Fotografias Semanais que contam a
história de
Campos do Jordão.
de
17/01 a 23/01/2019
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Históricas
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Vila Abernéssia - Década 1940
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Um cartão postal muito antigo, da década de 1940, colorizado à mão, mostrando a Praça da Bandeira, o nosso Jardim da Vila Abernéssia.
No cartão acima da praça a Rua Brigadeiro Jordão e os prédios antigos . Da esquerda para a direita o prédio de propriedade da Família Olivetti onde, até algum tempo, na parte térrea, estava estabelecido na esquina com a Rua Pereira Barreto o Restaurante de Serginho e, na parte superior está um Hotel que, até pouco tempo, se chamava Hotel Brasil. Na seqüência, o prédio mais antigo de Campos do Jordão, também da Família Olivetti onde, no passado, esteve instalada a Farmácia Olivetti, o Hotel Montanhês e a sede da Prefeitura de Campos do Jordão. Em seguida, o antigo prédio da Companhia Sul Mineira de Eletricidade - CSME, posteriormente CESP - Companhia Energética de São Paulo. Atualmente, no novo prédio construído pela CESP, está sediado o posto da Receita Federal de Campos do Jordão. Ao fundo, a Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus.
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Históricas
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Casa Orienta - 1930
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Uma foto muito antiga. Uma raridade. O prédio onde, a partir da década de 1930, esteve sediada a Casa Oriental, de Secos e molhados, louças, vidros e alumínios, bombons, chocolates, charutos e cigarros, alem de diversos artigos para presentes. A Casa Oriental, de propriedade do saudoso Sr. Jamil Pedro Zaiter, um pioneiro do comércio de Campos do Jordão, estava estabelecido em frente à Estação de Vila Abernéssia, da Estrada de Ferro Campos do Jordão. Posteriormente, no mesmo local, foi construído um novo prédio e a Casa Oriental, nele, esteve estabelecida por várias décadas. Esse prédio existe até os dias atuais e pertence à família do Sr. Jamil.
OBS: Foto gentilmente cedida pelo amigo Jamil Pedro Farah Zaiter, um dos filhos do Sr. Jamil Pedro.
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Pessoas
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Jamil Pedro Zaiter
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Na foto o saudoso Sr. Jamil Pedro Zaiter, um pioneiro do comércio de Campos do Jordão onde, por diversas décadas, esteve estabelecido com a tradicional e famosa Casa Oriental, localizada em frente à Estação de Vila Abernéssia, da Estrada de Ferro Campos do Jordão.
A seguir, um pouco da história do Sr. Jamil Pedro Zaiter, contada por ele mesmo:
Jamil Pedro Zaiter
“Cheguei a Campos do Jordão em 1926, com 15 anos. As primeiras pessoas que conheci foram João Maquinista e Floriano Pinheiro.
O primeiro era o banco da cidade, emprestava dinheiro a juros, alugava casas e vendia terrenos. Levava uma vida muito econômica.
Na verdade, foi um incentivador do progresso de Vila Abernéssia.
O Dr. Robert John Reid foi um homem bom, fez muitas doações e morreu pobre, depois de ser rico.
Morreu em uma casa de madeira onde Frei Orestes, mais tarde, construiu a sua creche. Acompanhei o seu sepultamento.
Na hora de baixar o ataúde, ele não cabia na cova aberta; foi preciso serrar, na hora, um pedaço de madeira.
Caprichos da vida - o homem que doou em vida tanto terreno, na hora da morte não tinha direito a mais um palmo de terra.
Em 1926, Vila Abernéssia não passava de uma fazenda, tinha umas 20 casas. Quem descobriu Campos do Jordão foi Adhemar de Barros, que trouxe o engenheiro Prestes Maia para fazer o projeto de urbanização da cidade.
Ficou 3 meses em Campos do Jordão.
Em 1940, o Grêmio Recreativo e Artístico Jordanense levou muitas peças de teatro no Cinema Jandyra, e entre os atores, figuravam Floriano Pinheiro e Augusto Barsaline. Esse Grêmio, além disso, projetava filmes, tocava discos antes das sessões, promovia bailes de carnaval para a família jordanense.
Participei de sua constituição, e bem assim do Cine Glória, que o sucedeu. Antes das sessões, soltava-se foguetes para avisar o povo.
Conheci o pintor Carlos Barreto, o escritor Caio Jardim, que mantinha um curso de datilografia e Octávio Bittencourt, que abandonou o 3° ano de medicina, e doente, veio para cá, de Santos.
Em 1935, com Benedito Vaz Dias, fundou o serviço de alto-falante, o embrião da rádio emissora.
Em 1934/35, apareceu um doente, de origem árabe, com uma carta de recomendação a Felipe Salim, que não podia mantê-lo sozinho.
Reuni a colônia sírio-libanesa e o enfermo foi mantido.
Aí surgiu a idéia de fundar uma sociedade beneficente com o dinheiro arrecadado.
Ibrahim Cury que descansava na cidade soube da idéia e resolveu ajudar, convocando a colônia árabe no Cinema Jandyra, o que permitiu a fundação de uma sociedade beneficente.
Eis que surge um impasse, uns queriam que se denominasse Sanatório Sírio, e outros, Sanatório Sírio-Libanês.
Como a maioria era síria, somente Pedro Paulo e eu votamos pela segunda denominação.
O descendente de árabe mais antigo em Campos do Jordão foi Felício Raimundo, meu avô, que se instalou nos Mellos e depois veio para Abernéssia. Teve duas filhas, Naza, casada com Nagib Muait e Hasna, casada com Pedro Zaiter, meus pais.
Depois vieram Felipe Salim, Nabi Narche, Bady Salim, Jorge Azem Rachid, Pedro Paulo, Nacim Abrão e Abrahim Jundi, entre outros.
Foi o Dr. José Carlos de Macedo Soares que incentivou a construção da estrada que liga Campos do Jordão a S. José dos Campos.
OBS: Do livro “História de Campos do Jordão” - Editora Santuário, Outubro de 1986, páginas 733 e 734, da autoria do Escritor, advogado, jornalista e historiador Pedro Paulo Filho.
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Históricas
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Vila Abernéssia - Década 1930
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Uma foto da década de 1930 mostrando, na Av. Dr. Januário Miráglia (esta pista, atualmente, Av. Frei Orestes Girardi),em frente à Estação de Vila Abernéssia, da Estrada de Ferro Campos do Jordão, a tradicional e famosa Casa Oriental, em seu novo prédio, onde esteve estabelecida por várias décadas, sempre, como o ramo de Secos e molhados diversos, louças, vidros e alumínios, bombons, chocolates, charutos e cigarros, alem de diversos artigos finos para presentes.
Na seqüência a tradicional e famosa Farmácia Santa Izabel, de propriedade do saudoso farmacêutico Sr. Américo Richieri.
Na seqüência a maravilhosa loja, tradicional e famosa em Campos do Jordão, a Relojoaria Guarinon, de propriedade do saudoso amigo Sr. Fernando Guarinon Zen, especializada em presentes finos, relógios, óculos, canetas importadas e uma infinidade de artigos maravilhosos, mantendo também, uma oficina para consertos de relógios, óculos e confecção de jóias diversas, em ouro, prata e platina.
A seguir a loja onde, por diversos anos, esteve estabelecida a Livraria e Papelaria Seabra, do saudoso Sr. Joaquim Pinto Seabra, especializada em livros, jornais, revistas, cadernos e presentes. Posteriormente, esta Livraria passou para a propriedade do Sr. Rubens de Lima Rosa e, mais tarde, para o saudoso amigo Alexandre Aboud.
Também, na seqüência, a loja onde, durante muitos anos, esteve estabelecida a tradicional e famosa Casa Líder, de propriedade do Sr. Orlando Lauretti, especializada em roupas finas, especialmente, os produtos da famosa marca RENNER, existentes até os dias atuais.
OBS: Foto gentilmente cedida pelo amigo Jamil Pedro Farah Zaiter, um dos filhos do Sr. Jamil Pedro.
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Vila Abernéssia - Floriano Pinheiro
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Uma foto antiga da Vila Abernéssia, da década de 1940, tirada nas proximidades do atual pólo de estacionamento de Vila Abernéssia, local onde, tradicionalmente aos sábados, é realizada a concorrida Feira de artigos horti-fruti granjeiros, vendidos pelos produtores de Campos do Jordão e municípios próximos, inclusive, de alguns mineiros, localizados em nossa região.
Na foto, infelizmente, só consegui identificar o quarto, da esquerda para a direita, o saudoso Floriano Rodrigues Pinheiro e, ao seu lado, agachada, sua esposa Izabel Rocha Pinheiro, com as duas filhinhas Esther e Arlete.
Ao fundo o prédio do antigo Cinema Jandyra, o primeiro de Campos do Jordão e algumas casas da Rua Brigadeiro Jordão.
Floriano foi um dos pioneiros da construção civil de Campos do Jordão.
Floriano Rodrigues Pinheiro, nasceu em Portugal em 17/janeiro/1896, na Freguesia de Bairros, no Concelho de Castelo de Paiva, Distrito de Aveiro. Também era conterrâneo do Empreiteiro da Estrada de Ferro Campos do Jordão, Sr. Sebastião de Oliveira Damas que o trouxe para o Brasil para trabalhar na construção da Ferrovia. Até que fosse iniciada essa construção, por mais ou menos um mês, trabalhou prestando serviços de cantaria na construção da Catedral da Sé, na cidade de São Paulo.
Na época da construção da ferrovia, de profissão "canteiro", especializado na arte da "cantaria", ou seja, em trabalhos com pedras, teve papel importante na construção dos pilares da majestosa Ponte Metálica sobre o Rio Paraíba.
Chegou a Campos do Jordão, no ano de 1914. Como muitos que a Ferrovia trouxe para cá, foi muito importante para o progresso da cidade. Por isso, faz parte da nossa história..
Floriano Rodrigues Pinheiro radicou-se definitivamente em Campos do Jordão e nunca mais saiu. Casou-se com Isabel, filha de Joaquim Ferreira da Rocha e Maria Gütler Rocha. Joaquim, seu sogro, também trabalhou na construção da Ferrovia e era seu conterrâneo da mesma cidade de Portugal.
Floriano, na década de 1920, montou, juntamente com o sogro, uma das primeiras Construtoras de Campos do Jordão a "Rocha e Pinheiro". Mais tarde, com a aposentadoria do sogro, a Construtora passou para sua propriedade e responsabilidade.
A “Construtora Pinheiro” montou, no atual bairro do Britador, a primeira máquina para britar pedras para uso na construção civil em geral. Montou, também, uma carpintaria e marcenaria para a confecção de portas, janelas, esquadrias diversas e até caixões funerários. O britador por ele montado foi, posteriormente, cedido para a Prefeitura Municipal.
Na década de 1930, Floriano e pequeno grupo de amigos benevolentes iniciaram a construção de sanatórios populares, visando dar condições humanas às necessidades dos indigentes tuberculosos que para cá vinham em busca da cura. Nessa época, três sanatórios populares foram edificados: O S-1 para crianças, o S-2 para mulheres e o S-3 para homens. A partir dessa iniciativa vieram o apoio popular, as pensões e a assistência médica.
Essa Construtora perdurou até meados da década de 1980. Foi responsável pela construção de inúmeras e grandiosas obras em Campos do Jordão. Dentre elas, o tradicional Hotel Toriba, a Igreja de Santa Terezinha, o Dispensário Emílio Ribas no ano de 1924, a casinha abrigo no alto da Pedra do Baú, sob o patrocínio do Sr. Luiz Dumont Villares, a primeira usina de energia elétrica da Companhia de Eletricidade de Campos do Jordão, de propriedade de Alfredo Jordão e Robert John Reid; da Santa Casa de Campos do Jordão “Hospital Dr. Adhemar de Barros”; dos Sanatórios N.S. das Mercês, Ebenezer e boa parte do prédio do Preventório Santa Clara, do Palácio Boa Vista, até a fase de cobertura, do Grupo Escolar Domingos Jaguaribe, da “Indústria Belfruta”, fabricante do famoso destilado de maçã “Calvila”, da Sede do Banco Mercantil de São Paulo, do primeiro bloco do Hotel Estoril e muito mais.
Floriano foi vereador à Câmara Municipal de Campos do Jordão, na segunda e terceira legislaturas, nos anos de 1952 a 1955 e 1956 a 1959. Faleceu em Campos do Jordão no dia 03 de outubro de 1981.
Em sua homenagem, por todo trabalho realizado em Campos do Jordão, o Bairro situado nos altos da Vila Ferraz leva o nome de Jardim Floriano Pinheiro. Também, a Rodovia SP.123 que liga Campos do Jordão à via Dutra, na altura de Quiririm e Taubaté, leva o nome de Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro.
OBS: Texto da autoria de Edmundo Ferreira da Rocha
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