Home · Baú do Jordão · Camargo Freire  · Campos do Jordão

Crônicas e Contos · Culinária  ·  Fotos Atuais · Fotos da Semana

  Fotografias · Hinos · Homenagens · Papéis de Parede · Poesias/Poemas 

PPS - Power Point · Quem Sou  · Símbolos Nacionais · Vídeos · Contato

 

Fotografias Semanais que contam a
 história de Campos do Jordão.

de 08/07 a 14/07/2016

 

 

Históricas - Castelo de Paiva e C.do Jordão


-Castelo de Paiva/Portugal. Sua interessante ligação com Campos do Jordão/Brasil

A seguir: Um pouco da história de Castelo de Paiva - Portugal e Campos do Jordão - Brasil e um pouco da história dos portugueses oriundos da região de Castelo de Paiva que vieram para Campos do Jordão.

É interessante observar na foto (composição anexa), que os Brasões de Castelo de Paiva e de Campos do Jordão, apresentam grandes semelhanças em vários detalhes. Em ambos há um campo de prata. Em ambos, há também, um escudo e sobre os mesmos, uma coroa. Embaixo dos escudos uma faixa com o nome das cidades.

Portugueses de Castelo de Paiva que residiram em Campos do Jordão no início do século XX - 1900.

É até bastante curioso que no início do século passado, a partir do ano de 1914, diversos portugueses oriundos de Castelo de Paiva, do distante Portugal, aportaram aqui em Campos do Jordão.

Digo a partir do ano de 1914, pois nesse ano, no dia 15 de novembro, foi inaugurada a Estrada de Ferro Campos do Jordão. Essa ferrovia idealizada pelos médicos sanitaristas e higienistas, de renome internacional, doutores Emílio Marcondes Ribas e Victor Godinho, tinha como principal objetivo, facilitar o acesso para Campos do Jordão aos doentes desse nosso imenso Brasil, acometidos da terrível tuberculose, para que pudessem vir aproveitar seu clima privilegiado em busca da cura. A construção da ferrovia esteve sob a responsabilidade do inesquecível, histórico e heróico empreiteiro Sebastião, de Oliveira Damas, um português nascido em Castelo de Paiva (Castelo de Paiva - Portugal 1867 / 11/janeiro/1954). Para a construção da ferrovia Sebastião trouxe para trabalhar com ele vários conterrâneos, amigos e conhecidos da sua Castelo de Paiva - Portugal. Sebastião de Oliveira Damas trouxe os abnegados e dignos operários que tiveram grande responsabilidade na construção da ferrovia, seu primo Joaquim Ferreira da Rocha, Floriano Rodrigues Pinheiro e seu irmão João Rodrigues Pinheiro, os sobrinhos Antonio de Oliveira Damas e José de Oliveira Damas. Esses aportaram em Campos do Jordão a partir do ano de 1914, com a inauguração da ferrovia que ajudaram a construir. Essas pessoas se tornaram pioneiras, e participaram ativamente na formação, desenvolvimento e progresso de Campos do Jordão, deixando seus nomes fortemente gravados em nossa história e cultura.

Posteriormente à inauguração da ferrovia, aqueles oriundos de Castelo de Paiva que trabalharam na sua construção, ficaram morando em Campos do Jordão. Alguns, já com suas respectivas famílias, outros aqui ficaram e constituíram suas famílias. Também, além desses já mencionados, abaixo relaciono todos aqueles que vieram de Castelo de Paiva e, possivelmente, das proximidades, para Campos do Jordão.

Sebastião de Oliveira Damas, Empreiteiro responsável pela construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão;

Izabel de Freitas Damas, esposa de Sebastião de O. Damas;

Antonio de Oliveira Damas, sobrinho de Sebastião O. Damas;

Antonio de Oliveira Damas Sobrinho, sobrinho-neto de Sebastião O. Damas;

José de Oliveira Damas, sobrinho de Sebastião O. Damas;

Luiz de Oliveira Damas, sobrinho de Sebastião O. Damas;

Anita Damas Salgado, filha de Sebastião O. Damas, casada com o Engenheiro José Antonio Salgado, um dos responsáveis pela construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão.

Maria de Freitas Damas, filha de Sebastião O. Damas, esposa de Antonio de Oliveira Damas;

Horácio de Oliveira Damas, Joaquina de Oliveira Damas, Sebastião de Oliveira Damas Sobrinho, Filhos de Luiz de Oliveira Damas e sobrinhos de Sebastião O. Damas;

Joaquim Ferreira da Rocha, primo de Sebastião O. Damas;

Floriano Rodrigues Pinheiro e seu irmão João Rodrigues Pinheiro.

Carlos Oliveira Rocha - Construtor do Palacete Olivetti, o prédio mais antigo de Campos do Jordão (construção iniciada no ano de 1919 e inaugurado no ano de 1921);

Joaquim Pinto Seabra.

 

 

 

Históricas - Castelo de Paiva - História


Castelo de Paiva ou Sobrado de Paiva

Alguns falam que seus parentes são oriundos de Castelo de Paiva. Outros dizem que vieram de Sobrado de Paiva.

Na realidade, os dois estão na mesma área. Sobrado de Paiva era uma antiga freguesia do Concelho de Castelo de Paiva. Sobrado tem uma área de 5,45 Km2 e 2.784 habitantes (senso de 2011), com uma densidade de 510,8 habitantes por Km2. Era a freguesia sede do município e seu principal núcleo urbano. Foi extinta (agregada) em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada à freguesia de Bairros, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Sobrado e Bairros da qual é a sede.

FREGUESIA - Em Portugal é a menor divisão administrativa, correspondente à paróquia civil de outros países.

CONCELHO - Em Portugal é uma “divisão territorial, administrada por um município”. Município é “uma autarquia local, constituída por diferentes órgãos.” OBS: No Brasil, a antiga designação de “concelho” foi abandonada e adotou-se a designação de “município” para ambos os conceitos.

CASTELO DE PAIVA - É uma vila portuguesa no Distrito de Aveiro, fundada em 1º de Dezembro de 1513, região do Norte e sub-região do Tâmega, com cerca de 2 700 habitantes. É sede de um município com 115,01 km² de área e 16 733 habitantes (2011), com uma densidade populacional de 145,49 hab./km2,,,, subdividido em 6 freguesias. O município é limitado ao norte pelos municípios de Penafiel e Marco de Canaveses, a leste por Cinfães, a leste e a sul por Arouca e a oeste por Gondomar. O clima de Castelo de Paiva é considerado como - Clima mediterrânico (Classificação climática de Köppen-Geiger: Csb)

O concelho designava-se Paiva até ao início do século XIX . O concelho de Castelo de Paiva é composto por 6 freguesias: Fornos, Raiva, Pedorido e Paraíso, Real, Santa Maria de Sardoura, São Martinho de Sardoura e Sobrado e Bairros.

As distâncias entre Castelo de Paiva e outros locais importantes de Portugal:

Lisboa - 270 Km.
Cascais - 279 Km.
Amadora - 276 Km.
Oeiras - 276 Km.
Almada - 274 Km.
Sintra - 268 Km.
Loures - 258 Km.
Braga - 58 Km.
Matosinhos - 38 Km.
Vila Nova de Gaia - 33 Km.
Porto - 32 Km.
Gondomar - 26 Km.

 

 

 

Históricas - Campos do Jordão - História


Município de Campos do Jordão

O Município de Campos do Jordão está situado na zona leste do Estado de São Paulo. Tem sua posição geográfica determinada pelas coordenadas de 22º 44º de latitude sul e 45º 30º de longitude W.Gr. Dista, em linha reta, da capital do Estado 141 quilômetros, rumo ENE. Tem uma área de 269 Km2, altitude da sede de 1.700 m., temperatura em “C” máxima 28; mínima 8; A época das chuvas abrange os meses de outubro, novembro, dezembro, janeiro e fevereiro e a precipitação pluviométrica média anual é de 1.550,8 mm.. Sua população de acordo com estimativa de 1º de julho de 1968 era de 19.676 habitantes, com densidade demográfica de 73 habitantes por quilômetro quadrado. Limita-se com os municípios de São Bento do Sapucaí, Santo Antonio do Pinhal e Guaratinguetá, no Estado de São Paulo e com os municípios de Itajubá, Piranguçu e Wenceslau Braz, no Estado de Minas Gerais.

As distâncias entre Campos do Jordão e outros locais importantes do Estado de São Paulo e algumas capitais do Brasil.

São Paulo - Capital - 174 km.
Pindamonhangaba - 42,2 Km.
Taubaté - 44,0 km.
Aparecida - 98,6 km.
Guaratinguetá - 103,0 km.
Lorena - 117,0 km.
São José dos Campos - 84,0 km.
Caçapava - 60,1 km.
Jacareí - 96,1 km.
Atibaia - 170 km.
Rio de Janeiro - 361,0 km.
Belo Horizonte - 491,0 km.
Curitiba - 581,0 km.
Porto Alegre - 1.309,0 km.


Um resumo da nossa história

- Ano de 1720 - O Bandeirante Gaspar Vaz da Cunha. - Por ordem real, com o objetivo de transportar o ouro das minas de Itajubá (MG), em 1720 foi aberto um caminho pelo Bandeirante Gaspar Vaz da Cunha, conhecido como "O Oyaguara", que ia desde o vale do Rio Sapucaí e atravessava a Serra da Mantiqueira até Pindamonhangaba. Apesar do caminho ter sido fechado, Gaspar Vaz estabeleceu-se na região de Sapucaí, transformando-a em um centro comercial de gado.

- No ano de 1771 - Inácio Caetano Vieira de Carvalho. Também atraído pelos encantos da região, segue o mesmo caminho de Gaspar Vaz da Cunha, “O Oyaguara” e se estabelece em uns campos próximos do Pico do Itapeva, lá permanecendo com seus filhos por 20 anos e criando uma fazenda para a criação de gado.

- Em 20 de setembro de 1790, Inácio Caetano Vieira de Carvalho. Instalou no alto da Serra da Mantiqueira, a Fazenda Bonsucesso. Em 27 de setembro de 1790, através de carta do Governador da Capitania São Paulo, obteve sesmaria. Desde então, passou a ser hostilizado pelo vizinho João Costa Manso por problemas com os limites da fazenda. Essa briga iniciou uma luta aberta entre paulistas e mineiros que só terminou em 1823 quando morreram Vieira de Carvalho e Costa Manso. Com as suas mortes em 1823, seus herdeiros hipotecaram a sesmaria ao Brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão.

- Os herdeiros de Inácio Caetano Vieira de Carvalho venderam, após 1825, a Fazenda Bonsucesso ao Brigadeiro Manoel Rodrigues Jordão, nas proximidades do dia de Natal, pelo que o povo passou a chamar as terras da Fazenda Natal. Posteriormente, essas terras já pertencentes ao Brigadeiro Jordão, passou a ser chamada de “os campos” perdendo o nome de Fazenda Natal. Com o passar do tempo, quando iam se referir a estas terras, já não mencionavam mais Fazenda Natal, e sim aos Campos, e quando alguém perguntava “Que Campos?”, respondiam: Os Campos do Jordão. Daí a origem do nome da localidade. O nome do município homenageou o Brigadeiro Jordão, pois, na época, era costume ligar-se o nome do proprietário à propriedade.

- Em 29 de abril de 1874 - Matheus da Costa Pinto - transfere-se de Pindamonhangaba para os "Campos do Jordão" e adquire parte das terras que pertenceram ao Brigadeiro Jordão. Deu início a diversas construções, fundando assim, o primeiro povoado, que denominou São Matheus do Imbiri, por estar localizado nas proximidades do Pico do Imbiri e ribeirão Imbiri.

- As autoridades jordanenses, no ano de 1959, fixaram a data de 29 de abril de 1874, como a da fundação do Município. Essa data foi calcada no dia em que foi lavrada a escritura de compra e venda que tornou Matheus da Costa Pinto, senhor e possuidor das terras à beira do Imbiri. A fixação da data, embora arbitrária, obedeceu a um ponto de referência histórico e considerou Matheus da Costa Pinto como seu fundador oficial.

- Em 02 de Fevereiro de 1879 - Foi iniciada a construção da capela Nossa Senhora da Conceição dos Campos do Jordão, onde já havia a capelinha de São Mateus.

- Em 1891, dr. Domingos José Jaguaribe - comprou todas as terras de Matheus da Costa Pinto e instalou-se na vila de São Matheus, introduzindo importantes melhoramentos no povoado. Em justa homenagem ao Dr. Domingos Nogueira Jaguaribe, essa vila passou a ser chamada de Vila Jaguaribe, hoje o marco de fundação da cidade.

- Em 29 de outubro de 1915 - A Vila Nova, situada em Campos do Jordão, com terras pertencentes ao Município de São Bento do Sapucaí, passou a ser denominada Vila Abernéssia. Nessa Vila, posteriormente, ficaram localizados os sanatórios e as pensões dos doentes dos pulmões, acometidos pela terrível tuberculose. Foi muito importante a participação do Escocês Robert John Reid, no nome da Vila Abernéssia, nome por ele construído artesanalmente. Do nome ABERDEEN (Aberdeen, cidade da Escócia - Reino Unido, onde nascera), tirou a primeira sílaba do nome ABERdeen. Esta cidade pertencia ao Condado de INVERNESS, também na Escócia, onde seu pai havia nascido, e a deste tirou a última de InverNESS, resultando em ABERNESS. Antes de concluir seu trabalho, acabou por acrescer o pequeno sufixo IA da EscócIA, sua terra natal. Concluindo, denominou a nova vila ou Vila Nova, como muitos a chamaram durante vários anos, de Vila ABERNÉSSIA (ABER + NESS + IA).

- Em 01 de janeiro de 1918 - A Câmara Municipal de São Bento do Sapucaí, criou no Distrito de Campos do Jordão, uma Sub-Prefeitura.

- Em 1º de outubro de 1926 - Através da Lei Estadual nº 2.140, promulgada pelo Presidente do Estado de São Paulo, Carlos de Campos, foi criada a Prefeitura Sanitária de Campos do Jordão e transformada em Estância Hidromineral.

- Em 19 de junho de 1934 - Através do decreto estadual nº 6.501, ocorreu a emancipação política de Campos do Jordão, passando a adquiriu autonomia político-administrativa, desligando-se de São Bento do Sapucaí. Foi criado o Município de Campos do Jordão.

- Em 30 de novembro de 1944 - foi criada a Comarca de Campos do Jordão.

- Através do decreto estadual nº 15.717 de 13 de fevereiro de 1946 - a Prefeitura deixou de ser Prefeitura Sanitária e passou para Prefeitura da Estância de Campos do Jordão.

- Por força da Lei nº 1.844 de 17/11/1978, Campos do Jordão passou a denominar-se Estância Turística.

 

 

 

Históricas - Sebastião de Oliveira Damas


Sebastião de Oliveira Damas - (Natural da freguesia de São Martinho da Sardoura, concelho de Castelo de Paiva/Portugal - 1867 / 11/janeiro/1954) foi o Empreiteiro Responsável pela construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, desde o início em 1912, até a sua inauguração no dia 15/11/1914. Com ele trabalharam na construção da ferrovia vários conterrâneos, muitos vindos do mesmo Concelho - Castelo de Paiva, dentre eles Joaquim Ferreira da Rocha que, além de companheiro e conterrâneo, era seu primo. Os Avós maternos de Sebastião eram os avós paternos de Joaquim (Manuel Ferreira da Rocha e Anna Maria Lopes).

Seu nome está intimamente ligado à história de Campos do Jordão, pois ao seu espírito realizador, à sua coragem e ao seu desprendimento devemos a construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, cujas obras foram por ele empreitadas e iniciadas com a assistência técnica do Dr. Prudente de Morais, por sua vez coadjuvado pelos engenheiros José Antonio Salgado e Guilherme Winter. Sebastião de Oliveira Damas, como os velhos portugueses das conquistas que tanto dignificaram a Pátria-mãe, não era dos que esmorecem ante os obstáculos. A sua empresa, foi salva às vésperas de uma (débâcle) ruína financeira irremediável, com prejuízo para todos e o que é pior, com a ameaça de paralisação de um melhoramento de há muito sonhado pelos que demandavam a Campos do Jordão. O único meio de transporte na época, era a padiola -(para os doentes) e o lombo de burro para os que teimavam em galgar o dorso agreste da Mantiqueira. Sebastião de Oliveira Damas, o empreiteiro da ferrovia, por seu gesto de responsabilidade, desprendimento e preocupação com seus semelhantes, jamais será igualado em toda história mundial. Voltou a Portugal, empenhou todos seus bens pessoais e regressou. Pagou compromissos atrasados evitando que os serviços ficassem paralisados. Ele sabia que o clima de Campos do Jordão era a única esperança para a tentativa da cura da tuberculose e, também, da importância da Ferrovia para o transporte confortável dos doentes acometidos pelo mal do Século XX, vindos dos mais distantes rincões brasileiros, em busca da tão sonhada cura. Exatamente por esses aspectos é que teve o nobre gesto de dispor de seus bens particulares em benefício de todos que buscavam a única oportunidade da cura.

Assim, com essa sua dedicação de pioneiro, o empreendimento idealizado pelos Drs. Emílio Ribas e Victor Godinho e muitos outros, foi concluído.

Durante alguns anos, depois da inauguração da Estrada de Ferro Campos do Jordão, o casal Sr. Sebastião e D. Izabel, residiu ali no centrinho da Vila Jaguaribe Jaguaribe, na Av. Dr. Januário Miráglia, no local onde, atualmente, existe uma Praça. Essa propriedade, posteriormente, pertenceu a seu sobrinho Antonio de Oliveira Damas, casado com sua filha Maria de Freitas Damas. No local existe um prédio comercial construído por Antonio de Oliveira Damas, já ampliado, onde em uma das lojas comerciais está sediada “A Casa do Churrasco” e na parte superior, com entrada pela Rua Sebastião de Oliveira Damas, 25, o “Escritório de União de Contabilidade”.

Por esses atributos que o identificam com os nossos bandeirantes, Sebastião de Oliveira Damas sempre mereceu o respeito e a gratidão dos que se dedicam ao estudo da história de Campos do Jordão. A "Jóia da Mantiqueira", de beleza inigualável, foi desvendada a todos brasileiros e estrangeiros pelo cometimento que teve Sebastião de Oliveira Damas um dos seus baluartes mais destacados. Faleceu em sua cidade natal, no dia 11 de janeiro de 1954, com 87 anos de idade. Deixou os filhos: Maria de Freitas Damas, casada com o Sr. Antonio de Oliveira Damas, Anita Damas Salgado, casada com o Dr. José Antonio Salgado, Alice, Constância, Izabel e Henrique, estes últimos residentes em Portugal. Deixou na época, trinta netos e 26 bisnetos.

 

 

 

Históricas - Joaquim Ferreira da Rocha


Joaquim Ferreira da Rocha (Natural da fregusia de São Martinho da Sardoura, concelho de Castelo de Paiva - Portugal - 25/março/1870 / Pindamonhangaba-SP. 05/março/1951). Chegou ao Brasil, na Cidade do Rio de Janeiro, antes da Proclamação da República. Além de companheiro e conterrâneo de Sebastião de Oliveira Damas, eram primos. Os Avós paternos de Joaquim eram os avós maternos de Sebastião (Manuel Ferreira da Rocha e Anna Maria Lopes). Nasceram na mesma freguesia de São Martinho da Sardoura, Concelho de Castelo de Paiva - Portugal.

Anteriormente, já havia trabalhado ao lado do amigo Sebastião de Oliveira Damas, construindo muros de arrimo e vãos de pedras sobrepostas em pontilhões ao longo de ferrovias, especialmente, durante a construção de trecho da Companhia de Estrada de Ferro, de Agudos a Piratininga, e na Estrada de Ferro Sorocabana, o trecho de Faxina, hoje Itapeva, a Itararé, além de outros serviços. Adquiriu larga experiência nesse tipo de construção. Durante a construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, sob a responsabilidade do primo e amigo Sebastião de Oliveira Damas, foi um dos subempreiteiros de serviços da ferrovia, responsável pela construção de muros de arrimo, nas encostas dos cortes efetuados na Serra da Mantiqueira e vãos de pedras sobrepostas dos pontilhões ao longo da ferrovia.

Chegou a Campos do Jordão junto com a conclusão dos serviços da Estrada de Ferro Campos do Jordão, no ano de 1914. Joaquim Ferreira da Rocha foi casado com Maria Gütler Rocha, filha de Austríacos, nascida na Cidade de Araraquara-SP., com quem teve quatorze filhos. Morou em Campos do Jordão até final da década de 1940, quando mudou para a vizinha Cidade de Pindamonhangaba-SP..

Juntamente com Floriano Rodrigues Pinheiro, também conterrâneo de Castelo de Paiva - Portugal, um dos trabalhadores e pioneiros da Estrada de Ferro Campos do Jordão que, mais tarde veio a tornar-se seu genro, casando-se com sua filha Izabel, montou, na década de 1920, uma das primeiras Construtoras de Campos do Jordão a "Rocha e Pinheiro". Mais tarde, com sua aposentadoria, a Construtora passou para propriedade e responsabilidade de Floriano Pinheiro. Essa Construtora perdurou até proximidades da década de 1980 e foi a responsável pela construção de inúmeras e grandiosas obras em Campos do Jordão, dentre outras, o Palácio Boa Vista até sua cobertura, a Santa Casa de Campos do Jordão, o Hotel Toriba, a Igreja de Santa Terezinha, o Cine Jandyra.

Joaquim Ferreira da Rocha desde que chegou ao Brasil, nunca mais retornou a Portugal e a sua terra natal. Amava o Brasil e Campos do Jordão. Dizia que aqui era a sua Pátria e esta a sua Cidade, pois aqui havia constituído sua família e viveu com muita dignidade, orgulho e felicidade.

 

 

 

Históricas - Floriano Rodrigues Pinheiro


Floriano Rodrigues Pinheiro -Filho de Manoel Pinheiro e de Josepha Rodrigues da Conceição, nasceu em Portugal em 17/janeiro/1896, na Freguesia de Bairros, no Concelho de Castelo de Paiva, Distrito de Aveiro. Seu registro de nascimento foi lavrado no dia 26/janeiro/1896, na Igreja de San Miguel, sob nº 5. Seus avós Paternos foram: Miguel Pinheiro e Jeronyma Rodrigues Moreira. Seus avós maternos foram: Manoel de Souza e Maria Rodrigues da Conceição. Seu irmão João Rodrigues Pinheiro também veio para o Brasil e residiu em Campos do Jordão até seus últimos dias de vida. Também era conterrâneo do Empreiteiro da Estrada de Ferro Campos do Jordão, Sr. Sebastião de Oliveira Damas que o trouxe para o Brasil para trabalhar na construção da Ferrovia. Até que fosse iniciada essa construção, por mais ou menos um mês, trabalhou prestando serviços de cantaria na construção da Catedral da Sé, na cidade de São Paulo.

Na época da construção da ferrovia, de profissão "canteiro", especializado na arte da "cantaria", ou seja, em trabalhos com pedras, teve papel importante na construção dos pilares da majestosa Ponte Metálica sobre o Rio Paraíba.

Chegou a Campos do Jordão, no ano de 1914. Como muitos que a Ferrovia trouxe para cá, foi muito importante para o progresso da cidade. Por isso, faz parte da nossa história.

Floriano Rodrigues Pinheiro radicou-se definitivamente em Campos do Jordão e nunca mais saiu. Casou-se com Isabel, filha de Joaquim Ferreira da Rocha e Maria Gütler Rocha. Joaquim, seu sogro, também trabalhou na construção da Ferrovia e era seu conterrâneo da mesma cidade de Portugal.

Floriano, na década de 1920, montou, juntamente com o sogro, uma das primeiras Construtoras de Campos do Jordão a "Rocha e Pinheiro". Mais tarde, com a aposentadoria do sogro, a Construtora passou para sua propriedade e responsabilidade. A “Construtora Pinheiro” montou, no atual bairro do Britador, a primeira máquina para britar pedras para uso na construção civil em geral. Montou, também, uma carpintaria e marcenaria para a confecção de portas, janelas, esquadrias diversas e até caixões funerários. O britador por ele montado foi, posteriormente, cedido para a Prefeitura Municipal.

Na década de 1930, Floriano e pequeno grupo de amigos benevolentes iniciaram a construção de sanatórios populares, visando dar condições humanas às necessidades dos indigentes tuberculosos que para cá vinham em busca da cura. Nessa época, três sanatórios populares foram edificados: O S-1 para crianças, o S-2 para mulheres e o S-3 para homens. A partir dessa iniciativa vieram o apoio popular, as pensões e a assistência médica.

Essa Construtora perdurou até meados da década de 1980. Foi responsável pela construção de inúmeras e grandiosas obras em Campos do Jordão. Dentre elas, o tradicional Hotel Toriba, a Igreja de Santa Terezinha, o Dispensário Emílio Ribas no ano de 1924, a casinha abrigo no alto da Pedra do Baú, sob o patrocínio do Sr. Luiz Dumont Villares, a primeira usina de energia elétrica da Companhia de Eletricidade de Campos do Jordão, de propriedade de Alfredo Jordão e Robert John Reid; da Santa Casa de Campos do Jordão “Hospital Dr. Adhemar de Barros”; dos Sanatórios N.S. das Mercês, Ebenezer e boa parte do prédio do Preventório Santa Clara, do Palácio Boa Vista, até a fase de cobertura, do Grupo Escolar Domingos Jaguaribe, da “Indústria Belfruta”, fabricante do famoso destilado de maçã “Calvila”, da Sede do Banco Mercantil de São Paulo, do primeiro bloco do Hotel Estoril e muito mais. Floriano foi vereador à Câmara Municipal de Campos do Jordão, na segunda e terceira legislaturas, nos anos de 1952 a 1955 e 1956 a 1959. Faleceu em Campos do Jordão no dia 03 de outubro de 1981.

Em sua homenagem, por todo trabalho realizado em Campos do Jordão, o Bairro situado nos altos da Vila Ferraz leva o nome de Jardim Floriano Pinheiro. Também, a Rodovia SP.123 que liga Campos do Jordão à via Dutra, na altura de Quiririm e Taubaté, leva o nome de Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro.

 

 

 

Históricas - Antonio de Oliveira Damas


Antonio de Oliveira Damas - Filho de Martinho de Oliveira Damas e D. Joaquina da Costa Damas, neto paterno de José de Oliveira e de D. Maria Joaquina e neto materno de Luiz José da Costa Bernardes e de D. Maria Nunes. Nasceu em São Martinho da Sardoura, freguesia portuguesa do Concelho de Castelo de Paiva- Portugal - 20/01/1883 / Faleceu em Campos do Jordão-SP. 02/06/1968, com 85 anos de idade.

Foi um dos muitos, ilustres e dedicados pioneiros que ajudaram na construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, nos anos de 1912 a 1914. Era sobrinho do Empreiteiro da Ferrovia, Sr. Sebastião de Oliveira Damas, a quem se deve a conclusão das obras da Estrada de Ferro, devido à falência da Empresa S/A - E.F.C.J.. Sebastião O. Damas era irmão de seu pai Martinho O. Damas.

Depois da inauguração da Ferrovia e da sua encampação pelo Governo Estadual, ainda por alguns anos o Sr. Antonio de Oliveira Damas prestou serviços à ferrovia que lhe custou tantos sacrifícios. A ponte sobre o Rio Paraíba, a maior obra de arte da Ferrovia, foi construída com as dificuldades da época. Seu Antonio O. Damas, lá estava vadeando o rio, mergulhando em águas incontroláveis, muitas vezes ao dia, para implantar, junto com seus homens, os pilares da obra que, durante todos esses anos, desde sua construção, vêm resistindo sem qualquer abalo, não só os impactos das cheias como também, a constante vibração dos bondes e gôndolas que trafegam sobre os trilhos e dormentes por ela suportados. Acidentado, certa vez, nos tempos heróicos da estrada de ferro, suportou pacientemente por cerca de quarenta anos os efeitos de uma perna fraturada, como também o artritismo, herança adquirida na labuta de abrir o leito da estrada, ora dentro da água, ora sob a densa, fria e constante neblina serrana.

Fixou residência em Campos do Jordão, na Vila Jaguaribe que, desde o ano de 1922, passou a ser o seu mundo. Foi estabelecido com Armazém de Secos e Molhados, como era costume identificar os locais onde eram vendidos gêneros alimentícios de todas espécies e bebidas em geral. Esse armazém era denominado “Casa Damas”. Estava localizado no mesmo local do prédio existente ao lado da Padaria e Supermercado Roma, onde, atualmente, existe uma lavanderia. Durante todo tempo em que aqui viveu e residiu ali no centrinho de Jaguaribe, na Av. Dr. Januário Miráglia, no local onde, atualmente, existe uma Praça e um prédio comercial por ele construído, já ampliado, onde em uma das lojas comerciais está sediada “A Casa do Churrasco” e na parte superior, com entrada pela Rua Sebastião de Oliveira Damas, 25, o “Escritório de União de Contabilidade”. Nessa sua propriedade, juntamente com a esposa, cultivava pêras, ameixas e maçãs diversas. Durante as “Festas Nacionais da Maçã”, realizadas em Campos do Jordão, especialmente dos anos de 1953 a 1955, receberam várias medalhas e troféus pelas maravilhosas maçãs que cultivava com muito carinho e que eram o grande orgulho do casal Damas. Foi casado com a Sra. Maria de Freitas Damas, sua prima, conhecida pelos familiares como “Micas”, filha do tio Sebastião de Oliveira Damas, com quem teve os filhos: Noêmia, Mercedes, Álvaro, Martinho e Roberto. Amou Campos do Jordão e foi um fervoroso defensor do seu progresso. Orgulhava-se de Campos do Jordão, das suas flores, das suas frutas, das suas geadas e dos lindos dias de céu azul indescritível. Admirava os homens que eram os fautores, promotores do progresso. Faleceu em Campos do Jordão, com 85 anos de idade.

 

 

 

Históricas - José de Oliveira Damas


José de Oliveira Damas- Filho de Martinho de Oliveira Damas e D. Joaquina da Costa Damas, neto paterno de José de Oliveira e de D. Maria Joaquina e neto materno de Luiz José da Costa Bernardes e de D. Maria Nunes. Nasceu em São Martinho da Sardoura, freguesia portuguesa do Concelho de Castelo de Paiva - Portugal, 26/maio/1885 - Campos do Jordão 23/outubro/1954. Um dos sobrinhos do grande e magnânimo Sebastião de Oliveira Damas, o grande, dedicado e generoso Empreiteiro responsável pela construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão. Com seu tio veio trabalhar na construção da ferrovia nos anos de 1912 a 1914. Depois da inauguração da ferrovia em 15/novembro/1914 fixou residência em Campos do Jordão. Foi casado com D. Eugênia Ribeiro Damas e tiveram dez filhos: Dulce, casada com o saudoso Sr. Afonso José Pereira. Arminda, casada com o saudoso Sr. Ruy Pereira de Castro, Maria José, a Lola, casada com o saudoso Sr. Álvaro Cavalheiro, Terezinha, casada com o Sr. Paschoal Scófano, Áurea, Maria Izabel, casada com o saudoso Sr. Mário Crisol Donha, Eunice, que foi casada com o Sr. Rubens Sirin, Ana Maria, José e Luiz, casado com a Sra. Jurema Damas. Mesmo acometido de enfermidade que lhe paralisou “parcialmente o organismo, continuou sem esmorecimento, na faina diária de um trabalho construtivo, conseguindo criar e educar a numerosa prole que por certo seguiu o seu maravilhoso exemplo”. Muito contribuiu para o desenvolvimento e progresso de Campos do Jordão. Foi irmão dos Srs. Antonio de Oliveira Damas e Luiz de Oliveira Damas que, também vieram da região de Castelo de Paiva - Portugal e residiram aqui em Campos do Jordão. Antonio ficou residindo em Campos do Jordão e Luiz, depois de muitos anos, voltou para Portugal.

A numerosa Família de José de Oliveira Damas e Dona Eugênia Damas, com os dez filhos, residiram, por muitos anos, em uma bela chácara, localizada em Vila Capivari, ao lado de uma pequena Parada dos Bondes da Estrada de Ferro Campos do Jordão, proximidades do Grande Hotel de Campos do Jordão, posteriormente denominada Parada Damas. Atualmente esta propriedade pertence aos “Jardins Orientais”, da laboriosa Família Nodomi. José de Oliveira Damas

A Parada Damas, pequenina e charmosa, não deixa de ser uma bela obra arquitetônica, admirada por muitos que freqüentam e que amam Campos do Jordão. Ela, a penúltima parada no sentido da Estação Emílio Ribas, situada na Vila Capivari, foi construída no ano de 1939, no quilômetro 45,8 da ferrovia, local situado a 1.578 metros de altitude.

Ela, a princípio, homenageava a numerosa Família Damas, de José de Oliveira Damas e Dona Eugênia Damas.

A arquitetura da Parada Damas, com apenas dois pilares fundidos em puro concreto, simbolicamente, de forma estilizada, lembram o formato dos maravilhosos pinheiros de Campos do Jordão (araucária angustifolia ou brasiliensis). Essa pequenina Parada ferroviária foi de grande importância na época da tuberculose, para o embarque e desembarque de passageiros que vinham de todos rincões brasileiros, através dos Bondinhos, especialmente para aqueles que procuravam Campos do Jordão em busca do seu clima privilegiado, na esperança da tão almejada cura, tendo em vista que, naquela época, não existiam medicamentos específicos e eficazes, somente o clima, a boa alimentação e o repouso regrados.

A Parada Damas foi tombada historicamente no dia 18 de julho para lembrar a data 18/julho/1912, em que Sebastião de Oliveira Damas assinou o importante Contrato como Empreiteiro, para a construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, idealizada pelos grandes e importantes médicos sanitaristas Dr. Emílio Ribas e Victor Godinho. A partir dessa importante data começou o importante e benéfico vínculo de toda Família Damas com Campos do Jordão.

O tombamento da Parada Damas, no dia 18, marca também uma parceria da família com a cidade, iniciada em 18 de julho de 1912, quando a Companhia Paulista celebrou contrato com Sebastião de Oliveira Damas, para a construção da Estrada de Ferro, iniciando, a partir dessa data, um forte e benéfico vínculo de toda a Família Damas com Campos do Jordão.

A partir da data do seu Tombamento Histórico, ocorrido no dia 18/julho/2014, a Parada Damas homenageia, não somente a Família de José de Oliveira Damas acima mencionada, mas também, de forma global e indistintamente, toda grande Família Damas e seus inúmeros integrantes, que muito contribuíram para engrandecimento e progresso de Campos do Jordão.

 

 

 

Históricas - Luiz de Oliveira Damas


Luiz de Oliveira Damas - Filho de Martinho de Oliveira Damas e D. Joaquina da Costa Damas, neto paterno de José de Oliveira e de D. Maria Joaquina e neto materno de Luiz José da Costa Bernardes e de D. Maria Nunes. Nasceu em São Martinho da Sardoura, freguesia portuguesa do Concelho de Castelo de Paiva - Portugal. Um dos sobrinhos do grande e magnânimo Sebastião de Oliveira Damas, o grande, dedicado e generoso Empreiteiro responsável pela construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão. Com seus irmãos Antonio de Oliveira Damas e José de Oliveira Damas e outros parentes. Chegou em Campos do Jordão, depois da inauguração da ferrovia em 15/novembro/1914 e fixou residência com a família, em Campos do Jordão.

Luiz Damas, como era mais conhecido, foi estabelecido nas décadas de 1920 e 1930, na Vila Capivari, em Campos do Jordão, com o tradicional e pioneiro “Empório Damas”. Esse estabelecimento comercial, especializado em gêneros alimentícios, bebidas, na época, denominados secos e molhados e, também, materiais de limpeza diversos, pratos, talheres e panelas, ferramentas e outros produtos. Esse estabelecimento esteve sediado no mesmo local onde estiveram estabelecidos posteriormente: A “Casa Pedro Paulo”, do saudoso Sr. Pedro Paulo, antes de vir se estabelecer por mais de quarenta anos na Vila Abernéssia, o “Empório São Paulo”, durante muitos anos, de propriedade do saudoso Sr. Joaquim Pinto Seabra, a loja de decorações “Henry Matarasso” e, por último, a loja “Malú Decorações”, até hoje estabelecida no mesmo local, porém em novo prédio.

O Sr. Luiz Damas foi casado com a Sra. Engrácia Damas e tiveram os seguintes filhos: Horácio de Oliveira Damas, Sebastião de Oliveira Damas Sobrinho e Joaquina de Oliveira Damas.

 

 

 

Históricas - João Rodrigues Pinheiro


João Rodrigues Pinheiro - Filho de Manoel Pinheiro e de Josepha Rodrigues da Conceição, nasceu em Portugal em 08/outubro/1890, na Freguesia de Bairros, no Concelho de Castelo de Paiva, Distrito de Aveiro - Campos do Jordão-SP. 11/abril/1969. Seus avós Paternos foram: Miguel Pinheiro e Jeronyma Rodrigues Moreira. Seus avós maternos foram: Manoel de Souza e Maria Rodrigues da Conceição. Seu irmão Floriano Rodrigues Pinheiro também veio para o Brasil e residiu em Campos do Jordão até seus últimos dias de vida. Também era conterrâneo do Empreiteiro da Estrada de Ferro Campos do Jordão, Sr. Sebastião de Oliveira Damas que o trouxe para o Brasil na década de 1910 e, posteriormente, para trabalhar na construção da Ferrovia. João Pinheiro e Floriano Pinheiro, inicialmente, prestaram serviços especializados de cantaria (assentamento de pedras), durante a construção da ponte da Estrada de Ferro Campos do Jordão, sobre o Rio Paraíba. Chegou a Campos do Jordão, depois da inauguração da ferrovia em 15/novembro/1914 e fixou residência com a família, em Campos do Jordão. Foi casado com a Sra. Maria Santiamore Pinheiro, mais conhecida como Dona Marussa e tiveram seis filhos: Rubens, Darcy, Regina, Aparecida, Ayda e o saudoso Romeu Rodrigues Pinheiro, o seu Zito Pinheiro, proprietário da tradicional e famosa “Livraria e Papelaria Pinheiro”, conhecida como a Livraria e Papelaria dos Estudantes, atualmente Livraria e Papelaria OYA.

O Sr. João Pinheiro como era conhecido, foi importante comerciante dos primórdios de Campos do Jordão. Dentre outras atividades aqui desenvolvidas, nas décadas de 1920 a 1940, foi proprietário do “Especial Café Pinheiro”, que torrava, moia e empacotava excelente café, muito apreciado por todos consumidores, distribuído e vendido em toda cidade. Foi também, durante algumas décadas, proprietário da famosa e conceituada “Padaria e Confeitaria Pinheiro”, estabelecida na antiga Avenida de Ligação, atual Av. Dr. Januário Miráglia, em Vila Abernéssia, na tradicional esquina, onde hoje está sediada a famosa e conhecida “Casas Pernambucanas”. Tanto a torrefação de Café, como a Padaria Pinheiro, estavam estabelecidas no mesmo prédio. Essa padaria, posteriormente, também por muitos anos, pertenceu aos Irmãos Biagioni.

Os saudosos Sr. João Rodrigues Pinheiro e seu irmão Sr. Floriano Rodrigues Pinheiro, foram importantes pioneiros do início destes Campos do Jordão e prestaram, juntamente com muitos outros, grandes e relevantes serviços na formação da nossa cidade.

Foi casado com a Sra. Maria Santiamore Pinheiro, mais conhecida como Dona Marussa e tiveram seis filhos: Rubens, Darcy, Regina, Aparecida, Ayda e o saudoso Romeu Rodrigues Pinheiro, o seu Zito Pinheiro, proprietário da tradicional e famosa “Livraria e Papelaria Pinheiro”, conhecida como a Livraria e Papelaria dos Estudantes, atualmente Livraria e Papelaria OYA.

 

 

 

Históricas - Horácio de Oliveira Damas


Horácio de Oliveira Damas- Com certeza, também natural da região de Castelo de Paiva - Portugal. Era um dos filhos de Luiz de Oliveira Damas e sobrinho dos Sr. Antonio de Oliveira Damas e José de Oliveira Damas. Também era sobrinho neto de Sebastião de Oliveira Damas, o empreiteiro responsável pela construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, nos anos de 1912 a 1914, inaugurada no dia 15/novembro/1914.

 

 

 

Históricas - Sebastião de O. Damas Sobrinho


Sebastião de Oliveira Damas Sobrinho - Com certeza, também natural da região de Castelo de Paiva - Portugal. Era um dos filhos de Luiz de Oliveira Damas e sobrinho dos Sr. Antonio de Oliveira Damas e José de Oliveira Damas. Também era sobrinho neto de Sebastião de Oliveira Damas, o empreiteiro responsável pela construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, nos anos de 1912 a 1914, inaugurada no dia 15/novembro/1914.

 

 

 

Históricas - Joaquina de Oliveira Damas


Joaquina de Oliveira Damas - Com certeza, também natural da região de Castelo de Paiva - Portugal. Era filha de Luiz de Oliveira Damas e sobrinha dos Sr. Antonio de Oliveira Damas e José de Oliveira Damas. Também era sobrinha neta de Sebastião de Oliveira Damas, o empreiteiro responsável pela construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, nos anos de 1912 a 1914, inaugurada no dia 15/novembro/1914.

 

 

 

Históricas - Carlos de Oliveira Rocha


Carlos de Oliveira Rocha - Nascido em Castelo de Paiva - Portugal, aportou em Campos do Jordão no ano de 1918. Lamentavelmente não conseguimos uma foto para ilustrar o saudoso lusitano que deixou seu nome gravado na história de Campos do Jordão, como um grande construtor. Infelizmente já não temos mais ninguém daquela época do início do século XX para podermos dirimir algumas dúvidas que até nos parecem viáveis. Carlos de Oliveira Rocha veio para Campos do Jordão pouco depois da inauguração da Estrada de Ferro Campos do Jordão ocorrida no dia 15/novembro/1914. Nessa época em que aqui aportou em Campos do Jordão, Sebastião de Oliveira Damas, o empreiteiro responsável pela construção da Ferrovia, seus sobrinhos Antonio de Oliveira Damas, Luiz de Oliveira Damas, José de Oliveira Damas e seus sobrinhos-netos: Antonio de Oliveira Damas Sobrinho, Sebastião de Oliveira Damas Sobrinho, Horácio de Oliveira Damas e Joaquina de Oliveira Damas e outros já estavam aqui residindo. Alguns até estabelecidos comercialmente. A primeira dúvida: Carlos de Oliveira Rocha, pelo Oliveira do seu nome poderia ter sido um parente dos Oliveira Damas? Outro questionamento. Nessa mesma época em que chegou a Campos do Jordão também aqui já estava residindo, desde o ano de 1914, Joaquim Ferreira da Rocha e sua família. A segunda dúvida: Carlos de Oliveira Rocha, pelo Rocha do seu nome poderia ter sido um parente de Joaquim Ferreira da Rocha? Infelizmente não conseguiremos elucidar esse mistério. Uma coisa é certa. Tanto os Oliveira Damas, o Rocha e o Carlos de Oliveira Rocha, todos são provenientes de Castelo de Paiva - Portugal.

O maior prédio construído aqui em Campos do Jordão, no início do século XX, pelo saudoso Sr. Próspero Olivetti, italiano de nascimento, denominado “Palacete Olivetti”, atualmente o Edifício mais antigo de Campos do Jordão, teve como seu construtor o português de Castelo de Paiva, Carlos de Oliveira Rocha. A construção desse prédio foi iniciada no ano de 1919 e concluída e inaugurada no ano de 1921. Além desse prédio o Sr. Próspero Olivetti construiu, nas proximidades, mais outros dois. É um prédio grande que além do pavimento térreo tem mais dois andares. É importante salientar que esse prédio não tem em sua construção qualquer estrutura de ferro para sua sustentação. A sustentação foi feita utilizando-se apenas pedras brutas, tijolos e argamassas. A princípio, a partir da década de 1920 foi a sede da “Pensão Sanatório Campos do Jordão”, para abrigar as pessoas que vinham em busca da excelência do clima para a cura da terrível tuberculose. Esse prédio, posteriormente, por várias décadas, sede do Hotel Montanhês, de propriedade do Sr. Wolfgang Böhme (um dos tripulantes do famoso navio alemão Windhuk que, em plena guerra, fugindo das embarcações da marinha inglesa, ancorou no porto de Santos no dia 07 de dezembro de 1939) e sua esposa D. Érika e, por último, durante os anos 2000 e 2004, sede da Prefeitura Municipal. Lamentavelmente, aos poucos, está perdendo suas principais características.

 

 

 

Históricas - Antonio de O. Damas Sobrinho


Antonio de Oliveira Damas Sobrinho- Natural de Castelo de Paiva Portugal. Um dos sobrinhos de Antonio de Oliveira Damas, Luiz de Oliveira Damas e José de Oliveira Damas. Sobrinho-neto do grande e magnânimo Sebastião de Oliveira Damas, o grande, dedicado e generoso Empreiteiro responsável pela construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão. Também chegou a Campos do Jordão, depois da inauguração da ferrovia em 15/novembro/1914 e fixou residência com a família, em Campos do Jordão. Durante vários anos, na década de 1950, foi estabelecido com a tradicional “Casa Damas”, com ramo de bar, café e restaurante, na Av. Dr. Januário Miráglia, em Vila Abernéssia, em frente à Estação da Estrada de Ferro Campos do Jordão, aliás, um dos primeiros restaurantes de Vila Abernéssia. Estava localizado no mesmo local onde, durante mais de quarenta anos, esteve estabelecida a tradicional e famosa “Casa Oriete”, especializada em calçados masculinos e femininos, pertencente ao saudoso Sr. Aziz Elias e sua esposa D. Maria Aparecida Rossi.

 

 

 

Históricas - Joaquim Pinto Seabra


Joaquim Pinto Seabra - Mais conhecido por todos como seu Seabra, um saudoso lusitano nascido em Pena Fiel, no Concelho de Castelo de Paiva, distrito de Aveiro, em Portugal, no dia 19 de julho de 1907, filho de Joaquim Pinto Seabra e Maria da Glória Seabra.

Veio para Campos do Jordão em 1939, também à procura do nosso clima privilegiado, de qualidade singular e especial, para tratamento da saúde, em busca da cura para a tuberculose. Ficou hospedado na “Pensão Primavera”.

A “Pensão Primavera”, era uma das tradicionais, talvez a mais disputada pelos egressos dos sanatórios existentes em Campos do Jordão, especializados no tratamento da tuberculose. Sediada na Rua Altino Arantes, em Vila Abernéssia, nas proximidades do antigo e saudoso CEENE – Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão, no sobrado pertencente ao construtor Floriano Rodrigues Pinheiro, conterrâneo do seu Seabra, segundo informações, primos em segundo grau. A Pensão foi estabelecida nesse local entre a década 40 e a de 70, onde, posteriormente, até pouco tempo atrás, esteve sediada a 3ª Companhia da Polícia Militar do Estado de São Paulo – 5º BPMI.

Seu Seabra foi casado com Dona Maria Seabra e com ela constituiu uma família maravilhosa. Primeiro, antes de fixar residência em Campos do Jordão, nasceram a Maria da Glória, a Lita para os mais íntimos, e a Maria Helena, para os íntimos a Leninha. Na sequência, após radicar-se definitivamente em Campos do Jordão, veio, de uma só vez, o casal de gêmeos, Fernando Antonio, de saudosa memória e Maria Tereza, a Terezinha ou Linda, para todos nós.

Já residindo em Campos do Jordão, a partir de 1941, antes de vir a se estabelecer com o “Empório São Paulo”, em Vila Capivari, de onde tenho as melhores lembranças sobre essa pessoa maravilhosa, de conduta exemplar, reputação ilibada e educação esmerada, seu Seabra se estabeleceu com a famosa Livraria Seabra, em Vila Abernéssia, na atual Avenida Frei Orestes Girardi – anteriormente Avenida de Ligação e Avenida Dr. Januário Miráglia – quase em frente à nossa antiga estação de Vila Abernéssia, da Estrada de Ferro Campos do Jordão.

Ficou estabelecido com a Livraria e Papelaria Seabra até 1950. Nesse ano, associou-se ao saudoso João Alves Teixeira, o conhecido Joãozinho das moças, e passou a ser o sócio-gerente do Empório São Paulo, estabelecido na Vila Capivari, na Rua Engenheiro Diogo de Carvalho, bem ao lado da Praça de Vila Capivari, hoje denominada Praça de São Benedito.

O Empório São Paulo, com a sociedade João Alves Teixeira e Joaquim Ponto Seabra, permaneceu até 1957, quando João Teixeira deixou a sociedade para exercer funções de Agente Fiscal de Rendas, da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, tendo ocupado, por último, o cargo de Chefe do Posto Fiscal Estadual de Campos do Jordão. Na sociedade, no lugar do Sr. João Teixeira, ingressou o Sr. Alberto Bernardino, posteriormente, idealizador e proprietário da atual rede de hotéis liderada pelo Hotel Estoril.

Em 1958, o seu Seabra, merecidamente, como prêmio de trabalho árduo, sério, constante e dedicado, conseguiu adquirir a parte do Sr. Alberto Bernardino, ficando como único proprietário do Empório São Paulo.

O Empório São Paulo, como propriedade do seu Seabra, foi um dos principais armazéns de secos e molhados, como se costumava dizer antigamente, responsável pelo abastecimento de gêneros alimentícios, bebidas e demais produtos necessários ao lar e ao comércio, que atendia, além dos jordanenses residentes em Vila Capivari e bairros próximos, especialmente os turistas, proprietários de residências, situadas no mesmo bairro e proximidades, utilizadas em finais de semana prolongados e férias escolares. Durante essa época áurea, esses turistas, frequentadores assíduos de Campos do Jordão, muitos tendo participado ativamente do processo organizacional da cidade, foram os principais responsáveis pelo engrandecimento, progresso e divulgação deste rincão paulista, “a 1.700 metros acima das preocupações”, no cenário nacional e mundial. Esses proprietários de lindas e aconchegantes casas e mansões eram empresários ligados ao comércio em geral, industriais, banqueiros, políticos e famosos profissionais liberais de diversas categorias.

A partir de 1961 o Sr. Seabra encerrou as atividades do tradicional “Empório São e adquiriu a tradicional e famosa “Mercearia Caruso” que passou a se chamar “Mercearia São Paulo” até o ano de 1971. A partir dessa data seu Seabra mudou radicalmente suas atividades, deixando de trabalhar com gêneros alimentícios, bebidas etc. Em 1972 idealizou e montou a Administradora J. P. Seabra, passando a trabalhar com a venda de imóveis em geral e, principalmente, com a administração de imóveis em geral, casas e condomínios residenciais, de propriedade de muitos turistas que já haviam se tornado seus grandes amigos de muitas décadas, durante todos anos anteriores, quando os atendia nos estabelecimentos comerciais mencionados. A J. P. Seabra teve imediato e grande sucesso; durante muitos anos prestou relevantes serviços na área de administração de imóveis, para sossego e tranquilidade de todos que utilizavam seus serviços, até que o Grande Criador, no dia 23 de julho de 1989, resolveu chamar o seu Seabra, logo após completar 80 anos de idade, para administrar novas propriedades e outros condomínios, em outras paragens desse nosso imenso Universo, sem dúvida, contando com sua tradicional e costumeira cortesia, idoneidade, educação e gentileza.

 

 

 

Históricas - Maria de Freitas Damas


Maria de Freitas Damas - Natural de Castelo de Paiva - Portugal. Era filha do saudoso Sebastião de Oliveira Damas e de D. Izabel de Freitas. Teve mais seis irmãos: Emilia, Constanza, Ana, Isabel, Henrique e Alice Maria. Era a filha mais velha de Sebastião de Oliveira Damas e de D. Izabel de Freitas.

Do primeiro casamento com Eduardo da Maia Romão teve quatro filhos. São eles pela ordem: Adélia, Aurora, Mercedes e Mariana. Adélia e Mariana nasceram em Portugal, Aurora e Mercedes no Brasil. Adélia foi casada com Francisco Clementino de Oliveira e tiveram duas filhas, Maria Albertina e Arady Vânia. Adélia faleceu em São Paulo, no ano de 2016, com 106 anos de idade. Mariana ficou residindo em Portugal, na cidade do Porto e foi casada com Adolfo e tiveram uma filha Maria Eduarda e vários netos que residem em Portugal. Faleceu com mais de cem anos de idade. Aurora foi casada com Francisco Laureano e teve dois filhos, Ewaldo José e Emar Eduardo (falecido). Mercedes foi casada em Campos do Jordão-SP., com Raimundo Nagib e teve um filho com Raimundo Nagib, o José Guilherme(falecido).

Depois que ficou viúva de Eduardo M. Romão, Maria de Freitas Damas casou-se com seu primo, Antonio de Oliveira Damas, sobrinho de Sebastião seu pai. Com Antonio teve mais quatro filhos: Martinho, Noêmia, Roberto e Álvaro, todos já falecidos e que viveram em Campos do Jordão ou nas proximidades.

Os filhos de Maria Damas com seu segundo marido e primo Antônio de Oliveira Damas todos falecidos, porém com netos vivos, foram:

Martinho, casado com Virginia e tiveram vários filhos.

Noêmia, casada com Joaquim Corrêa Cintra, tiveram um filho, José Roberto Damas Cintra.

Roberto, casado com Nely Perondini, teve uma filha Vera Lúcia Perondini Damas.

Álvaro casado com Lourdes Miravetti Jordão, teve quatro filhos, Ana Maria, Ana Lúcia, Ana Célia e Antônio.

D. Maria Damas. Para os familiares e mais íntimos era conhecida como “Micas”. Ficou famosa com suas costuras maravilhosas. Era exímia costureira e fazia todo tipo de roupas, especialmente, do vestuário feminino. Também, com esse seu trabalho, ensinou muitas mulheres a se tornarem costureiras, possibilitando, muitas vezes, ganhar o sustento e a criação das suas famílias.

Também, com esse seu trabalho, ensinou muitas mulheres a se tornarem costureiras, possibilitando, muitas vezes, ganhar o sustento e a criação das suas famílias.

Seu marido Antonio de Oliveira Damas - (Nasceu em São Martinho da Sardoura, freguesia portuguesa do Concelho de Castelo de Paiva- Portugal - 20/01/1883 / Faleceu em Campos do Jordão-SP. 02/06/1968, com 85 anos de idade), era filho de Martinho de Oliveira Damas e Joaquina da Costa Damas. Foi um dos muitos, ilustres e dedicados pioneiros que ajudaram na construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, nos anos de 1912 a 1914. Era sobrinho do Empreiteiro da Ferrovia, Sr. Sebastião de Oliveira Damas, a quem se deve a conclusão das obras da Estrada de Ferro, devido à falência da Empresa S/A - E.F.C.J.. Sebastião O. Damas era irmão de seu pai Martinho O. Damas.

Depois da inauguração da Ferrovia e da sua encampação pelo Governo Estadual, ainda por alguns anos o Sr. Antonio de Oliveira Damas prestou serviços à ferrovia que lhe custou tantos sacrifícios. A ponte sobre o Rio Paraíba, a maior obra de arte da Ferrovia, foi construída com as dificuldades da época. Seu Antonio O. Damas, lá estava vadeando o rio, mergulhando em águas incontroláveis, muitas vezes ao dia, para implantar, junto com seus homens, os pilares da obra que, durante todos esses anos, desde sua construção, vêm resistindo sem qualquer abalo, não só os impactos das cheias como também, a constante vibração dos bondes e gôndolas que trafegam sobre os trilhos e dormentes por ela suportados. Acidentado, certa vez, nos tempos heróicos da estrada de ferro, suportou pacientemente por cerca de quarenta anos os efeitos de uma perna fraturada, como também o artritismo, herança adquirida na labuta de abrir o leito da estrada, ora dentro da água, ora sob a densa, fria e constante neblina serrana.

Fixou residência em Campos do Jordão, na Vila Jaguaribe que, desde o ano de 1922, passou a ser o seu mundo. Foi estabelecido com Armazém de Secos e Molhados, como era costume identificar os locais onde eram vendidos gêneros alimentícios de todas espécies e bebidas em geral. Esse armazém era denominado “Casa Damas”. Estava localizado no mesmo local do prédio existente ao lado da Padaria e Supermercado Roma, onde, atualmente, existe uma lavanderia. Durante todo tempo em que aqui viveu e residiu ali no centrinho de Jaguaribe, na Av. Dr. Januário Miráglia, no local onde, atualmente, existe uma Praça e um prédio comercial por ele construído, já ampliado, onde em uma das lojas comerciais está sediada “A Casa do Churrasco” e na parte superior, com entrada pela Rua Sebastião de Oliveira Damas, 25, o “Escritório de União de Contabilidade”. Nessa sua propriedade, juntamente com a esposa, cultivava pêras, ameixas e maçãs diversas. Durante as “Festas Nacionais da Maçã”, realizadas em Campos do Jordão, especialmente dos anos de 1953 a 1955, receberam várias medalhas e troféus pelas maravilhosas maçãs que cultivava com muito carinho e que eram o grande orgulho do casal Damas. Amou Campos do Jordão e foi um fervoroso defensor do seu progresso. Orgulhava-se de Campos do Jordão, das suas flores, das suas frutas, das suas geadas e dos lindos dias de céu azul indescritível. Admirava os homens que eram os fautores, promotores do progresso. Faleceu em Campos do Jordão, no dia 02/06/1968, com 85 anos de idade.

 

 

 

Históricas - Anita Damas Salgado


Anita Damas Salgado - Natural de Castelo de Paiva Portugal. Era filha do saudoso Sebastião de Oliveira Damas e de D. Izabel de Freitas. D. Anita foi casada com o engenheiro José Antonio Salgado, com quem teve cinco filhos: Roberto, José, Edmundo, Guilherme e Maria Isabel.

Seu marido o engenheiro José Antônio Salgado era natural de Pindamonhangaba, nascido em 25 de agosto de 1881, filho de Martiniano Moreira Salgado e Olympia Adelaide da Costa Salgado. Formado engenheiro civil da primeira turma da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – USP, tendo entre seus amigos o Sr. Prestes Maia. Foi engenheiro da estrada de Ferro Pindamonhangaba – Campos do Jordão na época da sua construção, iniciada em 1912 e inaugurada oficialmente em 15 de novembro de 1914, na qual o Empreiteiro Responsável era seu sogro, sr. Sebastião de Oliveira Damas, pai da esposa Anita de Freitas Damas.

José Antonio Salgado participou ativamente da revolução de 1932, sendo responsável pela linha de montagem de munições.

Entre suas obras públicas destacam-se o projeto e a execução da reforma dos jardins do Museu do Ipiranga, localizado na cidade de São Paulo, sendo parte do conjunto arquitetônico do Parque da Independência, e o projeto da Praça Buenos Aires, localizado no bairro de Higienópolis em São Paulo. Foi um dos fundadores e sócio benemérito da Escola de Aeronáutica e do Clube Paulista de Planadores (CPP) do Campo de Marte em 1934, com sede na Praça Ramos de Azevedo n° 16.

José Antonio Salgado e sua esposa D. Anita Damas Salgado, depois da inauguração da Estrada de Ferro Campos do Jordão, ocorrida em 15/11/1914, residiu por algum tempo em Campos do Jordão. No ano de 1915, José Antonio Salgado, Guilherme Ernesto Winther (engenheiro e companheiro na construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão), e José Martiniano Vieira Ferraz, adquiriram o remanescente pertencente a James Maclean que havia comprado no ano de 1914, o quinhão, anteriormente recebido pela Societé Commerciale et Financière Franco-Bresilienne no ano de 1908, quando do término da demarcação da Fazenda Natal que era toda área da cidade de Campos do Jordão.

Sua residência estava situada na ladeira que fica em frente à Parada Grande Hotel, da Estrada de Ferro Campos do Jordão, proximidades do atual Edifício Sans Souci. Perto da sua casa, em frente à Parada Grande Hotel, havia uma Escola Essa rua era conhecida como a “subida do Salgado”, atualmente Rua Baltazar de Godoy Moreira e o local conhecido como Via Yara.

Na cidade de Taubaté o casal foi proprietário da Chácara do Visconde, local onde viveu Monteiro Lobato – terras essas que foram vendidas para que comprassem as glebas no município de Guararema, que compreendiam também a região que veio a formar o bairro Morro Branco.

Construíram, então, o Sítio São José, onde construíram sua casa e viveram por longos anos com seus filhos e netos. Doaram parte de suas terras para a abertura das Ruas João Barbosa de Oliveira e João Ramos.

Contribuíram com a construção da Igreja Matriz de Guararema, doando também o primeiro conjunto de paramentos usados na liturgia. É da autoria do engenheiro José Antonio Salgado o projeto do prédio da Prefeitura Municipal de Guararema, projetos todos que doou para a cidade, sem cobrar seus honorários. José Antonio Salgado faleceu em 26 de janeiro de 1971, na cidade de São Paulo.

 

 

 

Históricas - Izabel de Feritas Damas


Izabel de Freitas Damas - Natural de Sobrado, freguesia do Concelho de Castelo de Paiva, Portugal. Era filha de Antonio da Rocha e D. Constância de Freitas. Faleceu em 18 de janeiro de 1937. Foi casada com Sebastião de Oliveira Damas, também de (Castelo de Paiva/Portugal - 1867 / 11/janeiro/1954). Ele foi o Empreiteiro Responsável pela construção da Estrada de Ferro Campos do Jordão, desde o início em 1912, até a sua inauguração no dia 15/11/1914.

Do casamento tiveram os seguintes filhos: Maria de Freitas Damas, casada com o Sr. Antonio de Oliveira Damas, Anita Damas Salgado, casada com o Dr. José Antonio Salgado, Alice, Constância, Izabel e Henrique. O casal teve trinta netos e 26 bisnetos.

Durante alguns anos, depois da inauguração da Estrada de Ferro Campos do Jordão, o casal Sr. Sebastião e D. Izabel, residiu ali no centrinho da Vila Jaguaribe Jaguaribe, na Av. Dr. Januário Miráglia, no local onde, atualmente, existe uma Praça. Essa propriedade, posteriormente, pertenceu a seu sobrinho Antonio de Oliveira Damas, casado com sua filha Maria de Freitas Damas. No local existe um prédio comercial construído por Antonio de Oliveira Damas, já ampliado, onde em uma das lojas comerciais está sediada “A Casa do Churrasco” e na parte superior, com entrada pela Rua Sebastião de Oliveira Damas, 25, o “Escritório de União de Contabilidade”.

 

 

Veja fotografias publicadas em outras semanas clicando aqui.

 

Voltar

 

- Campos do Jordão Cultura -