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Fotografias Semanais que contam a
 história de Campos do Jordão.

de 30/08 a 05/09/2018

 

 

Históricas - Mercado Municipal - Década 1940


Foto do final da década de 1930 e começo da década de 1940, mostrando o prédio do segundo Mercado Municipal de Campos do Jordão. Esse prédio aproveitou boa parte do prédio do mercado anterior. Foram introduzidas várias ampliações, foi construído mais um galpão que, praticamente, dobrou a área do anterior. Do lado de fora, no lado esquerdo de quem olha de frente para o prédio, foram construídos vários boxes onde estavam situados a pastelaria, os bares, as frutarias, as lojinhas e outros pequenos ramos de atividade.

Esse prédio estava situado em Vila Abernéssia, no mesmo local onde hoje está sediado parte do Fórum Embaixador José Carlos de Macedo Soares, ao lado da antiga Agência da Caixa Econômica do Estado de São Paulo, posteriormente a Agência do Banco do Brasil nº 02 e, atualmente, desocupado e fechado.

Esta foto é do início da década de 1940. Mostra, ao fundo, do lado esquerdo,parte prédio onde, até pouco tempo, esteve sediado o Hotel São Francisco, na esquina com a travessa Próspero Olivetti, que dá acesso à nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus. À direita, parte do prédio ainda existente onde, até pouco tempo, estava estabelecido o Cartório de Notas e de Protesto de Campos do Jordão.

É de chamar a atenção a falta de calçamento da rua existente em frente ao Mercado, hoje denominada Av. Dr. Januário Miráglia. Normalmente havia grande quantidade de terra espalhada pela rua. Com as chuvas virava um barro muito espesso. As pessoas mais antigas diziam que, em toda extensão dessa rua, era um verdadeiro atoleiro durante o ano todo. O seu solo era constituído de uma verdadeira turfa preta e bem escura. Quem trafegava por ela, em muitos trechos, tinha de tomar muito cuidado para não atolar até a altura do joelho.

O dicionário eletrônico de Aurélio Buarque de Holanda assim define a TURFA: “Matéria esponjosa, mais ou menos escura, constituída de restos vegetais em variados graus de decomposição, e que se forma dentro da água, em lugares pantanosos, onde é escasso o oxigênio. É muito frequente nas regiões de temperatura mais baixa, onde procede maciçamente de musgos do gênero Sphagum. A turfa retém grande cópia de água e forma um meio ácido e pobre”.

Até hoje, mesmo após as diversas construções que foram surgindo ao longo da avenida, do calçamento feito, anteriormente de paralelepípedos (de pedra), depois, em grande parte, recobertos por camada asfáltica, é possível sentir que o solo treme toda vez que passa um veículo mais pesado, como caminhões ou ônibus.

Este Mercado Municipal tinha uma particularidade muito interessante. Do lado esquerdo de quem adentrava o mercado, estavam os açougues especializados em carne de vaca, como era comum dizer na época, hoje, carne bovina. Do lado direito estavam os açougues especializados em carne de porco, atualmente, carne suína. Os açougues eram especializados e não vendiam os dois tipos de carne. Na parte interior, bem no corredor que unia os dois pavimentos do mercado, estava situada a Peixaria do seu Santo Scófano, mais conhecido com Santo peixeiro, que foi comerciante de peixes e frutos do mar por mais de trinta anos. Sua simpatia e habilidade com os peixes são lembradas, até hoje, pelas pessoas mais antigas da cidade. Cada cliente era um grande amigo, e toda vez que ia comprar peixes ou frutos do mar, recebia as orientações necessárias para o seu preparo à moda da tradicional e maravilhosa cozinha italiana.

Ao lado desse antigo Mercado Municipal estava localizado o prédio do Posto Policial e Cadeia Pública.

 

 

 

Históricas - Prédio Histórico - Década 1950


O saudoso, interessante e bonito prédio que abrigou, no início, na década de 1950, a tradicional “Flora Campos do Jordão”, de propriedade do experiente e dedicado Sr. Mário Akiharu Utiyama, grande especialista do cultivo e propagação de plantas ornamentais e cogumelos do tipo “champignons” e também, um dos primeiros cultivadores das cerejeira, criador da Festa da Cerejeira em Flor de Campos do Jordão. Posteriormente abrigou a sede do DMTUR - Departamento Municipal de Turismo, principalmente à época em que o saudoso, experiente, competente e dedicado homem público, Vereador por várias legislaturas, Presidente da Câmara Municipal, Joaquim Corrêa Cintra, esteve em seu comando, na década de 1960 e início da de 1970. Esse prédio estava situado exatamente no mesmo local onde, at hoje está instalada a Telefônica, em frente à Estação de Vila Abernéssia, da Estrada de Ferro Campos do Jordão.

Ao fundo, do lado direito, o prédio onde, durante alguns anos esteve instado o Fórum de Campos do Jordão e, posteriormente, durante vários anos, a sede da Câmara Municipal de Campos do Jordão.

 

 

 

Históricas - Vila Abernéssia 1940 - Gráfica A Cidade


Foto do final da década de 1940 mostrando parte da pista da Av. Dr. Januário Miráglia que, atualmente é denominada Av. Frei Orestes Girardi, localizada em frente à Estação de Vila Abernéssia, da Estrada de Ferro Campos do Jordão.

Na foto, à esquerda, a agência da S.E.R - Serviço de Entrega Rápida que, durante vários anos, fez serviços de transportes e entrega de mercadorias diversas, entre São Paulo Campos do Jordão e vice-versa.

Na seqüência, à direita, as duas portas seguintes onde, desde os anos de 1949 a te 1972 esteve estabelecida a indústria Gráfica “A Cidade”, do saudoso, experiente, competente e dedicado homem público, Vereador por várias legislaturas, Presidente da Câmara Municipal, Diretor de Turismo da Prefeitura Municipal de Campos do Jordão, Joaquim Corrêa Cintra . Nesse local, durante todo esse período, contando com o auxílio do seu competente e dedicado irmão José Corrêa Cintra, editou e comandou as edições do saudoso Jornal “A Cidade” de Campos do Jordão, desde 0 ano de 1949 até o ano de 1972.

Na seqüência, nas duas portas seguintes, a primeira sede da “Casa Oriete”, especializada em calçados diversos, de propriedade da Sra. Maria Aparecida Rossi Elias que, posteriormente, passou a ser estabelecida nas duas portas ao lado onde, nesta época, estava estabelecido o tradicional e bem montado Bar e Restaurante Damas, do saudoso Antonio de Oliveira Damas Sobrinho.

Na avenida, um carro, acredito, dirigido pelo saudoso Fernando Carvalho, transportando a Rainha e alguns troféus dos Jogos Abertos de Campos do Jordão. Que, contando com as várias agremiações esportivas de Campos do Jordão, valorizava o esporte de nossa cidade. 04- Foto da década de 1960, mostrando o saudoso Mirante do Alto da Boa Vista. Ficava localizado nas proximidades do Palácio Boa Vista de Campos do Jordão. Pela estrada, passando o Palácio no sentido do atual Auditório “Cláudio Santoro”, na atual Praça Dona Maria Maluf tomava-se a direita e depois, a segunda à esquerda da casa do saudoso Dr. Atílio Zelante Flosi, hoje pertencente à Sra. Lia Maria Aguiar, e novamente à esquerda onde hoje é a casa do Sr. Kim Wang, aproximadamente uns duzentos metros, lá estava localizado o Mirante.

Esse mirante, uma obra arquitetônica bastante simples e até rudimentar, foi construído na década de 1950 e permaneceu prestando relevantes serviços aos Jordanenses e principalmente aos turistas que visitavam Campos do Jordão até a década de 1970. Sua estrutura era totalmente de madeira de eucalipto tratado. A escadaria, o assoalho, o madeiramento do telhado e suas partes externas eram de madeira, tábuas, vigas, ripamento etc.. Sua cobertura era de telhas do tipo Eternit ou Brasilit. Em suas quatro faces tinha grandes janelas fixas de vidro. Possuía instalado um sistema de pára-raios, procurando proporcionar um caminho mais fácil às descargas atmosféricas evitando danos.

Do alto desse Mirante, com uma visão de 360 graus, visualizava-se grande parte das lindas paisagens de Campos do Jordão, especialmente a linda e exuberante Pedra do Baú que ficava no horizonte, bem à sua frente. Era um grande ponto de encontro de jovens e de pessoas de várias idades que se aventuravam em diversas caminhadas pelas trilhas ecológicas da região, especialmente, nas grandes caminhadas visando atingir a famosa Pedra do Baú, já no Município de São Bento do Sapucaí.

Era também, local de encontro de casais de namorados que, aproveitando a bela paisagem, ali passavam momentos inesquecíveis de grande paixão.

 

 

 

Históricas - Mirante Alto da Boa Vista - 1960


Foto da década de 1960, mostrando o saudoso Mirante do Alto da Boa Vista. Ficava localizado nas proximidades do Palácio Boa Vista de Campos do Jordão. Pela estrada, passando o Palácio no sentido do atual Auditório “Cláudio Santoro”, na atual Praça Dona Maria Maluf tomava-se a direita e depois, a segunda à esquerda da casa do saudoso Dr. Atílio Zelante Flosi, hoje pertencente à Sra. Lia Maria Aguiar, e novamente à esquerda onde hoje é a casa do Sr. Kim Wang, aproximadamente uns duzentos metros, lá estava localizado o Mirante.

Esse mirante, uma obra arquitetônica bastante simples e até rudimentar, foi construído na década de 1950 e permaneceu prestando relevantes serviços aos Jordanenses e principalmente aos turistas que visitavam Campos do Jordão até a década de 1970. Sua estrutura era totalmente de madeira de eucalipto tratado. A escadaria, o assoalho, o madeiramento do telhado e suas partes externas eram de madeira, tábuas, vigas, ripamento etc.. Sua cobertura era de telhas do tipo Eternit ou Brasilit. Em suas quatro faces tinha grandes janelas fixas de vidro. Possuía instalado um sistema de pára-raios, procurando proporcionar um caminho mais fácil às descargas atmosféricas evitando danos.

Do alto desse Mirante, com uma visão de 360 graus, visualizava-se grande parte das lindas paisagens de Campos do Jordão, especialmente a linda e exuberante Pedra do Baú que ficava no horizonte, bem à sua frente. Era um grande ponto de encontro de jovens e de pessoas de várias idades que se aventuravam em diversas caminhadas pelas trilhas ecológicas da região, especialmente, nas grandes caminhadas visando atingir a famosa Pedra do Baú, já no Município de São Bento do Sapucaí.

Era também, local de encontro de casais de namorados que, aproveitando a bela paisagem, ali passavam momentos inesquecíveis de grande paixão.

 

 

 

Famílias - Casamento Palmyra e Paulo Camargo - 1933


Foto do dia 25 de março dedo ano de 1933 , data do casamento dos meus saudosos tios Palmyra Ferreira da Rocha e Paulo Sampaio Camargo. Para muitos que estarão vendo esta foto e lendo o histórico, poderão, a princípio, pensar: Não conheci essas pessoas. Para mim não tenho o menor interesse em saber algo sobre ela. Muitos poderão ver a foto e ler o histórico apenas por curiosidade, procurando saber alguma coisa a mais sobre a história de Campos do Jordão.

Bem, minha Tia Palmyra Ferreira da Rocha, na época, estava na flor da idade, com apenas 23 anos. Ela nasceu na antiga cidade de Faxina, no Estado de São Paulo, hoje, a cidade de Itapeva, no dia 22 de janeiro de 1910. Ela era filha dos meus avós Joaquim Ferreira da Rocha e Maria Gütler da Rocha, a sétima filha do casal que teve quatorze filhos, exatamente a do meio da prole.

Naquela foto história da famíla de Joaquim Ferreira da Rocha e Maria Gütler da Rocha, colocada recentemente no site, na semana do dia 09/09 a 16/09/2010, ela é aquela criancinha de pouco mais de três meses de idade que aparece no colo da minha avó Maria, no ano de 1910.

Palmya e seus outros irmãos mais velhos e alguns mais novos, vieram para Campos do Jordão no longínquo ano de 1914, acompanhados de seus pais, durante todo o período em que meu avô Joaquim, prestando serviços como sub-empreiteiro para o grande Sebastião de Oliveira Damas, seu conterrâneo do pequeno Concelho de Castelo de Paiva, Portugal, como Empreiteiro responsável, atravessaram o Vale do Rio Paraiba, subiram a Serra da Mantiqueira, construindo a Estrada de Ferro Campos do Jordão, ligando as cidades de Pindamonhangaba e Campos do Jordão, durante os anos de 1912 a 1914, no auge do período negro da tuberculose que assolava o país. A pequena ferrovia era o ínicio das grandes esperanças de acesso rápido e confortável para Campos do Jordão, propiciando aos doentes, oriundos de todos rincões brasileiros, a busca do clima invejável, privilegiado e especial, propagado como única possibilidade para a cura da terrível doença.

Palmyra morou em Campos do Jordão desde essa época até meados da década de 1940. Casou-se com o escrivão de polícia Paulo Sampaio Camargo, um dos Filhos de Dona Maria Emília Sampaio Camargo, uma das pessoas que prestou relevantes serviços para esta cidade de Campos do Jordão, especialmente no auxílio financeiro prestado ao Sanatorinhos - Ação Comunitária de Saúde, sendo por isso considerada Presidente Honorária e Benemérita da Instituição. Palmyra teve três filhos: Paulo, o conhecido Paulinho Camargo, grande esportistas, amigo dos esportistas antigos de Campos do Jordão, Jairo e Yara. Praticamente criou sozinha os três filhos considerando que o marido faleceu ainda muito jovem. Infelizmente, todos filhos já faleceram.

Palmyra, sempre foi grande heroína. Em momento algum veio a se abater e entregar os pontos como costumamos dizer, mesmo com os diversos e grandes problemas enfrentados durante toda sua vida; falecimento do marido ainda jovem e dos três filhos, a Yara de acidente autobilístico na Rodovia Presidente Dutra, nas proximidades da cidade de Aparecida-SP., deixando três filhos ainda pequenos, Jairo que, desde garoto, enfrentou durante muitos anos seguidos, sérios problemas cardíacos e Paulinho, logo após sua reforma como Coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Sempre foi uma pessoa muito bem humorada, dinâmica, muito bem apessoada, bonita, vaidosa na sua postura e maneira de vestir e se apresentar em qualquer situação. Sempre disposta a ajudar, aconselhar e incentivar.

Por tudo isso foi premiada com a Graça Divina. Foi a representante da família Ferreira da Rocha com maior longevidade. Completou centenário de nascimento em 2010 e nos deixou no dia 04 de agosto de 2011 com 101 anos de idade.

Palmyra morou muitos anos em São Paulo e nos seus últimos anos, numa ótima casa de saúde nas proximidades da cidade de São Paulo.

Para todos que tiveram paciência e oportunidade de ler estes relatos, agradecemos penhoradamente, afirmando que esta é uma pequena homenagem a esta Tia Palmyra que trouxe muita alegria e felicidade a todos nós e a todos que a conheceram. Por tudo isto e muito mais, inclusive pela sua linda e inesquecível voz, diferençada e marcante, sempre esteve e estará eternamente em nossos corações.

Infelizmente não conseguimos identioficar a menina e o menino que ladeiam o casal de noivos.

Ao fundo da foto a famosa e tradicional e enorme casa construída pelo Dr. José de Magalhães, no final de 1896 e utilizada como sua residência – depois da sua morte, em 1899, foi transformada na famosa Pensão Sans-Souci (montada por Tancredo Moreira Leal, filho do Conde Moreira Leal), localizada na atual Vila Fracalanza, proximidades da casa de Julio Fracalanza e, também, vizinha da primeira casa de alvenaria construída na atual Vila Abernéssia, de propriedade de Joaquim Ferreira da Rocha, que aqui chegou, no ano de 1914, junto com a construção da ferrovia da Estrada de Ferro Campos do Jordão – EFCJ, no acesso à atual Vila Fracalanza, no local onde, durante muitos anos, esteve sediada a Assistência S. e Social – ASSISO, da Irmandade do Sagrado Coração de Jesus.

 

 

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