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Fotografias que contam a história de Campos do  Jordão.


 

Estrada de Ferro Campos do Jordão - Dr. Emílio Marcondes Ribas


Estrada de Ferro Campos do Jordão - Dr. Emílio Marcondes Ribas ((efcj1))Médico higienista e sanitarista, nasceu no dia 11 de abril de 1862 em Pindamonhangaba, São Paulo. Formou-se pela faculdade de medicina em 1887, no Rio de Janeiro.

Juntamente com seu colega e companheiro, o Médico Sanitarista Dr. Victor Godinho, idealizaram e construiram a Estrada de Ferro Campos do Jordão, com o objetivo de facilitar aos seus pacientes um acesso mais rápido e confortável a Campos do Jordão, por ser uma vila no alto da Serra da Mantiqueira, com clima de montanha ideal para as pessoas que procuravam e necessitavam de um tratamento para a cura da tuberculose, o mal do século. Dessa maneira, colaboraram também, para a fundação dos Sanatórios de Campos do Jordão, para o tratamento da tuberculose. A ferrovia cumpriu, por vários anos, seus objetivos iniciais, que motivaram a sua construção.

O Dr. Emílio Marcondes Ribas faleceu, com 63 anos de idade, no dia 19 de fevereiro de 1925 na cidade de São Paulo São Paulo.

 

 

 

 

Estrada de Ferro Campos do Jordão - Dr. Emílio Marcondes Ribas


Estrada de Ferro Campos do Jordão - Dr. Emílio Marcondes Ribas ((efcj1A))Médico higienista e sanitarista, nasceu no dia 11 de abril de 1862 em Pindamonhangaba, São Paulo. Formou-se pela faculdade de medicina em 1887, no Rio de Janeiro.

Juntamente com seu colega e companheiro, o Médico Sanitarista Dr. Victor Godinho, idealizaram e construiram a Estrada de Ferro Campos do Jordão, com o objetivo de facilitar aos seus pacientes um acesso mais rápido e confortável a Campos do Jordão, por ser uma vila no alto da Serra da Mantiqueira, com clima de montanha ideal para as pessoas que procuravam e necessitavam de um tratamento para a cura da tuberculose, o mal do século. Dessa maneira, colaboraram também, para a fundação dos Sanatórios de Campos do Jordão, para o tratamento da tuberculose. A ferrovia cumpriu, por vários anos, seus objetivos iniciais, que motivaram a sua construção.

O Dr. Emílio Marcondes Ribas faleceu, com 63 anos de idade, no dia 19 de fevereiro de 1925 na cidade de São Paulo São Paulo.

 

 

 

 

Estrada de Ferro Campos do Jordão - Dr. Victor Godinho


Estrada de Ferro Campos do Jordão - Dr. Victor Godinho ((efcj2))Victor Godinho, médico sanitarista, nasceu em 26 de dezembro de 1862 na cidade do Rio de Janeiro. Foi notável médico,tendo se formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1887, onde teve como companheiros de turma : Emílio Ribas, Theodoro Bayma. Carlos Brandão...e outros ilustres colegas.

Victor Godinho, médico sanitarista, nasceu em 26 de dezembro de 1862 na cidade do Rio de Janeiro. Foi notável médico,tendo se formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1887, onde teve como companheiros de turma : Emílio Ribas, Theodoro Bayma. Carlos Brandão...e outros ilustres colegas.

Juntamente com seu colega e companheiro, o Médico Sanitarista Dr. Emílo Marcondes Ribas, idealizaram e construiram a Estrada de Ferro Campos do Jordão, com o objetivo de facilitar aos seus pacientes um acesso mais rápido e confortável a Campos do Jordão, por ser uma vila no alto da Serra da Mantiqueira, com clima de montanha ideal para as pessoas que procuravam e necessitavam de um tratamento para a tuberculose, o mal do século. Dessa maneira, colaboraram também, para a fundação dos Sanatórios de Campos do Jordão, para o tratamento da tuberculose.

O Dr. Victor Godinho presidiu a Sociedade Estrada de Ferro Campos do Jordão entre os anos de 1912 e 1914 que, mais tarde, foi encampnada pelo Estado. A ferrovia cumpriu, por vários anos, seus objetivos iniciais, que motivaram a sua construção.

Faleceu no Rio de Janeiro em 26 de setembro de 1922, vitimado pela "arterio-esclerose". Está enterrado no mausoléu de sua família, no Cemitério São João Batista no Rio de Janeiro.

 

 

 

 

Estrada de Ferro Campos do Jordão - Dr. Antonio Prudente de Morais


Estrada de Ferro Campos do Jordão - Dr. Antonio Prudente de Morais ((efcj3))ANTONIO PRUDENTE DE MORAES (Piracicaba - 09/janeiro/1880 / Guaratinguetá - 11/dezembro/1944). Era engenheiro civil, formado pela Escola Politécnica de São Paulo.

Foi experiente engenheiro ferroviário. No período de 1912 a 1914, foi o destacado Diretor Técnico que acompanhou a construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, idealizada pelos Drs. Emílio Marcondes Ribas e Victor Godinho, ligando a cidade de Pindamonhangaba-SP., no Vale do Paraíba a Campos do Jordão-SP.. A ferrovia era necessária para facilitar aos seus pacientes e doentes acometidos pela tuberculose, um acesso mais rápido e confortável ao alto da Serra da Mantiqueira, dotado de clima de montanha ideal para as pessoas que procuravam e necessitavam de tratamento para a cura do mal do século XX.

O Dr. Antonio Prudente de Moraes era o sexto filho do Dr. Prudente José de Moraes Barros, primeiro Governador do Estado de São Paulo (14/12/1889 a 18/10/1890) e Presidente da República do Brasil, o primeiro presidente civil, de 1894 a 1898. Sua Mãe D. Adelaide Benvinda de Moraes Barros (nascida Silva Gordo). Foi casado com D. Maria Prudente de Moraes (nascida França Meireles), a D. Marieta e tiveram oito filhos, sendo que dois faleceram ainda crianças, ambos batizados como José Prudente.

Os seis que sobreviveram foram:

1. Prudente Meireles de Moraes (1904-1932), engenheiro, morto em combate, com apenas 28 anos, durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Era casado, deixou a viúva com um filho de 3 anos de idade;

2. António Prudente Meireles de Moraes (1906-1965), médico, professor oncologista, fundador do Hospital do Câncer – Hospital AC Camargo, em S.Paulo, casado com Carmem Annes Prudente de Moraes, a benemérita D.Carmem Prudente, sua incansável colaboradora, reconhecida internacionalmente por seu dedicado trabalho nas pioneiras Campanhas de Combate ao Câncer no Brasil. Não tiveram filhos;

3. Maria Adelaide (1912-2003), casada com Dr. Raphael de Paula Souza (1902-1999), professor, médico tisiologista de renome internacional, idealizador da Campanha Nacional de Combate à Tuberculose, um dos responsáveis pelo fim da epidemia dea doença que se expandia pelo país nas décadas de 1930/40. Foi diretor do Sanatório São Paulo de Campos do Jordão no período de 1930 a 1932. Foi também, um dos fundadores dos Sanatorinhos Populares de Campos do Jordão, “Sanatorinhos - Ação Comunitária de Saúde”, de Campos do Jordão, especializados no tratamento da tuberculose. Nessa época, durante a construção do Sanatório S-3, contou com o importante e dedicado trabalho da esposa Maria Adelaide que muito colaborou com a organização de campanhas e eventos para arrecadação de fundos. Tiveram 3 filhos;

4. Maria Rosina (1914-1992) casada com Fernando Getúlio Neves da Costa (1904-1946), (pais de Maria de Lourdes Moraes Costa que colaborou com o aprimoramento de toda esta biografia), ele fundador da Rádio Difusora de São Paulo, faleceu precocemente, de câncer. Deixou a esposa Maria Rosina com 5 filhos, os quais foram criados por ela com o suor de seu trabalho;

5. Anna Maria (1919-2012), que entrou para a Congregação das Cônegas de Santo Agostinho, das freiras do antigo Colégio Des Oiseaux e Faculdade Sedes Sapientiae, da qual foi diretora por muitos anos, dedicando-se ao magistério e à vida religiosa;

6 . Maria Julia, (1924-2008), casada com Dr. Elio Lago, médico italiano, tendo se mudado para a Itália em 1953, onde viveu até sua morte. Tiveram 5 filhos.

Agradeço informações gentilmente fornecidas pela Sra. Maria de Lourdes Moraes Costa, neta do Dr. Antonio Prudente de Moraes.

Edmundo Ferreira da Rocha

 

 

 

 

Estrada de Ferro Campos do Jordão - Dr. Guilherme Winter


Estrada de Ferro Campos do Jordão - Dr. Guilherme Winter ((efcj4))Guilherme Ernest Winter (Santos-SP.20/04/1884 / Santos-SP.28/01/1961). Foi admitido na Escola Politécnica em 1901; no ano seguinte, recebeu o título de contador e, em 1907, os de engenheiro-arquiteto e civil.

Foi um dos fundadores do Grêmio Politécnico em 1º de dezembro de 1903. Diplomado com distinção em 1908, realizou estágio de praticagem na Cia. Mogiana, em Campinas, entrando em seguida para o seu quadro de engenheiros (Escola Politécnica, 1907 / 1909). Lá, em 1910 projetou uma ponte de concreto armado - material “que tão bem se presta à estética das obras de arte pelo aspecto audaz e elegante que lhes imprime” - sobre o ribeirão dos Machados, para dar acesso à estação de Socorro. Essa talvez seja a primeira ponte de concreto armado construída no estado de São Paulo.

Foi, no período de 1912 a 1914, portanto, há cem anos, o Engenheiro Chefe da construção da importante Estrada de Ferro Campos do Jordão, idealizada pelos Drs. Emílio Ribas e Victor Godinho, ligando as cidades paulistas de Pindamonhangaba e Campos do Jordão, com 46 quilômetros, construídos em apenas dois anos e 45 dias. A ferrovia, uma escalada para a vida, propiciou o acesso confortável aos brasileiros que necessitavam do clima privilegiado, em busca da única tentativa para a cura da tuberculose, o mal do século XX.

Foi, no ano de 1915, contratado como lente substituto da 8ª Seção de Obras Públicas e Administração da Politécnica, cargo que ocupou até março de 1919; provavelmente lecionava as cadeiras de “Estradas, Pontes e Viadutos” e “Estradas de Ferro (trafego”); Winter obteve o segundo lugar no concurso de projetos de casas econômicas para o proletariado, organizado pelo prefeito Washington Luiz Pereira de Souza em 1916.

Foi um dos fundadores em 1916 do Instituto de Engenharia, tendo participado de sua primeira diretoria. Foi sócio do Instituto Paulista de Arquitetos.

Em maio de 1938, foi indicado, pelo Interventor Adhemar Pereira de Barros (27/04/1938 - 04/01/1941), Secretário de Viação e Obras Públicas do Estado, cargo que ocupou até o fim do governo. Como Secretário realizou: eletrificação da Estrada de Ferro Sorocabana; prolongamento da linha e estudos de revisão do traçado da Estrada de Ferro Araraquara; alargamento da bitola da Estrada de Ferro São Paulo e Minas Gerais; obras de melhoramentos do porto de São Sebastião e início das obras de construção do porto de Ubatuba; planejamento do aeroporto de São Paulo, no Campo de Congonhas, e projetos de aeroportos no interior do estado; inúmeras obras de ampliação e remodelação das redes de águas e esgotos em todo estado; construção da usina hidrelétrica de Formosa; regulamentação do serviço telefônico intermunicipal etc.. Nesse período, foram construídos inúmeros edifícios públicos, entre os quais: o Hospital das Clínicas, o Instituto Adolpho Lutz, a Clínica Infantil da Faculdade de Farmácia, diversos prédios do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, o fórum de Caçapava, as escolas profissionais de Botucatu e de Sorocaba, as cadeias e delegacias de Lins e Marília, o Hospital Adhemar de Barros em Apiaí, mais de trinta grupos escolares, além da conclusão das obras da Faculdade de Direito, do Instituto Biológico e do Palácio da Justiça etc. e o Hospital das Clínicas.

Edmundo Ferreira da Rocha

 

 

 

 

Estrada de Ferro Campos do Jordão - Dr. José Antonio Salgado


Estrada de Ferro Campos do Jordão - Dr. José Antonio Salgado ((efcj5))Engenheiro da Estrada de Ferro Campos do Jordão na época da sua construção nos anos de 1912 a 1914.

Biografia do engenheiro Dr. José Antonio Salgado

José Antônio Salgado nasceu em Pindamonhangaba, em 25 de agosto de 1881, filho de Martiniano Moreira Salgado e Olympia Adelaide da Costa Salgado.

Formou-se engenheiro civil na primeira turma da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – USP, tendo entre seus amigos o Sr. Prestes Maia.

Foi engenheiro da Estrada de Ferro Pindamonhangaba – Campos do Jordão na época de sua construção, iniciada em 1912 e inaugurada oficialmente em 15 de novembro de 1914, na qual o Empreiteiro Responsável era seu sogro, sr. Sebastião de Oliveira Damas.

Foi casado com D. Anita Damas Salgado e teve cinco filhos: Roberto, José, Edmundo, Guilherme e Maria Isabel.

Participou ativamente da revolução de 1932, sendo responsável pela linha de montagem de munições.

Entre suas obras públicas destacam-se o projeto e a execução da reforma dos jardins do Museu do Ipiranga, localizado na cidade de São Paulo, sendo parte do conjunto arquitetônico do Parque da Independência, e o projeto da Praça Buenos Aires, localizado no bairro de Higienópolis em São Paulo. Foi um dos fundadores e sóciobenemérito da Escola de Aeronáutica e do Clube Paulista de Planadores (CPP) do Campo de Marte em 1934, com sede na Praça Ramos de Azevedo n° 16.

Na cidade de Taubaté foi proprietário da Chácara do Visconde, local onde viveu Monteiro Lobato – terras essas que foram vendidas para que ele comprasse as glebas no município de Guararema, que compreendiam também a região que veio a formar o bairro Morro Branco.

Construiu, então, o Sítio São José, onde construiu sua casa e viveu por longos anos com seus filhos e netos. Doou parte de suas terras para a abertura das Ruas João Barbosa de Oliveira e João Ramos.

Contribuiu com a construção da Igreja Matriz de Guararema, doando também o primeiro conjunto de paramentos usados na liturgia. É também de sua autoria o projeto do prédio da Prefeitura Municipal de Guararema, projetos todos que doou para a cidade, sem cobrar seus honorários.

Faleceu na cidade de São Paulo, em 26 de janeiro de 1971.

OBS: Biografia organizada pela professora Drª. Lucia Maria Salgado dos Santos Lombardi, bisneta do casal engenheiro Dr. José Antonio Salgado e de D. Anita Damas Salgado (filha de Sebastião de Oliveira Damas), tataraneta de Sebastião de Oliveira Damas, o empreiteiro responsável pelo construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, nos anos de 1912 a 1914.

 

 

 

 

Estrada de Ferro Campos do Jordão - Sr. Sebastião de Oliveira Damas


Estrada de Ferro Campos do Jordão - Sr. Sebastião de Oliveira Damas ((efcj6))Sebastião de Oliveira Damas, português de nascimento, nascido na freguesia de São Martinho da Sardoura, concelho de Castelo de Paiva, Portugal, foi o Empreiteiro Responsável pela construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, desde o início, no ano de 1912, até a sua inauguração no ano de 1914. Juntamente com ele trabalharam na construção da ferrovia vários de seus conterrâneos, muitos vindo da mesma Castelo de Paiva.

Nascido em Castelo de Paiva, Portugal, tem seu nome intimamente ligado à história de Campos do Jordão pois, ao seu espírito realizador, à sua coragem e ao seu desprendimento devemos a construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, cujas obras foram por ele empreitadas e iniciadas com a assistência técnica do Dr. Prudente de Morais, por sua vez coadjuvado pelos engenheiros José Antonio Salgado e Guilherme Winter. Não é pelo fato de ter sido o Sr. Sebastião de Oliveira Damas o empreiteiro das obras. Poderia mesmo esse detalhe não ter qualquer significação, não fossem as condições econômicas precaríssimas em que se encontraram, de um momento para outro, as finanças da empresa concessionária, determinando a paralisação das obras, eis que, a previsão de seu custo foi bem menor do que a que determinou a realidade do desbravamento, do lançamento de pontes, como por exemplo a do Rio Paraíba (160 metros) e outras obras de arte necessárias, ocasionando pesados encargos financeiros para os seus idealizadores. Mas, Sebastião de Oliveira Damas, como os velhos portugueses das conquistas que tanto dignificaram a Pátria-mãe, não era dos que esmorecem ante os obstáculos. A sua empresa, foi salva às vésperas de uma débâcle financeira irremediável, com prejuízo para todos e o que é pior, com a ameaça de paralisação de um melhoramento de há muito sonhado pelos que demandavam Campos do Jordão, pois, o único meio de transporte, na época, era a padiola (para os doentes) e o lombo de burro para os que teimavam em galgar o dorso agreste da Mantiqueira – porque, Sebastião de Oliveira Damas foi a Portugal, empenhar todos os seus bens, a fim de que os serviços não ficassem paralisados.

Assim, com essa dedicação de pioneiro, foi concluído o empreendimento, pelo qual muito trabalharam também os Drs. Emílio Ribas e Victor Godinho. “A Estrada de Ferro Campos do Jordão foi inaugurada oficialmente a 15 de novembro de 1914 e pela lei nº 1486 de 15 de dezembro de 1915, o Estado encampou-a em 21 de dezembro de 1922 (lei nº 1940), eletrificando-a. A inauguração dessa nova fase deu-se ao Governo Carlos de Campos em dezembro de 1924. (Almanaque-Histórico de Campos do Jordão de Condelac Chaves de Andrade, pág. 19).

Por esses atributos que o identificam com os nossos bandeirantes, Sebastião de Oliveira Damas sempre mereceu o respeito e a gratidão dos que se dedicam ao estudo da história de Campos do Jordão. A "Jóia da Mantiqueira", cuja beleza inigualável foi desvendada a todos os brasileiros e aos estrangeiros pelo cometimento que teve Sebastião de Oliveira Damas um dos seus baluartes mais destacados.

Sebastião de Oliveira Damas, com a idade de 87 anos, faleceu no dia 11 de janeiro de 1954, na sua Cidade Natal, Castelo de Paiva, no distante Portugal. Deixou os seguintes filhos: D. Maria de Freitas Damas, casada com o Sr, Antonio de Oliveira Damas, D. Anita Damas Salgado, casada com o Dr. José Antonio Salgado, D. Alice, D. Constância. D. Izabel e Sr. Henrique, estes últimos residentes em Portugal. Deixou, na época, trinta netos e 26 bisnetos.

Quase todo o texto, de autoria do Jornalista Joaquim Corrêa Cintra, publicado no Jornal "A Cidade", de janeiro de 1954.

 

 

 

 

Estrada de Ferro Campos do Jordão - Joaquim Ferreira da Rocha


Estrada de Ferro Campos do Jordão - Joaquim Ferreira da Rocha ((Joaquim Rocha))Joaquim Ferreira da Rocha, natural da freguesia de São Martinho da Sardoura, do concelho de Castelo de Paiva, Portugal, filho de Luiz Ferreira da Rocha e de Felicidade Moreira, nascido em 23 de março de 1870, tendo como Avós Paternos - Manuel Ferreira da Rocha e Anna Maria Lopes e Avós Maternos - Manuel Moreira e Antonia Maria.. Chegou ao Brasil, na Cidade do Rio de Janeiro, antes da Proclamação da República. Era companheiro e conterrâneo de Sebastião de Oliveira Damas. Nasceram na mesma freguesia de São Martinho da Sardoura, concelho de Castelo de Paiva - Portugal.

Anteriormente, já havia trabalhado ao lado do amigo Sebastião de Oliveira Damas, construindo muros de arrimo e vãos de pedras sobrepostas em pontilhões ao longo de ferrovias, especialmente, durante a construção de trecho da Companhia de Estrada de Ferro, de Agudos a Piratininga, e na Estrada de Ferro Sorocabana, o trecho de Faxina, hoje Itapeva, a Itararé, além de outros serviços. Adquiriu larga experiência nesse tipo de construção. Durante a construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, sob a responsabilidade do amigo Sebastião de Oliveira Damas, foi um dos subempreiteiros de serviços da ferrovia, responsável pela construção de muros de arrimo, nas encostas dos cortes efetuados na Serra da Mantiqueira e vãos de pedras sobrepostas dos pontilhões ao longo da ferrovia.

Chegou a Campos do Jordão junto com a conclusão dos serviços da Estrada de Ferro Campos do Jordão, no ano de 1914. Joaquim Ferreira da Rocha foi casado com Maria Gütler Rocha, filha de Austríacos, nascida na Cidade de Araraquara-SP., com quem teve quatorze filhos. Morou em Campos do Jordão até final da década de 1940, quando mudou para a vizinha Cidade de Pindamonhangaba-SP..

Juntamente com Floriano Rodrigues Pinheiro, também conterrâneo de Castelo de Paiva - Portugal, um dos trabalhadores e pioneiros da Estrada de Ferro Campos do Jordão que, mais tarde veio a tornar-se seu genro, casando-se com sua filha Izabel, montou, na década de 1920, uma das primeiras Construtoras de Campos do Jordão a "Rocha e Pinheiro". Mais tarde, com sua aposentadoria, a Construtora passou para propriedade e responsabilidade de Floriano Pinheiro. Essa Construtora perdurou até proximidades da década de 1980 e foi a responsável pela construção de inúmeras e grandiosas obras em Campos do Jordão, dentre outras, o Palácio Boa Vista até sua cobertura, a Santa Casa de Campos do Jordão, o Hotel Toriba, a Igreja de Santa Terezinha, o Cine Jandyra.

Joaquim Ferreira da Rocha desde que chegou ao Brasil, nunca mais retornou a Portugal e a sua terra natal. Amava o Brasil e Campos do Jordão. Dizia que aqui era a sua Pátria e esta a sua Cidade, pois aqui havia constituído sua família e viveu com muita dignidade, orgulho e felicidade.

Edmundo Ferreira da Rocha

 

 

 

 

Estrada de Ferro Campos do Jordão - Floriano Rodrigues Pinheiro


Estrada de Ferro Campos do Jordão - Floriano Rodrigues Pinheiro ((Floriano P))Floriano Rodrigues Pinheiro, nasceu em Portugal em 17/janeiro/1896, na Freguesia de Bairros, no Concelho de Castelo de Paiva, Distrito de Aveiro. Também era conterrâneo do Empreiteiro da Estrada de Ferro Campos do Jordão, Sr. Sebastião de Oliveira Damas que o trouxe para o Brasil para trabalhar na construção da Ferrovia. Até que fosse iniciada essa construção, por mais ou menos um mês, trabalhou prestando serviços de cantaria na construção da Catedral da Sé, na cidade de São Paulo.

Na época da construção da ferrovia, de profissão "canteiro", especializado na arte da "cantaria", ou seja, em trabalhos com pedras, teve papel importante na construção dos pilares da majestosa Ponte Metálica sobre o Rio Paraíba.

Chegou a Campos do Jordão, no ano de 1914. Como muitos que a Ferrovia trouxe para cá, foi muito importante para o progresso da cidade. Por isso, faz parte da nossa história.

Floriano Rodrigues Pinheiro radicou-se definitivamente em Campos do Jordão e nunca mais saiu. Casou-se com Isabel, filha de Joaquim Ferreira da Rocha e Maria Gütler Rocha. Joaquim, seu sogro, também trabalhou na construção da Ferrovia e era seu conterrâneo da mesma cidade de Portugal.

Floriano, na década de 1920, montou, juntamente com o sogro, uma das primeiras Construtoras de Campos do Jordão a "Rocha e Pinheiro". Mais tarde, com a aposentadoria do sogro, a Construtora passou para sua propriedade e responsabilidade.

A “Construtora Pinheiro” montou, no atual bairro do Britador, a primeira máquina para britar pedras para uso na construção civil em geral. Montou, também, uma carpintaria e marcenaria para a confecção de portas, janelas, esquadrias diversas e até caixões funerários. O britador por ele montado foi, posteriormente, cedido para a Prefeitura Municipal.

Na década de 1930, Floriano e pequeno grupo de amigos benevolentes iniciaram a construção de sanatórios populares, visando dar condições humanas às necessidades dos indigentes tuberculosos que para cá vinham em busca da cura. Nessa época, três sanatórios populares foram edificados: O S-1 para crianças, o S-2 para mulheres e o S-3 para homens. A partir dessa iniciativa vieram o apoio popular, as pensões e a assistência médica.

Essa Construtora perdurou até meados da década de 1980. Foi responsável pela construção de inúmeras e grandiosas obras em Campos do Jordão. Dentre elas, o tradicional Hotel Toriba, a Igreja de Santa Terezinha, o Dispensário Emílio Ribas no ano de 1924, a casinha abrigo no alto da Pedra do Baú, sob o patrocínio do Sr. Luiz Dumont Villares, a primeira usina de energia elétrica da Companhia de Eletricidade de Campos do Jordão, de propriedade de Alfredo Jordão e Robert John Reid; da Santa Casa de Campos do Jordão “Hospital Dr. Adhemar de Barros”; dos Sanatórios N.S. das Mercês, Ebenezer e boa parte do prédio do Preventório Santa Clara, do Palácio Boa Vista, até a fase de cobertura, do Grupo Escolar Domingos Jaguaribe, da “Indústria Belfruta”, fabricante do famoso destilado de maçã “Calvila”, da Sede do Banco Mercantil de São Paulo, do primeiro bloco do Hotel Estoril e muito mais.

Floriano foi vereador à Câmara Municipal de Campos do Jordão, na segunda e terceira legislaturas, nos anos de 1952 a 1955 e 1956 a 1959. Faleceu em Campos do Jordão no dia 03 de outubro de 1981.

Em sua homenagem, por todo trabalho realizado em Campos do Jordão, o Bairro situado nos altos da Vila Ferraz leva o nome de Jardim Floriano Pinheiro. Também, a Rodovia SP.123 que liga Campos do Jordão à via Dutra, na altura de Quiririm e Taubaté, leva o nome de Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro.

Edmundo Ferreira da Rocha

 

 

 

 

Estrada de Ferro Campos do Jordão - Antonio de Oliveira Damas


Estrada de Ferro Campos do Jordão - Antonio de Oliveira Damas ((Adamas2))Antonio de Oliveira Damas - (Nasceu em São Martinho da Sardoura, freguesia portuguesa do Concelho de Castelo de Paiva- Portugal - 20/01/1883 / Faleceu em Campos do Jordão-SP. 02/06/1968, com 85 anos de idade), era filho de Martinho de Oliveira Damas e Joaquina da Costa Damas. Foi um dos muitos, ilustres e dedicados pioneiros que ajudaram na construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, nos anos de 1912 a 1914. Era sobrinho do Empreiteiro da Ferrovia, Sr. Sebastião de Oliveira Damas, a quem se deve a conclusão das obras da Estrada de Ferro, devido à falência da Empresa S/A - E.F.C.J.. Sebastião O. Damas era irmão de seu pai Martinho O. Damas.

Depois da inauguração da Ferrovia e da sua encampação pelo Governo Estadual, ainda por alguns anos o Sr. Antonio de Oliveira Damas prestou serviços à ferrovia que lhe custou tantos sacrifícios. A ponte sobre o Rio Paraíba, a maior obra de arte da Ferrovia, foi construída com as dificuldades da época. Seu Antonio O. Damas, lá estava vadeando o rio, mergulhando em águas incontroláveis, muitas vezes ao dia, para implantar, junto com seus homens, os pilares da obra que, durante todos esses anos, desde sua construção, vêm resistindo sem qualquer abalo, não só os impactos das cheias como também, a constante vibração dos bondes e gôndolas que trafegam sobre os trilhos e dormentes por ela suportados. Acidentado, certa vez, nos tempos heróicos da estrada de ferro, suportou pacientemente por cerca de quarenta anos os efeitos de uma perna fraturada, como também o artritismo, herança adquirida na labuta de abrir o leito da estrada, ora dentro da água, ora sob a densa, fria e constante neblina serrana.

Fixou residência em Campos do Jordão, na Vila Jaguaribe que, desde o ano de 1922, passou a ser o seu mundo. Durante todo tempo em que aqui viveu, residiu ali no centrinho de Jaguaribe, na Av. Dr. Januário Miráglia, no local onde, atualmente, existe uma Praça e um prédio comercial por ele construído, já ampliado, onde em uma das lojas comerciais está sediada “A Casa do Churrasco” e na parte superior, com entrada pela Rua Sebastião de Oliveira Damas, 25, o “Escritório de União de Contabilidade”. Nessa sua propriedade, juntamente com a esposa, cultivava pêras, ameixas e maçãs diversas. Durante as “Festas Nacionais da Maçã”, realizadas em Campos do Jordão, especialmente dos anos de 1953 a 1955, receberam várias medalhas e troféus pelas maravilhosas maçãs que cultivava com muito carinho e que eram o grande orgulho do casal Damas. Foi casado com a Sra. Maria de Freitas Damas, sua prima, conhecida pelos familiares como “Micas”, filha do tio Sebastião de Oliveira Damas, com quem teve os filhos: Noêmia, Mercedes, Álvaro, Martinho e Roberto. Amou Campos do Jordão e foi um fervoroso defensor do seu progresso. Orgulhava-se de Campos do Jordão, das suas flores, das suas frutas, das suas geadas e dos lindos dias de céu azul indescritível. Admirava os homens que eram os fautores, promotores do progresso. Faleceu em Campos do Jordão, com 85 anos de idade.

Edmundo Ferreira da Rocha

 

 

 

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Edmundo Ferreira da Rocha

 

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