidicini e Carlos Nieble informaram que há no Brasil o registro de um único caso de corrida de terra, foi o que ocorreu em Vila Albertina, em Campos do Jordão. A terra escorreu sobre as casas ao longo 700 metros em cerca de 30 minutos.
Houve registro das chuvas intensas e continuas nos dias anteriores ao desastre. À construção de um aterro sobre argilas orgânicas saturadas, pode-se atribuir o desencadeamento do desastre. Temos fotografias horripilantes do desastre. À época, éramos Presidente da Câmara Municipal e nos sentimos inúteis, pequenos e impotentes diante do quadro dantesco! Deus nos livre e guarde! A tragédia de Vila Albertina nunca mais!
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Históricas
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Tragédia da Vila Albertina
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Foto do trágico dia 18 de agosto de 1972, mostrando equipe de voluntários trabalhando e tentando, de alguma forma, revirar os escombros, encontrar e salvar pessoas soterradas na área da Vila Albertina, em Campos do Jordão, atingida pela trágica e monstruosa catástrofe, ocasionada pelo deslizamento de terra negra e turfosa que esmagou grande parte do Vale, soterrando dezenas de casas, especialmente, de madeira e vários de seus moradores, impossibilitando-os de fugir pelo imprevisto e rapidez do desastre.
Esse deslizamento de material lamacento e turfoso que explodiu praticamente e, em rápidos instantes, deslizou e soterrou grande parte do vale, destruindo casas, especialmente, de madeira e vários de seus moradores, também, acabou represando as águas do Córrego Piracuama, situado nas proximidades.
Ao fundo, o prédio do saudoso “Recanto Infantil Santa Marta”, obra assistencial que abrigava crianças carentes e órfãs.
Abaixo artigo escrito pelo jornalista, historiador e advogado Pedro Paulo Filho, algum tempo após o trágico deslizamento.
Abaixo artigo escrito pelo jornalista, historiador e advogado Pedro Paulo Filho, algum tempo após o trágico deslizamento.
A TRAGÉDIA DA VILA ALBERTINA, NUNCA MAIS!
Era 18 de agosto de 1972 e o relógio marcava 8 horas 15 minutos.
De repente, uma terra negra e turfosa começou a se movimentar a partir do prédio do antigo Recanto Infantil Santa Marta, em direção ao casario de operários, a maioria de madeira, situados em Vila Albertina.
Parecia um tsunami de lama negra que revirava e soterrava as moradias, sem possibilidade de fuga pelo imprevisto do desastre.
Campos do Jordão, parou, mobilizando o salvamento de vítimas.
A terra parecia ter estourado de dentro para fora, cobrindo barracos e fazendo desaparecer casas.
Partiram de Taubaté 60 bombeiros em três caminhões acompanhados de soldados do Batalhão da Polícia Militar em direção à nossa cidade; de São Paulo chegaram homens do pelotão de salvamento do Corpo de Bombeiros, quarenta soldados e dois helicópteros do Palácio dos Bandeirantes. O 2º Batalhão de Engenharia de Pindamonhangaba subiu a serra imediatamente e helicópteros traziam médicos e enfermeiros, em verdadeira ponte aérea Campos do Jordão – São Paulo. Desembarcaram em Campos do Jordão o Secretário de Saúde Getúlio Lima Jr., Mario Romeu de Lucca, Secretário da Promoção Social e Sérvulo Mota Lima, Secretário de Segurança Pública.
O Presidente Emílio Médici solicitava informações por telex ao Governador Laudo Natel e o prefeito de São Paulo José Carlos de Figueiredo Ferraz disponibilizava dois helicópteros, ambulâncias e pessoal médico.
Foram retirados 10 cadáveres da lama negra que soterrou 24 casas. O DER começou a deslocar equipamento pesado do Vale do Paraíba para a remoção da turfa preta. O prefeito José Padovan decretou estado de calamidade pública. O engenheiro Nelson Acar, da empreiteira ENPAVI, mobilizou todo o seu equipamento para a remoção da terra e a localização de vítimas.
Houvera o deslocamento de 100 mil metros cúbicos de terra, que alcançou a área de 10 mil metros, sendo necessárias 25 mil viagens de caminhões ao longo de 100 dias.
Inúmeros geólogos começaram a estudar a causa do fenômeno da natureza, concluindo, que pela primeira vez no Brasil constatou-se a existência de mais de 80% de água, incluindo a existente na matéria orgânica, em um terreno e, provavelmente, a vibração de um trator que fazia aterro nas proximidades, tenha contribuído para facilitar mais ainda a liquefação da lama, com o rompimento da fina crosta de solo firme e seco, e com isso, a lama e o restante da areia, silte e argila, deslizaram repentinamente, provocando o acidente.
Algumas casas flutuaram como se fossem jangadas percorrendo a distancia de mais de 200 metros. A coloração preta e o aspecto amontoado de materiais fazia lembrar um derrame de lava aglomérica. Na véspera, o peso do aterro que vinha sendo feito, somado à vibração ocasionada pelo trator que trabalhou na terraplenagem, além do alto teor de água na lama foram as causas do desastre. O professor André Gavino, mestre de Geofísica da USP declarou: “A natureza sempre reage contra investidas dos homens. Nela, nada podemos tirar sem conhecer a fundo as conseqüências da cada ação. Em Campos do Jordão, a Natureza cobrou o preço da devastação da cobertura vegetal das obras, cortes de terreno, etc.” Os geólogos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, Guido Guidicini e Carlos Nieble informaram que há no Brasil o registro de um único caso de corrida de terra, foi o que ocorreu em Vila Albertina, em Campos do Jordão. A terra escorreu sobre as casas ao longo 700 metros em cerca de 30 minutos.
Houve registro das chuvas intensas e continuas nos dias anteriores ao desastre. À construção de um aterro sobre argilas orgânicas saturadas, pode-se atribuir o desencadeamento do desastre. Temos fotografias horripilantes do desastre. À época, éramos Presidente da Câmara Municipal e nos sentimos inúteis, pequenos e impotentes diante do quadro dantesco! Deus nos livre e guarde! A tragédia de Vila Albertina nunca mais!
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Históricas
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Tragédia da Vila Albertina
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Foto recortada, mostrando parte da área da Vila Albertina, em Campos do Jordão e os efeitos da trágica e monstruosa catástrofe, ocasionada pelo deslizamento de terra negra e turfosa que, no trágico dia 18 de agosto de 1972, esmagou grande parte do Vale, soterrando dezenas de casas, especialmente, de madeira e vários de seus moradores, impossibilitando-os de fugir pelo imprevisto e rapidez do desastre.
Nesta foto, em destaque, o prédio do saudoso “Recanto Infantil Santa Marta”, obra assistencial que abrigava crianças carentes e órfãs.
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