Fotografias Semanais que contam a
história de
Campos do Jordão.
de
08/10 a 14/10/2010
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Artes Plasticas
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Raymundo - Pintor em ascensão
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Lindo quadro a óleo com pintura bem jordanense, mostrando paisagem calma, propriedade maravilhosa, aconchegante casinha com chaminé soltando fumaça, com certeza do fogão a lenha; uma bela horta, pequeno e cristalino regato com queda d´água, gramado aconchegante com banco debaixo de uma árvore, para um descanso tranqüilo, samambaiaçus, mata com vários pinheiros, tendo dois em destaque no primeiro plano, a deslumbrante Pedra do Baú, situada no Município de São Bento do Sapucaí-SP.
Este quadro e muitos outros de efeitos idênticos, retratando várias e lindas paisagens de Campos do Jordão e muitas outras, foram pintado pelo simples e humilde BENEDITO RAYMUNDO CORREIA, mais conhecido como Raymundo, como assina os quadros de sua autoria. Raymundo é nascido no Vale do Baú, mais especificamente no Baú do meio, Município de São Bento do Sapucaí-SP, onde morou grande parte de sua vida. Sua profissão, no início, por longo tempo, sempre esteve ligada ao cultivo da terra. Um autêntico lavrador de pequeno porte, trabalhando em lavouras de subsistência. Posteriormente, vindo morar em Campos do Jordão, passou a exercer trabalhos de pedreiro na construção civil.
Raymundo tem, atualmente, 59 anos de idade. É filho primogênito do casal Benedito Correia e Dona Vicentina Lourdes Correia e tem dez irmãos: Marinete, José Odair, Maria Helena, Maria Amélia, Maria Odaísa, Luciana, Tarcísio, Odenízio, Luiz Carlos e Nilton, todos exímios profissionais em seus ramos da atividade. O irmão Tarcísio é um excelente artista de múltiplas facetas e habilidades, destacando-se na arte dos pisos, azulejos, madeira, decoração com esculturas feitas por ele mesmo em diversos tipos de massas, madeira e concreto.
Enquanto morava e trabalhava no Vale do Baú, Raymundo ouvia pelo rádio portátil, notícias, músicas, programas e os comerciais veiculados. Um dia, ouvindo propaganda do Instituto Universal Brasileiro que falava sobre curso de pintura em tela, resolveu escrever para lá e se inscreveu no curso por correspondência. Estudou com afinco e dedicação as apostilas recebidas. Não tinha à sua disposição o mestre para tirar dúvidas e sanar dificuldades encontradas. Enviava regularmente para a Escola as provas e trabalhos exigidos para avaliação do seu aproveitamento. Como prova final para conclusão do curso, deveria pintar uma tela com assunto pré-determinado e levar pessoalmente ao Instituto Universal Brasileiro localizado na cidade de São Paulo.
Pintou o quadro com máxima dedicação e cuidados especiais aprendidos durante o curso. Rumou para São Paulo e lá chegando, com toda sua simplicidade e humildade, inclusive na sua maneira de vestir, a inesperada surpresa - não permitiram que o Raymundo entrasse nas dependências da escola, talvez impressionados com seu jeito de se apresentar, talvez pensando tratar-se de alguém que queria algum favor, para eles indesejado ou até algum auxílio. Depois de alguma insistência, depois que o humilde e simples Raymundo informou que era aluno do curso de pintura por correspondência e que levava o quadro solicitado para sua avaliação final é que permitiram sua entrada.
De lá para cá nunca mais deixou de pintar. É provido de refinada sensibilidade, aproveitando os mínimos detalhes que se apresentam em cada ambiente escolhido para os quadros da sua autoria. Com certeza, dotado de excelente memória fotográfica. Tem percepção aguçada, preferindo pintar paisagens diversas. Aperfeiçoou sua técnica, levou tombos e levantou várias vezes, sempre só, sem contar com auxílio de artistas mais experientes. Adquiriu estilo próprio tornando-se artista plástico especialmente importante, evidenciado pela sua formação desprovida de requintes sofisticados e pela sua maneira de ser, sempre muito humilde e simples, produzindo pinturas no estilo realista, rica em detalhes que chegam a excelente grau de perfeição, sendo muito apreciada. Foi premiado com medalha de ouro no primeiro “Salão Camargo Freire”, realizado nas dependências da ACM - Associação Cristã de Moços de Campos do Jordão.
Atualmente, depois que solicitei para que pintasse um quadro com paisagem típica de Campos do Jordão, a que ilustra este texto, Raymundo tem pintado muitos outros quadros com paisagens serranas, mostrando vários aspectos relacionados a esta região, muito apreciados e procurados pelos amantes das belas imagens.
Edmundo Ferreira da Rocha- 07/outubro/2010
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Arquitetura
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Antiga Igreja de Vila Capivari
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A Igreja de Santa Terezinha, a primeira da Vila Capivari, construída no ano de 1929 e demolida no ano de 1940. No mesmo local foi construída a atual Igreja de São Benedito. O nome de Santa Terezinha passou a denominar a Igreja Matriz de Vila Abernéssia, construída em substituição à Igreja de Santa Izabel, a primeira de Vila Abernéssia, construída na área do atual Jardim (Praça da Bandeira), próxima ao atual Gazebo Municipal.
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Energia Elétrica
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Geradores de energia elétrica
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Foto da década de 1940, mostrando motores geradores da energia elétrica então produzida pela Usina Hidrelétrica “Evangelina Jordão” de Campos do Jordão, inicialmente pertencente à Companhia de Eletricidade de Campos do Jordão, idealizada e iniciada no ano de 1918 pelo Dr. Robert John Reid e Alfredo Jordão Junior, passando posteriormente, a partir da década de 1940 para a responsabilidade da antiga CSME - Companhia Sul Mineira de Eletricidade, responsável pela distribuição da energia elétrica para toda cidade, até o ano de 1966.
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Escolas
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Primeira Escola de Campos do Jordão
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Esse prédio, construído na final da década de 1920 pertencia à Sra. Maria Sampaio Camargo, servindo como sua residência por alguns anos.Além desse prédio, ela era proprietária de muitos outros aqui em Campos do Jordão. Ficava ao lado do atual Espaço Cultural Dr. Além, em Vila Abernéssia. Esse prédio foi utilizado como primeira escola de Campos do Jordão. A foto é do ano de 1932. Infelizmente, não foi possível identificar qualquer das pessoas que nela aparecem..
Nesse prédio maravilhoso e saudoso esteve sediada a Prefeitura Municipal de Campos do Jordão, durante mais de trinta anos.
Lamentavelmente, esse prédio tradicional e de linda arquitetura que deveria ter sido tombado pelo nosso Patrimônio Histórico, foi demolido na calada da madrugada numa noite de sábado para domingo, no ano de 1994. Quando a maioria da população de Campos do Jordão que se preocupa com nossa história e cultura viu o que estava sendo feito com o tradicional prédio, não adiantava mais nada. A demolição já estava praticamente concluída. Nenhuma providência no sentido de embargar a demolição iria trazer o prédio de volta.
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Esportes
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Equipe tri-campeã de futebol
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A gloriosa equipe de futebol do Abernéssia Futebol Clube, tri-campeão nos anos 1974, 1976 e 1977 em foto tirada no Estádio Municipal Benedito Vaz Dias, em Vila Abernéssia, ao lado do Clube.
Na foto, da esquerda para a direita - Agachados : Simplício, Zé Mauro, Édison, Benedito Brás, o popular e conhecido Sapinho, Milton, José Adauto e José Fausto.
Em pé, também da direita para a esquerda:As duas crianças, netos do Sr. Cantídio, Marco César e Antonio Augusto, Cantídio Pereira de Castro, o conhecido Baiano, espetacular massagista do clube e das equipes de futebol, Benedito Alves da Silva, o conhecido Deloro, Treinador do Clube, Henrique Ferreira Soares, o conhecido Zóca, os saudosos Ademir Ferreira Soares, o Téco, João Carlos Guedes Reis, o Manoel Pereira Alves Neto, o Nézinho, Toninho Cueca, David Sarmento Pina, o Pininha, Ribamar e Pedro Reginaldo, o Dinho.
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E.F.C.J.
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A famosa locomotiva elétrica T1
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T1 - É a antiga locomotiva elétrica Siemens-Schuckert/Mann que puxava os carros de passageiros e hoje encontra-se estática, tracionando o teleférico do Morro do Elefante, também operado pela Estrada.
A locomotiva elétrica T1 da Estrada de Ferro Campos do Jordão em operação. Essa máquina, originalmente fornecida ao Tramway do Guarujá, foi construída em 1924 pela Siemens-Schuckert/M.A.N. (Maschinenfabrik Augsburg-Nuremberg). Ela tinha potência total de 104 HP, proporcionada por dois motores elétricos com auto-resfriamento, peso de 14.600 kg e capacidade de tracionar um trem de 32 toneladas a 40 km/h. Ela foi transferida para a E.F. Campos de Jordão após o desmantelamento do Tramway Guarujá em 1956.
Em Campos do Jordão, por mais de uma década, a partir dos anos 1960, esta locomotiva elétrica T1 puxava carros para transporte de passageiros, os famosos vagões chamados de “classinhas”, no percurso entre as Vilas Capivari, partindo da Estação Emílio Ribas, passando pelas Vilas Jaguaribe, Estação de Vila Abernéssia, até a Parada São Cristóvão, vice-versa.
Em 1972 a máquina T1, a nossa rara locomotiva elétrica, hoje praticamente uma peça importante para decorar dignamente um Museu Ferroviário, infelizmente foi desativada e retirada do tráfego ferroviário, pela administração da ferrovia, sendo imobilizada para acionar os comandos do teleférico que liga a estação Emílio Ribas de Vila Capivari ao alto do Morro do Elefante.
http://www.gorni.eng.br/Gorni_ElectroBras_2003.pdf
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Famílias
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A Família Pedro Paulo
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A Laboriosa e importante família Pedro Paulo. A foto, da década de 1970, mostra a família do saudoso Patriarca Sr. Pedro Paulo e Matriarca Dona Izabel Cury Paulo, acompanhados dos valorosos filhos: Sérgio Cury Paulo, Fausi Paulo e Pedro Paulo Filho.
O Sr. Pedro Paulo foi um dos mais importantes comerciantes de Campos do Jordão, tendo iniciado seu trabalho com a famosa “Casa Pedro Paulo”. Inicialmente sediada em Vila Capivari no tradicional prédio que, posteriormente, abrigou o Empório São Paulo de propriedade dos Srs. Alberto Bernardino e Joaquim Pinto Seabra, Loja de Decorações Henry Matarasso e a loja da Malú Decorações, no mesmo local até hoje em novo e moderno prédio. A Casa Pedro Paulo ficou famosa aqui em Vila Abernéssia, situada quase em frente à Estação ferroviária da Estrada de Ferro Campos do Jordão, onde funcionou por quase cinco décadas. No local, atualmente está sediada a loja de bijuterias e presentes “pink Bijou”.
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Festividades
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Primeiras Normalistas de Campos do Jordão
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Festividade da formatura da segunda turma do Curso Normal do saudoso, maravilhoso, inesquecível CEENE - Colégio e Escola Normal Estadual de Campos do Jordão. O paraninfo da turma, o saudoso e querido Professor - Raul Pedroso de Morais, professor de Trabalhos Manuais, Diretor do Colégio e a madrinha da turma, Professora Aurora do Carmo Leonardo Proença, Professora de Música e Canto Orfeônico, resolveram comemorar a data.
Gentilmente os Professores Raul e Aurora resolveram marcar uma reunião para comemoração da data. A Professora Aurora organizou em sua casa, uma linda e inesquecível festinha para comemoração da data.
Nessa festinha de comemoração da formatura, realizada no dia 15 de dezembro de 1955,
as pessoas que aparecem na foto :
Da esquerda para a direita: Professor Raul Pedroso de Morais, Marion Arch, Salete Padovan, Professora Aurora, Edith Ogata, Elda Randoli, Maria da Glória Seabra, a Lita, Keiko, Marilda Lauretti e Francisco Bonilha que, numa turma de doze moças do Curso Normal, era o único varão. Tendo vindo para Campos do Jordão em busca da cura para a tuberculose, ficou em tratamento no antigo e saudoso Sanatório Sírio. Após sua recuperação retornou aos estudos, terminando o Normal iniciado anos antes. Lamentavelmente, após algum tempo de sua formatura veio a falecer na cidade de Mogi das Cruzes, vitimado por uma recaída da tuberculose. Bonilha, amigo muito gentil, único “menino” da turma, era muito querido pelas “meninas”.
OBS: Foto gentilmente cedida pela querida amiga, minha professora do curso de admissão ao ginásio, Elda Randoli.
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Flora e Fauna
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Rhipsális. Você sabe o que é?
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A Rhypsalis é uma planta muito interessante. É da família dos cactos. Por isso, suas pequenas flores são muito bonitas e lembram a textura das flores das cactáceas como as denominadas flores de maio e flores de outubro. As flores têm em média, um centímetro ou pouco mais, de circunferência.
Aqui em Campos do Jordão, são encontradas na maioria das nossas matas, especialmente alojadas nos troncos do pinho-bravo e muitas outras espécies nativas. Comumente são encontradas as variedades que têm flores de tonalidades que variam do branco até amarelo bem claro. A variedade que apresenta tonalidade vermelha maravilha como as que estão na foto inicial, são mais raras e são encontradas nas matas mais próximas ao Pico do Itapeva.
Nome Científico: Rhipsalis baccifera
Sinonímia: Cassytha baccifera, Cactus parasiticus, Rhipsalis cassytha
Nome Popular: Ripsális, Cacto-macarrão
Família: Cactaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Cosmopolita tropical
Ciclo de Vida: Perene
Habitat: América do Sul e Central, Ásia, Oriente e na África Ocidental, de Madagascar, Ceilão.
Exposição: sombra ou luz indireta. A localização ideal para a estação está bem debaixo de uma árvore.
Temperatura: 10/12 ° C. Mínima
Substrato: fórmulas férteis ou compostos para orquídeas, pH 6.
Água: Nunca deixe secar o substrato. No verão, água regularmente, no Inverno manter o substrato moderadamente úmido.
Cultivo: Algumas espécies apresentam crescimento lento, alguns rápidos, outros entram no seu período vegetativo no outono – inverno. Aprecia a alta umidade e, portanto, devem ser muito pulverizados durante o período de crescimento.
Rega: a cada duas semanas.
Multiplicação: por sementes, estacas e divisão.
Principais espécies de Rhipsalis: Rhipsalis capilliformis; Rhipsalis cassutha; Rhipsalis cereuscola; Rhipsalis crispata; Rhipsalis fasciculata; Rhipsalis lindbergiana; Rhipsalis linearis; Rhipsalis rahuiorum; Rhipsalis teres; Rhipsalis gibberula.
A Rhipsalis é uma planta extremamente tóxica, por esse motivo devemos ter cuidado com as crianças e os animais.
É um tipo de cacto epífito, que não possui contato com o solo, vivendo por sobre o tronco das árvores ou rochas. Não possui folhas como seus parentes das áreas secas, além disso, ocupam um micro ambiente (o tronco das árvores) onde a água não permanece durante muito tempo, devido à alta aeração.
Habitualmente observado em árvores antigas, inclusive nas grandes cidades, a ripsális é um cacto diferente. Exige cuidados parecidos com os das outras plantas epífitas. Verdinho, ele é uma ótima folhagem para composições com orquídeas, bromélias e samambaias. Seu caule é composto de várias partes (artículos) que se ramificam. Produz frutinhos redondos no verão que atraem os passarinhos.
Deve ser cultivada em substrato para epífitas, em vasos, árvores e paredes de pedra, sempre à meia-sombra e regado a intervalos regulares. Tolerante ao frio. Multiplica-se por sementes e por estaquia.
Produz pequenas flores ao longo do caule delgado, entre o inverno e a primavera. Alguns produzem flores de colocação amarelo bem claro, outras, vermelho maravilha.
Fontes:
www.jardineiro.net/br e plantasonya.blogspot.com
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Históricas
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Pensão Glória e a tragédia
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Foto da histórica Pensão Glória, na década de 1940. Essa Pensão, durante o final da década de 1920 até meados da década de 1940, recebia hóspedes que vinham para Campos do Jordão em busca do clima privilegiado, na tentativa da cura para a tuberculose. Estava situada no final da atual Avenida Macedo Soares no encontro com as Avenidas Victor Godinho e Washington Luiz e Rua Engenheiro José Antonio Salgado, em Vila Capivari, onde atualmente existe um prédio de apartamentos “Solar dos Gerânios”, na divisa com a conhecida Casa São José.
Abaixo, depoimento de Péricles Homem de Mello, constante das páginas 751 a 753 do Livro “História de Campos do Jordão”, da autoria de Pedro Paulo Filho, Editora Santuário - 1986.
“A Pensão Glória, então situada na atual Av. Macedo Soares, era um antigo prédio – sede da Fazenda Capivari – uma casa com varanda grande na frente, dentro de um enorme cercado de arame.
Dona Mercedes, sua proprietária, era casada com Geraldo Sampaio. Um belo dia apareceram no quintal seus desafetos, Moacir Barbosa Ferraz e Roberto Jeffery.
O casal estava repousando, mas dona Mercedes foi atendê-los.
- Queremos falar com seu marido!
Identificando os presentes como seus inimigos, Geraldo pegou um revólver, marca Schmidt Wesson, chegou à janela e atirou.
Com o solavanco, caiu da cadeira, pois era um homem franzino e doente.
Dona Mercedes foi socorrê-lo.
Moacir saiu correndo para o armazém de Simão Cirineu Saraiva a fim de telefonar ao delegado pedindo garantias de vida.
Roberto Jeffery aproximou-se, abriu a camisa e gritou.
- Dona Mercedes, chame o seu marido, para me dar o tiro que ele deseja!
Dois estilos de homem...
Moacir Barbosa Ferraz era fazendeiro muito rico no Paraná e veio a Campos do Jordão, onde alugou uma casa para a esposa que estava enferma. Era o prédio, onde, mais tarde, se instalou o Hotel Helvétia (Av. Macedo Soares, n° 893). Foi em 1927.
O Dr. Paulo Bulcão Ribas, filho do Dr. Emílio Ribas, atendeu-a, acompanhando a evolução da doença.
Mas, o povo começou a falar... e chegou ao ouvido de Moacir.
Sem procurar saber o que ocorria, providenciou o retorno da esposa para S. Paulo e disse:
- Vou a Campos do Jordão acertar as contas com Paulo Ribas.
A família ficou apavorada, correu ao Secretário da Segurança, que se comunicou com o delegado de polícia de Pindamonhangaba para evitar que Moacir chegasse a Campos do Jordão.
O delegado foi à estação de Pinda, identificou Moacir, impedindo-o de subir a serra.
Retirando-se a autoridade policial da estação, Moacir dirigiu-se ao agente Wantuil e pediu um carro especial.
Providenciando o bonde, telefonou ao Dr. Paulo Ribas, de Pindamonhangaba.
- Paulo, chego no especial das 14:30 horas. Espere-me aí em Campos...
Cheguei a ver o Dr. Paulo passar de automóvel em direção da estação de Emílio Ribas, pois trabalhava na farmácia de Pascoal Olivetti.
Também ouvi o bonde chegar, e logo passar um automóvel com Dr. Paulo, Moacir e mais 3 pessoas.
Decorridos uns vinte minutos, chegou Moacir gritando.
- Coronel, Coronel, matei o Paulo!
Nas imediações residia um coronel.
Moacir tinha sido baleado na barriga e na Farmácia Olivetti, em Vila Capivari, foi colocado em uma cama.
Era um homem muito gordo.
Cortei a camisa com uma tesoura e comecei a fazer um curativo no ferimento.
Chamei o Dr. Décio Queiroz Telles, que achou melhor transportar o ferido para São Bento. O tiro, porém, atingiu o tecido adiposo. Enquanto fazia o curativo, Moacir tirou uma mauser do bolso e começou a desmontá-la.
- Não tenho forças para desmontá-la.
Mais tarde, Eduardo Levy narrou-me detalhes da cena.
Viu o Dr. Paulo Ribas chegar com Moacir, e achava que o médico desconfiava de algo, pois estava armado.
Ambos entraram nos aposentos onde a esposa de Moacir se hospedava.
Em certo momento, pegou um papel e disse:
- Paulo, assine aqui.
Homem com família constituída e de respeito, logo que leu as primeiras linhas, respondeu:
- Não assino semelhante infâmia!
- Não assina, então morre!
Sacou da arma e atirou.
Paulo caiu de bruços em cima da cama, mas sacou de sua arma, atingindo a barriga de Moacir.
Moacir, ato contínuo, saiu para fora do quarto, e no corredor, recarregou a arma, para em seguida descarregar toda a carga do revólver contra o Dr. Paulo Ribas”.
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Sanatórios e Pensões
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Inauguração da Maternidade da Santa Casa
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Foto da inauguração da Maternidade da Santa Casa de Campos do Jordão, Hospital “Dr. Adhemar de Barros”, no dia 25 de janeiro de 1943.
A Maternidade da Santa Casa de Campos do Jordão foi construída graças à valiosíssima doação em dinheiro para a sua construção por parte do Sr.João Rodrigues da Silva, conhecido como João Maquinista. A Maternidade, por esse gesto generoso, recebeu o nome do seu patrocinador/doador que, anteriormente já havia doado grande área de terreno ao Hospital Dr. Adhemar de Barros. Controvertida foi sua personalidade, admirado por alguns, odiado por outros. Foi grande proprietário de casas e terrenos em Campos do Jordão. Era muito caridoso e deixava transparecer essa virtude, nos repetidos gestos, que tomava, doando terrenos para a construção de sanatórios e hospitais.
Doou terrenos para a Associação dos Sanatórios Populares de Campos do Jordão, para o asilo São Vicente de Paulo, para trabalhadores de vila operária, núcleo modesto, ao norte da Vila, tratado pitorescamente de Favela.
Na oportunidade da inauguração da Maternidade o Sr. João Rodrigues da Silva, o João Maquinista já havia falecido, sendo representado por sua esposa conhecida por Dona Sinhá.
Na foto, dentre outros, da esquerda para a direita: Srs. Francisco Clementino, João Cardoso, Condelac Chaves de Andrade, importante, competente e incansável Provedor da Santa Casa por mais de três décadas, Dona Leonor Mendes de Barros, a viúva de João Rodrigues da Silva, Dona Sinhá, Dr. Francisco de Moura Coutinho, Dr. Lourival Francisco dos Santos, Prefeito Municipal (10/06/1941 a 13/07/1946), Dr. Adhemar de Barros, Dr. Arthur da Motta Bicudo, Prefeito Municipal do mandato anterior (14/07/1938 a 106/06/1941) e Sr.Paulo Cury.
O Dr. Adhemar de Barros juntamente com sua esposa Dona Leonor Mendes de Barros foram grandes responsáveis pela criação da nossa Santa Casa de Misericórdia de Campos do Jordão; participaram do lançamento da sua pedra fundamental em 29 de julho de 1939 e, depois, da sua reconstrução, em 24 de junho de 1948, já que um incêndio havia destruído parcialmente o prédio. Posteriormente a Santa Casa passou a se chamar, com muito mérito, “Hospital Dr. Adhemar de Barros”. Infelizmente, o referido hospital foi fechado em 2005, por diversos problemas, especialmente financeiros, porém sem apoio necessário das diversas autoridades governamentais. Infelizmente atualmente, praticamente abandonado.
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Hotéis
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Hotel Augusta, um pioneiro
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O lindo e aconchegante HOTEL AUGUSTA, um dos primeiros de Campos do Jordão, tradicional e famoso durante final da década de 1940 e décadas de 1950 e 1960, de propriedade de Dona Augusta e do Sr. Eugênio Holl, localizado na esquina da Av.Macedo Soares com a Rua Ribeiro de Almeida, no local onde hoje está sediado o Hotel Solar da Montanha, em frente ao badalado Market Plazza do empresário e jornalista João Dória.
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Paisagens
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Vila Jaguaribe - Início de Campos do Jordão
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Vila Jaguaribe, década de 1940. A Vila já estava apresentando sinais de crescimento.
No primeiro plano já se percebe o telhado da Casa Damas, tradicional Armazém de Secos e Molhados pertencente ao Sr. Antonio Damas. Num segundo plano, à esquerda, a casa pertencente ao Sr. José Dolores de Carvalho, casado com a Sra. Jorvina, pais do conhecido Dorival Dolores de Carvalho, antigo funcionário do Posto Fiscal do Estado, em Campos do Jordão, pai das lindas garotas de nossa juventude, Sônia Maria e Silvia Maria; mais à direita o prédio em que esteve estabelecido o Armazém do saudoso Sr. Albenick José Furtado, o Nick, nas décadas de cinqüenta e sessenta; uma das casas de funcionários da Estrada de Ferro Campos do Jordão, existente até hoje (2010), a Estaçãozinha da Vila Jaguaribe com a casa do Agente da Estação.
Num terceiro plano, as casinhas da Rua Orivaldo Lima Cardoso, algumas das quais ainda existem. Em uma delas esteve estabelecida a Malharia Mani di Fata, da saudosa esposa do Léo Gonçalves da Silva, a Pizzaria denominada “La Pizza”, de propriedade do Léo e a linda lojinha "Caminho da Roça". Bem ao centro e no meio da foto o sobradinho que pertencia ao Sr. Orivaldo Lima Cardoso, um dos antigos proprietários da Incos, tradicional casa de venda de materiais para construções, estabelecida em Vila Jaguaribe, por mais de três décadas. Mais acima, os prédios das Pensões Pinheiro e Báltica, o prédio da antiga Igrejinha de Jaguaribe.
Bem ao lado direito, o famoso Grupo Escolar Dr. Domingos Jaguaribe. O prédio, felizmente, está praticamente intacto, guardando todas suas principais características. No ano de 2010 foi devidamente tombado pelo Patrimônio Histórico do Município de Campos do Jordão.
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Personalidades
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Dona Aurora Abrantes
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A saudosa Dona Aurora Abrantes, Matriarca de importante, numerosa e laboriosa família que sempre residiu em nossa Vila Jaguaribe, proximidades da Igreja de Nossa Senhora da Saúde. Dona Aurora foi casada como saudoso Sr. Álvaro Abrantes, Patriarca da família, pessoa que sempre esteve ligada à área da construção civil, especialmente nos serviços ligados a marcenaria e carpintaria.
Dona Aurora, pessoa maravilhosa, bondosa e inesquecível, viveu mais de cem anos, sempre dedicando muito respeito, carinho e amor a tudo que fazia e se dedicava.
No Natal do ano de 1992, fiz um pequeno acróstico dedicado a essa pessoa inesquecível e maravilhosa que, na ocasião, fez questão de ligar de imediato, agradecendo com seu especial sotaque português.
AURORA ABRANTES
Augusta e maravilhosa,
Uma pessoa muito especial,
Radiante de felicidade,
Ontem, hoje, sempre,
Rainha da família
Abrantes !
Edmundo Rocha 12/92
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Pessoas
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Pessoas tradicionais
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Reunidos na sede social do Abernéssia Futebol Clube, em outubro de 1967, diversas pessoas tradicionais, pertencentes à sociedade de Campos do Jordão.
Na foto, da esquerda para a direita: Na primeira fileira: Ricardo Cintra, Não identificado, Marquinho Miravetti Franco, Waldir Vasconcellos, Nelsinho Brügger e o conhecido e tradicional Nhá Chica, pai do saudoso Orlandinho, o Carnavalesco, também conhecido por esse apelido.
Na segunda fileira : Não identificado, o saudoso Horácio Medeiros, não identificado, Alexandre Cintra, filho do saudoso Sebastião Corrêa Cintra, o Benê, Silvio Pereira Moysés, o Tio, Julimar Antunes de Oliveira, o saudoso Dirceu José Faria Prata, José Santos, Lázaro, José Luiz Santiago, Francisco Gonçalves.
Na terceira Fileira: Roberto Barreti, investigador e escrivão de Polícia, José Luiz, Guido do IAPI, Aristides Corrêa Cintra, José Corrêa Cintra, dois garotos não identificados, Deloro, Ulisses Pessanha da Silva, José Barsalini, Mário Zanetti, Mozart, Mário Grecco, Presidente do Clube Abernéssia, José Ferreira Areal, Walter Barros Vasconcellos e Bento Ribeiro.
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Politica
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Política de chapéu
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Curiosa foto de comício político realizado no início da década de 1950. O local próximo à passagem de nível da Estrada de Ferro Campos do Jordão, em frente ao atual Mercado Municipal, também em frente à tradicional Cooperativa de Consumo de Campos do Jordão, existente no local onde hoje está sediado o Gazebo Municipal, tendo ao fundo a nossa Igreja Matriz de Santa Teresinha do Menino Jesus.
O interessante dessa foto é que, grande maioria dos presentes ao comício, pessoas até muito simples, usavam o tradicional chapéu na cabeça, como era costume antigamente. Dentre as pessoas que aparecem na foto consegui identificar: Enio Pinotti, Olympio Müller, Tarcísio Coutinho, Eduardo Monteiro, Joaquim Galvão de França e Zé, atualmente grande freqüentador das missas realizadas na Igreja Matriz.
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Transportes
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Carne verde ?
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A foto mostra um dos veículos pertencentes à Prefeitura Sanitária de Campos do Jordão na década de 1940. Esse veículo era especialmente utilizado para o transporte da carne fresca proveniente dos abates de bovinos efetuados no Matadouro Municipal, pertencente à Prefeitura.
Na época, a carne fresca era denominada “carne verde”. Esse caminhão fazia o transporte das carcaças dos bovinos abatidos no Matadouro Municipal, entregando-as para os diversos açougues existentes na cidade, especialmente para a grande maioria existente no antigo Mercado Municipal, situado em Vila Abernéssia, no local onde hoje encontra-se instalada a segunda agência do Banco do Brasil, até pouco tempo Nossa Caixa – Nosso Banco, ao lado do Fórum Embaixador José Carlos de Macedo Soares.
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