Históricas - A sede do Abernéssia Futebol Clube

A saudosa e simpática sede do A . F . C . - Abernéssia Futebol Clube. Lamentavelmente esse Clube, dos mais antigos da cidade, fundado em 10 de janeiro de 1940, portanto, com mais de setenta anos, está totalmente desativado. Sua sede está praticamente abandonada. Esta não é a primeira sede do Clube. É a sua terceira sede, construída na década de 1960 pelo empreiteiro Olegário Frozino, portanto, com quase 50 anos.

Esse Clube, além das excelentes equipes de futebol que muito valorizaram o esporte Jordanense, por diversas décadas, com esportistas famosos e renomados, mantinha sua Sede Social freqüentada por seus associados e familiares e, também, por muitos turistas que freqüentavam a cidade de Campos do Jordão. Seus tradicionais bailes Carnavalescos eram muito concorridos, animados e inesquecíveis. Além dos Bailes tradicionais do Carnaval, o Clube mantinha em sua programação, brincadeiras dançantes, realizadas aos sábados e domingos, diversos e maravilhosos Bailes, animados por conjuntos e orquestras que marcaram época em toda região, dentre outros: da Cidade, da Rainha do Pinhão, da Primavera, da Rainha dos Estudantes, das Festas Juninas, das Formaturas diversas, de Réveillons e muitos outros.

HISTÓRIA

Em 10 de janeiro de 1940, reuniam-se Altino Franco, Jorge Ribeiro de Toledo, Edgard Alves Costa, Benedito Vaz Dias, Benedito Alves de Brito, Octávio Bittencourt, Felício Raimundo Netto, Waldemar Ferreira da Rocha, Libre Banciela, Pedro Rodrigues, Leonardo Poli, Antonio Gerônimo, Abrahim Jundi e Cristiano Sampaio Camargo, que, sob a presidência de Altino Arantes, em assembléia geral, deliberaram sobre a fundação de um clube de futebol, denominado Abernéssia F. C..

Secretariaram a reunião Octávio Bittencourt e Benedito Vaz Dias. Logo procedeu-se à constituição de uma diretoria provisória, e por escrutínio secreto, foram eleitos José Arthur da Motta Bicudo, (presidente de Honra); Altino Franco (presidente); Sebastião Sampaio Camargo (vice), Antonio Jorge Marques (1° secretário), Benedito Oliveira Costa (2° secretário), Raimundo Nagib (1° tesoureiro) e João Mariano de Pontes (2° tesoureiro).

Ficou estipulada a mensalidade de 2 mil réis e designado Jorge Ribeiro de Toledo para proceder às cobranças.

Deliberou-se oficiar ao proprietário do terreno e à Prefeitura, que construíra o campo de futebol, em Vila Abernéssia, pedindo autorização para uso do imóvel.

Um voto de louvor foi aprovado à Organização Jordanense, de Octávio Bittencourt, por ter cedido seus escritórios para a realização da Assembléia.

Benedito Vaz Dias, Octávio Bittencourt e Altino Franco encarregaram-se de redigir os estatutos sociais e muitas designações foram feitas; Layre Athaíde para o cargo de diretor esportivo; Augusto Barsalini, para segundo diretor, Pedro Rodrigues para zelador de bola e Benedito Brito para zelador de campo.

Sebastião Sampaio Camargo logo oferecia um jogo de camisas para o Abernéssia F.C.

Em 23 de fevereiro de 1940, sob a presidência de Altino Franco, os estatutos sociais do clube foram aprovados em assembléia, à qual compareceram os sócios Raimundo Nagib, Lourival Sabino de Carvalho Souza, Benedito Vaz Dias, Benedito Pires de Magalhães, Eduardo Monteiro, João Monteiro, Felício Raimundo Netto, Bento Carlos Ribeiro, Álvaro Ferreira da Rocha, Antonio Fernandes, Geraldo Albano Pereira, Manoel da Costa Leite, Jorge Ribeiro de Toledo, Francisco Bento, João Baptista Rangei, Emiliano Barsalini, Ângelo Dela Rosa, Sebastião Sampaio Camargo, Augusto Barsalini, Geraldo Alves, Sebastião Rosa, Antonio Candelária, Layre Athaíde, João Mariano de Pontes, Waldemar Ferreira da Rocha, Moacir de Almeida e Benedito Correia.

Em seguida, foi eleita a diretoria definitiva, que ficou assim constituída: José Arthur da Mota Bicudo (presidente de Honra), Altino Franco (presidente), Benedito Vaz Dias (vice), Lourival Sabino de Carvalho (1° secretário), Sebastião Gomes Leitão (2° secretário), Raimundo Nagib (1° tesoureiro), e João Mariano de Pontes (2° tesoureiro).

Em 23 de novembro de 1940, o Abernéssia F.C., já se reunia em sua sede, coberta de sapé, recém-inaugurada, quando foram instalados os retratos do Dr. Getúlio Vargas, Presidente da República, Dr. Adhemar de Barros, Interventor Federal em São Paulo e do prefeito José Arthur da Motta Bicudo.

Foram homenageados, na ocasião, os sócios Floriano Rodrigues Pinheiro, Waldemar Ferreira da Rocha, Alexandre Pinheiro e Luiz Honorato pelo apoio emprestado à construção da sede do A.F.C. A sede localizava-se, anteriormente, onde se acha atualmente o estádio municipal.

As festividades artísticas estiveram a cargo de Carlos Barreto e dos Irmãos Andreoli (Mário, Gildo e Alice). Foi nomeado diretor artístico do Clube, Jaime Augusto de Almeida.

Receberam homenagens nesse dia, Altino Franco, o presidente-fundador e Octávio Bittencourt, o idealizador do Abernéssia F. C..

O Clube foi declarado de utilidade pública pela lei municipal n° 49, de 19 de setembro de 1949, quando prefeito Orestes de Almeida Guimarães.

Na década de 50, a sua sede foi transferida para aquém do rio onde, atualmente, se encontra.

OBS: Histórico do Livro “História de Campos do Jordão” da autoria do Escritor Pedro Paulo Filho, Editoria Santuário - 1986, Páginas 476 e 478.

Transportes - Empresa de Ônibus Hotel dos Lagos

A Agência de turismo da saudosa Empresa de Ônibus Hotel dos Lagos S/A., de propriedade da família Caravelas, de São Paulo, liderada pelo Sr. Reynaldo Caravelas.

A família Caravelas foi proprietária, acredito, desde a década de 1930 até a de 1970, ou mais, da importante e famosa Estamparia Caravelas, uma das maiores fábricas de São Paulo, sediada em sua imponente edificação situada na Rua José Antonio Coelho, na Vila Mariana, especializada na confecção de estamparias diversas (arte de imprimir letras, dísticos, figuras, etc., servindo-se de moldes ou matrizes, sobre tecidos, metais, papéis, plásticos, etc.), e obtendo cópias isoladas ou repetições sucessivas.

Essa Empresa de ônibus, além de ter sido a concessionária dos transportes coletivos de Campos do Jordão, por diversas décadas, foi uma pioneira na prestação de serviços de turismo colocados à disposição dos turistas que freqüentavam Campos do Jordão durante os anos 1960 até 1980. Mantinha em sua programação diária, uma série de roteiros turísticos especiais que possibilitavam aos nossos visitantes e até ao próprio morador de Campos do Jordão, uma visita aos principais pontos turísticos da Cidade. Esses passeios eram feitos em confortáveis ônibus especiais, com pessoal treinado, incluindo cicerone que ia dando aos passageiros as principais informações sobre a cidade e sobre os pontos pitorescos visitados. Normalmente, tinha dois roteiros diários, um no período da manhã e outro no da tarde. Sempre que a procura pelos passeios aumentava, eram colocados ônibus extras para atender a demanda excepcional, sempre procurando atender bem aos nossos visitantes.

As reservas podiam ser feitas, diretamente na Agência, através dos telefones disponíveis ou por intermédio dos principais hotéis da cidade.

A Agência que aparece na foto estava situada bem no centro da Vila Jaguaribe.

Na foto, dentre outros, da esquerda para a direita: Vera Shiromoto, não identificada, Helena Terezinha Pereira Moysés, Motorista Elias, um casal de turistas, Sr. Lázaro de Oliveira Medeiros, o conhecido Seu Oliveira, Gerente da Empresa de Ônibus Hotel dos Lagos por diversas décadas e outro casal de turistas.

OBS: Foto gentilmente cedida pela Dra. Elaine T. Müller Caravellas

Escolas - Solenidade de formatura do CEENE

Solenidade de uma festa de formatura do CEENE - Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão, na década de 1960.

Na foto, na primeira fileira, da esquerda para a direita: Frei Dídimo Strunk - OFM, Vigário da Paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus, não identificado, Professor João Gualberto Mafra Machado, Diretor do Colégio, Professora Dirce Maluf, Diretora do Grupo Escolar anexo ao Colégio Estadual;

Na segunda fileira, na mesma ordem: Benedito Máximo de Carvalho, Delegado de Polícia Substituto, respondendo pela Delegacia de Polícia de Campos do Jordão, Arakaki Masakasu, vice-Prefeito de Campos do Jordão; Oswaldo Bueno Gizzi, Coletor Estadual da Secretaria da Fazenda, em Campos do Jordão, Irineu Gonçalves da Silva, Engenheiro Agrônomo, responsável pela Casa da Agricultura de Campos do Jordão, Dr. Silvestre Ribeiro, Médico responsável pelo Dispensário Emílio Ribas de Campos do Jordão, Professora Maria José Ávila, Professora de Educação, Professora Anna Maria de Toledo Barbosa, da cadeira de Inglês;

Na terceira fileira, na mesma ordem: Vereador Amadeu Carletti Junior, Antonio Reis, Chefe da Agência dos Correios e Telégrafos de Campos do Jordão, Professora Odete Miranda, Irmã (não identificada), Professora Dora Lygia Cersósimo Richieri, da cadeira de Matemática, Professora Georgina Del Bianco, da cadeira de Geografia, Professora Hellen Powell, também da cadeira de Inglês. Ao fundo, o Vereador Julio da Silva.

Esportes - Saudosa C.M.E.

Equipe de Futebol de Salão da C.M.E. - Comissão Municipal de Esportes, durante o início da década de 1960, na quadra de cimento existente no mesmo local onde hoje está sediado o Ginásio Esportivo de Campos do Jordão “Armando Ladeira”.

Na foto, da esquerda para a direita, agachados: Julio Carlos Ribeiro, o Julião, Luiz Bertoni, o Gambá, João Dirou Miura, Julio Carlos Ribeiro Neto, o Julinho e Argemiro Silva.

Em pé, na mesma ordem: O grande esportista Hermes de Figueiredo, um dos nossos maiores jogadores e Basquetebol e Voleibol de Campos do Jordão, orientador esportivo da Comissão Municipal de esportes, Paulo Teodoro de Souza, o conhecido Paulo Coxinha, um dos melhores jogadores de futebol que já passaram por Campos do Jordão, Shintaro Miura, Efraim Diniz, Sylvio Pereira Moysés; Romeu Negreiros Mezzacappa, o maior desportista que já passou por Campos do Jordão, sempre muito interessado na divulgação e valorização dos esportes em geral. Foi, por diversos anos, enquanto esteve em Campos do Jordão, o comandante da atualmente extinta e saudosa CME - Comissão Municipal de Esportes que engrandeceu e divulgou o esporte da nossa Cidade; e Olavo Bertoni.

Esportes - Saudoso Dínamo Esporte Clube

Equipe de Futebol de Salão do Dínamo Esporte Clube que se destacou no esporte de Salão de Campos do Jordão, durante as décadas de 1950 e 1960. Essa agremiação foi criada, dirigida e totalmente patrocinada pelo esportista Alexandre Aboud, um apaixonado pelo esporte em geral.

Até hoje, essas equipes, são tradicionalmente e saudosamente relembradas com muita saudade.

Felizmente o Aboud ainda continua conosco. Em várias oportunidades, é procurado por muitos daqueles que pertenceram às suas gloriosas equipes que, mesmo residindo fora de Campos do Jordão, quando visitam a cidade, não se esquecem de visitá-lo para matar a saudade e relembrar os anos de glória do Dínamo Esporte Clube.

Na foto, agachados, da esquerda para a direita: Julio Carlos Ribeiro neto, o Julinho, o saudoso Walter de Assis Mello, o Waltinho, Cláudio Ribeiro e Américo Richieri Filho, o Ameriquinho.

Em pé, na mesma ordem: Alexandre Aboud, José Cláudio Bená, Nelson Brügger, Carlos Gonçalves, o Café e Nelson Ladeira.

Festividades - Desfile de 07 de setembro

Desfile comemorativo do Dia da Independência, 07 de setembro do ano de 1958, passando pela Av. Dr. Januário Miráglia, trecho compreendido entre a sede social do Abernéssia Futebol Clube e Mercado Municipal, atualmente Av. Frei Orestes Girardi.

Na foto, as lojas comerciais da “Casa Dois Irmãos”, dos irmãos Walter Nicolau e Fauze Nicolau, o “Bazar da Moda”, a “Casa Nogueira” do Sr. Antonio Francisco Nogueira Junior, a filia das “Casas Incos”, o “Posto Texaco”, posteriormente, até pouco tempo passado, de propriedade do Daval Pinheiro e da irmã Esther Rocha Pinheiro, o “Pensionato Maria Auxiliadora”, e outros.

Na foto, dentre muitos, na frente: Eurípedes de Oliveira, o Balote, Massake Tanaka. Em seguida: César Carneiro, Fuad Debuxe, Anor Minamisako, Jorge Abe, Edmundo Ferreira da Rocha, Homero Godliauskas Zen, Tetsuo Igaki.

Na calçada, à esquerda, Dr. José Ariosto Barbosa de Souza, a esposa e a filha Augusta Luiza.

À direita, os automóveis do Ponto de Táxi Elite.

Festividades - Dínamo E.C. recebe prêmios

Festividade de recebimento de medalhas e troféus do Dínamo Esporte Clube, no início da década de 1960, realizada na sede social do Abernéssia Futebol Clube.

Ao lado esquerdo da foto: José Luiz Santiago da Costa, Luiz Masanobu Takayama, o Matiã, Aristides Miravetti de Souza Junior, Afonso dos Santos Junior, Gaspar e Luiz Pereira Moysés, o Tubarão.

Ao centro: Rosy Mary Serruotti Gizzi, Regina Santiago da Costa, não identificada, Keiko Takahashi, Neusa Miravetti de Souza, Lucia Miravetti de Souza, Aristides Inácio de Souza, Eliana Maria Gonçalves, Alexandre Aboud.

À direita: Nelson Ladeira, Carlos Gonçalves, o Café, Walter de Assis Mello,Julio Carlos Ribeiro Netto, o Julinho, Alexandre Corrêa Cintra, Francisco Richieri, o Chiquinho, Wilson Takayama e José Cláudio Bená.

Ao alto: Argemiro Silva, Antonio Marmo de Oliveira Nascimento, Manoel (Condenado), Américo Richieri Filho, o Ameriquinho e Cláudio Ribeiro.

Históricas - A saudosa Boate Grande Hotel

Foto histórica do “Grill room” do primitivo Grande Hotel de Campos do Jordão. Nas décadas de 1950 até 1970, esse majestoso Salão de Bailes foi utilizado para a realização de Grandes Bailes, abrilhantados por Orquestras famosas até internacionalmente. Nesse salão foram realizados shows musicais apresentando cantores internacionais, dentre eles : Domenico Modugno, Cris Montez. A famosa Orquestra Cassino de Sevilha, Biriba Boys e muitas outras, se apresentaram nesse salão por inúmeras vezes.

Também, no auge de suas carreiras artísticas, se apresentaram nesse Salão, dentre outros, o grande Chico Anísio, Sergio Reis .

Também foi palco de inúmeros Bailes de Formatura do nosso Colégio Estadual de Campos do Jordão, das Festas Nacionais da Maçã e de muitos Carnavais inesquecíveis.

Normalmente, durante os meses de julho, mantinha durante todo mês, no período da noite, orquestras maravilhosas abrilhantando a famosa, inesquecível e histórica “Boate Grande Hotel”.

Transportes - Empresa de Ônibus Hotel dos Lagos

Foto mostrando o interior da Agência de turismo da saudosa Empresa de Ônibus Hotel dos Lagos S/A., de propriedade da família Caravelas, de São Paulo, liderada pelo Sr. Reynaldo Caravelas.

A família Caravelas foi proprietária, acredito, desde a década de 1930 até a de 1970, ou mais, da importante e famosa Estamparia Caravelas, uma das maiores fábricas de São Paulo, sediada em sua imponente edificação situada na Rua José Antonio Coelho, na Vila Mariana, especializada na confecção de estamparias diversas (arte de imprimir letras, dísticos, figuras, etc., servindo-se de moldes ou matrizes, sobre tecidos, metais, papéis, plásticos, etc.), e obtendo cópias isoladas ou repetições sucessivas.

Essa Empresa de ônibus, além de ter sido a concessionária dos transportes coletivos de Campos do Jordão, por diversas décadas, foi uma pioneira na prestação de serviços de turismo colocados à disposição dos turistas que freqüentavam Campos do Jordão durante os anos 1960 até 1980. Mantinha em sua programação diária, uma série de roteiros turísticos especiais que possibilitavam aos nossos visitantes e até ao próprio morador de Campos do Jordão, uma visita aos principais pontos turísticos da Cidade. Esses passeios eram feitos em confortáveis ônibus especiais, com pessoal treinado, incluindo cicerone que ia dando aos passageiros as principais informações sobre a cidade e sobre os pontos pitorescos visitados. Normalmente, tinha dois roteiros diários, um no período da manhã e outro no da tarde. Sempre que a procura pelos passeios aumentava, eram colocados ônibus extras para atender a demanda excepcional, sempre procurando atender bem aos nossos visitantes.

As reservas podiam ser feitas, diretamente na Agência, através dos telefones disponíveis ou por intermédio dos principais hotéis da cidade.

A Agência que aparece na foto estava situada bem no centro da Vila Jaguaribe.

Na foto, dentre outros, da esquerda para a direita: O Motorista Elias, Sr. Lázaro de Oliveira Medeiros, o conhecido Seu Oliveira, Gerente da Empresa de Ônibus Hotel dos Lagos por diversas décadas e outro casal de turistas, não identificada, Vera Shiromoto, Helena Terezinha Pereira Moysés, uma senhora e dois casais de turistas não identificados.

OBS: Foto gentilmente cedida pela Dra. Elaine T. Müller Caravellas

Históricas - Neve em Campos do Jordão

Foto registro da famosa nevada ocorrida em Campos do Jordão no dia 31 de julho de 1928.

A foto mostra um detalhe dessa neve, nas proximidades da casa ainda existente, onde está instalada a Casa da Xilogravura, do Professor Antonio Costella, ao lado da Igreja de Nossa Senhora da Saúde, em Vila Jaguaribe.

Registrou o Dr. Belfort de Matos Filho, pesquisador do clima jordanense, em seu livro “Estações Climatéricas de São Paulo”, editado pela Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio do Estado de São Paulo, no ano de 1928, último e único registro confiável sobre a nevada do ano de 1928: “A neve em Campos do Jordão é um fenômeno raríssimo”. Observa também que: “A nevada ocorrida no dia 31 de julho de 1928 revestiu-se de caráter sensacional, com os flocos de neve caindo durante cerca de 03 (três) horas, cobrindo as árvores e a vegetação rasteira de um espesso manto branco e que o fenômeno, que teve início às 6 horas e trinta minutos, foi precedido de copiosa chuva.”

Registrou Condelac Chaves de Andrade, na página 59, do seu famoso “Almanaque Histórico de Campos do Jordão” de 1948: “Nos anos de 1892 e 1897 a ‘nevada’ foi muito mais intensa. No dia 11 de julho de 1947, durante três horas a ‘neve cobriu’ Campos do Jordão, oferecendo um espetáculo maravilhoso.”

É muito importante esclarecer que, embora tanto nos anos de 1892 e 1897, bem como no dia 31 de julho de 1928 e 11 de julho de 1947, quando ocorreram as últimas e espetaculares nevadas em Campos do Jordão, não quer dizer que, nesses dias, as temperaturas tenham caído a menos dez ou catorze graus negativos. Para a ocorrência de neve são necessários dois fatores primordiais: temperatura de zero grau ou inferior e muita umidade no ar, até com precipitação de chuvas. Assim, é até provável que nesses dias, as temperaturas tenham atingido marcas em torno de até cinco graus negativos concomitante com a ocorrência de copiosa chuva, como registrado pelo Dr. Belfort de Matos Filho, com relação à nevada do dia 31 de julho de 1928.

OBS: Veja no site, mais fotos sobre a nevada de 1928, geadas diversas e inverno de Campos do Jordão, clicando em Fotografias: Inverno em Campos do Jordão.

Históricas - Casinha da Pedra do Bau

Foto mostrando planta do projeto elaborado em 12 de março de 1945, para a construção da saudosa casinha que, um dia, existiu em cima da Pedra do Baú.

Essa casinha construída em cima da Pedra do Baú era dotada de 21 camas de campanha, especialmente para pernoite de alpinistas. Era feita de tijolos e madeira, com telhado de cobre, com sistema próprio para armazenamento das águas pluviais. Foi construída pelo Empreiteiro Floriano Rodrigues Pinheiro, sob o patrocínio do empresário Sr. Luiz Dumont Villares. Na frente dessa casinha havia um pedestal que sustentava uma placa e um sino de bronze para ser tocado quando da conclusão das escaladas. A placa tinha os seguintes dizeres : “Refúgio Antonio Cortez / Escalado em 12.8.1940 / Inaugurado em 1948 / Altitude 1.900 Mts.”

Nada disso existe atualmente, a linda casinha do topo da Pedra do Bau, foi totalmente destruída por ações de puro vandalismo, juntamente com todos pertences que adornavam seu interior, inclusive diversos livros e objetos de decoração, cozinha com vários utensílios, lareira, sistema de água, a placa, o sino e muitas outras coisas, Hoje somente é possível ver alguns vestígios da sua fundação.

OBS: Foto gentilmente cedida pelo amigo Cláudio Lazslo.

Paisagens - Foto inédita da Vila Abernéssia

Foto inédita e histórica, mostrando parte da Vila Abernéssia pouco fotografada no passado.

A foto da década de 1930, mostra em sua parte inferior, a avenida de ligação no trecho compreendido entre a atual Obra Social ASSISO, das Irmãs do Sagrado Coração de Jesus, até a esquina onde hoje estão sediados, a Agência da Caixa Econômica Federal e o Supermercado Paratodos. Onde hoje está sediada a Obra Social ASSISO, na época, bem ao lado direito da foto, a casa construída e pertencente a Joaquim Ferreira da Rocha, a primeira casa de alvenaria de Vila Abernéssia, construída no ano de 1914. Um pouco acima, algumas poucas vegetações, inclusive os famosos eucaliptos que, infelizmente, na foto, encobrem a famosa e antiga Pensão “Sans Souci”, construída pelo Dr. José de Magalhães (o próprio da tragédia em que foi morto pelo Sr. João Rodrigues da Silva, o João Maquinista, por desavenças e desentendimentos ligados a questões de divisas de suas terras) localizada nas terras onde posteriormente foi implantada a atual Vila Fracalanza.

Mais ao centro da foto, a casa que pertenceu à tradicional e importante Família Pasquarelli (Sr. Fabiano Pasquarelli e Dona Domenica Fiorentini Pasquarelli, mais conhecida como Dona Domingas Pasquarelli).

Na esquina onde hoje está sediado o Supermercado Paratodos, é visível o início da construção do Posto Fracalanza, de venda de combustíveis, da bandeira “Atlantic”, pertencente ao saudoso Sr. Horácio Padovan.

Partindo da esquina da Avenida de Ligação a famosa e tradicional Rua do Sapo, posteriormente denominada Rua João Rodrigues da Silva, em homenagem ao famoso e histórico João Maquinista, como era mais conhecido, de muitas histórias interessantes do início de Campos do Jordão. Ao longo dessa rua, muitas casas permanecem até hoje, dentre elas, já bem velha e deteriorida pelo tempo, a casa de número 137 onde, durante 23 anos, esteve sediada a Igreja Batista de Campos do Jordão. Um pouco mais à esquerda, algumas casas que pertencem à atual Vila Ferraz.

Bem à esquerda da foto o primeiro prédio da Santa Casa de Campos do Jordão, parcialmente destruído por pavoroso incêndio ocorrido na madrugada do dia 29 de julho de 1945.

Ao fundo, bem ao centro, a antiga e famosa “Favela”. Ao lado, o morro onde hoje está sediado o Loteamento Floriano Rodrigues Pinheiro, anteriormente Vila São Paulo. À direita, o local posteriormente denominado Buraco da Onça.

OBS: Foto gentilmente c edida pelo amigo Cláudio Lazslo

Festividades - Paulo Aço recebe homenagem

No ano de 1978, em reunião realizada na Câmara Municipal de Campos do Jordão, o Vereador Miguel Lopes de Pina entrega ao esportista Paulo de Oliveira, o popular Paulo Aço, pai do grande recordista mundial de Salto Triplo João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, merecido diploma e troféu de “Esportista do Ano”.

Observando e acompanhando a homenagem, os Vereadores Jesus de Carvalho, Presidente da Câmara Municipal e Sylvio Pereira Moysés, o conhecido Tio, Dona Dora Pinto de Oliveira, esposa do médico Dr. Osório Pinto de Oliveira, Dona Lilita, esposa do Vereador Jesus de Carvalho e outras pessoas.

Hotéis - Grande Hotel - Saudades

Na década de 1960, a experiente e competente equipe de funcionários do saudoso e primitivo Grande Hotel de Campos do Jordão.

Da esquerda para a direita : Mário Crisol, José, Domício Pazzianotto, Antonio Silva Souza, o Tonelada, Willie Schlote, Felício Raimundo Neto e Léo Traunmüller. Dessa equipe ainda permanecem conosco, Domício e Léo.

OBS: Foto gentilmente cedida pelo amigo Léo Traunmüller.

Históricas - 13 graus negativos ?

Foto tirada no mês de julho de ano do ano 1951, mostrando galho de arbusto totalmente congelado. Esse galho de arbusto foi colhido nas proximidades do Ribeirão das Perdizes, próximo ao Tênis Clube, em Vila Capivari. Está registrado na foto que a temperatura desse dia foi de 13 graus negativos. SIM ! TREZE ABAIXO DE ZERO !

Transportes - Saudosos carros de praça

Na década de 1950, na Av. Dr. Januário Miráglia (pista atualmente denominada Av. Frei Orestes Girardi), em frente à antiga Estação de Vila Abernéssia, da Estrada de Ferro Campos do Jordão, sentido Vila Abernéssia para as Vilas Jaguaribe e Capivari, estava sediado o Ponto de Táxi “Avenida”, com seus lindos e confortáveis automóveis, na época denominados "carros de praça", para transporte de passageiros, muito bem cuidados por seus prestimosos, corteses e gentis proprietários.

É importante registrar que a maioria desses motoristas de praça, como eram denominados antigamente, e, em muitas situações, até hoje, mantinham seus veículos extremamente limpos, muito bem cuidados e equipados. Até parecia que mantinham algum tipo de competição para ver quem mantinha seu veículo mais lindo e equipado.

A grande maioria dos motoristas de praça fazia questão de usar camisa branca com galões sobrepostos aos ombros e, na cabeça, um quepe (tipo de boné, com característica militar), demonstrando disciplina e respeito aos passageiros.

Na foto os saudosos amigos: Rubens Barbosa e José Santiago da Costa, o Gigante, apelido herdado pela sua maneira gentil de tratar os amigos. Cada amigo que encontrava era chamado de GIGANTE.